Re: [Desativada] Torre de Magia Branca

por Menis Lordon Ter 02 Jun 2009, 8:22 pm

@Nielle

-Nielle... Kitty? É um prazer minha cara... Pode me chamar de vovó

-Keith, vovó...

-Ho Ho ho... Parece que estou enferrujada, velha demais.

-Só é velha quando quer, a natureza se renova não é? Assim como você

Sem nenhum aviso prévio, mas com uma estranha concordância, todos começam a andar. Os passos iam devagar, calmos, pacíficos. Enquanto uma brisa suave tocava a pele, como um sopro juvenil. Andaram não muito em silencio, quando Menis abre a boca para falar algo,mas fecha novamente. Gaia o olha e sorri se tornando novamente para o caminho que seguiam. Ao redor, apenas a grande planície e seu céu especial. Podiam-se ver em alguns pontos, estrelas se tornando buracos negros enquanto outras nasciam de explosões fantásticas

-Queria que ela me conhecesse, não é?

-Ela tem que entender a essência da natureza, da terra.

-Era somente isso mesmo?

Menis se cala, seu olhar que sempre fora perdido, agora se mostrava pensativo, reservado, sem reação. Gaia solta um risinho mostrando seus dentes brancos e fortes, que contrastavam com sua velhice e suas rugas em forma de casca de árvore. Então ela para e olha para Nielle e Menis, ainda com um sorriso no rosto.

-Pois bem, então a mim ela entenderá.

A velha senhora ergue a bengala e bate no chão feito isso um redemoinho de folhas de outono a cerca, enquanto os ventos balançavam seus cabelos e roupa. Ela fecha os olhos e uma luz verde suave se projeta dela. Seus cabelos antes ressecados e grossos como cipós caem enquanto fios finos, sedosos e verdes tomam seu lugar se transformando em uma cabeleira ondulada e luminosa, que descia até sua cintura enquanto balançava suavemente ao vento. Sua pele enrugada se solta como casca se transformando em folhas velhas e cascas de arvore quando caia no chão dando lugar a uma pele macia como seda, perfeita em todos os sentidos e apesar de verde, exalava um odor adocicado e atraente. Ela cresce e menor do que Nielle antes, agora tinha a postura imponente e ereta, chegando a 1,75 cm ficando até mesmo mais alta que Menis. Seus olhos não mudam ainda com seu verde incrivelmente belo e sedutor, mas seu olhar se transforma, os que antes eram olhos velhos agora se tornam sensuais, atraentes, profundos, hipnotizantes. Seus lábios eram verde escuro, perfeitos, carnudos, chamativos. O manto solto agora se tornara um vestido frente-única provocante no novo corpo, com um imenso decote, e um corte na saia, que deixava uma de suas pernas a mostra. Sua bengala também se transforma se tornando um cajado de madeira finamente trabalhado, que sustentava um orbe verde brilhante na ponta. A voz maternal e cansada toma lugar a algo melodioso, como canto de pássaros. Ela estava a mais bela mulher do mundo e ao mesmo tempo, era imponente como uma montanha. Com um sorriso travesso ela se inclina apoiando a mão no joelho e (talvez) propositalmente mostrando ainda mais o decote e piscando o olho esquerdo deixando Menis vermelho

-Aw, e então, feliz agora, meu querido?

-...

-Bem, como pode ver, Nielle,a natureza sempre se renova,mantenha isso me mente.

-Não me ignore, queridinho, você sabe que adooooro quando fica sem graça.

-Não estou sem graça... Vovó

-Ah!

Gaia da pequenos passos na direção de Nielle e Menis e várias flores nascem e crescem onde ela pisa. Ela requebra o quadril enquanto mantinha mão nos mesmos, e diz com a voz travessa e um tanto convencida.

-Não pode mais me chamar de vovó, não estou mais velha. Não acha Nielle? Acha que estou bonita?

@Shaorin

-Hum? Bem...

Menis coça o queixo pensativo e Rosane o olha, aflita e inquieta. Sem esperar muito a menina infla as bochechas e puxa Shaorin pela mão a carregando para fora do quarto úmido. Assim que atravessam a porta magicamente estão do lado de fora da torre e atrás deles, o grande portão de entrada. O dia era ensolarado como sempre com uma suave brisa mexendo nas incontáveis folhas de grama, as movimentando e criando pequenas ondas em um mar verde com odor de capim molhado. Rosane é a primeira a correr, fazendo pedacinhos minúsculos de capim voar enquanto corria pelo campo, dando rodopios, pulando, caindo e repetindo tudo de novo. Menis sorri e cruza os braços sorrindo enquanto olhava para Rosane

-Ela estava torcendo por você.

Disse, como se estivesse pensando alto, mas logo depois vira seu rosto para Shaorin revelando que falava sério. Seus olhos refletiam uma luz azul intensa, como jóias postas no sol. Sob a iluminação, sua pele estava ainda mais branca quase pálida.

-Bem...

Menis como sempre faz algo sair do nada. Era uma pequena armação de varetas de madeira com papel vermelho a encobrindo fazendo se tornar um losango, com uma linha decorada com vários pedaços de papel presos a uma linha na ponta e na mão do mago estava um rolo de linha de lã. O vento soprou e o objeto se ergueu no ar enquanto Menis girava o carretel dando mais linha, deixando que voasse mais alto. Lá em cima aquele losango vermelho balançava sobre o vento e não demorou muito para que Rosane corresse para junto de ambos, querendo brincar.

-Deixa eu brincar coma pipa mimis !

-Hehe, claro, desde que diga corretamente,

-...

-Por obséquio, caro Menis. Importar-se-ia de me permitir essa atividade lúdica?

Menis da uma risada e deixa Rosane brincar que pega o carretel e sai correndo enquanto o losango vermelho brincava por entre os ventos. Em silencio o mago da alguns passos em direção do campo se afastando da torre e senta em uma pequena elevação, olhando para o infinito com um pequeno sorriso por entre os lábios

-Tudo bem se ficarmos aqui, senhorita Kazami?

@ Kite/ Illyasviel

-Desculpe, mas nascer dói. Você nasceu de novo, Kite.

O cão havia ficando ofuscado e tonto pelo brilho de antes, mas agora já estava recuperado o suficiente para atacar de novo. Tenta atacar Illyasviel e Archer primeiro e acaba esquecendo Kite, que consegue furar o olho da criatura em seu momento de distração, o fazendo soltar um uivo de dor e balançar a cabeça tão forte que arremessa Kite longe. Enfurecido pelo ataque o cão parte direto para Kite esquecendo-se de Illyasviel. Começa correndo enquanto jogava baldes de saliva para todos os lados por entre seus dentes amarelados e afiados como o monstro que era. Avança contra Kite rapidamente, mas abre sua boca enorme muito antes de conseguir alcançá-lo, só então se percebe que de sua bocarra sai uma bola de fogo verde de pelo menos 5 metros de diâmetro, que acerta o chão onde o guerreiro estava e incendeia tudo para então chegar onde o rapaz estava o perseguindo como a morte. Era ficar entre as chamas ou se aventurar contra o cão. Archer continuava esperando por ordens, mas de alguma maneira Illyasviel pode perceber que ele estava um tanto transparente.

por May-chan Ter 02 Jun 2009, 9:27 pm

Nielle riu de leve quando Gaia errou seu sobrenome, não se sentiu ofendida. Achou divertido.

Ficou intrigada quando Menis comentou que ela não era velha, que a natureza se renovava. Fez Nielle pensar nas estações: primavera, o início da vida, o nascer da natureza; verão, a maturidade, a energia do crescimento; outono, o envelhecer, quando tudo que podia ser feito já aconteceu e, enfim, o inverno, a morte, necessário para o renascer de tudo que há na natureza. Então, talvez, essa não seja a forma permanete dela...

Ela ficou pensando nisso enquanto observava aquele estranho céu, fazendo comparações entre as estrelas, a vida e a natureza e chegando a conclusão de que não havia muita diferença. Nem tinha percebido que eles estavam andando, apesar de prestar atenção à conversa dos dois

-- Pois bem, então a mim ela entenderá. - ela escuta Gaia falar e passa a olhar para a Mãe Natureza.

Nielle olha, boquiaberta, enquanto a transformação acontece. Vendo Gaia passar de uma idosa sábia para uma mulher esbelta, na flor da idade, que, Nielle imaginava, apesar de ainda manter toda a sabedoria adquirida durante seus milhares de anos de existência, parecia gostar de se passar por uma mulher intrigante e inconseqüente.

A garota escuta a conversa entre os dois, novamente, absorvendo o que Menis lhe dirige. Se surpreende ao ver Gaia se aproximar e se encanta com a magia que parece existir ao seu redor.

-- Acho que a sra... senhorita está linda. - Nielle responde, meio impressionada com a beleza e aparente imaturidade de Gaia, sendo sincera e sem saber como se dirigir à ela.

por **Shaorin** Qua 03 Jun 2009, 7:48 pm

Não retribuiu o olhar de Menis apesar de saber que ele a olhava, a pipa vermelha tinha chamado a atenção de Shaorin, que prestava atenção no que ele dizia atentamente, mas se ela continuasse à olhar por muito tempo, não escutaria mais. Quando Menis se mexeu, acompanhou-o sentar-se com o olhar e se aproximou quando ele falou novamente, achava que ele queria perguntar ou dizer alguma coisa.

Sentou-se ao lado do mago e sorriu para Rosane onde ela estava, esta era uma das raras vezes que gostava de ver espíritos. Tirou o cabelo da frente dos olhos e puxou ele todo para o lado esquerdo.

— Quer falar algo para mim, Menis? — Não sabia ao certo se era ele que queria dizer algo ou ela, ainda estava indecisa sobre isso. Encarou novamente a pipa vermelha e juntou as pernas, abraçando-as em seguida, deixando sua coluna reta.

— Sabe Menis... Sei muito pouco sobre minha vida, como sabe, eu perdi a memória. — Deu uma olhada com o canto dos olhos para Menis, e voltou para a pipa — E sabe que já passei por coisas que uma garota da minha idade nunca sonharia em passar. Vivi de um canto à outro e cheguei até aqui por causa de espíritos e pelo vento, se não fosse por estes dois fatores, nem o conheceria. — Deu um suspiro e balançou a cabeça para o lado tirando o cabelo da frente do rosto e olhou para o castelo e passou a encará-lo.

— Mas não existe ou existiu nada até hoje que me prendesse por muito tempo em um lugar. Diria que sou meio selvagem, pois sei que se ficar muito tempo em algum lugar e gostar das pessoas, poderei nunca querer sair... — Baixou o tom da voz e deu um sorriso torto, sem graça, e ficou estática olhando na direção do castelo; seus olhos se arregalaram pouco por um momento e Shaorin pareceu estar sonhando acordada.

por Kite. Dom 07 Jun 2009, 10:46 pm

O ataque funcionara, e o sangue escorria do olho da criatura. Kite recua rapidamente, sem jamais dar as costas ao inimigo. Sabia manejar uma espada, mas ainda preferia sua blade invertida de três lâminas. Mas não era algo que podia discutir no momento.

O cão vinha enfurecido em sua direção, e Kite se surpreende com a bola de fogo verde lançada em sua direção, que incedeia tudo aos seus pés. O rapaz não tem muito o que pensar, não queria morrer torrado naquele lugar estranho, então mal tocou o chão e já saltou novamente na direção do cão, sem dar chance de revidar, passando pelo vão entre as duas cabeças e cravando a espada bem nas costas do monstro, fincando a metade da lâmina e em seguida a retirando a fim de se virar para as duas cabeças e tentar saltar dali.

por Illyasviel Dom 14 Jun 2009, 9:05 pm

Illyasviel havia dado alguns passos vacilantes para trás, estava horrizada com tudo aquilo que acontecia. Se perdeu em pensamentos e por um longo momento esqueceu-se completamente que o servant estava ali e esperava por ordens.

Voltou a si apenas quando viu o enorme cão correndo na direção do príncipe e então, olhou de esguio para Archer. Mas havia alguma coisa errada ali, ele estava diferente. Bom, era melhor não pagar pra ver.

- Archer, faça o seu melhor! disse orgulhosa de si mesma, porém bastante preocupada.

O Servant apenas acentiu com a cabeça e em suas mãos apareciam Kanshou e Bakuya, duas cimitarras. Lançou a espada branca, Bakuya, rapidamente em direção a um pescoço da criatura, e arremessou Kanshou, a cimitarra preta, como um bumerangue, por trás da primeira. Em seguida avançou na direção do cão, mas não se manteve tão próximo assim.

por Menis Lordon Qui 25 Jun 2009, 10:31 pm

@May-chan

-Obrigada querida...

Entre os lábios sedutores de Gaia se abre um sorriso belo e contagiante, um sorriso sincero, de alguém que acaba de ouvir exatamente o que queria. Ela se aproxima de Nielle em passos elegantes e lentos, onde flores de vários tipos cresciam e a grama se espalhava em círculos por onde Gaia pisava. A divindade põe a sua mão delicada e macia sobre o rosto de Nielle. Tinha o toque quente e muito suave, era quase como se não a estivesse tocando e sim apenas passando muito perto, com um movimento sutil puxa o rosto de Nielle na direção do dela e se inclina se aproximando ainda mais da menina. Quando menos se espera, Nielle sente os lábios de Gaia sobre os dela. Ela tinha um cheiro muito doce e levemente ácido como mel e limão e sua respiração era calma e estável, como a respiração de alguém dormindo. Antes que seus lábios se afastassem demais, Nielle sente a mão de Gaia sobre seu abdômen, e um calor sutil em seu útero, como que uma caricia. Por entre aqueles lábios verdes um sussurro sai tão único que era como se ecoasse em sua mente.

-Você também tem o poder e dar a vida Nielle, nesse sentido, nenhuma de nós duas somos muito diferentes. A terra não se baseia somente na natureza ou na pedra, ela é tudo entre nós, é parte dos outros elementos, ela é parte de você. Manusear a terra é ser gentil como uma flor e dura como uma rocha, ao mesmo tempo. Porque tudo isso faz parte do que significa viver...

Podia sentir os lábios daquela mulher lhe roçando a pele, percorrendo desde a bochecha até perto da orelha, por onde sua voz sussurrada saia junto com sua respiração, que tocava a pele.

-O beijo não tem nada de mais, eu apenas também te acho bonita.

-Chega, não?

Se havia algo naquele momento, alguma sensação, fosse medo, atração ou qualquer coisa foi cortada imediatamente. Menis estava com a mão sobre o ombro de Gaia que surpreendida pelo puxão para trás que levou, o olha surpresa. Era estranho ver aquele garoto de semblante tão feminino e delicado com um olhar tão fulminante. Seu rosto era impassível, sério, neutro. Mas seu olhar atacava Gaia que o olha um pouco aturdida. A cena continua por alguns segundos até que ela põe as mãos sobre a cintura e solta um suspiro ao mesmo tempo em que relaxa os ombros, abrindo um sorriso que ia entre compreensivo e submisso. Aos poucos o semblante de Menis volta ao normal e ele solta Gaia que o olhava ainda um pouco confusa, eles se entreolham um pouco até que a voz de Menis corta o silencio.

-Você não tem jeito.

-Eu sou a natureza, eu sigo instintos, eu não obedeço.

-Isso não quer dizer que pode seduzir mortais do jeito que bem entende.

-Como você ousa suprimir o sentimento mais básico, aquele que justamente é necessário para o nascimento, aquele que une as pessoas no ato que perpetua o milagre da vida?

-Ela é minha aluna e não um pedaço de carne!

-... Você pensa demais nos mortais

-Heh, eu sei... Vamos, Nie-

-Espere... Eu quero ajudá-la, sério.

-Isso, Nielle escolhe...

Ambos olham para a garota em silencio. Gaia junta suas mãos uma sobre a outra sobre seu quadril e sorri levemente envergonhada.

-Acho que exagerei, faz parte de mim, não resisti...Err...Des...Desculpe.

@Shaorin

Não havia muitos sons naquela planície, nem sequer o da grama balançando ao vento. Era apenas o ar fresco com odor de grama e orvalho, o toque suave e quente do sol que acariciava a pele e as nuvens no céu, que quase se desfaziam como pedaços de algodão. Ao contrário do que poderia se esperar, Menis não disse nada, apenas repousou sua mão sobre a de Shaorin, buscando de alguma maneira de fazê-la parar de pensar naquilo, e apenas o retribuir o olhar. Encara ela por certo tempo e novamente aqueles olhos azuis se fixam, se aprofundando como o oceano que pouco tempo atrás quase a afogou. Já nem sequer sabia quanto tempo havia-se passado desde que saiam da torre, não era algo relevante, só havia aquelas três figuras na planície. Uma criança morta, um imortal e uma nômade sem passado.

-Não queria lhe dizer nada de mais, na verdade, queria te dar um presente...

O toque da mão de Menis cessa, é quando sua mão larga a dela e entra em um pequeno bolso de seu manto branco, que reluzia sobre a luz do sol e era até um pouco forte demais olhar para ele, quase como olhar para um espelho que refletia a luz do sol. De dentro do bolso o mago tira uma pequena caixa, tão pequena que cabia na palma da mão, era em formato de baú e parecia uma caixa onde se guardava uma aliança. Sua cor era roxa, com detalhes dourados bem pequenos. Não havia trancas nem nada. O mago a oferece, focando seu olhar em Rosane que ainda corria alegremente pelo campo cortando o céu com sua pipa vermelha.

-Abra quando quiser, pode ser agora ou daqui a 10 anos... Faça-o quando sua curiosidade falar mais alto... Se pretender ir embora, então fique de lembrança.

[Pode colocar um item chamado ''caixa roxa'' em seu inventário se quiser guardar, ou pode abri-lo agora]

@Kite/Illiasviel

Fogo. Fogo verde. Ardor. Dor. Eram sensações predominantes em Kite quando chega ao chão. Era como cair em uma lareira e saltar depois. Felizmente consegue ser rápido o bastante e pular logo depois bem rápido, mesmo assim as chamas o engolem por segundos antes que consiga se livrar delas, o deixando com pequenas, mas doloridas queimaduras nas pernas e costas. Uma injeção de adrenalina percorre o corpo de Kite e por poucos momentos tudo parecia mais devagar. O cão iria devorá-lo, não tinha sido uma boa idéia atacar frente a frente um monstro com uma boca tão grande. É quando dois círculos de metal passam voando e cortam uma parte do pescoço e arrancam a orelha de uma das cabeças, que abrem feridas enormes por onde jorra sangue grosso, vermelho escuro e fedido. O cão uiva de dor, e vomita sangue misturado com saliva, uma gosma nojenta e amarelada. Se não fosse o ataque surpresa de Archer, Kite não poderia ter passado por entre as duas cabeças e conseguido atacar, abrindo um enorme rasgo entre as duas cabeças, por onde sai mais sangue ainda. Era uma cena bizarra uma criatura sangrar tanto e ainda continuar de pé, mas quando Kite pula, a criatura mesmo ferida se vira para ele e o abocanha. Dentes enormes abrem buracos no corpo de Kite, que começa a sentir uma dor excruciante, enquanto suas artérias rompidas jorram. Estava sendo agarrado na boca de uma das cabeças, na horizontal, onde os dentes da criatura trituravam os ossos do torço enquanto sacudia freneticamente quase quebrando as pernas e braços que ficavam de fora, balançando no ar. É quando então a segunda cabeça abocanha o braço direito de Kite e o arranca de uma só vez. Era uma sensação estranha, a pele se rasgando, os músculos se rompendo e o seu osso quebrado se desligando do resto do corpo, enquanto um cômico som de couro rasgando ecoa.

-Hora de ir menina!

A voz de Menis vem de trás de Illyasviel e logo depois uma mão quente, mas um tanto suada e nervosa encobre os olhos dela, antes que pudesse ver o que o cão fazia com uma pessoa tão importante a ela, mesmo assim, era possível ouvir os gritos dele. Quando acorda de seu pesadelo, está deitada na cama de antes, no quarto de antes, era como se nada tivesse acontecido, mas Kite não estava lá. Estava apenas uma pequena depressão na cama, mostrando que alguma coisa estava deitada ali e que havia suado muito. Segundos depois a porta se abre e ali estava Menis. O braço de Kite estava sobre o ombro do mago, que o carregava apressadamente até a cama. Kite tinha enormes rombos em forma de mordida no seu torço, vários aranhões e queimaduras nas pernas e onde havia seu braço direito, agora só havia uma poça de sangue de seu cotovelo para baixo.

Pequena lembrança de Kite sobre o que aconteceu:
Sentiu dor, muita dor. Estava sangrando como nunca sangrou na vida e sentia um frio apenas comparável ao pior dos pesadelos. De repente, uma mão lhe agarrou pela gola da camisa e o puxo e subitamente, estava sendo carregado por Menis, que já estava abrindo a porta do quarto

-Illyasviel, por favor, se afaste!

Por alguns segundos os olhos dela se encontram com os de Menis, o olhar dele era nervoso, apressado, pesaroso. Algo em sua mente diz que ela não devia estar vendo isso, mas ficando ou não, não havia tempo para discutir, deitou o rapaz lá que ainda gemia de dor e começou a proferir palavras em um ritmo rápido e inquieto, ao mesmo tempo em que suas mãos brilhavam e seu brilho emanava para o corpo de Kite

-A limine del vita et magestosanis,a limine et ressucitatis et magestosanis,et vida a non domino...

Kite voltara a respirar e aos poucos as feridas fecharam e regenerava, o sangue que ele perdeu coagulou muito rápido e ia fechando o sangramento, era como se estivesse acelerando espantosamente a regeneração do rapaz. Pouco tempo depois Kite já podia se mexer um pouco e depois de dois minutos, já havia certa consciência das coisas a sua volta, apesar de ainda não conseguir se levantar. As mãos de Menis já estavam ficando vermelhas com a potencia do feitiço e a aura mágica diminuía continuamente. O mago solta um suspiro cansado e bate palmas. Uma onda de energia branca invade o lugar e ambos adormecem. Parecia apenas que haviam fechado os olhos, mas quando acordam,havia outra cama no quarto, estava a apenas um palmo de distância da cama onde Kite estava e em cima dela estava Illyasviel. Os dois acordam ao mesmo tempo, e estavam sozinhos no quarto.

[Kite perdeu o braço direito, mas está com 100 % de HP, ambos ganham 500 exp. pela pequena experiência de quase morte]

por Kite. Sex 26 Jun 2009, 1:42 pm

Ignorou as dores que as chamas causavam, não era com isso que deveria se preocupar. Ao atacar o monstro frente-a-frente, não esperava que ele fosse tão rápido. Pensou em desviar quando viu o ataque de Archer, o que não teve tempo de agradecer uma vez que Kite aproveitou a deixa para subir nas costas da criatura e cravar ali a espada. Em questão de pouco menos que segundos o príncipe já saltou dali para se distanciar, mas novamente a velocidade daquele monstro foi anormalmente fora da lógica.

O enorme cão o abocanhou lateralmente, cravando as grandes presas por todo o torso de Kite, perfurando a barriga, peito, costas, ossos. O sangue já subia na garganta do rapaz que tentava se soltar golpeando o focinho do monstro com toda força que tinha, se amaldiçoando por ter abandonado a espada. Sua visão começou a se turvar, mas esqueceu a dor no torso por completo quando o braço que usava para atacar fora arrancado de uma só vez. No primeiro instante não sentiu nada, até que a dor de cada ligamento, pedaço de pele, músculos e ossos se rompendo de uma só vez o bombardeou no instante seguinte em que o braço foi arrancado. O berro de dor de Kite foi acompanhado por sangue que jorrava de sua boca, deixando a voz rouca e acentuadamente mais sofrida.

Quase perdeu a consciência, parara de gritar, mas sentia plenamente o sangue escorrendo pelas suas feridas e a dor de todas elas. A muito tempo não sentia tanta dor de uma só vez. Mas quando se deu por si, estava devolta ao quarto, apoiado no mago Menis e sendo levado até a cama. Deitado ali Kite apenas desejava que toda aquela dor passasse, mesmo que isso significasse morrer. No entanto sentiu as feridas se fecharem, e com isso mais dor. Em todo o processo cerrou o punho e os dentes, arfando, até que finalmente a dor cessou. Sua respiração ainda estava acelerada, mas lentamente foi voltando ao normal, e a magia de Menis o fez adormecer.

Durante o sono, imagens da guerra vinham à sua mente de uma só vez. Soldados caindo, sendo mutilados, e seu dragão sendo morto em sua frente. A tortura que sofreu por dias, a fuga e a luta que continuou. No meio dessas imagens a cena do monstro que o atacou de repente veio à mente, a investida foi inesperada e Kite acorda no mesmo instante, sentando-se na cama, ofegante.

Olhou em volta lentamente. Estava vivo afinal, tinha certeza. A dor se fora, e tentou se lembrar do que realmente aconteceu antes de parar ali, que tinha certeza de ser a torre de magia branca. Lembrou-se dos demônios, do ataque covarde, do cão demoníaco e finalmente de Illyasviel. Suspirou, imaginando que ela poderia estar a salva já que Menis estava com ela. Foi quando seu olhar caiu sobre seu braço direito, ou o que restava dele. Havia perdido boa parte do braço, até pouco acima do cotovelo; era atormentador. Uma faixa envolvia ali, o que era compreensível. Imaginou quanto sangue tinha perdido e se perguntou como ainda estava vivo. Foi quando pousou seus olhos em Illyasviel ao seu lado, surpreso, vendo-a acordar.

— Está viva, ainda bem... — Demorou-se a continuar falando, discretamente ocultando o braço direito com o corpo. — Você se feriu?

por **Shaorin** Sex 26 Jun 2009, 8:08 pm

Fixou seu olhar na caixa enquanto o escutava, ainda não tinha tido nenhuma nostalgia com seu passado, nem mesmo um sonho — ou melhor, pesadelo. Isso era bom para a garota porque, quanto menos ela tem contato com seu passado, mais tempo fica em um lugar.

— Obrigada, eu... — se levantou devagar, tirando da frente do rosto um pouco de seu cabelo e olhou na direção da torre.

— Eu... Irei para meu quarto. — Colocou a caixinha no bolso e não olhou para trás, caminhou para a torre e entrou. Tinha entrado naquela torre com um único propósito, que para todos ainda estava oculto, e talvez até mesmo para ela. Pensou por um momento enquanto subia as escadas para o andar onde estaria seu quarto; nem se quer sabia qual andar era, mas isso não importava, em algum momento acertaria.

Terminou de subir uma das longas escadas e parou no primeiro andar. Olhou para o corredor. Todos eram iguais, menos as pessoas que ali estavam. Não se lembrava se era neste andar, por isso, foi para o segundo. Seu olhar estava sem foco como se só seu corpo estivesse andando sem alma alguma por sua mente estar longe dali. Mil coisas passavam por sua cabeça, flesh's de seu passado que outrora tinha descoberto vinham de encontro à ela, o que começou a machucá-la.

Desviou o olhar para o chão e manteve seu foco nele, não se importava se batesse em alguém, seriam apenas espíritos. Olhou para seus pés e, em seguida, para sua mão e parou de andar na hora. Sua respiração ficou acelerada, igual seu coração, e seus olhos se arregalaram. Via que na sua mão tinha uma faca ensanguentada.

Na hora deu um curto grito, indo contra a parede, batendo as costas nela com violência. Balançou a mão freneticamente, passando a respirar pela boca a fim de tirar e jogar fora aquela arma. Mas ela não saía, parecia grudada na sua mão. Foi quando apertou a mão e correu pelo corredor até seu final, onde tinha uma janela grande fechada, e encostou seu ombro ali com brutalidade. Sua respiração estava mais rápida e seu coração começou a doer, como sua mente.

— Larga essa faca garota! Pode machucar alguém! — Uma voz rompeu o silêncio e os gritos médios de Shaorin na Torre, e quando ela olhou para cima, se viu em uma cozinha antiga de uma casa velha com um homem de aproximadamente quarenta anos de idade com as mãos levantadas e abertas perto do rosto com um olhar desesperado. Ele pedia perdão para uma pessoa à sua frente e gritava desesperadamente. O encarou sem saber o que estava acontecendo, sem saber o por quê dele gritar, até que uma segunda voz rompeu seus gritos e desespero, fazendo Shaorin olhar para a pessoa que estava na sua frente. Arregalou os olhos, vendo que era ela mesma. Uma outra Shaorin surgiu com um olhar insano e estava bem próxima do homem.

— Foi uma péssima ideia ir atrás de mim para xeretar minha vida... — Shaorin percebeu que esta Shaorin estava com uma faca em mãos, a mesma faca que ela estava segurando segundos atrás. Porém tinha algo nela, em seu rosto, que era diferente do que ela aparentava ser. Esta Shaorin que agora atacava aquele homem estava com um olhar doentio e irado, parecia que ele tinha descoberto seu segredo, um segredo até agora importante.

Shaorin não sabia o que pensar enquanto via uma sósia sua a ponto de matar um cara que ela mal conhecia... ou reconhecia. A outra Shaorin agora estava mais próxima do homem e ainda falava, mas sua voz não entrava na mente de Shaorin por estar apavorada demais para distinguir o que ela dizia. Encarou o homem. Ele passou à chorar e a pedir perdão novamente. Aquilo era atormentador para Shaorin que parecia, ao invés dos dois, um fantasma naquela cena.

Botou as mãos na cabeça a apertou os olhos com força da mesma forma que prensava sua cabeça com as próprias mãos. Tentava afastar aquela cena da sua mente, sabia perfeitamente que era uma alucinação, um fato que marcou seu passado que ela agora tentava afastar rapidamente.

— Não! Saia da minha mente...! — Balançou a cabeça com força, até que escutou uma espécie de resmungo estranho, e logo gotas de alguma coisa caiu no chão. Shaorin parou de balançar a cabeça na hora e afrouxou a mão da cabeça, voltou seu rosto para a cena novamente e foi escorregando a mão aos poucos de seu rosto para que pudesse ver a cena perfeitamente.

Deu um novo grito. Um estridente, desesperado, quando encarou a cena em sua frente. O homem estava com a faca em seu coração com apenas o cabo marrom para fora. Estava com os olhos quase sem foco e vidrados na outra Shaorin. Aos poucos ele foi ajoelhando até que tocou o chão e seus olhos pararam de brilhar, anunciando sua morte.

A mão de Shaorin tremia desesperamente e lágrimas brotaram de seus olhos, inundando-os, deixando-os embaçados. Piscou várias vezes deixando as lágrimas caírem e passou seu olhar para a outra Shaorin. Esta sorria e estava com um sorriso insano, com suas mãos em uma posição diferente, que Shaorin não demorou para entender o que tinha feito. Um vento forte passou por esta Shaorin assassina e balançou seus cabelos; olhou para suas mãos e viu que ela controlava este vento, ela que tinha o forçado à surgir e a balançá-los, da mesma forma que o obrigou à levar a faca até o peito daquele pobre infeliz.

Shaorin deslizou para o chão e ajoelhou-se voltando seu olhar para o homem que estava inerte no chão. Lágrimas caíram por seu rosto e ela enchugou-as freneticamente molhando o restante de seu rosto. Ficou olhando para aquela cena sem nada na cabeça. Era uma cena nova que ela tinha visto, porém a pior delas. Devagar, olhou para a outra Shaorin e viu que estava com lágrimas escorrendo pelos rosto e movia os lábios dizendo alguma coisa sem voz. Tentou ler o que ela falava, mas foi a pior coisa que fizera na sua vida. A última palavra da outra Shaorin fez esta olhar para baixo e botar a mão no chão e encarar o homem morto, de olhos arregalados. Não tinha voz, sentia-se oca.

Aos poucos o homem foi sumindo e, consequentemente, a outra Shaorin também. Quando sumiram completamente, ficou encarando o chão sentindo as lágrimas inundar seus olhos novamente. Ergueu as mãos e as observou enquanto encostava suas costas na parede e ficava ali ajoelhada. Seu olhar era indiferente, sem sentimento algum, direcionado para o chão, enquanto passava e repassava as imagens na sua cabeça sem conseguir controlá-las como flesh's frenéticos.

por Illyasviel Dom 28 Jun 2009, 8:07 pm

Assitiu à cena quieta no seu cantinho, com a feição preocupada e o cenho franzido que não deixava dúvidas acerca do quão crucial era aquele momento. Até que o ataque do Servant surtiu efeito; nesse instante a pequena Illyasviel apenas deu um pulo bem alto (para sua estatura) enquanto batia palmas.

- Yoosh!

Comemorou porém o sucesso de Archer apenas por um instante, quando o príncipe é pego por aquele enorme animal-monstro. Illyasviel começou então a chorar desoladamente enquanto, num ato deveras insano, começou a correr em direção à bocarra do cão-monstro.

Ouviu a voz de Menis atrás de si e alguém tapar seus olhos; gritou junto com Kite naquele momento até que aparentemente, acordou.

Era só um pesadelo afinal, como era boba, e pensou que aquilo tudo fosse verdade. Olhou ao redor, o quarto onde estava antes daquela loucura toda acontecer... e a marca de alguém deitado exatamente onde antes Kite estava. Um instante, um repente, a cabeça da menina parecia girar inteira quando viu quem entrava pela porta. Nem mesmo voltou seu olhar para Menis, apenas olhava para Kite, as feridas, os arranhões, queimaduras, hematomas, tudo. Com os olhos arregalados e quase mecanicamente, a menina obedeceu à ordem do mago e se levantou. Só então olhou para aquele que levava seu 'irmãozinho'.

Encostou-se então na parede e ficou olhando tudo que acontecia, quieta, inerte, apenas respirando, pois nem mesmo piscando estava. Palavras estranhas eram proferidas ali, e logo Kite se recuperava. Continuava alheia a tudo que acontecia, apesar de aquelas imagens estarem uma a uma sendo gravadas em sua memória.

Foi aí que, após alguém bater palmas, sentiu os olhos pesarem numa velocidade espantosa que fez com que fechasse os olhos e adormeceu. Não sonhou ou qualquer coisa do tipo, apenas acordou algum tempo depois; não sabia quanto tempo havia se passado afinal. Abriu os olhos preguiçosos e esfregou-os com calma, queria que fosse tudo um sonho, que nada daquilo tivesse realmente acontecido.

Sentou-se na cama, naquele mesmo instante, ouviu alguém lhe falar; identificou a voz na mesma hora, Kite!

- Onii-chan!! Você está bem, que bom! disse pulando na cama e ajoelhando-se, fitando o rapaz.

por Kite. Dom 28 Jun 2009, 8:46 pm

— Heh... — Era hilário como a garota tinha tanta energia e conseguia se animar com pouca coisa. Kite deu um sorriso fraco, passando a mão no cabelo. — Não sei bem o que aconteceu, mas o Archer... Ou seja lá como seu "servo" se chama... Salvou minha vida. Estou te devendo essa.

Suspirou cansado. Aquela garota, de certo, lembrava a jovem Yuuki quando criança, e isso atingia o príncipe em cheio. Mas sua preocupação era que ela não notasse seu braço faltando.

— Acho que ouvi o Menis chamando você lá embaixo... Ele deve estar fazendo comida, vá ajudá-lo. — Sabia que estavam em um dos quartos do segundo andar, e ganharia tempo assim.

por Illyasviel Dom 28 Jun 2009, 9:27 pm

Sequer havia notado o braço que faltava em Kite, não estava nem mesmo preocupada com isso, nem se lembrava.

Ouviu com atenção as palavras do garoto, seus olhos brilhavam de alegria. Ao final da primeira maratina de palavras, Illy levou o dedo indicador frente aos lábios, fazendo um sinal de silêncio para Kite.

Sentou-se então na beirada da cama e ficou ali, balançando as pernas.

- Ahn... chamou? Não ouvi... tem certeza, onii-chan?

Perguntou aquilo com tamanha inocência que sequer parecia a garota chata e mimada que era em tempos passados. Deu um sorriso triste, como se algo voltasse à sua mente, uma lembrança, provavelmente.

- Onii-chan, desculpa. disse cabisbaixa enquanto se levantava da cama.

por May-chan Dom 28 Jun 2009, 9:38 pm

Nielle sorriu ao ver o sorriso de Gaia, quase que por reflexo. Era um sorriso tão bonito que a garota não resistiu a responder da mesma maneira. Mas, quando Gaia se aproximou e a beijou, Nielle ficou sem reação. Não retribuiu o beijo e cerrou os olhos. Ainda estava sem fala quando Gaia afastou seus lábios.

Seu coração batia rapidamente e a garota tentava recuar, mas suas pernas não obedeciam. Por quê? Ouviu o que Gaia falou sem mover um músculo, agora com os olhos abertos, porém mirando o chão. Tentou se focar nas palavras da Mãe Natureza, em vez de ficar relembrando o que acabara de acontecer, mas não conseguia tirar a imagem de sua mente.

-- Chega, não?

Nielle corou sem perceber quando Menis interferiu. Estava grata e soltou a respiração assim que percebeu que a tinha prendido. A garota tentou ler a expressão do mago, mas não sabia o que poderia estar passando pela mente dele naquele momento. Ficou ouvindo a discussão, concentrada em fazer seu coração desacelerar, até que Gaia pede desculpas.

-- Eu quero aprender o que você tiver a me ensinar, mas, por favor, não faça aquilo de novo...

por Menis Lordon Sáb 04 Jul 2009, 6:12 pm

[A pedidos eu vou postar menos dessa vez... Acho que exagerei das outras vezes '-']

@May-Chan

-Ahh... Não vai acontecer

-Não, não vai.

Menis completa a frase com um tom grave, muito diferente da sua voz usual. Gaia olha novamente para ele e coça a cabeça e pela primeira vez, é possível ver um leve tom rosado nas bochechas da divindade por entre sua pele verde.

-Ok, então. Vamos começar o treinamento.

-Sim, sim, vamos

Gaia se aproxima do chão e com um leve toque no solo, nascem plantas de folhas bem verdes, de aspecto sadio, sem nenhuma imperfeição. Suas flores se abrem e dela aparece pequenas bolotas de algodão. Gaia põe a mão em uma delas e magicamente, fio por fio vai se entrelaçando até formar uma venda branca. Logo depois, Gaia se levanta e se aproxima de Nielle, colocando a venda na menina e assim, tampando os olhos.

-Tire os sapatos Nielle, não vai precisar deles...

Com o pouco que Nielle conseguia sentir, pode apenas supor que Gaia andava ao redor dela enquanto falava. Ao tirar os sapatos sente em seus pés o solo firme e levemente frio, mas confortável de se pisar

-Seu objetivo aqui é aprender a sentir a terra, entende? Você vai aguçar seus sentidos, vai se concentrar apenas na sua interação com a natureza e a partir disso, você vai poder sentir onde eu estou, sem me escutar, sem me ver e nem sequer sentir meu cheiro... A terra vai lhe dizer onde estou... Não tenha pressa,hun?

@Illyasviel/Kite

-Que bonitinho...

A voz cortou o ar rapidamente, mas de um jeito amistoso. Era suave e brincalhona com um leve toque de cinismo. A porta do quarto se abre e de lá sai um jovem negro de aparentemente 15 anos. Tinha os cabelos crespos e bem curtos. Olhos castanho escuro de aparência sonolenta, que se escondiam atrás de lentes de óculos arredondados. O que deixava com os olhos maiores. O rosto bem definido, mas com o queixo suave e corpo magro o que o fazia parecer menor ainda, já que não chega a ter 1,65. Usava uma calça preta com uma camisa branca que ficava escondida por baixo de um casaco preto que permanecia aberto. Por entre seus lábios carnudos se abre um sorriso bonito, mas com um tom de malicia. Dava a entender que era uma pessoa que gostava de fazer piadas de duplo sentido.

-Hoy~... Dormiram bem? Menis me pediu para que os guiasse até a porta da torre assim que estivessem prontos para partir...

-Bem... Estão prontos para partir? hehe~

@Shaorin

[coloca logo a caixa na sua sing., dizendo que você tem u.u]

Parecia que havia se passado muito tempo, mas algo a dizia que se havia passado muito pouco. Algo toca a mão de Shaorin e a puxa e de repente, o corpo da menina flutuava suavemente. Aquilo que a puxava pela mão sorria de modo doce para ela e a guiava pelo ar, atravessando o corredor, a torre, a dimensão. Era Rosane. Ela se vira e continua a carregar Shaorin até que param e ela abraça Shaorin pelo pescoço, mas não havia peso, não havia nada. Apenas aquelas duas e pela primeira vez, aquela criança aparentava ser mais viva do que nunca. Com os polegares Rosane limpa as lágrimas de Shaorin e lhe beija o rosto, antes que tampasse o olhar de Shaorin com as mãos e então Shaorin abre os olhos. Estava no seu quarto, deitada e coma sensação de quem havia dormido profundamente. Sentados na cama estava Menis e Rosane, ambos virados de costas para Shaorin, em silencio.

-Achei que precisasse de um sonho bom depois daquilo...

por May-chan Sáb 04 Jul 2009, 11:15 pm

Nielle ficou aliviada ao ouvir Gaia confirmar que não aconteceria nada parecido novamente. Tinha sido uma experiência desconfortável e até desagradável, a garota não queria ter que passar por aquilo de novo.

Ficou surpresa ao ouvir o tom de Menis, ao reforçar o que a deusa tinha dito. Sentiu-se protegida. A sensação a deixou feliz.

Tirou seus sapatos sem se quer pensar em perguntar porque. O contato com o solo lhe era agradável, sempre gostara da natureza. Ao ser vendada, fechou os olhos, não havia sentido em deixá-los abertos. Concentrou-se em sentir as vibrações do solo e em ouvir com atenção a todos os mínimos ruídos. Achava que conseguia escutar os passos de Gaia, mas podia ser seu nervosismo fazendo com que ela se confundisse. Depois de alguns minutos concentrada, apontou para sua direita, onde acreditava que Gaia estaria.

por **Shaorin** Dom 05 Jul 2009, 11:09 pm

[Ah eu esqueci, Mimis. u.ú]

— ... — Passou a mão direita no lado direito de seu rosto e puxou seus cabelos roxos para trás. Seu olhar estava para baixo, uma vez que olhara para as costas de Menis e Rosane.

— Eu... Vocês devem ter visto tudo, não é? — A pergunta de Shaorin foi solta no ar como se fosse uma pergunta para ela mesma, enquanto sentava na cama e colocava os pés quentes no chão frio de mármore.

Passou os olhos pelo quarto à procura de sua bolsa e quando a encontrou, abriu-a e conferiu tudo que estava dentro. Não por achar que eles poderiam ter roubado algo, mas sim para que pudesse ir embora. Pensava que, uma vez que eles tenham visto o que ela mesma viu, mesmo aquilo sendo também algo novo para ela, eles a tratariam de outra forma, como uma assassina que foi.

Não falou mais nada. Colocou a bolsa em volta de seus ombros e, sem dizer alguma palavra ou olhar para trás, tocou a maçaneta da porta e abriu-a para dentro e saiu. Não importava que parte do castelo estava, começou a caminhar pelo corredor pensando nas coisas que havia acontecido. E se alguém mais soubesse do que aconteceu? E se a julgassem de uma outra forma, a pior possível, e levassem-na para o castelo para prendê-la por algo que ela, até então, nem sabia que tinha feito? Nada disso, teria que ir embora o mais rápido possível.

por Kalahan Seg 06 Jul 2009, 10:51 pm

Kalahan vinha lentamente pelo horizonte, com a visão cravada na torre. Viajara tanto em busca desse lugar e agora que estava tão próximo, não sabia dizer exatamente o que sentia.
Seu coração acelerou, sua ansiedade aumentou, finalmente estaria em contato com magia, mal via a hora de começar, mesmo para uma personalidade como a de Kalahan, era quase impossível disfarçar sua empolgação.
Começou a correr por aqueles campos gramados chegando à torre, parando em frente ao grande portão a sua frente, respirava fundo tentando parar de ofegar. Secou o suor nas mangas da roupa e então tomando uma pose mais séria se encaminha para a porta, batendo na mesma e abrindo-a, adentrando a torre.
Uma vez dentro, percorreria cada centímetro do local com os olhos vagarosamente, olhando tudo com curiosidade e atenção, depois de apreciar o local, procuraria alguém que pudesse lhe ajudar.

por Kite. Sáb 11 Jul 2009, 4:19 pm

Kite ignorou a aparição do garoto e seus comentários. Apenas fitava Illyasviel, quieto. Achava que essa fosse a última vez que a veria, e por alguma razão tinha certeza de que era verdade.

— Não peça desculpas, tudo isso é minha culpa. — Relaxou, já se levantando. A partir daquele momento não se importou em deixar a garota notar a falta de seu braço direito, e caminhou até o armário do quarto. Já estivera ali antes, então sabia o que encontrar. Pegou uma capa escura ali pendurada e a colocou sobre os ombros de forma que o tecido cobrisse o braço. — Fiquei muito tempo longe do castelo, preciso voltar depressa, tenho muito o que fazer.

Se aproximou de Illyasviel e afagou sua cabeça.

— Você sabe se virar, é uma garota corajosa. — Por fim lhe deu as costas, caminhando até a porta. — Adeus.

Passou direto pelo vassalo, ignorando sua existência. Desceu pela torre até a saída, e mesmo que tivesse visto Menis o teria ignorado. Deixou a Torre sem olhar para trás.

por Illyasviel Sáb 11 Jul 2009, 8:18 pm

Havia acabado de se por de pé no chão quando o garoto chegou. Sentiu o rosto queimar num misto de ódio e vergonha. Fitou o rapaz com os olhos frios e com uma estranha seriedade, voltando o olhar para Kite, mas este, já estava sereno e infantil ao se virar para o príncipe.

Fez que sim com a cabeça mediante as palavras dele, não queria ficar sozinha, mas definitivamente, não queria lhe fazer nenhum mal. Abraçou Kite fortemente antes que ele fosse embora.

— Obrigada... Onii-chan... e neste momento uma lágrima rolou por seu rosto.

Soltou-se daquele abraço curto e abaixou a cabeça, cerrando os punhos. Levantou o olhar para o garoto à porta, um olhar diferente de qualquer outro, o olhar que ela tinha antes de tudo acontecer. Era agora a personificação da criança arrogante, tinha confiança em si mesma para conseguir o que quer que fosse, tinha o brilho dos sonhos e das condições de realizá-lo. Andou até o rapazote e deu-lhe um belo tapa no rosto.

— Não faça chacota de mim, nem do onii-san, seu idiota. Nunca mais. e deu dois passos, passando frente ao garoto. Archer!

— Sim, mestra. disse o servant aparecendo à frente de Illya.

— Vamos embora, tenho que voltar para casa.

Pulou nos ombros do servant, que a carregou e saíram dali. Antes de sair porém, disse algo como "E agradeça ao tal de... Menis." fechou os olhos, e partiu.

por Menis Lordon Sex 17 Jul 2009, 12:24 am

@ Nielle

Uma mão toca a de Nielle e a faz abaixar o braço e logo depois a solta, era quente e gentil, mas não havia direito de saber quem era. A sua identidade é descoberta apenas pelo som de suas vestes. Menis usava mantos grandes e o atrito entre eles soavam peculiarmente, o caracterizando.

-Muito bem, mas não tire as vendas, vamos para o segundo turno? Geralmente não gostam quando eu o faço de surpresa, então vou avisar que por alguns segundos, vou lhe tirar a audição, certo?

Mesmo com seu esforço de não agir imprevisivelmente, Menis não da chance de resposta e a ultima coisa que Nielle escuta é o estalar de dedos e logo então, silencio. Não havia nada, o vento era suave demais e chegava a ser quase imperceptível, apenas se mostrando como um ar notavelmente frio, que esfriava as narinas da menina. O som lhe fora tirado, nem sequer um zumbido era ouvido, nada, nem mesmo conseguia escutar a si mesma. As vendas lhe privavam da visão e naquele estado, ficar em pé era um pouco difícil, sem referencia sensorial. Só lhe sobrava a sensação da terra nos pés e por segundos, não houve nada, o que fez parecer que se passaram minutos. Logo então, uma vibração, algo rápido, sutil. Outra, mais forte e então, mais nada. É quando uma vibração vem, mas parecia diferente das outras, nessa, pode sentir perfeitamente o lugar onde a pessoa estava e o jeito que estava correndo. Mas fora rápido demais e logo some.

É quando com um pouco mais de concentração as vibrações se tornam mais evidentes, mais claras, mais definidas. Aos poucos Nielle consegue sentir pela terra exatamente onde Gaia e Menis estão, mas só enquanto se movem, assim que param, o rastro some.

@Illiasviel/Kite

[Bom... Eles saíram... E bateram no meu NPC, lol]

@Shaorin

[pediu pra que eu pulasse]

@Kalahan

Não foi difícil encontrar a torre, mesmo no meio de toda aquela neve, era bem fácil de notar um enorme gramado verde no meio do nada, ainda mais com uma torre no centro. Assim que entra o sol toca imediatamente a pele, era uma mudança súbita de temperatura, mas como estava correndo, seu corpo se aqueceu ainda mais e mesmo estando na neve minutos atrás, já estava suado. A torre não havia movido nem sequer um milímetro desde a sua chegada, era uma construção imponente e um tanto robusta, com seus três andares, mas com porte de que poderia suportar muitos outros. Com certo esforço, a porta se move pesadamente fazendo um ranger peculiar, a estrutura era tão grande interiormente, que o som ecoou, assim como os passo de Kalahan.Era um grande salão como chão feito de mármore e apesar da torre parecer cilíndrica,aquele salão era bastante longo. Afastado das paredes se postavam pilastras de mármore que se erguiam até o distante teto e em sua base, apareciam auto-relevos de figuras míticas e angelicais, criaturas bondosas e várias outras figuras. De alguns metros acima do chão, se postavam vitrais com desenhos de mais criaturas míticas e o sol passava sobre elas em raios de luz que tocavam o chão e refletia pelo mármore branco e aquilo era suficiente para iluminar todo o lugar. Em uma das pilastras, sentado no chão estava um rapaz loiro de pele muito clara. Estava coberto de mantos grandes e brancos, mas parecia não se importar em ficar no chão. Apoiava suas costas na pilastra atrás de si e ficava com os joelhos dobrados, nos quais apoiava seus cotovelos enquanto olhava par a os vitrais mais acima, não parecia ter lhe notado.

por Kalahan Sex 17 Jul 2009, 12:36 am

Caminhando lentamente enquanto apreciava a beleza do lugar, Kalahan segue na direção do jovem sentado observando os vitrais. Se aproxima observando-o com atenção. Será que poderia lhe ajudar? Só havia uma maneira de saber. Quando estivesse próximo dele pararia de andar.

- Com licença. Me chamo Kalahan Darkstorm, vim até aqui em busca de aprender sobre magia.

Embora parecesse despreocupado, Kalahan estaria atento a todas as ações do jovem. Seus olhos avermelhados analisariam se o rapaz seria realmente apto a ensiná-lo, se realmente Kalahan o julgava sábio e forte.

por May-chan Dom 19 Jul 2009, 1:29 pm

Nielle não teve tempo de se preparar mentalmente para a perda da audição e quase perdeu o equilíbrio quando o mundo se calou. Depois de se acostumar com a sensação de não ouvir, voltou a se concentrar na vibração do solo e, pela primeira vez desde que chegara, reparou no cheiro doce da terra. Impressionante.

Sentiu as vibrações, tentando identificar quem era quem e o que estava fazendo, demorou um pouco, mas passou a conseguir identificá-los quando se movimentavam. Será que eu consigo achá-la pelo cheiro?

Tentou se lembrar do que seu nariz registrara quando Gaia roubara seu primeiro beijo. O cheiro tinha sido intensificado com a proximidade, então Nielle conseguia se lembrar. Gaia cheirava como madeira e grama. Seguindo seu olfato, a garota apontou para sua frente, com um pouco mais de confiança em si do que no primeiro teste.

[Gomen pela demora, Menis-san XD]

por **Cobernick** Seg 27 Jul 2009, 11:06 pm

[Com a saída do Menis, irei assumir daqui]

@Kalahan

Quando o rapaz se apresentou, esperou por uma resposta. Ela não veio, o que deixou Kalahan desconfortável. Foi quando o homem que via se desfez diante de seus olhos, como se o vento desfizesse uma imagem feita de fumaça. Uma ilusão, talvez? Estava em uma torre de magia, não era difícil ver algo como aquilo. Agora estava sozinho num grande salão, o que era não apenas solitário como medonho, por mais que a torre fosse de um branco suave e delicado.

Então a poucos metros de Kalahan uma luz branca explodiu e no mesmo instante se extinguiu. Quando olhou, avistou uma garota em pé. Ela não era muito alta, tinha cabelos que lembrava a cor do fogo, e por algum motivo usava vendas nos olhos. O que mais chamava atenção era que em frente a ela um rapaz a fitava de braços cruzados. Tinha um sorriso de expectativa e era completamente estranho para Kalahan. Usava um boné, coisa pouco comum em Lodoss, uma calça de cores escuras um pouco rasgadas e algo que pareciam botas mais robustas. Vestia também um colete marrom aberto e um colar com um pequeno pingente. Seu cabelo era meio-longo de cor cinza, e ele não parecia ter muito mais do que 17 anos de idade.

Ele avistou Kalahan mas não se surpreendeu. Ao invés disso, fez um sinal para que ele ficasse em silêncio, e voltou a fitar a garota.

@Nielle

O coração de Nielle se acelerava com a expectativa. Conseguia, com clareza, sentir o cheiro da terra molhada de forma muito mais rica do que qualquer outra vez que o fizera. Teria acertado onde Gaia estava? Esperava que sim, e a espera foi até longa demais. Chegou a engolir em seco. Já não ouvia nada, e não houve reação alguma com seu gesto, o que poderia significar que errara.

Foi quando sentiu uma súbta mudança de ares. Não era mais o de antes, agora sabia pelo cheiro e pela temperatura do ar que estava devolta à torre. A venda em seus olhos pareciam pesar um pouco mais quando "voltou à realidade". Aos poucos o som foi voltando a ela: Primeiro o suave sussurro da brisa se deslocando, depois os pequenos movimentos da grama lá fora, e por fim uma voz completamente diferente da de Gaia ou Menis.

— Puxa, você é mesmo esforçada... Ele estava te treinando, é?

@Kalahan/Nielle

A venda de Nielle foi tirada com um movimento rápido da mão do estranho rapaz [May, favor ler a descrição dele acima]. Apenas Kalahan pôde ver que ele nem sequer tocou no tecido e o mesmo desapareceu.

— Muito prazer, meu nome é Cobernick! — Ele saudou a garota com uma leve reverência, e apertou a mão de Kalahan com firmeza. — Podem me chamar de Bern se quiserem... Sou o novo mestre de magia aqui da torre.

A notícia era um peso maior para Nielle do que para Kalahan. De repente, sem mais nem menos, o grande mestre daquela torre evaporou sem deixar rastros, e ali estava um garoto com algumas cicatrizes dizendo ser seu novo mestre. Ou era uma piada de mal gosto, ou os deuses adoravam tirar uma com a cara de novatos.

— E vocês são...?

por May-chan Seg 27 Jul 2009, 11:37 pm

Nielle ficou atordoada com a mudança de ambiente, feliz por poder ouvir novamente e com raiva por Menis não estar mais ali. Raiva por não poder aprender com Gaia. Aquele garoto novo não lhe inspirava o mínimo de confiança.

Pra onde você foi? E por quê?

Ela se sentia abandonada. Sentia-se rejeitada. Um nó se formou em sua garganta e ela fez força pra não derramar nenhuma lágrima na frente daqueles estranhos.

Olhou para Cobernick com um ar indagador e respondeu:

-- Me chamo Nielle. Er... Pode me dizer o que aconteceu com o Menis-sama e com a Gaia-sama?

por Kalahan Ter 28 Jul 2009, 11:14 pm

Os olhos vermelhos de Kalahan reluziram ao ver o rapaz se desfazer à sua frente. Espantado, recuou um passo quando um clarão chamou a sua atenção. Ao olhar para o lado viu duas pessoas, um rapaz estranho e uma garota vendada. Já abria a boca para falar algo quando viu o sinal e calou-se. Se aproximou silenciosamente. Kalahan era alto, porte físico mediano, cabelos lisos vermelhos que caiam até seus ombros, estavam totalmente despenteados. Trajava duas camisetas. Por cima uma vermelha, embaixo desta uma verde escura, em cima de uma camiseta de manga longa verde musgo, da mesma cor da calça. Um cinto grande e marrom prendia as roupas do jovem, e caminhava com suas botas marrons.
[imagem]

Novamente uma magia é feita na frente de Kalahan, fazendo seus olhos reluzirem novamente. A venda da garota desaparecera e ela parecia transtornada, triste, magoada. Kalahan aguardou ela terminar de falar para ai sim se apresentar.

- Me chamo Kalahan Darkstorm. Acabei de chegar de Hilydrus em busca de aprender tudo o que puder sobre magia. Foi uma longa viagem, espero que valha a pena.

por **Cobernick** Qua 29 Jul 2009, 6:43 pm

Cobernick arqueou uma sobrancelha diante da reação de Nielle. Ouviu sua pergunta com atenção, e deu espaço também para que Kalahan fizesse a sua. O rapaz sorriou, tirando o boné da cabeça e coçando a nuca. Parecia bastante despreocupado com o que acontecia, e no momento parecia levemente encabulado.

— Eles não te rejeitaram, Nielle. Pare de fazer essa cara de choro. — Ele respirou fundo e se recompôs, agora falando para os dois. — Bem, houveram problemas no segundo plano. Menis e Gaia tiveram que sair às pressas. Não posso dizer exatamente o que ocorreu, é informação sigilosa, mas isso não quer dizer que eles deixaram a torre por querer.

Ele colocou o boné devolta na cabeça e cruzou os braços. Soltou um suspiro longo e, como se tivesse uma parede para se apoiar atrás dele, ele se inclinou. De fato, não havia nada para ele apoiar as costas, o que resultaria num belo tombo. No entanto, nesse mesmo momento uma camada de algo que lembrava água e gelo materializou-se atrás dele. Era uma forma suave, não parecia molhar Cobernick e nem ser gelada o suficiente para incomodá-lo. Além disso ele continuou falando como se nada tivesse acontecido.

— Na pressa, fui escolhido para ficar no lugar do Menis. E apesar de não parecer, sou forte o suficiente em relação à magia e encantamentos. Mas... eu entendo a magia de uma forma diferente dele. A magia em si, o nome das coisas, a energia que usamos para ter em troca o que queremos... Isso eu posso ensinar para os dois com toda atenção possível. — Ele pigarreou, continuando em seguida. — Nielle, você estava em meio de um treinamento, posso continuá-lo se quiser. Já você, Kalahan, vou aproveitar que acabou de chegar, e ensinar a você a magia do meu modo. Estão preparados?

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