Re: Taberna do Cão Salgado

por Nyxx Seg 21 Mar 2011, 10:07 am

Deu uma olhada sem revistar a carroça, percebendo um intulio de coisas sob um pano, ela parecia ser antiga e por isso podia-se dizer que o homem encapuzado já tinha viajado bastante. Acabou ficando interessada na carga. — "O que poderia ser?" — Foi quando o homem montou a carroça e lhe deu auxilio para subir também.

Durante a viagem, embora fosse assustador os olhos ameaçadores focados nos viajantes, Nyxx tentava compreender o motivo daquelas criaturas quererem ataca-los, só via a maldade nos olhos deles. segurou seu colar em forma de coração meio que guardando na memória essa pergunta. — "Por que as pessoas são más?" — Talvez as perguntas de Nyxx levem muito tempo para serem respondidas.

O perigo tinha passado e a floresta tinha ficado para trás sem sequer perceber, foi quando o homem diminuiu o passo para puxar uma conversa.

Qual seu nome e para onde pretende ir?

— Chamo-me Nyxx, e não sei bem para onde pretendo ir... — Nyxx não conhecia o mundo fora de Takaras, não sabe qual lugar iria visitar. — ... talvez para a costa, sempre quis conhecer a praia, dizem que ela é muito bonita! E também que os frutos do mar que são deliciosos! — Acenou com a cabeça aprovando essa idéia.

por **Shaorin** Sex 25 Mar 2011, 12:36 pm

Ele aquiesceu em resposta, aprovando seu desejo. Estava certo de que ela não tinha vindo saído uma única vez de Takaras porque já era óbvio pelo modo que se comportava ao sair dos terrenos malignos. O homem a olhou e Nyxx pôde ver que os olhos dele eram azuis e havia uma cicatriz no olho direito que descia até metade da bochecha. Ele virou rapidamente o rosto e a carroça balançou por acabar de passar por um pedra.

— Posso te levar até aonde começam as praias. — Respondeu num tom mais suave, gentil. Os cavalos relincharam e balançaram a cabeça, percebendo a mudança no caminho. Ele tinha mudado a trajetória um pouco por causa do lugar onde Nyxx iria.

Estavam seguindo ainda a estrada. Ela era longa e podia ser vista pelo horizonte. Árvores estavam envolta, mas não muito perto, dando certa liberdade ao atual casal. Conforme o caminho passava e eles saíam de Takaras, o céu começava a mudar de tom, tornando-se mais claro, mais puro.

por Nyxx Ter 29 Mar 2011, 10:21 am

Nyxx olhou para o homem mais profundamente no azul dos olhos dele e percebeu a cicatriz na face direita do rosto. Era um homem bonito, que estava corrigindo a direção para a praia, Nyxx aproveitou para perguntar. — Você já foi a praia antes? Como ela é? O que tem para se fazer por lá? — Embora já fosse bem grandinha Nyxx agia feito uma criança pequena que fazia muitas perguntas uma atrás da outra.

Olhou em volta contemplando a área extensa. — "Então é isso que os aventureiros vêem nas viagens..." — Os lugares que iam passando se tornavam mais bonitos, o céu começava a ficar claro, o homem encapuzado ainda era um estranho, ou não. Bom, o destino se aproximava e Nyxx ficava cada vez mais ansiosa para chegar.

por **Shaorin** Qua 06 Abr 2011, 9:39 am

O homem estranhou a pergunta. Nunca tinham feito isso - tantas perguntas, principalmente sobre lugares -, e ele ficou sem graça para responder. Ficou um pouco calado, pensando em como descrever.

— Muita água salgada, areia...Árvores e criaturas horríveis. É um lugar bom quando se está procurando sossego. Já estamos chegando e você logo poderá vê-la com seus próprios olhos.

Dizendo isso, ficou em silêncio, deixando claro que a conversa tinha acabado ali. Ele deu um suspiro demorado e olhou para os lados, sentindo a mudança do vento. Nyxx começou a sentir a mesma coisa. Uma umidade surgiu aos poucos e o ar ficou salgado. Se ficasse com a boca um tempo aberta e fechasse, sentiria o sabor do sal.

Aos poucos a paisagem foi se transformando. As árvores diminuíram e as poucas que tinham eram palmeiras; a terra clareava, tornando-se areia aos poucos. Caranguejos andavam de lado e conchas estavam fincadas na areia. Já era possível escutar o barulho da água bater nas pedras e voltar, pois, já era possível ver o Mar. Um amontoado de água corrente, que cobria parte da areia quando vinha, trazendo peixes, pedras, algas ou conchas; e quando voltava, levava consigo as impurezas da ilha. Enfim, Nyxx podia ver a praia de Ruff.

Antes que entrassem de vez na praia, o homem parou a carroça. Estava numa encruzilhada. Era claro que agora se separariam.

— Te deixarei aqui. Como é óbvio, a praia é para a direita. Eu seguirei para a esquerda. Foi um prazer. — Virou e sorriu de leve, fazendo sinal de que ela podia descer.

[ Nyxx, você chegou à praia. Pela exploração e boa narração, ganha 100 de exp. Agora, post aqui sua saída de takaras e já pode postar em algum lugar de Ruff. Não é necessário esperar que eu poste aqui mais. Boa aventura! ]

por Nyxx Qui 07 Abr 2011, 4:27 pm

O tempo começava a mudar e Nyxx logo notou uma mudança no ambiente, a praia estava perto.
Logo chegou a hora de Nyxx separar-se e seguir seu destino, o transportador irá por outra estrada, mesmo assim ele fez uma boa ação transportando Nyxx de graça até a praia.
— Obrigada e, tchau! — Acenava para o homem que estava na carroça enquanto caminhava rumo a praia. — Península de Ruff? Que tipo de aventuras vou encontrar por lá?

por Kazama Qui 07 Jul 2011, 9:32 pm

Após um curto tempo seguindo o estranho vulto, Kazama, acompanhado de Tomáz, atravessou toda aquela obscura floresta e em pouco tempo chegou a um lugar familiar que, apesar de nunca ter ido antes, já havia ouvido sobre ele. A Taberna do Cão Salgado era, dentre os vários lugares que Takaras possuía, talvez um dos mais movimentados, e seu nome já indicava o porquê. No entanto, isso era algo extremamente ruim para Kazama. O motivo de nunca ir a lugares deste tipo era por pura precaução. Ele não gostava de se expor, mas devera, pois um homem com seus objetivos, se fosse considerado suspeito ou exposto, seria perseguido incansavelmente e, caso conseguisse fugir, nunca mais iria conseguir colocar os pés na terra que tanto almeja. — Tsc... Espero que eu não me arrependa disto futuramente... — Disse. Apesar dos riscos, o Hanyou estava muito interessado naquele vulto e, caso os seus pensamentos estivessem corretos, a utilidade que ele teria em seus planos seria enorme. — Tomáz, fique aqui por perto e monitore. Caso veja o que procuramos me avise, verei se ele está lá dentro. — Era melhor manter aquele ser ali fora. Se Kazama entrasse com Tomáz provavelmente chamaria ainda mais atenção devido ao tamanho e aparência daquele espectro, fora que com os boatos que andava espalhando, ter seguidores não era algo aconselhável de mostrar aos outros.

Ao entrar na Taberna, seus olhos eram ágeis. Evitavam encarar as criaturas ali presentes, pois ele não queria confusão. Olhavam cada detalhe de cada ser ali discretamente, caçando por algum indício do medalhão ou que aparentasse com o vulto. Para não chamar ainda mais suspeitas, foi andando até uma mesa isolada ao canto e ali sentou, esperando avistar o que procurava ou que Tomáz o chamasse.

por **Shaorin** Seg 11 Jul 2011, 10:30 am

Tomáz ficou obrigado e ralhou por isso dentro da mente de Kazama. Esbravejou, mas não seria fácil largar tais criaturas. Mal entrou na taverna e já sentiu mais dois espiritos ao seu lado, eram os capangas de seus dois guardiões. De alguma forma Kazama estava - ou não - protegido.

A Taverna estava cheia. Eram criaturas por todos os lados desde homens encapuzados e Youkais, até todo o tipo de demônio que o Hanyou podia conhecer. E ali, passando por entre os demônios estava seu perseguido, se camuflando para que ninguém prestasse atenção em sua presença.

Devagar, atravessou uma outra porta que estava no outro extremo do lugar, no mesmo canto do balcão. Uma segunda pessoa encapuzada, com o mesmo brazão que ele balançou a cabeça olhando para os dois lados e abriu a porta e passou junto com o outro e foram em direção àquela casa em questão, logo atrás da Taverna.

Ninguém trombava ou chamava a atenção de Kazama, todos estavam muito preocupados bebendo, gritando e abusando de vagabundas que nem deram atenção para sua presença. O que era bom, uma vez que confusão não era o ideal naquele momento.

Foi fácil atravessar a porta também. Não havia mais ninguém para guardá-la e seu acesso à outra casa foi rápído. Da casa emanava um poder ruim, muito maligno, que fez até sua arma pulsar. Os demônios que estavam junto foram substituídos por Tomáz.

"Não gosto disso. Há muito poder malígno ali dentro. Imagino o que estão fazendo. "

Comentou, fiscalizando se os dois espíritos estavam vigiando ou não. De longe, conseguiram ver os dois homens entrarem por uma porta antiga de madeira. Por uma janela quebrada coberta por um pano preto, conseguiam ver um brilho avermelhado vindo de dentro da casa. Por ela, conseguiam ver também um pedaço de como o ambiente.

Era enorme. Engraçado como por fora não demonstrava ser tão grande quanto dentro. Pura magia. Haviam duas pessoas dentro da casa. Três na parte da frente de uma mesa e uma outra, aparentemente o comandante, do lado o posto segurando uma taça na mão esquerda e uma faca na outra. Com um movimento de um dos homens, Kazama conseguiu ver o que tinha deitado na mesa de granito: Uma garota. Ela tinha aproximadamente 12 anos e estava desmaiada. Suas roupas estavam rasgadas e haviam pequenos cortes por todo o corpo.

— Iaí, o que temos para hoje? — Sussurou uma voz feminina perto do ouvido de Kazama. Era uma voz sensual e não era dificil saber de quem vinha: Saphira. Ela olha também para dentro e respira fundo, enojada.

— Algoz me contou onde estava e pediu urgência na minha vinda. Ele é muito tarado também. — Repreendeu-o, olhando de soslaio para onde a criatura estivesse.

" Ninguém mandou ela me provocar com esta roupa" — Retrucou o guerreiro de braços cruzados. Tomáz deu uma risada alta na mente de Kazama, dando uma bela olhada para a mulher, concordando.

Saphira estava bela como sempre. Desta vez usava um espartilho totalmente preto, com uma saia longa negra e sobretudo. Seu cabelo loiro e olhos claros deixavam-na com um ar sexy e feroz.

Spoiler:

por Kazama Seg 11 Jul 2011, 11:05 pm

Assim que entrou na taberna, pode sentir duas presenças ao seu lado. Guarda-costas, provavelmente a mando de Tomáz. Kazama fechou os olhos em desaprovação, mas continuou andando até o seu lugar. — Se for para perder tempo mandando guardiões, trate de vigiar bem os arredores, espectro. Sabes quem eu sou e o quanto esta segurança é inútil. — Pensou, voltando a ficar em silêncio. Finalmente, após alguns minutos, o Hanyou conseguiu ver o homem que procurava e, para a sua surpresa, um segundo estava com ele. Pelo jeito, logo ele descobriria se aqueles homens possuíam algo que lhe fosse de interesse. Assim que saíram, Kazama aguardou um pouco até finalmente se levantar e ir atrás deles. Felizmente, sua presença não era notada pelas outras criaturas da Taberna, o que permitiu que ele seguisse sem complicações. Assim que saiu, sentiu que os demônios que o acompanhavam foram substituídos novamente por Tomáz, que deu um aviso "animador" para Kazama. De fato, até mesmo sua espada pulsou com aquela energia, o que fez o Hanyou sorrir. — Isso é algo positivo, Tomáz. Significa que não viemos aqui em vão, não concorda? — Pensou, em resposta ao espectro. Por fim, ao chegar perto da casa e visualizar o que acontecia dentro da janela, a imagem ficou clara para ele. — Um ritual...? — Porém, logo seus pensamentos foram interrompidos por justamente, a voz da mulher que ele mais havia esperado a noite inteira. Saphira finalmente havia aparecido. — Logo saberemos. E Saphira, em breve, quero que me conte o resultado do trabalho que eu te passei; espero que tenha se divertido. — Sorriu. Kazama estava curioso em saber se Saphira realmente seguiu suas ordens, mais até do que interessado em saber se ela teve sucesso. — Agora, fiquem quietos e vamos nos entreter com esta "apresentação". — Virou levemente a cabeça para onde sentia emanar a energia dos dois espectros, Algoz e Tomáz. Provavelmente, para aquela situação, aqueles dois demônios seriam muito mais úteis do que Kazama esperava. — Vocês dois, prestem atenção. Por serem demônios, logo deverão saber do que este ritual se trata... Isso é, se já não descobriram, não? —

por **Shaorin** Qua 20 Jul 2011, 2:02 pm

Os dois demônios deram um sorriso sacana mas nada disseram, voltaram-se para frente e observaram, assim como Saphira, o que acontecia. Aquele ritual era diferente; sinistro, mas diferente. Uma força distinta que ambos nunca tinham sentido surgia cada vez mais forte e fazia os dois pensarem no que estaria para acontecer.

Lá dentro, o homem que estava sozinho atrás da mesa pegou uma adaga e o indivíduo da frente entregou um coelho branco de olhos vermelhos para ele. O animal estava morto. A mulher ainda dormia, estava sob um feitiço para que não desse trabalho.

Baixo, porém em um tom firme, citou palavras de um livro que estava pousado ao seu lado. O livro era negro e dele saía uma luz arroxeada. Enquanto ele falava, cortava o animal em vários pedaços e enquanto sangrava percorria o líquido pelo corpo da garota. Enquanto o sangue era jorrado, ele penetrava rapidamente na pele da jovem. A terceira pessoa começou a jogar um pó em cima da garota e ela começou a tomar uma coloração esbranquiçada, transformando-se.

E ao seu lado, na mente de Saphira e Kazama, Tomáz e Algoz começaram a citar quase que ao mesmo tempo as mesmas palavras que o indivíduo falava, obviamente mostrando o que ele dizia. E o mais interessante, era que as duas vozes combinadas formavam a voz daquele ser lá dentro da casa. E ela era de arrepiar.

"Hzuatio...Shiuzitsuhas....AsktrhatzaHA...."

Ficaram quietos, pois no momento em que a garota foi engolida pela luz ele havia parado de falar. Sumiram por um instante, deixando Kazama e Saphira sozinhos. Uma nova energia surgiu, ainda mais polemica que a outra. Era uma intensa, tão forte quanto qualquer outra que sentira ali dentro.

Devagar, distanciaram-se dois passos os dois seres da frente. De repente a garota abre os olhos e eles estão vermelhos. Um sorriso transpassou o rosto do indivíduo que estava encapuzado, e puderam ver seu rosto: Era completamente careca. Seus olhos eram puxados e profundamente escuros. Sua pele mesclava com o amarelo e o esbranquiçado, como se um balde de água fervente tivesse caído sob seu rosto.

A garota senta e olha para os lados e abre a boca, exibindo os dentes totalmente afiados. Ela sorri de canto e avança para cima de uma das pessoas que estavam a frente, e pula em cima, segurando a cabeça e virando com força e mordendo a lateral do pescoço e arrancando um bom pedaço. Ela suga seu sangue até não poder mais, o corpo todo se agonizando até o sangue acabar de suas veias. E assim que o faz, salta no próximo e faz o mesmo. Isso dura apenas alguns minutos, e quando termina se ergue, o corpo mais moldado cheio de curvas, seios fartos, rosto belo; agora aparentemente tinha vinte e poucos anos, porém não era tão bela quanto Saphira.

Sibilou alguma coisa seu criador e cheirou o ar. Olhou em volta e deu um sorriso de canto, virando exatamente para direção de Kazama. Encarou-o nos olhos e sorriu macabramente.

— Você. — E avançou para fora da casa, quebrando a janela, indo ao encontro do pescoço de Kazama.

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Foto da garota

Spoiler:

por Kazama Qua 20 Jul 2011, 11:19 pm

Como esperado, desviar-se de seu caminho e seguir aquele homem havia sido uma ótima escolha. Aquele ritual, um totalmente diferente de todos que já tinha visto em sua vida, fez os olhos do Hanyou brilharem como não acontecia a muito tempo. Após ver no que aquela garota havia se transformado, ele começou a pensar no quão útil aquela magia seria para os seus planos, pois caso a aprendesse, teria a oportunidade de criar um número talvez ilimitado de bestas. Ele teria que aprender mais sobre aquilo, não importando o preço. Porém, antes que pudesse apreciar ainda mais aquela nova oportunidade, a besta provavelmente sentiu o cheiro de Kazama e, subitamente, atacou. Vendo aquilo, agarrou com força o braço de Saphira, saltando para trás com grande impulso. Tirou a sua espada da cintura e, caso a garota se aproximasse demais deles mesmo com o pulo, o Hanyou a acertaria com espada ainda embainhada. Ele não queria matá-la, tinha planos para ela. Por fim, atingiu o chão agachado, deslizando por mais alguns metros. — Alegre-se, Saphira. Parece que finalmente teremos diversão depois de um tempo. — Riu, levantando-se e olhando para a sua nova oponente. Não queria perder tempo ali, tinha assuntos a tratar com o homem dentro daquela casa, e rápido, antes que ele pudesse fugir. — Tomáz e Halgoz sumiram. Tsc, a situação não está nada boa... Mas enfim, façamos do jeito mais difícil. — Começou a andar um pouco para o lado, afastando-se de Saphira e um pouco da garota. Com o polegar, levemente desembainhou a espada, deixando alguns poucos centímetros de sua lâmina aparecer, e exalando toda aquela aura corrompida e amaldiçoada que era suprimida pela bainha.

— Saphira, deixo essa garota com você. Se eu enfrentá-la, provavelmente vou acabar matando essa garota, mesmo por acidente. Agora, com você é diferente, certo? Tente imobilizá-la e, caso não consiga, evite de matá-la ou acabar arrancando alguma parte do corpo dela. Apenas machuque-a bastante a ponto que não consiga se mexer. Ferimentos saram, só precisaremos dar algum tempo. Eu tenho algo a falar com o homem dentro da casa. Não se preocupe, não demorarei para conseguir o que quero. Com sorte, até volto para te ajudar. — Então se preparou, curvando-se e logo se preparando para correr ao máximo. Ele sabia que a garota, devido ao ritual, agora aparentava ser extremamente forte e ágil, portanto não deveria subestimá-la, até pelo menos obter um parâmetro da sua real força. — Conto com você, e espero que não falhe. — E então correu, tentando atingir aquela casa de um ângulo mais aberto, passando longe da garota. Ela poderia ser rápida, mas conhecendo Saphira a distância que mantinha era o suficiente para a mulher agir. É claro, se ainda não fosse suficiente, ele estava pronto para se defender com a sua Akahisui. — Tomáz; Halgoz; apareçam. Tenho algo para vocês. —

por **Shaorin** Ter 26 Jul 2011, 2:07 pm

O golpe quase fora certeiro; mais alguns segundos e seria tarde demais. A besta não deu chance de Kazama dar o segundo pulo, saltou direto para cima mas Saphira pegou-a pela lateral e rolou-a pelo chão, prendendo-a pelos braços mantendo-os esticados. Ela rosnou e esbravejou, mas Saphira a tinha dominado completamente. Ao comando de Kazama, a Hanyou aquiesceu e deu um sorriso cínico, levando e erguendo a criatura pelo braço, torcendo-o em seguida puxando-os para trás e segurou-a firmemente.

— Aguardamos sem pressa, não é mesmo? — Deu um puxão na criatura, que urrou na hora, presa.

Antes de entrar Kazama chamou Halgoz e Tomás, mas nenhum deles apareceu. Talvez estivessem fazendo algum trabalho importante, pois o Hanyou só conseguia sentir as demais criaturas que o importunavam na mente. A casa por dentro já fora descrita, e o cenário mudara apenas na janela estourada e nos dois cadáveres. O livro ainda estava lá, e para a sorte de Kazama, o evocador também. Ao vê-lo entrar ele corre até o livro e o fecha, tentando escapar.

— O que faz aqui!? O que quer?! — Gritou enraivecido, obviamente notando que se tratava de uma criatura. Era claro um humano e estava com medo. Tinha o livro grudado ao peito e não largaria por nada.

Do lado de fora conseguiu ouvir Saphira praguejar. A criatura pelo jeito começou a dar mais trabalho. Logo, elas estavam se esbofetando, afinal Saphira não queria matar a besta e estava tendo dificuldades por conta disso. Afinal por ela já teria matado.

por Kazama Qua 27 Jul 2011, 11:44 am

Como esperado, seu plano havia dado certo. Kazama passara a confiar nas habilidades de Saphira, que já lhe haviam sido úteis em diversas situações. Agora, dentro da casa, estava frente a frente com aquele evocador, mas algo começou a pertubar o Hanyou assim que ele entrou naquela casa. Um odor fétido para ele, que o fazia se sentir enjoado. O fedor dos humanos. Aquele homem não passava de um lixo, que não conseguia manter a postura por causa de algo tão vago quanto o medo, emoção que Kazama já havia perdido a muito, muito tempo. — Então você não passa de um mero humano...? — Gargalhou alto. Era uma risada alta e repleta de malícia misturada ao ódio. Dentre todas as raças, aquela era a que Kazama mais queria destruir, estraçalhar, garantir que nunca mais haja lugar para ela em Lodoss. Havia certo tempo que ele não a encontrava, então era mais que sua obrigação garantir, ao menos, um pouco de diversão para ele. Kazama, no entanto, sabia que teria de ser breve, pois caso demorasse aquela besta lá fora provavelmente causaria ainda mais problemas e, na pior das hipóteses, Saphira acabaria destruindo o seu próximo trunfo. — Vou direto ao que interessa, humano. Me dê o livro que está contigo, e me diga qual fora o ritual que usou para transformar aquela garota. Caso não tente fugir e coopere, ao menos garanto que não sofrerá. Porém, se continuar com essa resistência inútil... — Desembainhou por completo a Akahisui, deixando que toda aquela aura maligna que a espada possuía finalmente fluísse normalmente, preenchendo aquela casa em poucos segundos. Vagarosamente, apontou a espada até aquele humano. Seus olhos eram repletos de ódio, e a vontade de acabar com aquela criatura repugnante era gigantesca. — ...Acredite, lixo. O futuro que lhe aguarda é pior que o próprio inferno. E no final, eu ainda saberei tudo o que desejo, tornando qualquer um dos seus esforços inúteis completamente obsoletos. —

por **Shaorin** Sáb 30 Jul 2011, 9:54 am

O encontro não foi nada amistoso. Kazama deparou-se com um humano e não esperava por isso. Tudo que tinha que fazer agora era pegar o livro e sair dali e arrancar tudo que ele sabia sobre a magia que criara. O homem, nada ingênuo quanto o Hanyou pensava, manteve o livro em seu poder e o encarou com bravura, respondendo-o a altura toda sua provocação.

— Sem mim, não conseguirá evocar nada, muito menos criar. Aquela besta lá fora só obedecerá a mim por mais que a machuquem. Sou o único que sabe como ler o livro e criar tais criaturas. Precisa de mim para continuar sua façanha.

Embora fosse infeliz sua resposta, foi bem verdadeira. Tudo que disse era verdade e Kazama teria de engolir seu orgulho e levá-lo consigo ou simplesmente virar as costas e ir embora. O humano o olhava com olhar triunfante, rosto alongado erguido, pronto para outra resposta ríspida.

por Kazama Dom 31 Jul 2011, 12:53 am

Ao contrário do que aquele homem talvez esperasse, Kazama não se sentiu acuado ou qualquer coisa do tipo pela resposta que dera. Era exatamente o oposto, visto que o Hanyou gargalhava ainda mais alto, achando que aquilo era tudo uma grande piada. — Humanos... A cada segundo que eu os vejo, apenas se tornam ainda mais medíocres. Escute, infeliz. Desta vez, preste atenção no que eu vou falar, para ver se compreende que está sem nenhuma alternativa. — A passos lentos, começava a caminhar na direção daquele homem. Sua espada pulsava com força, talvez igual ou até maior do que sentiu quando a viu pela primeira vez. Talvez passar anos lacrada, sem se "alimentar", tenha sido o suficiente para ela desejar a vida do primeiro infeliz que cruzasse seu caminho. — Concordo com você. Nada sei sobre este ritual, sendo você, naturalmente, minha única saída para controlar aquela besta ali fora e criar novos híbridos. No entanto... — Ria maliciosamente, aproveitando cada segundo e disposto a se divertir com aquele humano. Akahisui estava apontada para seu coração, pronta para perfurar aquele ser no momento em que seu mestre desejasse.

— ...Eu possuo meios de fazê-lo me ensinar, esteja vivo ou morto. Ensine-me vivo, que talvez não vá se arrepender, dependendo do que falar. Agora, se continuar com esta resistência, garanto que se arrependerá do fundo de sua alma, ou melhor, se ainda tiver uma quando isto acabar. — Assim como aquele homem, Kazama não estava blefando, mas sim falando a mais pura verdade. Talvez o evocador não reconhecesse a Espada que o Hanyou carregava, que pulsava desejando que ele continuasse com o teatro.

por **Shaorin** Ter 02 Ago 2011, 2:30 pm

Ao ouvir a proposta de Kazama, o homem engoliu em seco e observou sua espada. Ela tinha chamado a sua atenção desde o momento que entrara ali; a conhecia de algum lugar mas não conseguia se lembrar daonde. Naquele instante tomou uma decisão: Queria a espada. Mas sabia que pedindo ele não teria, o jeito era roubar. O homem se transformou de uma hora para a outra. Sorriu de canto, austero, e afrouxou os braços do livro.

— Proposta aceita, mestre. Sou Ahmed, a seu dispor. — Disse com os olhos brilhantes. Antes que pudesse dizer algo, um urro foi-se ouvido do lado de fora e um rosnado de Saphira em seguida. A luta tinha sido acirrada mas a loira tinha tomado a dianteira e estava no controle.

Ahmed caminhou para fora da cabana e foi direto para a criatura nos braços de Saphira. Encarou-a nos olhos e ela aquietou-se no mesmo instante e baixou os olhos como uma criança que apronta.

— Pode soltá-la, está sob controle. — Disse, notando que Saphira era comparsa de seu atual senhor. Saphira, relutante e feroz, soltou a criatura devagar encarando o humano na sua frente. Ela foi direto para seu mestre e ficou atrás, tremendo como um animal indefeso.

— Quem é você, humano? — Perguntou séria e raivosa. Não confiava no humano e deixou aparente.

— Sou Ahmed, minha senhora. — Respondeu em tom suave, fazendo uma reverência.

Saphira percebeu o livro nos braços do homem e logo entendeu que Kazama obteve sucesso. Mesmo assim, não confiava no homem. Havia algo nele que ela não gostava. Queria esperar a hora oportuna para falar em particular com seu parceiro.

— Que beleza! Conseguiu então o livro não é? — Algoz na hora surgiu mas ficou invisível devido a presença do humano. Saphira e Kazama eram os únicos que o sentia. Seu parceiro Tomáz ainda não tinha chegado, e seu desaparecimento era perturbador para Kazama uma vez que precisava tanto de sua ajuda naquele momento e eles haviam dado as costas. Ou melhor, se refugiado em outro lugar para resolver assuntos pendentes ou simplesmente sumiram, coisa que faziam sempre.

por Kazama Ter 02 Ago 2011, 7:23 pm

De repente, uma completa mudança. O homem que antes parecia determinado a afugentar Kazama, agora disse que iria lhe servir. Somente um tolo ingênuo acreditaria em algo assim tão rapidamente. Além do mais, ele sabia mais do que ninguém como eram os humanos, afinal, viveu entre eles tempo suficiente para aprender isso. Embainhou a sua Espada e, de relance, olhou para o lado de fora da casa. Como esperado de Saphira, havia conseguido dominar aquela besta, mesmo passando por maus bocados para conseguir. Por fim, a maior das surpresas: O retorno de Halgoz. O Hanyou ouviu a voz e sentiu a presença do espectro, mas não esboçou nenhuma reação para a sua chegada, continuando a observar o lado de fora. — Incrível como vocês conseguem ser inúteis nos momentos que mais preciso. Porém... — Virou-se, começando a caminhar em direção a porta. — Espero que isso tenha valido a pena. Preciso que me conte mais sobre esse ritual, pois não pretendo usar aquele humano por muito tempo. — Não comentou a sua suspeita, pois achava desnecessário, uma vez que o espectro já deveria estar ciente das verdadeiras intenções daquele homem. Não duvidava, principalmente por eles terem sumido por tanto tempo. Andou vagarosamente até chegar onde aqueles três estavam, abrindo um largo sorriso para Saphira.

— E então, se divertiu com a sua nova amiga? — Zombou, agora encarando Ahmed e sua "mascote". — Faça-a voltar ao normal, ou pelo menos espero que seja capaz. Não é muito agradável andar com um animal irracional te seguindo, deixe que ela assume essa forma quando precisarmos. — Disse, agora se virando em direção a cabana. — Não temos tempo. Por isso, apertem o passo e vamos começar, há algumas coisas que quero lhe perguntar, Ahmed. —

por **Shaorin** Sex 12 Ago 2011, 4:00 pm

Saphira retribuiu o sorriso cínico com outro, os olhos faiscando de raiva. Era óbvio que não tinha gostado da brincadeira afinal tinha sido muito difícil manter tal criatura quieta. Não respondeu, manteve o olhar fixo em Ahmed, que claramente estava satisfeito pela forma que era tratado. Achava que era o preferido e que claro - como todo ser humano pensa -, poderia tomar o lugar de Saphira como se ela fosse um gerente em alguma loja.

Ahamed continuou mostrando-se mais que uma pessoa capaz, chegando a ser rude em suas palavras.

— É claro, mestre. Sempre que precisar ela poderá tornar-se esta besta, não se lembrará mais de nada quando voltar para a forma humana. — Assim, abriu o livro e proferiu mais algumas outras palavras e a transformação começou. A besta começou a urrar e levar as mãos ao rosto enquanto seu corpo deixava de ser monstruoso e se tornava humano. Suas garras viraram unhas bem-cortadas e sua mão, bela como a de uma garota com a idade para ser a irmã de Kazama.

Enquanto a transformação era feita, Tomáz voltou e tomou seu lugar atrás de Saphira; era óbvio sua preferencia pela garota. Halgoz, começou seu relatório.

— Uma coisa óbvia é que este inútil humano quer sua espada. Mas pode deixar que pegue, ele não terá força suficiente para suportar sua magia e será engolido por ela. Mas antes, aprenda como ler o livro.

Tomás continuou, se aproximando mais de Saphira (esta dá um passo para trás, bufando levando a mão à boca como se tivesse se referindo à transformação que acabara de terminar).

— Este livro foi muito usado pelos Incas e pelos Artuniz, tribo de um vilarejo perto de Ruff. Estes dois povos cultuavam a formação de exércitos para extermínio de inimigos, para ter mais facilidade. Kazama, este livro é tudo que precisas para começar seu objetivo! Tome-o; mas antes, aprenda-o. Peça que este humano ensine tudo que precisa saber. Este homem vem da linhagem distante das duas tribos. Ele pode manusear e lhe ensinar melhor que qualquer outro ser existente. Seja sábio no que fará.

Assim dito, tornaram-se invisíveis e resolveram ficar ocultos para o resto do mundo, ficando apenas na mente de Kazama. Enquanto isso, Ahmed chamava-o.

— Mestre? Mestre...? Algo errado? Então, tudo está pronto. Aonde fica seu castelo? Responderei todas as perguntas que desejar.

por Kazama Sex 12 Ago 2011, 6:42 pm

Mais uma vez, Kazama lamentou o quão tolo um humano poderia ser. Já suspeitava claramente daquele evocador, e Halgoz, que finalmente voltou, confirmou suas suspeitas. Por fim, ouviu sobre o que aquele livro realmente era. Um largo sorriso apareceu em seu rosto quando ouviu sobre o livro. Finalmente, após tanto esforço, o primeiro grande passo para a realização de sua ambição estava bem próximo, podendo ser conquistado em muito menos tempo do que ele imaginava. E para isso, tudo que ele precisava era enganar um tolo até que ele lhe ensinasse tudo que precisava. Presenciou o final da transformação e naquele momento, percebeu algo ainda mais útil. Seu futuro exército poderia ser facilmente manipulado, passando por bestas sanguinárias que, sem o medo característico de muitos, alcançariam todos os seus objetivos, até frágeis humanos. Sim, humanos. Não havia nada mais divertido para o Hanyou do que imaginar aquela raça sofrendo, se transformando em híbridos e perdendo seus conceitos de moral e ética - algo raro e que poucas vezes Kazama presenciou enquanto vivia em Hilydrus. Sendo assim, se em um futuro houvesse qualquer tentativa de revolta ou algo parecido, bastava transformar todos os envolvidos novamente em humanos, sendo facilmente massacrados por aqueles que ainda lhe eram leais, seja por medo ou respeito.

— Mais tarde tudo isso será apresentado a você, Ahmed. No entanto, temos assuntos mais urgentes a resolver. — Disse, com seriedade. Kazama parecia depositar toda a sua confiança no homem, como se estivesse plena confiança de que nada aconteceria. Mas isso era, obviamente, uma máscara para que nenhuma suspeita fosse levantada. — Temo que toda esta confusão desnecessária tenha chamado atenção dos frequentadores daquela Taberna. Saiba, Ahmed, que nossos planos são tratados em sigilo para garantir que ratos não possam ouvir e nos atrapalhar. Sigam-me, conheço um lugar próximo daqui, onde provavelmente não teremos este tipo de provocação. — E então começou a andar em direção a floresta para onde vieram, mas antes, passou por Saphira. Sabia do descontentamento da mulher com tudo que acontecia, além de já ter percebido como ela estava em relação ao humano. Ambos estavam em um momento frágil e o Hanyou queria que tudo prosseguisse perfeitamente. Levemente levantou a sua mão, colocando-a carinhosamente no rosto de Saphira. — Não se preocupe, já deve saber mais que ninguém que eu jamais cometerei qualquer erro. Tenha paciência, e eu garanto que será recompensada. — Disse, voltando a andar. Agora, tudo já deveria estar exatamente do jeito que Kazama desejava, bastando somente que ele cumprisse a sua parte com a mesma perfeição que estava controlando tudo.

Após alguns minutos à passo acelerado por uma trilha bastante estreita, todos chegariam a uma pequena casa imersa entre a escuridão e várias árvores. Parecia estar abandonada a muitos e muitos anos, tendo buracos por todas as partes, vegetação e mofo subindo e crescendo pelas paredes dentre várias outras coisas. Enquanto seguia um dos servos de Ahmed, Kazama passou por aquela cabana e mesmo com dificuldade, conseguiu vê-la. Não sentia nenhuma presença, viva ou não, de dentro da casa, reforçando a sua hipótese que estava completamente vazia. É claro, sua cautela continuava alta, pois já vivia em Takaras tempo o suficiente para saber o que acontecia com desatentos. Apesar de mal iluminada, os buracos pelo telhado e parede facilitavam a entrada da luz da lua, o que deixava certos pontos bem visíveis. Ao entrar, foi em direção ao centro da casa, onde estava aparentemente o maior dos cômodos. Ali, esperou que todos chegassem, para então dar início. — Tenho certeza que aqui não teremos problemas. Portanto, vamos começar. — Fez uma leve pausa, então continuando. — Ahmed, quais são os principais requisitos para esse ritual funcionar? E o mais importante: Qualquer raça pode ser transformada no híbrido que eu desejar? —

por **Shaorin** Ter 16 Ago 2011, 2:12 pm

Todos seguiram Kazama sem reclamar por entre as folhas e árvores que passou. A criatura estava sempre atrás de Ahmed ou ao seu lado segurando um pedaço de sua roupa enquanto que Saphira andava pouco atrás de Kazama com uma das mãos nos bolsos, olhando fixamente para frente. Algoz e Tomaz tomaram a dianteira e entraram primeiro na casa para espantar o resto dos espíritos. Uma vez feito, sumiram pela casa a procura de algo interessante.

Em pouco tempo a casa foi tomada por espíritos distintos que vinham da espada e o ambiente tornou-se mais forte e simples, além da casa ficar totalmente protegida. Todos puderam sentir a mudança de ambiente de quando chegaram daquela de minutos depois.

Saphira olhou ao redor e suspirou. Aparentemente gostou da casa. Olhou para todos os ângulos à procura de alguma coisa diferente. Sentia o poder de Algoz e se sentiu mais segura.

Ahmed estava em território perigoso. Espíritos estavam aos montes ao redor da casa e nada poderia fazer para salvar sua vida caso algo desse errado. Junto de sua besta, ficou na lateral perto da escada, quieto.

Kazama começou suas explicações e perguntas sem esperar nenhum minuto a mais. Ahmed já esperava a pergunta e suspirou, saindo de onde estava.

— Não. Apenas em humanos. Outras criaturas já estao disformes, então não adiantará nada. O máximo que pode fazer é tê-la sob controle a partir de um feitiço ou poção deste livro.

— Para cada transformação é preciso do ser humano em questão e o animal ou parte dele que gostaria que ele se tornasse. Um punhal de osso Asteca e um lugar para rituais; um templo. Há regras básicas: As mulheres devem ser virgens e os animais a serem transformados devem ser machos; Para homens, devem ser femeas. O templo onde fará a mutação deve estar sem espírito maligno algum. Os únicos espiritos que devem estar serão aqueles que você mesmo deixar ficar. E necessário, claro, Lua Cheia. Mais alguma pergunta?

— E quanto tempo demora? Pouco igual o desta? — Saphira logo se prontificou, fuzilando Ahmed com seus olhos azuis sedutores. Ahmed por sua vez passou a mão na garganta para, sinal de que Saphira mexia com alguma coisa em seu ser e ela sabia disso. Olhou para Kazama, deixando claro que tinha certo poder sobre ele.

Ahmed pigarreou e respondeu.

— Meia hora. É preciso se preparar da maneira certa para que nada saia de errado. As coisas devem ser feitas sem atropelo ou demora. No tempo certo. E claro, é preciso dois humanos a mais para que a criatura se alimente assim que nasce.

por Kazama Ter 16 Ago 2011, 11:44 pm

Enquanto ouvia as respostas para as perguntas que havia feito, Kazama pôde sentir, ao mesmo tempo, tanto satisfação quanto preocupação. Para ele, a possibilidade de transformar toda aquela escória em seus servos era maravilhosa, porém era exatamente nisto que estava o maior problema. Takaras era um lugar recheado de criaturas, mas o número de humanos que habitavam aquele lugar era muito pequeno. Além disso, somente pelo fato de conseguirem sobreviver em uma terra inóspita como aquela já era prova de que não eram humanos comuns. Resumindo, muito trabalho para conseguir apenas um único soldado, pois, segundo Ahmed, além do humano a ser transformado ele ainda necessitaria de mais dois para servirem de "ração". Talvez, as coisas não seriam tão fáceis quanto ele havia achado. — Os requisitos não serão problema algum para mim. Não há nada que o dinheiro não possa compra. — Era um blefe, onde somente Saphira e seus espectros sabiam que Kazama ainda não era dono de nenhuma fortuna para gastar daquela maneira. Mas Ahmed não. Preferiu manter em segredo as dificuldades, para garantir a total confiança do evocador. Seus olhos então pairaram sobre a híbrida criada recentemente por aquele humano. Realmente, a sua aparência agora não era nem um pouco ameaçadora, além de parecer completamente indefesa. Isso era, sem dúvidas, um enorme contraste do que era quando se transformou, dando trabalho até mesmo para Saphira.

— Mais alguma coisa que eu deva saber? — Perguntou. É claro, não esperava que o humano lhe contasse tudo, então já chamando Halgoz, ordenou que este prestasse atenção no que ele poderia falar, avaliando se seria verdade ou não. E então, continuou. — Agora, Ahmed, tenho mais dois pedidos a você. — Um sorriso malicioso brotou no rosto de Kazama. Apenas mais um pouco e ele seria capaz de continuar, de maneira inimaginável, a sua tão sonhada ambição. Tudo que precisava era continuar com o teatro. — Acredito que você possua mais subordinados como aqueles que foram devorados. Se possível, gostaria que chamasse três deles. Quero testar esse ritual o mais rápido que puder. Caso possa, Saphira caçará o animal que desejar. E por último... — Disse, aumentando o sorriso. — Gostaria que passasse o controle desta garota para mim pois, olhando-a bem, acredito que além de uma valorosa guardiã, uma mulher com tal "porte" possa ser bastante útil quando eu me sentir entediado, não concorda? — E então, tirou a Akahisui de sua cintura e, propositalmente, colocou-a frente a frente de Ahmed, a apenas alguns metros dele. — Se me obedecer fielmente, garanto-lhe que terá tudo que estiver ao meu alcance. —

por **Shaorin** Qui 18 Ago 2011, 11:16 am

Ahmed desconhecia as capacidades financeiras de Kazama e no instante em que dissera a frase coringa, abriu um largo sorriso e sua satisfação foi abundante. Uma outra pergunta foi feita e Halgoz surgiu ao lado do demônio para respondê-lo. Ahmed pensou por alguns instantes e respondeu com firmeza.

— Não há.

— Está mentindo. —Disse Halgoz no mesmo instante e continuou. — Ele não se sente totalmente confiante para lhe dizer, mas pensa que em outro momento onde estiverem sozinhos ele dirá. Ele está precisando de uma prova sua de lealdade. Pff, humanos ridículos.

— Claro que tenho. Tenho milhares de seguidores que estão ao meu alcance em qualquer parte da ilha. Entretanto — disse, olhando Saphira de cima a baixo com desejo e raiva. — Faço questão que meus homens achem o animal, pois eles sabem qual tem que ser escolhido. Você diz qual animal quer, e traremos para você.

Saphira ficou extreamente irritada ao saber que seria ela que procuraria os animais mas não demonstrou, mas quando Ahmed disse que ele mesmo era que procurava as criaturas, fez questão de demonstrar a satisfação.

Por último, como se não bastasse, Kazama falou em outros sentidos para com a garota. Rapidamente ela o entendeu, afinal, estava humana e naquele instante sabia o que ele queria dizer. Ela sorriu um pouco amedrontada, mas foi claro que seus olhos mostravam outra coisa. Ela o olhou de cima a baixo e pareceu gostar de seus dotes. Apesar disso, alguém não gostou da idéia: O próprio Ahmed. Mas ele ficou quieto e apenas tossiu, fazendo Saphira dar uma risada curta. Era obvio que ele abusava das próprias criaçõse quando humana e agora que essa seria o Kazama, ficou irritado.

— Se não tiver mais nenhuma pergunta a fazer, mestre, começarei agora minha busca. — Falou, preciptando-se para a porta.

por Kazama Qui 18 Ago 2011, 2:03 pm

Kazama riu ao ver a reação de Ahmed. Essa era uma das poucas - se não a única, coisa que Kazama gostava nos humanos. O quão fácil eles demonstram seus sentimentos e intenções, bastando apenas um pouco de provocação. — Se não há mais nada para falar... Pode ir, mas sem demora. Preciso dominar esse ritual o mais rápido possível, e não se preocupe, todos os seus esforços serão recompensados. — E assim disse. Logo esperaria o humano sair para planejar seu próximo movimento. Kazama já sabia as suas intenções e, assim como Ahmed, sua confiança em seu "servo" era inexistente. O que ligava aqueles dois era nada mais que uma linha tênue de puro interesse, sendo assim, ele precisava manter aquela linha pelo menos até atingir o seu objetivo, fosse por bem ou por mal. — Não vamos perder tempo... — Pensou, logo continuando. — Halgoz, siga-o. Conhecendo essa raça, provavelmente ele começará a falar e se gabar quando estiver bem longe daqui. Não duvido que algo útil para nós acabe saindo de sua boca. Além disso, garanta que ele não irá fazer nada que me faça ter problemas depois. — E então, virou-se para Tomáz.

— Tomáz, vá para o lado de fora da casa e vigie. Garanta que ninguém chegará perto daqui, pois não quero ratos bisbilhoteiros. Fora disso, Ahmed acabou de dizer ter milhares de seguidores. Não duvido que qualquer um deles possa se aproximar e ocultar a sua presença. Tome conta disso e, caso ache alguém, tem a minha permissão de fazer o que quiser com o infeliz. — Com as ordens dadas, as coisas ficariam mais tranquilas para Kazama. Eliminando os principais pontos que dariam vantagem ao evocador, ele seria capaz de manter o controle da situação, evitando qualquer risco desnecessário. E então, após a saída dos espectros, levantou-se e caminhou até uma velha poltrona da casa. Após sentar-se, voltou seus olhos para a única que ainda restava na casa: Saphira. — E então, quer falar algo? — Sabia o quão estressada ela devia estar após tantos acontecimentos em uma única noite. Se permanecesse quieto, ela provavelmente faria o mesmo, então ele resolveu tomar a iniciativa.

por **Shaorin** Ter 23 Ago 2011, 11:41 am

Todo mundo foi embora e restou apenas Saphira e Kazama. Estavam sozinhos, entre aspas, mas eram os únicos que poderiam ter uma boa conversa depois de tudo aquilo. A Hanyou pensou que também estava dispensada, observou Kazama sentar e preparou-se para ir embora quando, com uma frase, entendeu que ele não queria ficar sozinho e pensava em discutir seus planos com sua companheira mais chegada.

Sentou em uma poltrona perto e suspirou, cruzando as pernas e afastando os cabelos loiros da nuca. Pensou um pouco e suspirou, dando uma boa olhada na casa antes de dirigir-se o olhar e a fala.

— Não confio neste humano, ainda mais em sua criatura. — Soltou, encarando-o com seus olhos intensos. — Sinto que ele ainda vai dar trabalho. Não gosto como ele me olha. Mas deixando isso de lado, falemos de coisa melhor.

Esboçou seu sorriso sensual e piscou demoradamente. Tinha um relatório a dar e esta era a hora ideal.

— Bem, pelo tempo que passamos sem nos falar, muita coisa aconteceu. Das várias tabernas que fui, já há rumores de seus feitos. Dizem que é um demônio desconhecido, o mesmo que quer acabar com o rei. Alguns dizem que ele conseguiu ter posse de uma espada milenar; outros apenas comentam de feitos que jamais sonhou em fazer. Coisas absurdas!

— Mas tenho que admitir que há muitas criaturas afim de fazer parte de seu exército. Não consegui achar criaturas a altura, mas sinto que acharei na próxima taberna que for. Existe uma nos becos onde há alguns soldados que largaram o rei para viver suas vidas em paz e escaparam da morte. São criaturas fortes e extremamente habilidosas, que merece minha atenção. Já até ouvi falar sobre mim mesma, é estranho mas já. Bom, não direi o que falam sobre isso porque não me interessei, mas muitos já vieram atrás de mim para perguntar era verdade que eu estava com o misterioso. Os boatos são diversos, o que me agrada.

— Esta casa não é um bom lugar. Há uma outra, infestada de criaturas...tem até um calabouço. Seria uma boa tentarmos conquistar. É meio abandonada. Se quiser, conversamos depois sobre isso, posso te levar lá mais tarde.

por Arima Ter 23 Ago 2011, 11:58 am

Embora Arima já tivesse resolvido que iria para Calm procurar a tal Academia de Magia, percebeu quase que imediatamente que não fazia idéia de como se chegava a tal lugar. Decide então procurar mais algumas informações entre as tabernas, assim chegando à Taberna do Cão Salgado.

Arima adentra o local sem fazer muito barulho. Tinha seu corpo coberto por uma longa tunica de couro escuro. O capuz de tal tunica cobria por completo seu rosto.
Observa atentamente as pessoas ali presentes. Sabia como era Takaras e por isso mesmo não podia se dar ao luxo de ficar desalerta as coisas ao seu redor.
Continua andando até que chega ao balcão e se senta num pequeno banco. Não demora muito para alguém do outro lado vir a seu encontro.

—Preciso de uma informação... - ia logo dizendo Arima. Queria partir o mais rápido possível, então queria as informações rápido.

por Kazama Ter 23 Ago 2011, 4:05 pm

Ouviu, atentamente, cada uma das palavras de Saphira. A primeira parte já era evidente, porém o que mais lhe agradou foi saber sobre os rumores que já circulavam sobre Kazama. O tempo se aproximava, e logo ele poderia realizar a sua tão desejada conquista. Seu exército aos poucos estava sendo formado, e com mais alguns movimentos quem sabe ele já poderia organizar seus primeiros batalhões. Mas ainda não era a hora certa para pensar nisto, pois o Hanyou ainda tinha assuntos a resolver. — Não há motivos para você confiar neste humano, Saphira. A realidade, que foi confirmada por Halgoz, é que ele deseja roubar a minha espada. Um grande tolo, para variar. Porém, você já viu e ouviu sobre o que aquele livro é capaz. Meu plano é colocar as minhas mãos nele e então diminuir pela metade, no mínimo, o tempo que levaríamos para montar um bom exército capaz de ameaçar o castelo de Dephlocker e os demônios que o guardam. Não estou excluindo a ideia de usar os ex-soldados que você comentou, no entanto eu prefiro usar soldados que tenho absoluta certeza que não irão me trair, do que confiar em mercenários que podem mudar de lado, dependendo do rumo da batalha. — Disse, agora avaliando se tinha esquecido de algo. Kazama sabia que a partir do momento em que relevasse quem era e iniciasse o seu plano, não haveria volta e, qualquer detalhe anteriormente mal calculado pesaria para o seu lado. Traidores eram um claro exemplo. Se isso acontecesse, não haveria dúvidas que seu plano iria lentamente desmoronar, até que sua cabeça fosse servida ao rei.

— Por isso, tente engolir o seu orgulho por mais algumas horas, e finja ser uma mulher leal e submissa que está aqui apenas para me servir. Já deve ter notado que estou fingindo ser algum figurão ingênuo, que está sendo completamente enganado por aquele humano. Vamos manter as aparências por mais algum tempo, pelo menos até ele realizar o ritual novamente, e eu aprenda completamente os segredos por trás daquele livro. — Fez uma pausa. Logo continuando. — E sobre a garota que ele está controlando, eu pretendo fazê-la parte dos meus servos. É claro, se ela nos causar problemas demais, será uma pena, mas conto com você. — Deixou subentendido, mas ainda sim suficiente para Saphira entender o que deveria fazer. Enquanto falava, Kazama levemente reforçou a quantidade de espíritos que rondavam a casa, para garantir que nada do que era dito ali vazasse para o lado de fora. Ele sabia que se Ahmed estivesse por perto, Tomáz iria avisá-lo, mas o Hanyou queria evitar qualquer deslize, tomando o máximo de precaução possível. Por fim, ouviu sobre outra casa de Saphira, abrindo um lago sorriso. A pouca descrição que ela ofereceu sobre a mesma, já serviu para interessar Kazama. — Interessante. — Seus olhos brilhavam, como se tivesse achado um pequeno tesouro escondido. — Realmente, quero saber mais sobre isso quando sairmos daqui. Se esses boatos forem verdadeiros e conseguirmos pôr as mãos no livro de Ahmed, precisaremos de um lugar para nos organizar, e uma casa afastada do centro de Takaras com um calabouço seria o ideal. No entanto, vamos permanecer aqui por hora. Os espíritos da Akahisui já isolaram esse lugar, fora que Tomáz está vigiando o lado de fora. Além disso, se ficarmos mudando de lugar sempre, Ahmed suspeitará, fazendo que nossos esforços se tornem em vão. —

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