Re: Taberna do Cão Salgado

por **Shaorin** Qui 25 Ago 2011, 3:27 pm

@ Kazama

Saphira concordava com boa parte do que Kazama contava. Via que, aos poucos, tornara-se a pessoa que ele mais confiava até ali. Era óbvio que um pé atrás poderia existir, mas ele não era demonstrado e fora até esquecido pelo que fizera lá atrás para que conseguisse sua espada. Kazama e Saphira podiam sentir a confiança mútua, e isso era ótimo para os negócios.

— Poderia fácil conseguir algum segredo que ele não queira te contar. — Sorriu, abrindo mais o decote, deixando clara que suas intenções não eram nada amistosas.

— Ele disse que podemos hipnotizá-los ou algo do tipo para conseguir-mos o que queremos, basta ter uma isca...— Não deixou de piscar, divertida com a ideia. — Não dou duas semanas para que aprenda rápido os segredos deste livro. E claro, se me permitir, quero também dar uma olhada.

Saphira queria ter mesmo certeza de que Kazama confiava plenamente nela. Não pensava, em momento algum, traí-lo. Tinham os mesmos objetivos e queriam a mesma coisa: Poder. Pretendia unir-se a ele para sempre neste quesito. Tinha muitos planos para conseguir o poder junto de Kazama, mas só os diria caso o dele não desse certo.

— Como quiser. — Respondeu voltando ao assunto da casa. — Precisamos estar sempre um passo à frente do Rei. Nem que para isso precisemos ir ao Salao dos Ossos para capturarmos o olho que tudo vê. — Soltou, pensativa, olhando para o chão com cotovelo apoiado no braço da poltrona e a palma da mão no queixo.

@ Arima

Dentro da taberna a conversa e gargalhada rolava solta. Arima entrou descontraído, apressado, querendo uma única informação para seguir seu caminho. O cheiro forte de bebida invadia a taverna e Arima podia sentir-se até mais acomodado pelo ar descontraído do lugar. Muitos diziam que era um ambiente horrível e mal encarado. Mas uma vez observando seus personagens, não era tudo aquilo.

Aproximou-se então do balcão para pedir a informação e deparou-se com uma lagartixa humanóide. Ele, como sempre, secava alguns copos.

— Informações, han? — Respondeu, olhando-o de soslaio servindo um cliente com cerveja e empurrando o copo pelo balcão até encontrar o dono.

— Pois então pergunte, não tenho muito tempo para conversas. — Disse, pegando outro copo para secar e utilizar.

por Kazama Qui 25 Ago 2011, 4:16 pm

Há alguns meses, quando conheceu aquela mulher, achava que dentro de um curto período ele já poderia traí-la, não diretamente pela clara diferença de força que possuíam, mas de modo que ela sumisse junto com todos os planos que contou a ela. Porém, bastou alguns serviços para que ela ganhasse certa confiança de Kazama, além de Saphira provar ser um de seus meios para propagar seus planos e ideias, sem que ele se envolva diretamente, ou contar com seu suporte quando necessitava de alguma informação ou planejava algo arriscado. Ao ouvir a sua proposta, sinceramente, ela não havia agradado ao Hanyou. Desde o começo, ele planejava ser o único a saber os segredos daquele livro para garantir que, quando atingisse o seu objetivo, o mesmo método que usou para ter a sua vantagem, não fosse usado contra ele. No entanto, ele não podia dar-se ao luxo de duvidar de Saphira após o tanto que passaram, além de que perdê-la era, em todas as hipóteses, algo catastrófico, pois além de uma forte aliada ela ainda era uma valiosa fonte de informações para Kazama. — Hehe, será divertido. Julgando aquele homem pelo que aparentou ser até agora, não duvido que seu charme ganhe a sua atenção. Pois bem, seduza-o, e tire tudo que puder sobre aquele livro. Quando terminar, poderá olhar o que quiser. — Decidiu, firmemente. Mesmo com as dúvidas que apareceram durante sua decisão, nem a expressão ou voz do Hanyou alterou-se, mantendo o mesmo olhar, sorriso e tom, afinal, quando era para esconder algo, ele era muito bom nisso. Apesar de não achar que ela o trairia, sua enorme cautela com seus planos o fazia cuidar até dos mínimos detalhes. Então, terminou de ouvir o que Saphira tinha a dizer. Com suas últimas palavras, Kazama soltou uma leve gargalhada, deixando o seu típico sorriso cobrir todo o seu rosto, novamente demonstrando interesse.

— Salão dos Ossos, é? Com certeza, Saphira, não me arrependo nem um pouco de ter me juntado a você naquela noite. Pelo visto, quando terminamos com esse trabalho insuportável, teremos incontáveis surpresas nos esperando não é? — Continuou sorrindo. Novos passos e estratégias começavam a se formar na cabeça de Kazama, já analisando tudo que fora dito somente naquela noite. Sua hora, tão esperada hora, estava próxima. — Vamos discutir isso, com mais calma, quando cuidarmos do livro. Enfim, Ahmed ainda deve demorar algumas horas para voltar. Deseja mais alguma coisa? —

por **Shaorin** Sex 26 Ago 2011, 9:54 am

Por dentro, ficou satisfeita por Kazama permitir que olhasse o livro, mas sentiu uma ponta de incerteza nele quando falou. Tratou logo de ignorar pois se ela estivesse em seu lugar, também relutaria em deixar que outra o lesse por mais que fosse de confiança.

Sua gargalhada foi bem-vinda para a mulher e ela retribuiu com um sorriso, percebendo todo seu interesse. Saphira tinha vontade de ir até lá há anos mas não tinha um objetivo certo para fazê-lo. Mas agora que tinha Kazama, seria muito fácil consegui-lo.

— Muitas estão por vir, Kazama, estas não foram nem o começo. — E estreitou os olhos, deixando claro que tinha muito mais planos do que ele poderia imaginar. A pergunta seguinte fez a Hanyou sorrir e se levantar e se dirigir para a escada.

— Sinto muito, mas o que quero neste momento, você não pode me dar. — Respondeu num tom sensual. Saphira era uma mulher determinada e esperta, tinha seus desejos nas horas vagas e quando queria transparencia-os com facilidade. Ela exalava hormônios femininos inundando o ambiente. Tomáz falou no ouvido de Kazama.

— Só dela falar isso me dá vontade de possuir seu corpo e encontrá-la no quarto. — Comentou por alto, subindo junto com ela as escadas. Ela foi direto para o quarto, pretendia descansar um pouco e pensar em estratégias ou mesmo na vida dela enquanto Ahmed não chegava.

Kazama ficou sozinho no casarão, poderia ir para qualquer lugar dentro dele e procurar algo de especial para fazer ou simplesmente dormir e descansar.

As horas se passaram e os corvos avisaram que era a madrugada. O pendulo do grande relógio da sala de estar reclamava ser três horas da manhã e nenhum sinal de Ahmed. Halgoz estava seguindo o humano e não dera noticias até aquele momento de seu paradeiro. Tomáz tinha sumido e Kazama podia sentir ainda sua presença em um dos quartos de cima.

Momentos depois, Halgoz comunicou-se pela primeira vez em sua mente.

— Passamos parte de noite em uma taberna de Hilydrus procurando alguém que pudessemos ter como isca. Foi difícil, pois ninguém queria ir com ele. Então, tomou uma decisão rápida com medo de demorar muito e você reclamar: Pretende usar um dos seus. A pessoa que vai ser usada nem mesmo sabe desta decisão, e ela mesma foi procurar uma critura que Ahmed pediu. O animal será surpresa. Em pouco mais de uma hora estaremos aí. Chame todos para baixo.

Chamar todos? Para que? Alguma coisa tinha dado errada para precisar da presença de Tomáz e Saphira? Kazama não tinha como saber mas tinha que acatar ao pedido de alguém que era tão eficiente. Agora percebendo, o Hanyou tinha três companheiros dos quais lhe eram totalmente leias. Isso era ótimo. Kazama tinha agora a missão de descobrir o quarto em que Saphira estava dormindo e acordá-la, mas precisaria tomar cuidado para que não a pegasse com ou sem vestes.

por Kazama Sex 26 Ago 2011, 2:12 pm

Ouviu a indireta de Saphira e logo a provocação de Tomáz. Por um momento, sentiu-se inclinado a responder as provocações e ir atrás dela, mas permaneceu sentado. Guardaria aquela vez para um momento onde não houvesse nada para lhe perturbar. Permaneceu quieto durante horas, esperando qualquer sinal fosse de Saphira, Tomáz ou até mesmo Halgoz, que ainda não havia dado qualquer sinal ou informação de sua missão. No entanto, momentos depois o espectro entrou em contato com Kazama, porém suas palavras o fizeram ficar preocupado. — Então teremos uma surpresa, é? — Apoiou a cabeça em sua mão e começou a pensar. Com certeza algo deve ter acontecido para Halgoz ter requisitado a presença dos outros dois, e era justamente esse "algo" a verdadeira preocupação do Hanyou. Faltando tão pouco para ele conseguir o livro sem problemas, se algo ruim acontecesse naquela noite, as coisas poderiam acabar saindo completamente o oposto do que imaginou. — Que seja. Quando estiver próximo a esta casa, avise. — Várias hipóteses apareciam em sua mente, mas Kazama preferia não tirar conclusões. Iria aguardar Ahmed e seus servos voltarem, lidar com humanos não era problema e, no primeiro sinal que algo daria errado, acabaria com o problema em instantes. Lentamente se levantou e foi até as escadas por onde Saphira subiu. Não sabia qual dos quartos a mulher havia escolhido para dormir, mas isso não era problema. Lembrou o último lugar que a presença de Tomáz estava. Conhecendo o espectro, ele provavelmente a seguiu.

— Tomáz, me espere lá embaixo. Provavelmente já sabes o que é. — Ordenou. E então, indo até a porta onde a presença do espectro era mais forte, bateu algumas vezes avisando que entraria, logo abrindo vagarosamente a porta.

por **Shaorin** Sex 26 Ago 2011, 5:20 pm

Kazama comunicou-se com Tomáz já perto do quarto de Saphira. Era o segundo do corredor da esquerda. Não se contentou em apenas bater na porta, resolveu abrir e ver o que tinha dentro. Ao abrir, tudo estava meio escuro. Era um quarto grande. Na parede onde a porta se abria tinha um guardarroupa grande e escuro, logo na frente uma janela entreaberta no vidro com uma cortina roxa. E na frente da janela estava Tomáz sentado em uma poltrona olhando diretamente para a porta. Assim que Kazama o vê ele faz um movimento com a mão pedindo silêncio e aponta para a cama onde estava um belo anjo negro: Saphira dormindo.

A cama era grande e ela parecia um animal indefeso em um colchão grande, adormecida. Seus cabelos loiros estavam esparramados no travesseiro macio e seu rosto suave aparentava o de um anjo. Seu corpo estava disposto de lado e a seda do cobertor moldava seu corpo agora vermelho coberto por uma camisola. Ela estava tendo o descanso que merecia, assim como Kazama também precisaria neste meio tempo. Antes que pudesse fazer ou falar alguma coisa, Tomáz tornou sua voz branda e rouca, chamando sua atenção para ele.

— Saia, irei acordá-la para descermos. — Falou simplesmente e caminhou até o corpo de Saphira e colocou o dedo indicador suavemente em sua testa. Saphira reclamou num grunhido e começou a se esticar, acordando.

Uma vez fora do quarto Halgoz chamou Kazama pelo pensamento, avisando que estavam há meia hora da mansão. Tão logo quanto disse, já pôde sentir sua presença e a de mais quatro pessoas e aquela garota.

— Demorei? — Saphira surgiu e começou a descer as escadas até o hall. Usava uma saia longa negra com um espartilho vermelho e um sobretudo. Estava deslumbrante. Halgoz atravessou a porta e encarou Saphira por um longo momento e depois Kazama e fez um aceno de cabeça, sumindo no exato momento em que a porta se abria.

Ahmed fez a mesma coisa, encarou por um bom momento Saphira com os olhos brilhantes e depois voltou-se para Kazama dando um sorriso amável.

— Desculpe minha demora, mestre. Mas nem tudo saiu como esperava, mas trouxe meus seguidores. — Disse, pedindo que entrasse as outras três pessoas. Elas estavam cobertas por um capuz negro e de uma delas fios brancos saíam da touca. Esta segurava um saco negro onde estaria o suposto animal. Todos eram jovens, de quase quarenta anos, todos homens. Ahmed explicou que as mulheres estavam trazendo mais para sua Guilda, então não as usaria neste ritual. A mais nova criatura de Ahmed continuava em sua forma humana e mantinha a cabeça baixa.

Com um movimento de braço chamou este que segurava o saco negro e ele deu dois passos à frente, tirando o capuz da cabeça. [Imagem dele]. Seus olhos fixaram-se em Kazama e em Saphira, e cumprimentou ambos com um aceno de cabeça.

— Trouxe-lhes um gavião. [Imagem]

— Ótimo. — Interrompeu Ahmed, tomando na mão o gavião adormecido e colocando-o no saco e entregou para sua besta. — Agora, Joseph, Carlos, segurem-no! — Bradou, e os dois outros homens encapuzados se preciptaram para cima do loiro e seguraram-no com força.

— Mas o que está acontecendo?! Não era outra pessoa que seria?! Você me traiu! Fui trazido para uma emboscada! — Saphira manteve-se impassível posicionada ao lado de Kazama. Seu perfume invadia todo o lugar e não dava espaço para o cheiro de suor que vinha do grupo. Em contrapartida, o rapaz começou a se debater e aparentemente era mais forte que os outros dois que estavam tendo problemas para segurá-lo.

— Ora mas como são fracos. — Sibilou e caminhou até o garoto depois de deixar por certo tempo os dois tentarem segurá-lo. Com um só movimento, agarrou seu pescoço com uma só mão e ergueu-o seis centímetros do chão, deixando-o sem ar e ação. Ambos se olharam.

— Seu nome?

— Aleph.

— O que disse...? — Apertou um pouco mais, fazendo-o sufocar.

— A-leph se-senhora...

— Agora sim. Diga-me. Algum problema em tornar-se parte deste gavião? — Perguntou, fixando bem seu olhar no dele, como se transmitisse algo. O rapaz encarou-a por um instante quieto e suspirou, baixando a cabeça.

— Não, senhora...— Disse por fim, cerrando os punhos e dando-se por vencido.

— Pois então está decidido. — Disse, colocando-o no chão, deixando-o se ajeitar. Ele fitava o chão com tanta intensidade que se pudesse faria um buraco. Saphira observou-o por um tempo e virou-se, olhando para Kazama.

— Quando o ritual tiver concluído, se me permite, quero tê-lo como servo. Será de minha e sua confiança. Concorda? — Pediu, aproximando-se e ficando a poucos centimetros do Hanyou. Aleph a olhava incrédulo e Ahmed, sem ação.

Como ela poderia fazer um pedido daqueles? E porque fazia? Tomáz solta um suspiro demorado e Halgoz solta uma gargalhada suave, encostando a mão no ombro de Kazama.

— Avisei que alguma coisa ia acontecer. O rapaz está amedrontado, Saphira já notou isso. Já sabemos o futuro, e pelo jeito, Algoz fez questão de contar à mulher em seu sonho. Assim que a mutação for feita, ele se matará. Saphira o salvando agora das garras de Ahmed, ganha total confiança do rapaz e ele lhes serão mais úteis do que imaginas. A decisão é tua.

Uma vez dito, o silêncio permaneceu. Aleph olhava as costas de Saphira com um olhar confuso e ao mesmo tempo esperançoso. Mal conseguia olhar Ahmed que espumava de ódio que pensava em intervir mas sabia que não poderia fazer showzinho algum senão colocaria tudo a perder.

por Kazama Sex 26 Ago 2011, 5:51 pm

Realmente, o Hanyou teve uma surpresa.Com certeza a melhor de toda a noite. Ao olhar, incrédulo, tudo que havia acontecido desde que Ahmed chegou, no final tudo que ele fez foi gargalhar. Gargalhar o mais alto que pôde. Ouviu então as palavras da Halgoz, e entendeu o porquê de tudo aquilo. Aqueles três provavam ser cada vez mais úteis aos seus planos, ao ponto de Kazama admitir que não conseguiria realizar aquilo sozinho. Uma excelente jogada, ao ponto de deixar aquele humano infeliz encurralado, sem poder fazer nada se não assistir. Apoiado na parede no segundo andar da casa, provavelmente teve a visão mais privilegiada de todos, não perdendo um misero detalhe. — Parece que terei diversão até o final... — Pensou, já recuperando o seu fôlego. — ...Mas eu acho que já está na hora de acabar com isso. — Já havia perdido tempo demais aturando aquilo, estava na hora de apressar as coisas e terminar de uma vez, para prosseguir com seus planos. — Não vejo o porquê dizer não. Além disso, graças a você esse jovem foi domado. Não vejo nada mais justo que lhe conceder seus serviços. — E então, olhou para Ahmed. Era divertido ver o humano naquela situação, sendo humilhado e não poder reagir. — Creio que você também não vê problema, certo Ahmed? —

Kazama havia colocado a mesma máscara de antes, a de um tolo ainda do lado do evocador, sendo enganado. Precisava manter as aparências e garantir que o final saísse do jeito que desejava. — De qualquer jeito, não temos tempo. Vamos começar esse ritual, e não se preocupe, Ahmed, a sua fidelidade será muito bem recompensada quando tudo acabar. —

por **Shaorin** Sex 02 Set 2011, 12:53 pm

Os olhos de Ahmed, como já foi narrado, eram ódio puro virados para Saphira. Agora além de querer tomar seu corpo, queria acabar com sua vida. Kazama, divertido com a situação e querendo ver a reação dele, perguntou se não tinha problema aquilo. Tratou de responder rápido para não terem dúvida nem pensar nada.

— Claro que não, mestre. Acho que até bem escolhido, se me permite dizer e...

— Você não tem que achar nada, apenas siga o que mandamos. — Repreendeu Saphira, olhando-o com desprezo. Olhou para o garoto e depois par ao gavião, e deu um sorriso vitorioso.

— Arrumamos o mesmo lugar onde criamos a outra garota. Os corpos foram retirados e jogados no cemitério para as criaturas. Tudo está pronto. Vamos.

Sem uma segunda frase, saíram da falsa mansão de Kazama e foram direto para a casa onde tinham feito o primeiro feitiço. Rapidamente chegaram lá a passos rápidos e entraram. Ahmed pediu que ficassem os dois em um canto para que terminasse com os preparativos. Aleph deitou sobre aquela mesa de granito. Antes de se deitar completamente olhou para Saphira. Ela aquiesceu e olhou para Kazama sorrindo de canto. Pelo jeito, já tinha conseguido sua lealdade.

Com a faca, fez um ferimento superficial no braço de Aleph, que nada reclamou, e depois matou o gavião fazendo seu sangue respingar no rapaz. Aquilo era nojento visto pelo começou, coisa que não foi possível ser vista pelo casal que agora assistia de camarote.

Os outros dois que auxiliavam logo a frente não sabiam o que aconteceria. Pelo jeito, nenhum de seus servos sabia até que chegasse sua vez. Literalmente, um matadouro. Assim, Ahmed começou a decifrar as palavras inscritas no livro segurado por sua mais nova criatura.

Aos poucos o show começou. Uma luz prateada tomou conta do gavião morto e de Aleph. Ele começou a gritar, sentindo a transformação. A magia foi intensa que podia ser sentida por Saphira e Kazama. Era tão forte que fez Aleph se erguer e ficar há poucos centímetros do granito.

Das suas contas surgiram asas de gavião e na lateral de seu antebraço e pantorrilha, penas negras e marrons da ave. Ele piou ao mesmo tempo que gritava, uma mistura demoníaca horrível de ser escutada. Seus olho adquiriram a mesma do gavião, assim como sua audição. Em pouco minutos tudo tinha terminado, e claro, para dar um desfeche, ele acabou por matar as duas pessoas li presentes, como de imediado. Não era para comer, só sabia que tinha que fazer.

A luz serena voltou ao ambiente e Aleph saiu por a fora direto para os céus de Takaras. A Lua estava cheia e ele voou quase perto dela, contornando-a num círculo gracioso. Saphira saiu, olhando aquela situação com certa admiração, até vê-lo descer e pousar suavemente no chão. Ao que parecia, ele não imaginava que seria tão bom. Estava com um sorriso austero e um olhar penetrante, que fez questão de pousar em Saphira. A esta altura Ahmed já estava lá fora e esperava que a criatura fosse até ele para se ajoelhar.

— Ajoelhe-se a seu mestre, criatura. — Ordenou, olhando-o de cima.

Aleph olhou para ele com desprezo por alguns instantes e, inclinando-se para frente de asas abertas, segurou a mão de Saphira e beijou, dizendo.

— Às suas ordenes, minha mestra. — Ambos podiam sentir os olhos de Ahmed faiscarem de puro ódio. Saphira não pôde conter um sorriso enquanto se olhavam, alguma coisa estava acontecendo, um ar diferente, tenso.

por Kazama Sex 02 Set 2011, 8:39 pm

Durante o ritual, Kazama não estava atento a quase nada dentro daquela casa, a não ser o ritual. Seus olhos observavam e guardavam cada mínimo detalhe, cada gesto e ação praticada por Ahmed. Seus ouvidos absorviam cada uma das palavras que dizia, memorizando-as completamente. Com certeza não haveria uma segunda chance para o Hanyou presenciar aquilo privilegiadamente, então ou ele aprendia o básico do ritual naquele momento ou jamais iria completar o seu plano. No final, a mesma cena que observou outrora se repetiu. Após passar por algo semelhante a uma incrível dor, o garoto matou os outros dois servos de Ahmed, que como Kazama previra eles não faziam ideia do que aconteceria à eles no final do ritual. Em seguida, ele saiu da casa rumo ao céu, provavelmente testando as suas novas habilidades, no entanto as mudanças começaram aqui. No primeiro ritual, assim que ele terminou a garota já era uma criatura totalmente leal ao evocador, mas este ignorou por completo as ordens daquele homem, aceitando Saphira como sua mestra. Apesar de ter sido combinado de que era aquilo que aconteceria, Kazama achava que Ahmed iria controlar a vontade de Aleph através do livro ou faria alguma artimanha no meio do ritual para garantir que não fosse traído. Além do mais, as chances daquilo ser uma encenação eram quase nulas, pois pela expressão daquele homem era possível notar um ódio gigantesco, coisa que não aconteceria se ele estivesse controlando a situação. Seria aquilo fruto de um erro do humano ou...

— Parece que aquele humano é mais interessante do que aparenta... — Sussurrou, enquanto um largo sorriso cobria sua face. Na verdade, Kazama estava se segurando para não gargalhar, pois todo aquele espetáculo que acontecia à sua frente era único, sendo a primeira vez que se divertia tanto em meses, ou até mesmo anos. Ainda estava dentro da casa, apoiado em uma das paredes. Seu plano estava quase completo, só precisando dar um desfecho digno a aquela grande apresentação que estava conduzindo. — Halgoz, Tomáz. — Convocou-os. Havia algumas coisas que precisava confirmar com os espectros antes de continuar, pois não queria dar-se ao luxo de cometer um erro após ter chegado tão longe. — Agora que já observei e gravei o básico, creio que já tenho tudo que preciso para avançar. No entanto, pretendo confirmar antes com vocês... — Seus olhos então moveram-se rapidamente para a figura inquieta do evocador, fitando-o fixamente. Só de olhar, aqueles dois talvez já soubessem o que ele queria. — Esse humano ainda terá alguma utilidade para nós, ou eu posso começar a agir do meu próprio jeito? —

por **Shaorin** Ter 06 Set 2011, 11:15 am

Halgoz e Tomáz entraram em ação. Kazama conseguiu ver Halgoz chegar perto de Ahmed e tocar-lhe a fonte. No mesmo instante o humano sentiu um calafrio e tremeu inteiro, passando as mãos no corpo como se tirasse poeira. O espectro voltou e um olhou para o outro e deram de ombros.

— O ritual é basicamente aquilo, entretanto, eu diria para esperar mais uns dois dias para ver o que ele vai fazer. Algo me diz que não será bom.— Avisou Tomáz, olhando para a forma como ele olhava Saphira e Aleph.

— Ele fará alguma coisa contra sua dama. Aprontará algo para forjar uma armadilha e ela ser a culpada. Mas você deve estar perto, senão, cairá por mais que avisemos.

— Vamos voltar, mestre? — Perguntou Ahmed, olhando para Kazama. Há quanto tempo ele estaria olhando-o? Minutos? Ou simplesmente olhou agora? Será que ele percebeu alguma coisa sobre os espíritos ou ainda mais, os via e fingia não ver? O Hanyou devia saber que alguns seres humanos conseguem ver criaturas de outro mundo.

Saphira chamou Alpeh e este voou pelos céus de volta para a mansão, a Hanyou começou a andar devagar, lançando um olhar profundo e demorado para Kazama como se quisesse dizer alguma coisa importante, mas não o fez. Tomáz foi atrás de Saphira, andando ao seu lado. O espectro gostava da Hanyou e não tinha nada a esconder sobre isso. Ele mesmo avisara o que aconteceria e esperar que Kazama percebesse na hora certa.

por Kazama Ter 06 Set 2011, 5:37 pm

Com certeza ficou impressionado ao ouvir os espectros. Pelo jeito, a paciência que Ahmed tinha com Saphira havia acabado completamente, pois para se arriscar daquela só o mais puro ódio justificava. No entanto o que mais surpreendeu Kazama foi o fato dele cair na armadilha mesmo sabendo de antemão, o que mostrava que o plano de Ahmed deveria ser algo incrível, quase ou sem nenhuma falha para ser explorada. A tentação de acabar com o humano naquele momento e evitar problemas era grande, porém o Hanyou estava curioso em saber o que exatamente aqueles espectros falavam, decidindo então arriscar e ver no que aquilo iria acabar, mas ainda sim tomaria algumas precauções como de costume, para na pior das situações ainda ser capaz de manter tudo sobre o seu controle. — Se ele irá fazer algo contra ela, não acha que é melhor avisá-la? — Indagou. Porém, logo notou o olhar de Saphira e deixou um leve sorriso escapar. Então se virou, caminhando até um canto da casa. — De qualquer jeito, diga-a que se tiver algo para falar comigo, estarei a disposição. — Direcionou-se a Tomáz que estava ao lado da mulher. Naquele momento, não havia nada mais que ele pudesse fazer. Seu principal objetivo já tinha alcançado, e o que restara era justamente acompanhar os novos acontecimentos. Por fim, sentou-se em uma das velhas poltronas daquela casa, apoiando a cabeça em uma das mãos. — Vou descansar um pouco se não há mais nada para se ver. Agradeço por todos os seus esforços, Ahmed. Logo serão recompensados, eu garanto. —

por **Shaorin** Sex 09 Set 2011, 1:29 pm

Ambos espectros riram quando Kazama questionou sobre contar à Saphira. Assim que chegaram no casarão, a mulher foi direto para seu quarto e fechou a porta num baque suave; Aleph entrou no quarto ao lado com as ordens de sua mestra, e foi seguido à olho irritado por Ahmed. A besta feminina tinha sumido pela mansão, tinha ordens para procurar um outro quarto para dormir, estava em forma humana; Quanto a Tomáz e e Halgoz, sumiram pela mansão. O último que sobrou foi Ahmed, que agradeceu com a cabeça aos elogios de seu novo mestre.

— Agradeço e sou humildemente satisfeito por confiar a mim ser parte de seus graciosos planos. — Falou com certa eloquência natural de um humano egoísta. Virou-se para ir embora mas acabou por virar, olhando-o de canto.

— Se me permite dizer, meu mestre...Não concordo com o que aquela Youkai fez ao pegar uma de suas. Não sou ninguém para dizer isso, apenas...Digo que vocês ainda não sabem como lidar com elas. Mas bem, se Saphira sabe...Não entendo como ela descobriu. Mas o senhor já devia saber que ela sabe de alguns destes rituais, é claro. — Comentou, jogando verde. Ahmed decidiu terminar de subir as escadas e ir direto para o mesmo corredor que o de Saphira. E por um momento Kazama pôde ver um vulto preto entrar e sair das costas do humano. Assim que o vê sente em sua própria coluna um arrepio. O que poderá ser aquilo? Que coisa era aquela que estava nas costas de Ahmed? E que ideia foi aquela dele falar aquilo de Saphira? Ela poderia talvez ter lido o livro? Mas como? Hm, eram tantas perguntas que poderiam ser feitas, mas que facilmente poderiam ser respondidas.

Kazama resolveu não ir para um quarto mais luxuoso da mansão. Um bom lugar para descansar era aquela poltrona grande e macia. Suportaria dois Kazamas tranquilamente. Em pouco tempo de silêncio sentiu seus músculos relaxarem e o sono vir junto com o cansaço. Estava tão cansado que agora que percebera. As coisas foram acontecendo muito rápido que não conseguia descansar como queria. Primeiro, a aparição de sua espiã; em seguida, sua nova e poderosa espada; e em terceiro, Ahmed, o criador de Criaturas. O que mais poderia vir agora? Quais seriam seus próximos planos?

por Kazama Sex 09 Set 2011, 9:45 pm

Por um momento arregalou os olhos ao ver o estranho vulto saindo de Ahmed. Não, Kazama não se assustou ao ver aquilo ou por ouvir as provocações do humano, porém o que mais o surpreendeu foi que somente por ter visto aquela aparição, pela primeira vez em muito tempo sentiu um arrepio. Ele, que se julgava superior a qualquer um havia sido afetado daquela maneira, fazendo com que logo a sua surpresa tivesse uma ponta de raiva. No entanto seus pensamentos logo mudaram. Somente pela sua presença, era possível notar que aquele estranho vulto não era humano ou algo simples como uma magia do evocador. Provavelmente, era algo mais poderoso. Além disso, apesar de ter sido somente por algumas longas horas, o Hanyou já havia definido o caráter e maneiras de agir daquele humano, e pelo menos até aquele momento cada um de seus movimentos era dotado de uma grande cautela. Dizer aquilo sobre Saphira contrariava completamente as ideias de Kazama, criando ainda mais perguntas: Será que já estava dando liberdade demais as suas marionetes e agora sofria os efeitos disto? Aquele estranho vulto estava agora controlando Ahmed, ou ele estava com o humano desde o início? Realmente, a situação se complicava pouco a pouco e, ou o Hanyou retomava a situação à seu controle ou os resultados seriam desagradáveis, como fora dito pro Halgoz.

— Não desconfio de Saphira, pois além de ter me sido útil até agora, aquela mulher já provou ter um vasto conhecimento sobre essas terras. Ela ainda será de grande ajuda nos meus próximos passos, mas antes de iniciá-los preciso terminar com isso... E o mais rápido possível. — Fechou os olhos, organizando seus pensamentos. Deveria haver algum detalhe que ele ignorou ou deixou passar, algo que serviria como um trunfo para seus próximos passos, não importa o quão ruim a situação termine. Foi então que o Hanyou sorriu, um sorriso largo, porém silencioso. Estava esquecendo o maior de todos os trunfos que tinha, algo que deveria ter usado desde o começo: a sua espada, Akahisui, a devoradora de almas. Durante os sonhos que teve após tomá-la de seu antigo guardião, alguns deles pareciam retratar o interior da espada. Um turbilhão de incontáveis almas fadadas a sofrer eternamente após terem sido capturadas por aquela arma. Se aquilo era verdade ou não, para Kazama não fazia a menor diferença, mas sim que ele poderia tirar um grande proveito disso. Desembainhou apenas uma pequena parte da lâmina e a tocou com a ponta dos dedos. Sua intenção? Somente uma. Transmitir todos os acontecimentos, detalhes e informações que conseguiu naquela noite como um eco dentro daquela tempestade. Dentre as milhares de almas ali presas, ao menos uma deveria saber detalhes - e quem sabe mais do que o próprio evocador - sobre o ritual que tanto necessita, seus segredos e tudo que fora omitido de Kazama. Reuniria todas aquelas informações, preenchendo as lacunas que faltavam para seu plano prosseguir, e então finalmente conseguiria o que tanto buscou naquelas últimas horas.
— Seus gritos de agonia são como uma melodia para mim. Obedeçam a mim, seu mestre por direito, e me mostrem tudo que eu preciso saber. —

Akahisui:

por **Shaorin** Seg 12 Set 2011, 2:06 pm

Kazama teve uma ideia arriscada em chamar uma outra criatura que não fosse Halgoz nem Tomáz para realizar seus planos. De primeira quando ordenou nada aconteceu a não ser o brilho da espada que se intensificou e ela pulsou em suas mãos. Entretanto, momentos depois, tudo ao redor de Kazama pareceu solidificar-se e tremer como uma gota d'água que pingasse em uma poça.

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De repente uma força invisível saiu da espada e foi direto para o rosto de Kazama, levando-o para trás na poltrona, fazendo-o mergulhar em visões. Quando acordou, era final do dia e tinha retornado ao exato momento em que Ahmed e Saphira se encaravam, segundos antes de Kazama sair da casa e firmar acordo com o humano. Ambos pareciam não vê-lo, enquanto que o Hanyou podia ver e ouvir tudo.

Ahmed olhou Saphira nos olhos e aproximou-se um pouco mais, apontando o dedo no meio da cara dela.

— Por que tinha que vim atrás de mim? Já não basta acabar com meus primeiros planos no passado, agora quer acabar com este?!

Saphira o olhava com desprezo enquanto falava e deu de ombros, dando uma risada suave, dando uma olhada rápida para dentro, onde ainda estava Kazama.

— Foi um erro ter te deixado viver, achando que poderia ser algum servo meu. Mas agora que achei seu covil e vou acabar com a tua vida. E não acha que não sei dos seus planos. Acha que não sei que esta putaria que fez ai dentro foi especialmente para chamar a atenção dele?! Canalha. — Rosnou, olhando de novo para ser se Kazama viria.

— Sei muito bem que aquele homem passou na hora e no lugar certo para chamar a atenção dele. Pensa que não sei? Mas acabarei com seus planos antes que seja tarde demais. E o livro virá como brinde. — Sorriu esperta e sensual.

Ahmed foi quem rosnou desta vez, relutante em dizer que estava certa. Cerrou os punhos, olhando-a nos olhos, mas quando ia responder viu Kazama se aproximar e deu um passo para trás.

Kazama agora tinha presenciado a cena que nunca vira. Devagar, observava a si mesmo aproximar-se de ambos e o trato ser feito. E assim que Saphira e Kazama viraram o corpo para ir embora, Ahmed sorriu maliciosamente, sussurrando, seus olhos tomando uma cor diferente.

— Logo logo, mestre...— Respondeu a alguém.

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Nisso o ambiente se distorce novamente e Kazama cai na escuridão, acordando em seguida sentado em sua poltrona na mansão com o rosto todo suado e a espada no chão. Seu coração estava tão acelerado que parecia que iria explodir. Sua força se esvaiu inteira e não conseguia pensar em quase nada a não ser em seu corpo e mente que estava doloridos. Usar aquela habilidade da espada, estando tão fraco e neste estágio de conhecimento de ambos - espada e seu dono -, que ainda era difícil usar suas habilidades. Mas agora Kazama tinha o que pensar. Saphira estava realmente tentando ajudar seu cúmplice Hanyou de uma criatura que nem Kazama sabia quem e o que era. E ainda mais: Por que Saphira não contou seus planos? Queria ela não aborrecê-lo ou acabar com a situação na hora certa? Difícil saber.

por Kazama Ter 13 Set 2011, 1:53 pm

Seu corpo estava pesado, sua mente exausta, estava ofegante e provavelmente não conseguiria se mexer mesmo com todo esforço... Mas mesmo nessa situação um largo sorriso estava estampado em seu rosto. Mais uma vez testemunhou o poder imensurável da Akahisui. Sabia que pelo estado que estava ainda não havia dominado as habilidades daquela espada, ou melhor, seu domínio ainda era mínimo. Porém, caso esse pequeno "problema" fosse superado, Kazama poderia alcançar algo que faltava, e muito, ao rei daquela terra: onisciência. Ser capaz de ver, ouvir e sentir tudo que acontecia em seus domínios, evitando qualquer conflito ou revolta que lhe ameaçasse, ou apenas que lhe desse dor de cabeça. Mas naquele momento não era o ideal para pensar naquilo, pois o Hanyou ainda tinha algo para lidar: Ahmed. Após aquela visão, tornou-se óbvio o quão perigoso era aquele homem, e principalmente ao ser que ele chamava de "mestre". Não somente isso, uma raiva ligeira passava por Kazama ao saber que, a peça que achou estar comandando, na verdade estava sendo influenciada por aquele humano. Sobre Saphira, ele não havia se surpreendido muito desta vez. O guardião que enfrentou há algumas semanas, pelo que entendeu, era alguém próximo daquela mulher. Ahmed, apesar de não ser alguém que pudesse ser chamado de "próximo", parece ter tido seu passado atrapalhado por ela. O mais intrigava ao Hanyou era saber que pela segunda vez, os seus obstáculos tinham alguma ligação com aquela mulher. Seria aquilo coincidência ou algo mais? Ele não sabia dizer, mas quando resolvesse seu maior problema no momento, tomaria suas previdências.

Pegou a espada que fora derrubada no chão e embainhou novamente, colocando-a apoiada sobre uma de suas pernas. Para Kazama, só havia mais uma coisa a se fazer: Acabar com seu novo obstáculo. É claro, não seria naquele momento. Estava exausto após usar as habilidades da espada, fora que enfrentar algo que ele não conhecesse o real poder naquele estado era tolice, além de que o livro ainda estava na posse do humano. Depois de tudo que passou, perdê-lo era uma opção. Uma ação impensada poderia resultar justamente no que ele menos desejava. Faltavam algumas horas para amanhecer, e logo tanto Saphira quanto Ahmed deveriam voltar para a sala. Até lá, Kazama descansaria para recuperar suas forças, aguardando o momento ideal para agir.

por **Shaorin** Seg 19 Set 2011, 2:33 pm

O resto da madrugada passou de forma demorada, proporcionando a todos um bom descanso. Quando os primeiros raios de Sol tocaram o chão através da janela passos soram no chão de madeira do andar de cima, acordando Kazama. Conseguia ouvir os passos mas não precisava abrir os olhos nem apurar seus sentidos para saber quem era, o salto já fazia isso.

Saphira desceu as escadas devagar coçando a cabeça de forma despreocupada enquanto olhava para os lados. Não pensava encontrar Kazama recostado na poltrona; se aproximou.

— Ora ora...Mas nesta posição não deve ter conseguido dormir bem.

Como era cedo e não tinham jantado, ambos estavam famintos por algo suculento para comer. Se estivessem cansados, nem conseguiriam senti-lo pela força arrebatadora da fome.

— Vou sair para comer alguma coisa e ver a nova mansão. Quer ir comigo? — Perguntou já se dirigindo para a porta e abrindo. Halgoz e Tomáz surgiram e recostaram na parede um de cada lado da porta, olhando a garota se aproximar. Olharam para Kazama.

[i] Vai perder a oportunidade de ver a mansão e indagá-la sobre o que viu ontem?

Ora, não somos idiotas. Sabemos que usou os poderes da Akahisui, mas não poderá usar mais de uma vez numa semana, garoto, pode morrer. Não és forte o suficiente....Ainda. — Terminou Tomáz, completando a frase de Halgoz.

A esta altura Saphira já tinha saído e o Hanyou podia ver as costas da mulher a frente com os cabelos loiros balançando com o vento. O sol estava morno mas ainda esverdeado pelo lugar onde estavam.

por Kazama Qui 22 Set 2011, 2:50 pm

A manhã chegou, e logo a pessoa mais esperada por Kazama apareceu. Como esperado, Halgoz e Tomáz sabiam que o Hanyou havia usado os poderes de sua espada, comprovando a ligação dos espectros com ela. Ouviu o que ambos falaram, principalmente a parte sobre o que aconteceria se ele utilizasse os poderes da espada mais uma vez. Kazama apenas riu, mas nada comentou. Alguém como ele morrer por usar os poderes de uma ferramente sua? Besteira. Mesmo já tendo sentido no próprio corpo as consequências do primeiro uso, seu orgulho não o deixava admitir que correria perigo. Se tivesse que usá-la novamente, o faria sem hesitar. Seus objetivos falavam mais alto do que o seu próprio bem estar. Acelerando o passo durante algum tempo, o Hanyou logo se aproximou de Saphira, andando apenas à alguns centímetros atrás da mulher. Não sabia exatamente onde era a mansão que a mulher iria ver, portanto era melhor deixar que ela guiasse. Durante a maior parte do caminho permaneceu quieto, apenas mantendo o seu típico sorriso, como se estivesse ansioso por algo, até que logo foi andando mais devagar, observando Saphira. — E então, conseguiu ter uma boa noite de sono? —

Spoiler:

por **Shaorin** Qui 22 Set 2011, 3:25 pm

Kazama, quando for colocar em spoiler alguma coisa...plz...coloque com fonte preta e não esqueça de fechar o "[/color]" kkkkk, pq fica branco e eu tenho q selecionar pra ler T________T'' no problems ;D Postasse amanhã kkk
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Gostou de Kazama fazendo companhia. Sabia que ele iria, a curiosidade era algo que pegava qualquer indivíduo independente de sexo ou força, e aquele Hanyou não era diferente. Seguiu um pouco reto, depois de mais ou menos quinze minutos virou uma curva, mantendo-se na trilha. Olhava vez ou outra para trás para ter certeza de que Kazama estava ali.

— Ora, muito bem, obrigada. — Estranhou a pergunta. Kazama nunca fizera este tipo de pergunta, não era amigável e preocupado com quem andava. Aquilo era novidade. Ele deveria querer algo, e Saphira sabia muito bem. Sorriu de canto deixando que ele ficasse ao seu lado e olhou-o.

— Nunca se importou com minha forma de dormir. Está querendo me perguntar alguma coisa. — Falou sem rodeios. Grosseira ou não, estava sendo sincera e Kazama sabia disso. Se ele estava falando aquilo, daquele jeito, era porque alguma coisa tinha.

Haviam árvores mortas e escurecidas rente à trilha. O Sol morno tocava o corpo de ambos e esquentava pouco proporcionando um calor confortável. Aquela paisagem morta não era uma das melhores, mas com certeza revelava o caminho tortuoso por onde o próximo e real covil de Kazama poderia estar.

por Kazama Qui 22 Set 2011, 8:31 pm

Quando ouviu a ríspida resposta da mulher não conseguiu se conter, soltando uma leve e breve risada. A intuição de Saphira mais uma vez demonstrou estar correta, ou ela já estava imaginando que uma hora o Hanyou descobriria sobre a verdade por trás de todo aquele teatro? Sinceramente, ele não dava a mínima, aquilo na verdade tornava as coisas ainda mais fáceis. — Infelizmente, desta vez eu só estava tentando ser um pouco mais atencioso com a minha cúmplice, mas já que mencionou... — Nesse momento, a expressão de Kazama passou de um riso de deboche para uma séria. Anteriormente as coisas já haviam fugido completamente de seu controle e por isso ele não iria admitir novas falhas, principalmente de sua parte, na execução daquele plano. Se continuasse brincando como fizera até agora, ele sabia que teria problemas. — Serei breve. Até quando você planejava manter em segredo a verdade sobre Ahmed? — O tom da voz de Kazama estava um pouco mais severo, grave. Se Saphira o conhecesse bem, com certeza notaria que alguma coisa havia acontecido de errado em seus planejamentos, explicando a sua irritação. — O único motivo daquele humano ainda estar vivo é pelo fato de eu tê-lo considerado algo desprezível, que pouco me afetaria. Mas recentemente eu descobri ele serve a uma existência bem mais poderosa. Seja lá o que ela for, com certeza será problemática para nós no futuro, principalmente por já termos nos envolvido com a sua marionete. —

Não poupou palavras, queria ser o mais breve possível para assim evitar rodeios. Apesar do tom severo, Kazama tentava falar o mais baixo possível, de modo que apenas Saphira o escutasse. Seus sentidos estavam focados no ambiente procurando qualquer presença que se esgueirasse por ali. Não iria cometer mais o erro de subestimar aquele humano, portanto qualquer um que levasse aquela conversa para ele seria algo desastroso. — Vamos voltar ao começo e deixar as coisas bem claras. — Fez uma leve pausa, logo continuando. — Primeiramente, quem é realmente Ahmed e o que é essa existência que ele chama de "mestre". E em segundo... O quanto você conhece daquele livro? — Havia mais perguntas, mas todo o resto Kazama considerou desnecessárias para o momento. Ele só necessitava daquelas duas para começar a planejar seu próximo movimento, no qual ele garantiria ser o último a respeito daquele homem.

por **Shaorin** Sex 23 Set 2011, 10:46 am

Não pôde deixar de olhá-lo incrédula quando disse que estava sendo atencioso. Aquilo era raro, e pensou se teria de acostumar com isso. Porém, logo o que ela pensava chegou à tona. Saphira pensava em contar muito tempo depois, talvez quando já tivessem exterminado Ahmed ou quem sabe, na metade do caminho. Mas a mulher sabia os poderes daquela espada e já imaginava que em algum momento Kazama descobriria este simples poder dela de muitos. Estes, claro, Saphira sabia de cór mas não era momento para falar.

Pensou por alguns instantes antes de responder, ouvindo-o já formulando as respostas. Ficou surpresa em ele saber de uma outra entidade que ele servia, e estreitou um pouco mais os olhos. Isso a espada não mostraria, nem mesmo os espectros; somente algum deslise de Ahmed.

Esperou que ele tivesse terminado mas ao fazer as duas últimas perguntas, Saphira parou de andar e encarou-o por um longo tempo, mas tornou a andar. Ainda estavam longe da mansão e não tinha pressa de chegar. Bom, pelo visto, era a hora da verdade, pensou Saphira.

— Imagino que já andou aprendendo alguns dos poderes da espada. — Começou, parando de olhá-lo e voltou a andar. — Algumas coisas, Kazama, não deveriam ser ditas muito menos encontradas, porém quando o destino junta estas pessoas é para algo maior.

Até agora estava rondando o assunto para enfim entrar na parte mais importante. Saphira nunca foi disso e Kazama podia perceber que o que ela tinha para falar era importante. Mexeu nos cabelos e olhou para frente.

— Quando conheci Ahmed, eu estava procurando este livro. Foi muito difícil achá-lo. Ele estava em uma dos milhares mausoléus existentes por toda a ilha. Percebi que ele o procurava também, mas quando nos encontramos e ele percebeu minha raça, soube que não teria chances.

Relatou, mostrando a verdade para Kazama. A mulher contava com certa sutileza, vez ou outra raiva. Sorriu.

— Foi então que ele sumiu e eu descobri o paradeiro do livro. Passei muito tempo analisando como pegaria o artefato, até que naquela madrugada eu consegui. Fiquei em sua posse durante quase um mês, aprendendo-o inteiro. Até que uma noite Ahmed retornou.

— Ele tinha se aliado a um demônio muito poderoso. O nome que ele usa é Kankuro, seu nome verdadeiro ninguém sabe. Assim, ele ficou muito mais poderoso que eu e conseguiu tomar de mim o livro. Não sei o que aconteceu depois, mas jurei que arrancaria o livro dele algum dia. Aquela criatura não ficaria com ele para sempre.

— Um tempo depois descobri por mim mesma que aquela criatura que ele se aliara quase o matou, e ele acabou por deixá-la. Foi aí que eu ataquei. Deixei-o com ferimentos bem graves e acabei com seu último plano, mas não consegui pegar o livro porque ele tinha escondido muito bem.

— Como já sabia todos os seus poderes, mas não conseguia exercer porque precisa do livro para alguns rituais, resolvi esquecer por um tempo e me focar em outros aprendizados e ideias. Foi quando te conheci. Na primeira vez que nos separamos soube por fontes confiáveis que ele tinha voltado e tinha outros planos. Foi aí que procurei saber mais e somei dois mais dois. Soube que haveria um ritual naquele dia e fiz com que Ahmed ficasse confuso e tomasse outro caminho. Ele sabia que eu estava por perto e resolveu se camuflar, só não sabia que iria logo na tua direção.

Foi então que olhou-o por fim, seu olhar penetrante fixado em Kazama com um sorriso austero e esperto.

— Você precisa de alguém que leia o livro e que lhe ensine tudo, e quer o livro. Eu, quero acabar com Ahmed. — E concluiu por fim, parando de andar. — E eu sou a pessoa ideal para isso. Ele usa o ritual da página seis, capitulo doze. Transformação dupla de indivíduo.

— Mas algo que você disse me preocupa. Ele está novamente aliado a este demônio. Por quê? O que, por acaso, o demônio quer com você?

Pensou por um momento colocando a mão no queixo olhando através do rosto de Kazama, seus olhos procuravam algo no ar que pudesse encaixar. E achou.

— Mas é claro! O demônio quer a espada! Como não vi isso antes. Não é Ahmed que quer a espada, é Kankuro! — Preocupou-se. Ficou séria, olhando Kazama com o olhar duro e determinado.

— Teremos de tomar cuidado. As coisas, a partir de agora, tomarão caminhos diferentes. Preferia te contar quando já estivéssemos próximos de conseguir o livro, mas com esta nova notícia as coisas tomam novo rumo.

— Ahmed não pode desconfiar que sabemos do seu segredo. Caso saiba, tudo vai por água abaixo. Posso contar mais alguns detalhes sobre Kankuro, afinal pesquisei sobre meu inimigo, que agora é nosso. Te contarei tudo e acho que Tomáz e Halgoz podem ajudar. Mas isso, só na mansão.

por Kazama Sex 23 Set 2011, 2:05 pm

— Kankuro...? — Levou a mão ao queixo, pensativo. Como já imaginava, aquele não era um simples demônio como os outros que já havia encontrado por Takaras. Um ser forte o bastante para derrotar Saphira era, com certeza, algo que Kazama deveria prestar atenção, principalmente agora que a sua verdadeira intenção estava clara. Ficou quieto por um tempo analisando todas as respostas dadas pela mulher, tentando encaixá-las da melhor forma possível em seu futuro plano. Então, a face séria se desfez, dando lugar ao característico sorriso malicioso do Hanyou, indicando que ele já havia pensado no que fazer. — Pelo que você disse, esse Kankuro é bem poderoso, não? — Indagou. — É uma pena. Ele daria um ótimo seguidor, mas é melhor não arriscarmos... Ao menos por enquanto. — Kazama exalava confiança e, sem cerimônias, voltou a andar na provável direção até a mansão que Saphira tanto mencionou, orientando-se pela paisagem que parecia mais e mais apodrecida a cada metro que avançavam. — Vamos rápido para a mansão. Já tenho algo em mente, mas vou esperar você falar o resto para então aperfeiçoá-lo e garantir que não haja mais nenhuma falha como o anterior. Quando tudo estiver pronto, iremos agir. —

por **Shaorin** Qui 29 Set 2011, 2:37 pm

Confirmou. Era o mais sensato a fazer quando tudo pode ter ouvidos. O caminho tornou-se tortuoso e triste como a maioria dos lugares em Takaras. Árvores, cada vez mais retorcidas e acabadas e o céu mais cinzento. A trilha tornou-se uma curva e ao invés de segui-la Saphira continuou em frente pelos arbustos e árvores, e então a mansão começou a surgir.

— Mansão Zalen*. Parece pequena por fora, mas por dentro...É a maior casa que já possa ter entrado. — Sorriu de canto e caminhou até ela. Havia um jardim que estranhamente era bem cuidado que precisavam atravessar para chegar na casa. E assim que tocaram o jardim puderam sentir algo estranho atravessar seus corpos, era como se estivessem atravessando um campo de força. A partir dali foi que sentiram então todas as almas que estavam rodeando a casa. Eram criaturas presas à casa por algum motivo mas que nada faziam à quem passasse. Kazama conseguia ver alguns dos espíritos. Eram crianças, mulheres e até homens perdidos pela floresta.

Saphira abriu a porta com a chave e entrou, acendendo o interruptor cheio de poeira e teia de aranha. Uma vez acesa, podiam ver a enorme casa em que estavam. Logo na frente tinha uma enorme escada que ia direto para os aposentos de cima; embaixo, um grande tapete vermelho cobria o centro e um candelabro de cristal em cima iluminava tudo. Três corredores, um de cada lado da escada e outro logo à esquerda de quem abre a porta. Todos estavam escuros mas era possível ver algumas estátuas de criaturas guerreiras e até mesmo Soldados de Hilydrus com armaduras.

— Aqui ficaremos em paz. — A mobilha era rustica e original. Duas mesinhas estavam nos cantos junto com duas poltronas grandes e confortáveis perto de uma enorme e luxuosa lareira que estava acesa. Acima dela tinha uma única imagem de mulher. Ela era loira também e por algum motivo lembrava Saphira. Foi direto para uma das cadeiras e sentou-se chamando Kazama para se juntar a ela. Uma mesinha estava entre as duas cadeiras e nela tinha duas taças e uma jarra de vinho. a Youkai serviu ambos e tomou um gole do liquido, cruzando as pernas e ficando à vontade.

— Primeiro, diga-me o que tem em mente e poderei contar mais alguma coisa sobre Kankuro que lhe sirva.

* Imagem da casa. Só clicar no nome.

por Kazama Qui 29 Set 2011, 9:41 pm

Mesmo tendo visto apenas um único cômodo da casa, Kazama gostou do que viu. Aquela realmente poderia ser um ponto para ele permanecer, pois além de afastada do centro de Takaras, ainda tinha uma forte barreira provocada pelos espíritos presos à casa, fazendo com que seres comuns ou fracos ficassem longe de incomodá-lo. Sentou-se na cadeira e apreciou o vinho servidor por Saphira. Após tantos problemas, um bom gole serviria para acalmar os ânimos. — Você já deve saber o que pretendo. — Disse. O Hanyou não era alguém que gostava de ser enganado ou manipulado por outros, e a mulher já devia saber bem o que ele faria com aqueles que ao menos tentassem isso. — Como eu disse lá fora, o único motivo de eu ter permitido que Ahmed vivesse até esse momento foi por considerá-lo um ser medíocre e inofensivo, ou melhor, ele é isso, porém enquanto não usufruir de seu contrato com esse tal "Kakuro". Se tudo o que você disse for verdade, não podemos deixar que esse demônio manifeste seus poderes, precisamos ser precisos e eficazes no que eu planejo, ao contrário teremos problemas. — Tomou mais um gole do vinho, saborando-o. Kazama balançava a taça de leve, fazendo o conteúdo ali dentro ir até a beira do copo e voltar. Seus olhos acompanhavam esse movimento, interessados. Então colocou o copo sobre a mesa, voltando a apoiar a cabeça em sua mão direita.

— Ao anoitecer iremos agir. Eliminaremos aquela escória de um modo rápido e certeiro, onde eles não tenham nem o tempo de reagir contra nossos movimentos. — As futuras ações de Kazama foram decididas, e nada o faria voltar atrás. Ele já havia perdido tempo demais naquela brincadeira por um simples livro. Se ele não podia pegá-lo através da manipulação, o conseguiria através da pura força. — Como já chegamos até aqui, a nossa prioridade será o livro. Voltaremos ao esconderijo de Ahmed normalmente e lá realizarei nossos primeiros passos. Você não precisará de um sinal, apenas acompanhe e haja quando for necessário. Assim que agir e obter o livro, saia da casa. Aquele humano é alguém simplório, mas aquele demônio parecer ser tão cauteloso quanto nós, portanto eu não duvido que ele tenha escondido servos de Ahmed perto daquela casa. A sua prioridade será fugir com o livro, mas se essas bestas realmente aparecerem e a situação apertar, mandarei Tomáz e Halgoz para lhe proteger, já que sendo você duvido que negarão. Você também tem um servo, não? Pois bem, use-o. Porém, evite matar essas bestas pois precisamos de peões para os nossos planos. Como eu disse na sua primeira luta contra elas, apenas tente causar ferimentos graves, pois provavelmente eles possuem uma rápida regeneração e logo serão fiéis a nós assim que nos apossarmos completamente do livro. —

Como de costume, Kazama apresentara um plano ousado e arriscado, onde um mínimo erro vindo dele ou de Saphira provavelmente causaria uma falha grotesca, ocasionando no pior destino para ambos. Entretanto, ele não estava preocupado. Um largo sorriso estava em seu rosto, apreciando os últimos goles de seu vinho. Mesmo sendo arriscado, ele tinha certeza que havia montado um plano sem falhas igual ao último, bastava que cada um cumprisse seu papel com perfeição. E o seu papel ele garantia que seria cumprido. — Por fim, enquanto você foge eu irei cuidar de Ahmed e Kankuro. Há algumas coisas que eu tenho que resolver com aquele demônio, portanto fugir não é uma opção, sem contar o fato que ele nos seguiria não importa aonde fossemos graças ao livro roubado. — Então se calou, esperando que sua cúmplice captasse todas as informações e se ela teria algo a dizer. É claro, Saphira ainda não havia dito tudo sobre aquele demônio, portanto Kazama ainda poderia mudar um detalhe ou outro para garantir que se adequasse perfeitamente as suas informações, mas isso somente após a mulher se pronunciar.

por **Shaorin** Ter 04 Out 2011, 9:00 am

Ouviu com atenção o plano de Kazama e sorriu. O plano era perfeito, tirando o fato de que poderiam ser descobertos rapidamente. Agora tinha um aliado e sabia muito bem disso. Aleph tinha sido peça crucial para seus planos e o Hanyou ao seu lado veria mais tarde. O motivo por ela ter escolhido aquela criatura e a raiva de Ahmed não tinha sido explicado ainda, mas isso não precisava, uma vez que isso aconteceria em breve.

— Consigo ter domínio da criatura dele para que meu servo aja sobre ela. Como disse, lembro de alguns feitiços que podem ser usados sem o livro, e um deles é o de bloquear Kankuro. Consigo mantê-los longe por quase meia hora, iludindo ambos ao mesmo tempo como se tivessem juntos.

— O único problema é que precisamos saber onde ele esconde o livro. Ele estará em alguma parte daquela mansão e teremos de procurá-la ou achar o momento certo para pegá-lo nas mãos de Ahmed. — Ela esboçou um sorriso quando viu que teria de deixá-lo e pareceu rir.

— Ora ora, Kazama, vejo que não conversa muito com seus espectros. Não deixarei sozinho com Ahmed e Kankuro. Ahmed é meu e ninguém tasca. Deixo você com o outro e ajudo quando terminar com o verme. Já o livro, é fácil. Tomáz e Halgoz aliam suas forças e conseguem tocar em algo, ou seja, conseguem fazer o livro teleportar-se direto para esta casa, o que é muito mais fácil.

— Meu plano para pegarmos o livro é simples. Serei você. Uma de minhas habilidades é a ilusão que, combinada com o livro é surpreendente. Serei você para os dois e irei direto para o quarto de Ahmed. Lá, pedirei para ver o livro e tento puxá-lo para fora do quarto com ele. Afinal, como você já deve saber, o quarto é protegido. Uma vez lá fora, o resto é com os espectros. O livro e ele ficarão desprotegidos e poderemos agir. Neste instante, aproveitando nossa saída, Ahmed está fazendo magia contra nossa entrada em seu quarto. Mesmo Kankuro dizendo que ele ficará a salvo, não confia na criatura quando estou por perto.

— Seu plano é ótimo. Assim que ele sair do quarto, entre você lá e Halgoz fecha a porta e tudo acontece. Ambos somem com o livro e eu parto pra cima de Ahmed. Ele também deve ter lido o livro, então sabe quase as mesmas coisa que eu, só que tenho algo na manga especialmente para ele.

Terminou de tomar seu vinho dando mais um gole demorado. Colocou mais e serviu Kazama. Ainda era de manhã e teriam muita coisa para conversar e conhecer. A mansão era grande e percebia que o Hanyou tinha gostado. Ela também gostava e era por isso que tinha trazido o rapaz até lá. Ela estava deixando a disposição a própria casa para os planos.

— O que acha?

por Kazama Ter 11 Out 2011, 1:58 pm

O plano de Saphira conseguia completar as "falhas" que o plano de Kazama tinha, que eram justamente a difícil escapatória que teriam. Porém ele ainda planejava manter algumas coisas, afinal, elas faziam parte de movimentos importantes que ele não iria ceder de maneira alguma. Pegou novamente a taça e tomou mais um gole, ainda analisando tudo que a mulher havia lhe dito. — Realmente, não sabia que aqueles dois espectros possuíam uma habilidade tão interessante. Aproveitarei isso em outras ocasiões também. — Colocou a taça sobre a mesa e novamente se pôs a pensar, encaixando tudo que ela havia dito para que não houvesse falhas ou brechas. Após alguns minutos em silêncio, sorriu, voltando a olhar para Saphira. — Tudo bem, faremos do seu jeito. Quando o livro estiver em segurança e aqueles dois estiverem diante de nós, não tocarei em um fio do cabelo daquele humano, mesmo sendo contra a minha vontade. Entretanto, assim como você tem os seus assuntos com aquele verme, eu também tenho os meus com o demônio. Por isso, em troca de eu não encostar em Ahmed, quando você eliminá-lo saia do quarto e me deixe a sós com Kankuro. Não se preocupe, eu tenho algo em mente que não irá falhar. — Mesmo seu pedido sendo duvidoso, Kazama ria e exalava confiança, como se possuísse absoluta certeza de seu triunfo. Bastava que a sua aliada aceitasse suas condições, para então o próximo passo estar decidido.

por **Shaorin** Ter 18 Out 2011, 9:04 am

[ Malz a demora, soh agora veio inspiração xD ]

Claramente Saphira mostrava satisfação. Aquiesceu quando disse sobre Kankuro e terminou de tomar seu vinho e pousou a taça na mesinha. Levantou-se e virou para a escada, ficando de costas para Kazama por alguns instantes enquanto olhava para cima. Deu um suspiro longo, o que iria acontecer a noite já estava resolvido, mas o que fariam até lá? A mulher esboçou um sorriso e virou parte do corpo e o rosto para seu parceiro.

— Venha, quero mostrar algo. — Voltou-se para as escadas e começou a subir. Onde as escadas dividiam Saphira virou para a direita e seguiu pelo corredor seguida por Kazama. O corredor tinha duas tonalidades. Até o final do corredor era claro, já perto da janela e onde tinha uma escada era mais escuro. Três portas apenas tinham neste corredor. Duas do lado direito e uma do esquerdo. Saphira passou direto pelo corredor e subiu a escada onde tinha um quarto lá em cima: O sótão. Pegou a chave que estava presa em um prego ao lado da porta e destrancou-a, abrindo num rangido suave. Não acendeu a luz. Não precisava, é claro, pois o lugar já era bem iluminado por uma grandiosa janela que cobria quase metade da parede.

Dentro do sótão tinha várias coisas antigas espalhadas e cobertas por poeira. Troféus antigos, quadros coberto por panos, várias caixas de todos os tamanhos espalhados pelo comodo, uma penteadeira grande, um espelho meio empoeirado num canto com uma cortina ao seu redor, dentre outras coisas que não conseguiam ver direito. Saphira estava de frente para a janela e olhava fixamente através dela. Ela sorria e esperou até ele chegar perto dela e parar ao seu lado.

Na frente deles simplesmente estava o maior e mais subestimado labirinto de Takaras.

Taberna do Cão Salgado - Página 8 Labirinto%202

Taberna do Cão Salgado - Página 8 Labirinto%202

A visão era linda, pois parecia, pela altura em que estavam, que eles viam de cima todo o labirinto. Não conseguiam ver o que tinha no centro pois além de estarem longe, ele era imensamente grande. Saphira mantinha um sorriso de satisfação estampado no rosto e seus olhos brilhavam.

— Ali está a coisa mais interessante, mas não menos importante para nós: O olho que tudo vê. Kazama, com ele...Seremos invencíveis. Nem o próprio Rei de Takaras conseguiu chegar a este olho. O que acha que isso quer dizer se o tivermos em nossas mãos?

Ela o olhou, e por um momento seu sorriso se desfez.

— Além de saber tudo e o futuro. Consegue mostrar a quem o tem qualquer coisa que esteja acontecendo no exato momento em que acontece. — Voltou a olhar para frente, contemplando a vista.

— Assim que acabarmos com Kankuro e Ahmed, aventura-se lá comigo?

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