Re: Academia de Magia

por Kieran Qui 07 Out 2010, 11:05 pm

Parecia que aquele ser havia se acalmado depois das palavras de Kieran. Ainda bem porque o prórprio já estava ficando irritado com aquilo gritando, berrando e rugindo sem parar. Logo aquilo respondeu:

Você não é burro, Kieran! Lógico que sou você! Sou a porcaria da sua essência podre e abandonada por todos esses anos! Sou aquilo que você nega ver todos os dias! Depois de tudo isso ainda tem a CORAGEM de dizer que agora tem motivo para me ver? Que motivo seria, seu grande pedaço de lixo?? Eu poderia dançar na sua frente e você JAMAIS saberia o que sou, de tão estúpido que és! E por sua causa nem mesmo tenho um nome, sou sua própria essência e não possuo nome![/i]

Aquilo sim era doloroso de se ouvir. Uma distorção amarga tomou conta dos lábios do rapaz, formando uma expressão amarga e irritada, o que realmente havia acontecido. Naquele momento o peito começou a doer sem nenhum motivo e isso só deixava Kieran ainda mais nervoso.

-Grr. É, tenho a coragem de aparecer e falar que tenho motivo para te ver, e se eu pudesse, viria antes. Já que você realmente é minha essência, deve saber algo sobre todo o poder que veio a mim quando fiquei próximo da morte a um tempo atrás, ainda naquela torre. É disso que quero saber, nesse poder deve estar o motivo pelo qual minha mãe me manteve vivo e também o motivo pelo qual ela e meu pai desejaram o fim da Fallen Crest, quero saber qual a DROGA DO MOTIVO de eu ter que realizar essa PORCARIA DE TRABALHO!!! Se depois de tanto tempo, usando eu e minha "irmã", ela derrubou a organização...Por que diabos ela não fez isso enquanto viva? Algo relacionado a isso deve estar dentro do que ela me passou, ou seja, você que me conhece e também conhece meu interior mais do que eu mesmo deve saber, mas ao invés de ter tentando ver as coisas pelo meu lado também, você resolve reclamar e dizer que é a vítima da história?! Nenhum de nós é vítima e nem somos temos muito orgulho um do outro.

Kieran termina de falar bufando. Ele leva um tempo para tentar se acalmar o máximo possível para pensar no resto do que sua essência havia falado. Ele volta a ter sua expressão fria e suspira. Logo o rapaz continua:

-Quanto ao que você falou...É claro que se você dançasse na minha frente eu te perceberia. Na única vez que eu te vi eu senti o mundo gelando ao meu redor, nunca havia visto algo tão corrompido na minha vida. Realmente posso dizer que sou o pior ser humano que existe na terra, só de comparar eu mesmo com todas as outras auras que vi. Agora, se você tem tanta raiva de não ter um nome e de eu ter me recusado a ver você, porque você não sai das sombras para podermos falar disso cara a cara? -Kieran faz uma pausa e cruza os braços- Talvez essa conversa possa melhorar de nível se nós dois parassemos de reclamar um do outro para tentarmos entender o lado de cada um...Que tal?

por **Cobernick** Qui 14 Out 2010, 1:32 am

@Lily

O mago sorriu, gostando da resposta da pequena maga.

— É o que serei, pequena. Pode me chamar como quiser. — Fez um ligeiro cafuné em Lily. A menina se sentia novamente protegida, se sentia novamente em casa. Mas não iria ficar ali apenas para ser cuidada: precisava aprender, e Cobernick sabia disso. — Vou fazer um pequeno teste com você, ok?

Ele indicou com a cabeça os três rapazes que pareciam meditar.

— Dentro em breve, um deles vai cair ferido... Quero que você o cure o mais depressa possível. Consegue?

De alguma forma ele sabia exatamente o que Lily sabia fazer, que era curar. Ao menos era o que ela havia estudado para tal. Mas tão de repente teria de usar sua magia? Ficou um pouco insegura, mas pensou no mago que agora era seu tutor. Não precisava temer mais nada.

@Yoda

Dachi demorou algum tempo para pensar. O lugar era tranquilo, mas agora que estava deitado e concentrado, sentia com que tudo ficou ligeiramente tenso. Era como se o mundo acompanhasse suas emoções. Como assim?

Mas logo o meio-dragão gritou um nome, e foi como se tudo tivesse se rachado. Porém não foi algo agressivo, Dachi sentiu que sua resposta estava correta.

Foi quando ele pôde enxergar de fato o ser com quem estava falando até agora. Havia se enganado, o que vira não foi uma longa cauda, mas longas penas. Em sua frente uma água cerca de três vezes maior que o normal levantou vôo. Tudo se tornou um turbilhão de cores, e quando se deu por si, o meio-dragão estava devolta à academia de magia, de joelhos no chão.

Não havia saído do lugar, ainda estava no terraço, não havia se movido a não ser agora que estava ajoelhado. Cobernick estava à sua frente, e ao seu lado havia uma pequena garota de aparência meiga, porém um tanto surpresa com tudo à sua volta. Havia também uma arraia feita de água, maior do que o comum, que flutuava a alguns centímetros do chão. O que aconteceu enquanto esteve inconsciente?

@Kronos

O hanyou ficou pensativo. Mais do que isso, o turbilhão de lembranças chegava a fazer sua cabeça doer. Ao mesmo tempo o mar começou a ficar agitado, e o céu escurecia aos poucos. Pareceu que toda aquela confusão de lembranças demoraram horas, mas foram apenas alguns momentos. Logo o mar se acalmou e o céu voltou a ficar claro, e Akkin começou a falar.

Conforme as palavras saíam da boca do Hanyou, pôde ver o ser à sua frente começar a tomar forma. Ele parecia feliz, animado, esperando por mais e mais. Foi quando o nome veio.

Akira!

O mar se agitou loucamente e o ser saltava animado. Akkin pôde vê-lo: um grande cão que abanava sua cauda, muito feliz com a conquista do hanyou. Lembrava um labrador com aspecto selvagem, mas quando Akkin tentou prestar atenção para ver do que ele era feito...

Acordou, em pé no terraço da Academia de Magia. Não havia saído do lugar? Para onde foi a praia? Tudo parecia exatamente como estava antes, exceto pelo fato de haver uma pequena garota ao lado de Cobernick. Perto dela havia uma arraia de tamanho anormal, mas se olhasse bem o animal era anormal por si só: feito completamente de água, a arraia flutuava a alguns centímetros do chão, como se estivesse no mar. Notou também que Dachi tinha acordado.

@Kieran

O ser ficou calado, bufando. As palavras de Kieran o irritaram tanto quanto Kieran se irritou com as do ser. Parecia que aquele bate-boca nunca terminaria, até que o rapaz propôs que seu outro eu se mostrasse. Um silêncio se seguiu por alguns instantes.

Não sei muito de você, apenas o que sente, porque não posso sair dessa cela. Se não percebeu, estou PRESO aqui... Não tenho nome, mas você sabe muito bem como sou. Você é o único com esse pode, mas acho que jamais viu-me desta forma.

Então o ser começou a se aproximar das barras de aço, onde era mais iluminado. Além das correntes sendo arrastadas, era possível ouvir o pesado som de cascos batendo um após o outro, devagar. Logo, Kieran contemplava algo que o perturbou muito mais do que ver sua própria aura.

Ver o animal era como receber centenas de facas se cravando em sua carne. Tratava-se de um cavalo, porém totalmente mutilado. Sua cabeça possuía apenas ossos e restos de carne, seu pescoço exibia os músculos sem qualquer couro os cobrindo. Suas patas eram cobertas de rasgos e sangue seco, e os cascos eram trincados e fendidos, pretos como carvão. Em seu dorso correntes estavam cravadas profundamente em sua carne, saindo como pragas entre o sangue coagulado, o prendendo à cela em que estava confinado. Sua cauda não passava de poucos tufos de pêlos longos e ossos afiados. Ainda havia restos de crina no animal, e apenas um de seus olhos ainda existia. Este era de um amarelo profundo e sem qualquer expressão senão o ódio. Sem pálpebras, o animal jamais piscava.

Kieran sentiu terror, ódio, dor. Mais dor. A dor de ver seu verdadeiro eu mutilado ao passar dos anos, mutilado por tudo que já acontecera, por cada vez que o mundo o destruía, por cada vez que se recusava a ver quem era. Sentiu o sangue escorrer por seu peito, seu coração sangrava, e de seus olhos começaram a brotar lágrimas de sangue. O que estava acontecendo?

<Kieran, você está completamente atormentado, preso naquele mundo de trevas. Você precisa se concentrar, se acalmar, mas não será fácil. Quanto melhor o desenvolvimento do seu post, mais rápido sairá do tormento>

@Yoda / Lily / Kronos

— Bem vindos devolta! Vejo que encontraram o nome do seu espírito. — Cobernick cumprimentou Dachi e Akkin. Indicando a pequenina ao seu lado, a apresentou. — Esta é Lily, minha afilhada. Ela estará treinando conosco a partir de agora, espero que vocês se dêem muito bem.

Não teve tempo de explicar sobre a arraia, pois logo Kieran chamou a atenção do grupo. Uma mancha escura começou a surgir na camisa do rapaz, na região do peito. Era sangue.

— ... Começou. Lily? — Chamou a atenção da garotinha, a lembrando da tarefa que havia recebido. Rapidamente a arraia de água nadou pelo ar rapidamente até Kieran, a tempo de o segurar nas costas quando o garoto caiu para trás. Com um movimento lento, a arraia foi se aproximando do chão e se diluindo, deitando Kieran suavemente.

A pequena Lily deveria agir rápido. Talvez fosse a primeira vez que via sangue. Estava assustada, mas isso lutava seriamente com a calmaria que a Academia transmitia a ela. Cobernick fitou Akkin e Dachi.

— Ajudem-na! Um de vocês erga a camisa de Kieran, o outro busque água para limpar as feridas, poderá encontrar nos dormitórios. Agora! — Ao mesmo tempo em que parecia uma situação inusitada, também parecia que Cobernick esperava por isso. Afinal, ele mesmo poderia cuidar de tudo, mas não o fazia. Seus alunos precisavam aprender, precisavam manter o estado de espírito em que se encontravam, e de fato o faziam.

Um corte se abriu na altura do coração de Kieran, em seu peito. Muito sangue saía, o corte era profundo. Ao mesmo tempo, cortes pouco abaixo de suas sobrancelhas também sangravam. Parecia que, a cada momento, mais feridas se abriam.

<Lily, precisará não apenas usar sua habilidade, mas se concentrar. Está assustada e insegura, mas graças à parte que lhe acalmava, conseguiu sentir algo diferente. Conseguia sentir a vida fluindo pelas veias de Kieran, o sangue correndo, e nesse instante percebeu como deveria fazer. Parar o sangramento, estancar o sangue, curar a ferida. Mas conseguiria fazer isso a tempo?>

por Lily Qui 14 Out 2010, 7:29 am

Lily soltou um sorriso após receber o leve cafuné, e se levantou, ficando ao lado do rapaz.

— Dentro em breve, um deles vai cair ferido... Quero que você o cure o mais depressa possível. Consegue?

Lily olhou para os tres rapazes, sem entender muito bem. Para ela, eles pareciam muito bem e saudáveis. Como um deles estaria ferido? Só depois de alguns segundos ela teve um estalo. Como era que Cobernick sabia que ela tinha aquele tipo de mágica?

Um pouco insegura, a menina se aproximou mais de Cobernick. Seria ela capaz de fazer aquilo direitinho? Ela tinha treinado várias vezes, certo? Mesmo assim, suas mãozinhas apertaram o tecido da roupa de Cobernick, num leve sinal de ansiedade, quando dois dos rapazes acordaram.

Tímida, ela se escondeu por uns segundos atrás do rapaz, até espichar a cabeça para o lado, querendo espia-los. Ela olhou para Akkin, e ele lhe pareceu saudável, assim como Yoda, ainda que a aparência do mesmo fosse diferente, e fazia a menina ficar um pouco insegura.

Ia voltar ao seu esconderijo, atrás de Cobernick, quando tudo começou. Do peito de Kieran começava a brotar sangue, manchando-lhe a roupa. Por um momento Lily ficou estática, pois nunca tinha visto tanto sangue assim de uma vez. Suas mãos apertaram forte a roupa do Cobernick, e ela tremia levemente.

— ... Começou. Lily?

Ela não se mexeu por uns instantes. O que fazer, o que fazer? Pensou que não conseguiria. Mas seu desespero era suplantado por uma calmaria que estava ali desde o começo, que a tinha impedido de sair correndo desde a porta de entrada. Seus olhos focaram cajado, e ela se lembrou que era pra isso que tinha a sua magica. Ela não podia ter ajudado seu avô, mas poderia ajudar os outros.

Saiu do lado de Cobernick, as bochechas elevemente estufadas, num sinal de birra da garota com ela mesma, e saiu correndo até Kieran. O sangue a assustava, mas ela sabia que podia fazer alguma coisa.

Ajoelhou ao lado do rapaz ferido, e respirou fundo. Segurou o cajado com duas mãos e fechou os olhos. Sentia um calor gostoso pelo seu corpo. Sua magia começava a surgir. Um formigamento pelo corpo, que ia subindo dos pés até a cintura, e depois os braços, até ser criado uma corrente de magia entre ela e o cajado. Devagar, ela tocou o mesmo no peito de Kieran.

Abriu os olhos, mas eles estavam opacos e longe. Ela não enxergava a sua volta normalmente. Sua magia lhe transimitia a visão do estado de Kieran. Seus olhos deixaram de ver para poderem sentir.

Era leve de começo, a magia quente de Lily entrando na corrente sanguínea do rapaz. Ela percorria rapidamente, analisando. Ela sentia como se o seu sangue fosse o dele. Ela podia sentir o sangue ser bombeado, o caminho que ele fazia, e seguindo esse caminho, ela sentiu.

Ali. Era lá que estava o corte, que interrompia a corrente, vazando. Leves fagulhas se soltaram do cajado, adentrando pelo corte. As primeiras fagulhas se direcionaram para as extremidade dos vasos cortados. O sangue deveria continuar correndo. As fagulhas se distorceram, formando leves conexões entre os vasos. Elas eram como imãs, que quando tocavam uma extremidade, iam por atração até sua outra ponta, reestabelecendo o fluxo.

Era como se ela costurasse fios invisiveis. O sangue ainda vazaria pelas leves paredes mágicas mas definitivamente seria bem menos.

Uma vez que a corrente tivesse sido reestabelecida, com falhas, novas faíscas sairiam de seu cajado, mas dessa vez sem parar. Eram as regeneradoras, que iam direto para as pontas dos vasos, mutando sua forma, transformando-se em verdadeiras células, se agregando as veias, tecendo novas conexões, dessa vez reais. As conexões mágicas iam diminuindo de tamanho, e conforme elas faziam isso, suas paredes engrossavam, permitindo que cada vez mais menos sangue escapasse.

Ela não poderia ouvir ou sentir nada a sua volta, pois naquele instante, ela só sentia o sangue correndo como se fosse seu próprio, e seus ouvidos estavam surdos pelas batidas ritmadas do coração de Kieran, e estava cega pois sua magia fazia o papel de seus olhos, enxergando e analisando mais detalhadamente o que nenhum olho jamais poderia fazer.

por Kieran Qui 14 Out 2010, 3:05 pm

Não sei muito de você, apenas o que sente, porque não posso sair dessa cela. Se não percebeu, estou PRESO aqui... Não tenho nome, mas você sabe muito bem como sou. Você é o único com esse pode, mas acho que jamais viu-me desta forma.

Kieran descruza os braços e começa a olhar fixamente para o local onde estava a criatura que representava seu interior. Logo pode ouvir barulhos de casco, o que entregava um pouco sobre o que podia ser aquilo...Mas logo toda a expectativa se transformou em tormento, tão ruim quanto o que sentia em apenas ver o reflexo no espelho pois aquilo era o ser em sí, não a aura.

O rapaz ficou parado, mas não porque não sentiu nada, parecia congelado, totalmente paralisado. Seus olhos se arregalaram na hora e pequenas tremedeiras começaram a agir em algumas partes do corpo. Pelo mais que tentasse se mover ou falar, o corpo não queria responder. A sensação era de dor, uma dor muito grande, apenas por ver como ele era por dentro.

O animal que representava seu interior era um cavalo...Só que parecia um morto-vivo. Aquelas feridas...Eram culpa do seu passado? Mesmo que seu corpo tivesse sido restaurado através de magia quando quase morreu, seu interior não havia, ali estavam todas as feridas que sofreu durante tanto tempo...Não físicas, e sim psicológicas. Finalmente ele conseguiu se mover, e o movimento ainda foi descoordenado: Ele tenta andar para trás, só que troca os passos e cai sentado no chão.

-Não...Você...Não pode...Ser eu...EU NÃO SOU ASSIM!

A dor não parava, era como se fosse real...Mas logo ela veio até a realidade. Ao olhar para baixo, viu seu peito sangrando, e logo sua visão ficou esquisita...Estava chorando sangue? Aquilo sim era um inferno. Kieran não estava pensando muito bem no momento, tanto que chegou ao ponto de tentar invocar sua irmã para lutar...Mas sem sucesso, a concentração estava totalmente abalada.

-Por que?! Por que você não está vindo me ajudar?!

O rapaz ainda não conseguia ficar de pé, suas pernas estavam fraquejando e isso não permitia a ele se levantar. Já havia uma poça de sangue onde ele estava. Sua respiração estava rápida, a dor era intensa, seu mundo havia desabado e ainda estava em chamas, ele não conseguia pensar direito e seu corpo não respondia ao seus comandos. Ali parecia ser o fim, e ele nem tomava noção disso...

-E assim...Que eu sou...? Pior humano...Eu disse? Desse modo...Sinto como se...Eu fosse a pior criatura que existe.

Aos poucos Kieran começava a recuperar sua sanidade, mas o terror ainda predominava seu corpo. Sua voz estava fraca e trêmula. Ele se esforçava para permanecer sentado e não cair, pois se isso acontecesse, temia que não iria se levantar novamente.

-Conhecer você assim doi demais...Mas fui eu que pedi não foi?

Ele tenta ficar de pé. Consegue até ficar alguns segundos, mas logo cai de joelhos...Estava sem força. Sua visão estava ruim, Kieran limpa um pouco do sangue na manga de seu sobretudo, deixando seu rosto todo sujo. Os pensamentos estavam todos embaralhados, sua mente estava em pedaços. Era terrivelmente difícil de se concentrar em uma situação daquelas.

"Eu não consigo, as imagens e lembranças ruins invadem minha mente toda hora que tento retomar minhas ídeias...Não dá...Nem para organizar nada..."

O rapaz põe as mãos na cabeça e fecha os olhos. Tentava esquecer a dor um pouco. Nada no mundo conseguia fazê-lo sentir dor tão facilmente, mas aquilo...Não era algo do mundo de fora, era algo do seu interior, algo que sempre estaria com ele não importa onde fosse ou o que acontecesse. Um dia ele teria que se acostumar com seu próprio interior, mas não se sentia pronto para todo aquele peso que caía sobre sua mente de uma vez só...Mas...Aquilo era um passo bem grande na direção de seu objetivo. Como o cavalo havia dito, ele só não conhecia mais pois estava preso. Se para entender mais, ele teria que ser solto...Então...Para ser solto, um teria que confiar no outro.

Era uma tempestade de ídeias que havia surgido do nada. Através do que mais o atormentava, ele conseguiu se concentrar e pensar em algo. Não conseguia se concentrar em nada que pudesse ajudá-lo a esquecer e evitar o animal, mas conseguiu quando foi pensar em algo que pudesse ajudar ambos. Aquela poderia ser uma chance de aceitar seu interior do modo que ele era? Se fosse considerar tudo, os dois não eram diferentes, as aparência eram diferentes mas em personalidade eram os mesmos. Mesmo que aquilo causasse terror nas profundezas de sua alma, os dois eram o mesmo ser.

-Saber que por dentro eu sou assim...É um tremendo choque, sempre foi...Eu sei que será difícil me acostumar com você mas...Não importa aonde eu for você também vai estar lá, e eu não pretendo ficar medo de te ver para sempre...

Kieran se arrasta até a parede e se levanta usando ela de apoio. Ele respirava forçadamente e ainda sentia as dores passando pelo seu corpo. Mesmo depois de tudo aquilo ele precisava encarar o seu animal cara-a-cara, e aquela era a hora de tentar novamente.

-Só vou sair daqui...Na hora em que eu te aceitar não é? Então...Vou fazer isso até esse momento...

Logo o rapaz abre os olhos e fixa estes nos olhos do cavalo. Estava disposto a passar por toda a dor novamente até que toda aquela agônia de olhar para o seu próprio interior desaparecesse.

OFF: Nossa, abriu oportunidades para Kieran sentir nojo dele mesmo >w<"

por Kronos Hiily Qui 14 Out 2010, 8:09 pm

Depois de tudo aquilo ele tinha conseguido e recebeu seu devido prêmio. Akira era um enorme e feliz cachorro, parecia com um Labrador de aspecto selvagem. Akkin infelizmente não teve tempo de admirar Akira por muito tempo. Enquanto comemorava junto com o cão, tentou perceber do que o mesmo era feito mais logo acordou, ou melhor, saiu de seu eu, para voltar ao mundo real.

Do mesmo modo como estava naquela praia o Hanyou retornou. Após voltar, o mesmo levou um susto. Antes daquele treinamento só estavam cinco pessoas ali: Cobernick, o próprio Akkin, Daichi, Kieran e Altaïr. Agora se encontrava ali mais duas figuras que o Hanyou não conhecia, mas que logo seriam apresentadas junto com as agradáveis Boas-Vindas de Cobernick.

— Bem vindos de volta! Vejo que encontraram o nome do seu espírito

Cobernick falou cumprimentando os mesmos.

— Esta é Lily, minha afilhada. Ela estará treinando conosco a partir de agora, espero que vocês se dêem muito bem.

Lily? Afilhada? Como, se ela nem sequer apareceu antes? Provavelmente ela estava dentro da Academia e subiu quando os três estavam “meditando”. Bom, nada como novas pessoas para poder conhecer, com certeza se dariam bem. Akkin poderia até ter 19 anos e ser bem alto, mas se duvidar, sua mentalidade era quase a mesma da pequena.

— Lily! Nome bonito sabia? – Falou se aproximando da garota – Que bom que se juntou a nós, achei mais uma companheira pra brincar – Logo sorriu para a mesma, e colocando a mão sobre a cabeça dela, a fez um pequeno carinho.

Foi quando todos voltaram sua atenção para Kieran que estavam MUITO mal. Kieran começou a sangrar repentinamente, na faixa do peitoral. De inicio com um pensamento lerdo, Akkin não soube de onde vinha o sangue, mas logo que relembrou de sua experiência com seu próprio eu, conseguiu achar uma ligação.

—É... Sempre tem um que se ferra nesses momentos. – Falou o Hanyou que logo depois foi interrompido por Cobernick –

— Ajudem-na! Um de vocês erga a camisa de Kieran, o outro busque água para limpar as feridas, poderá encontrar nos dormitórios. Agora!

Cobernick mal acabou de dar as instruções e Akkin partiu. Correu escada abaixo e achou os dormitórios. Deu uma bela bicuda na porta fazendo a mesma abrir com um barulho seco. Passou os olhos pelo quarto e rapidamente achou um pote de vidro cheio d’água. Corre até o mesmo , mas antes , com seus lindos caninos afiados, o Hanyou mordeu com gosto a cortina arrancando grossos pedaços de pano. Feito isso os arremessou dentro do jarro e já segurando o mesmo subiu correndo tentando derramar o mínimo possível de água.

Quando chegou o resultado se agravou e Lily já estava perto de Kieran, afinal, o que faria ela? Pensamentos rápidos passavam por sua cabeça. Preferiu esquecer o que a menina fazia ali e se concentrou em limpar o sangue do corpo do garoto. De um em um, retirou os panos encharcados de água, dobrando-os e os colocando em cima dos ferimentos. A água iria parar – pelo menos um pouco – o sangramento. Quando se deu conta, a menina que estava a sua frente, mantinha a concentração e um simples cajado segurado por ela repousava no peito do garoto, lugar onde o ferimento era mais grave. Foi então que Akkin tomou um susto: Um leve brilho emanava de dentro de Kieran. O Hanyou custou acreditar, mas pelo que via, aquela garota, inocente e frágil estava curando os ferimentos de Kieran... todos eles.

Ainda impressionado e com seu serviço já feito, o Hanyou se levanta e fica do lado de seu mestre observando a cena. De agora em diante o resto seria com Lily. No mais solta um comentário engraçado.

— Mestre... Pensei que só você era o gênio da sua família. Bom, pelo visto... Errei feio. – Soltou um sorrisinho, ainda olhando para Kieran e Lily -

por **yoda** Sex 15 Out 2010, 1:36 am

Aquele era realmente seu mundo, a cada humor o tempo mudava, percebeu isso rapidamente, nem tão rápido assim, pelo tempo nublado e tenso após ter ficado serio. Pensando muito se levanta falando um nome até estranho, Adônios, que fez com que tudo ali rachasse, mais comprovava que a resposta de Dachi estava correta.

Nesse exato momento começa a enxergar Adônios, mais estava enganado em uma coisa, o que tinha visto não era uma cauda de um animal terrestre mais sim penas de um pássaro. Quando realmente olha Adônios melhor percebe que em sua frente está uma grande
Águia que logo levanta vôo em sua frente, Dachi fica maravilhado com a aparição da águia e por ela ter o triplo de seu tamanho. Após levantar vôo, Dachi tem a bela vista de seu mundo só por alguns instantes, pois tudo começa a ficar embasado mais cheio de cores, aquela grande mistura de cores estava começando a irritar, fechando seus olhos com força percebe sons familiares, A voz de Cobernick falando com alguém, Dachi vagarosamente começa a abrir seus olhos e realmente está de volta a academia, a vida real.

Aquilo era meio estranho, nem ao menos tinha se movido, nem um pouquinho, estava parado no mesmo lugar ajoelhado, essa era a única diferença. A visão de Dachi estava um pouco embaçada, mais podia ver um borrão ao lado do outro borrão que considerava ser Cobernick, esfregava um pouco seus olhos e podia ver uma garotinha, logo após acordar, Akkin acorda em seguida, Dachi olha novamente para a nova personagem naquele cenário percebendo que ela está a olhar para eles parecia que a garotinha estava com medo de um dos dois, mais aparentemente do meio – dragão.

— Bem vindos devolta! Vejo que encontraram o nome do seu espírito. — Cumprimentava Akkin e Dachi — Esta é Lily, minha afilhada. Ela estará treinando conosco a partir de agora, espero que vocês se dêem muito bem. –como logo apresentava sua afilhada.

Ao dizer o que estava acontecendo, Kieran rouba toda a sena, pois tinha sido o único a não acordar alem disso gemia de dor, como chamou a atenção do grupo todos percebem que em seu peito está uma mancha preta.Era sangue.

— ... Começou. Lily? — Sem muita percepção Dachi olha novamente para Cobernick, quase que ignorando Kieran, mais aquilo tudo era muita coisa para digerir, Dachi ainda estava um pouco estático com o que tinha acontecido com ele.

— Ajudem-na! Um de vocês erga a camisa de Kieran, o outro busque água para limpar as feridas, poderá encontrar nos dormitórios. Agora! — Akkin parecia estar bem e logo cutuca Dachi para ajudar no que Cobernick tinha pedido. Akkin se levanta e vai atrás da água, Dachi se ajeita para retirar a blusa de Kieran, não era uma tarefa muito difícil, Dachi simplesmente utiliza suas garras para cortar a blusa onde estava o sangramento e facilitar o trabalho de Lily.

Com aquela situação olhava para Lily, parecia estar nervosa, Dachi não estava lá muito calmo, mais poderia ajudá-la a ficar um pouco mais calma.

Dachi: - Ei...Lily, certo?tente se acalmar, estou aqui também, se precisar de algo posso lhe ajudar.....não precisa ficar com medo de mim.....sei que sou feio mais no momento um de nossos companheiros está em apuros, por favor tente ficar mais calma e assim poderás fazer melhor o serviço......eu só posso lhe apoiar que curar os outros não é comigo....—tentava acalmar a garota que a cada corte que aparecia em Kieran era mais uma preucupação para a garotinha isso antes dela começar a fazer qualquer coisa.

por **Cobernick** Sáb 23 Out 2010, 3:03 pm

[Todos estão indo muito bem, parabéns! Exp extra para todos! E desculpem pela demora]

@Kieran

Agonia, dor, nojo. Sentia tudo isso de uma vez, e um pouco mais. Por mais que Kieran tentasse engolir estas sensações, era impossível. Encarava sua outra parte, o único olho restante daquele animal que representava sua essência, e sentiu um grande terror dentro de si. Suas mãos tremiam, e suor descia pelo seu rosto.

Mas havia escolhido encarar aquilo, não fugir. Kieran, com a pouca sanidade que lhe restava, escolheu tentar aceitar o animal do jeito que era. Não poderia fugir por muito tempo daquilo sem perder completamente sua sanidade mental.

Está me dizendo que apenas vai me aceitar para conseguir fugir daqui? Você é patético!

O cavalo bufou com força, sangue espirrando da cavidade onde deveriam ser suas narinas, mas que não havia carne ou pele para isso.

Suma daqui....!

Com um relincho rouco, ele empinou e logo bateu com extrema força os cacos no chão. Nisso o cenário em torno de Kieran pareceu se quebrar em inúmeros pedaços, o fazendo mergulhar na escuridão outra vez.

@Akkin / Lily / Dachi

A atuação da pequena Lily surpreendeu a todos. A menina, que parecia tão inocente, adquiriu uma seriedade e concentração fortes em pouco tempo. Sua capacidade de conseguir sentir toda vida fluir pelo corpo de Kieran era surpreendente, logo ela iniciava seu processo de cura que tanto havia praticado para aquele momento. Sentia sua magia fluir pelo cajado, caindo sobre a pele ferida do rapaz e curando aos poucos o ferimento. Não demorou muito para conseguir que nem mesmo uma cicatriz restasse.

Dachi, com suas palavras de reconforto, deram uma força extra para que Lily continuasse sua cura. Ainda havia os cortes sobre os olhos de Kieran. O tecido do rosto era mais delicado, os vasos sanguíneos mais finos, porém a pequena maga não hesitou. Iniciou o processo de cura da mesma forma, de uma forma mais precisa, e em poucos minutos o rapaz estava totalmente curado. Tudo que restava era o sangue ainda pelo seu rosto e peito, que logo Akkin tratou de limpar com o que restou da cortina que arrancara.

— Muito bem, todos foram ótimos... Agora é com ele. — Anunciou Cobernick. De fato, cada um fez sua parte, mas era lógico que a pequena Lily havia conquistado a atenção principal. O mestre da academia confiou numa garotinha que acabara de aparecer, e pelo jeito teve toda razão de o fazer. Akkin elogiou a pequena, e Cobernick respondeu com um sorriso satisfeito. Ela não era bem uma parente de sangue, mas algo próximo.

Nos minutos seguintes, Kieran começou a suar. Ficou febril, mas a essa altura não precisavam fazer mais nada. Mesmo que Lily tentasse, sua força mágica havia se esgotado, se esforçara demais. Mas poderia orgulhar-se deste feito.

Após minutos que pareceram horas, a febre baixou, e Kieran começou a abrir os olhos.

@Kieran

A dor se fora, ao menos a dor física. Sentia novamente uma brisa leve roçando sua pele, um ar puro, e um chão gelado sobre si. Arriscou abrir os olhos, mas em primeiro momento foi cegado pela claridade do céu azul. Levou um tempo para se acostumar e conseguir acordar de fato. Se viu deitado no terraço da Academia, onde estivera antes de desmaiar e entrar naquele mundo obscuro. À sua volta estavam Cobernick, Akkin e Dachi como esperava. Ajoelhada ao seu lado, porém, estava uma garotinha que não conhecia.

Sua cabeça latejava, mas aos poucos a dor cessava conforme se acalmava de sua visão torturante. Estava devolta ao "mundo real".

<Todos foram ótimos. Fiquem à vontade para relatar suas experiências para Cobernick ou comentarem entre si. Todos estão cansados, o que era de se esperar, e não vão aguentar muito mais tempo sem comer ou dormir, principalmente Kieran>

<Kieran recebeu 200 pontos de Exp>
<Akkin recebeu 200 pontos de Exp>
<Dachi recebeu 150 pontos de Exp>
<Lily recebeu 100 pontos de Exp>

por Kronos Hiily Sáb 23 Out 2010, 7:15 pm

Akkin apenas assistia a cena. Não sabia o que se passava dentro de Kieran para o mesmo ficar daquele jeito. Agora só bastava acreditar em Lily e no próprio Kieran para sair daquela fria.

— Muito bem, todos foram ótimos... Agora é com ele.

O tempo passou e Kieran foi melhorando. Lily tinha de se vangloriar, pois fez um ótimo trabalho. “Essa garotinha é simplesmente... Incrível” – Pensou. Os ferimentos mais graves foram totalmente curados, o sangue restante foi tirando pelo próprio Hanyou e Daichi com suas palavras havia acalmado a pequena. Um belo trabalho em equipe. Akkin olhou para o céu e sorriu. “Onde você está nesse momento para eu compartilhar minhas vitórias com você? Eu vou te achar... Natalia” – Pensou novamente e olhou novamente para Cobernick, já desconfiado se o mesmo ouviu os seus pensamentos. Nada escapava daquele mago.

- Depois conversamos sobre isso... – Olhou para Cobernick e sorriu de leve –

Correu para cima de Lily, e carregando a garota, colocou-a sentada por sobre seu pescoço.

- Hahaha, parabéns pequena, você fez um ótimo trabalho.

Logo sua atitude infantil tomou conta, e Akkin estava correndo com Lily pelo terraço. Estava se divertindo com o pouco de força que ainda restava em seu corpo, o Hanyou não mostrava, mas estava físico e psicologicamente cansado, precisa comer algo e dormir. Sentou-se no chão, e começou a brincar mais um pouco com Lily fazendo algumas caretas. Ele estava aproveitando, ver a inocência e felicidade de uma criança, era algo mágico. Sem demorar muito, tomou a menina cuidadosamente pela mão e andou com ela até Cobernick.

- Eu tenho que dormir – Falou coçando a cabeça por um tempo – Estou muito cansado... Mas antes, preciso tirar uma dúvida - Akkin olhou para Cobernick e falando de um modo que ninguém escutasse disse – Quando eu estava com Akira... Ou melhor, quando eu ia ver do que ele era feito... Eu voltei a esse mundo... O treinamento ainda não acabou não é?

Akkin esperava ansioso uma resposta de Cobernick. Com certeza o treino ainda não tinha acabado. Ainda faltava aquele misterioso colar... Mas isso ficaria pro dia seguinte, o Hanyou estava muito cansado para discutir sobre mais coisas. Soltou a mão da pequena, e com um sorriso amistoso se despediu deixando a garota livre. Agora só olhava para Cobernick...

por Lily Sáb 23 Out 2010, 8:49 pm

Abriu os olhos, ainda levemente opacos. Aos poucos ia recobrando seus próprios sentidos, sua respiração lenta voltando ao ritmo normal, seus ouvidos voltando a se encher de sons e seu corpo a formigar, pois agora a magia ia diminuindo, deixando rastros incomodos por todo seu corpo. Mas sorriu, e olhou para Cobernick.

Onii-chan parou de sangrar...

A pequena garota sorriu para Daichi. Ela ainda tinha seus receios, mas o rapaz falara coisas bem gentis a ela.

Logo ela foi levantada por Akkin, que assustada se agarrou aos seus cabelos, com medo de correr. A agitação e alegria do rapaz constratava co o estado ainda letárgico da menina, que havia acabado de sair de um quase transe.

Kyaaa

Mas o vento batendo em seu rosto enquanto o rapaz corria a fez melhorar, e ela começou a rir. O rapaz brincava com a pequena, e ela não consiguia evitar de rir, talvez pela felicidade de seus cuidados, ou pelo fato do rapaz parecer de fato muito bobo e cômico fazendo suas caretas para ela.

Onii-chan, onii-chan, é assim!!

E lá ela ia mexendo com a própria cara do Akkin, puxando suas sombrancelhas, boca, nariz, até que caisse rindo pelas estranhas caras que criavam.

Mas em pouco tempo a menina começou a soltar bocejos de cansaço. Sua magia afinal lhe cansava muito. Enquanto Akkin conversava com Cobernick, a menina permaneceu quieta, começando a sentir sua cabeça meio leve, e seu estomago pesar de uma fome que ali estava bem antes de ter chegado á torre.

Mas ela ainda estava alerta o suficiente para notar Kieran se mexendo mais a frente, e logo largou as mãos de Akkin, e saiu correndo, sentando-se ao lado de Kieran, e com suas mãozinhas, apertou-lhe as roupas, o sacudindo com toda a força que uma menina de 8 anos poderia ter.

Onii-chan, onii-chan, você está bem?!?

Seus olhos verdes olhavam surpresa e preocupada para o rapaz, e logo se virou para Cobernick, berrando.

Onii-chan acordou, ele acordou!

Ela voltou a olhar para ele, sorrindo, mas logo soltou um novo bocejo, e coçou os olhos.

por Kieran Sáb 23 Out 2010, 10:11 pm

Apesar de tudo, nada podia fazer quanto ao terror que sentia. Aquilo estava fora do seu alcance, e talvez impossível por puro esforço...Algo teria que intervir ou nunca conseguiria fazer aquela coisa se acalmar e entendê-lo.

Está me dizendo que apenas vai me aceitar para conseguir fugir daqui? Você é patético!

Kieran ficou quieto e sério. Ele sabia que dali não teria como fazer nada e nem daria certo tentar falar com o cavalo, como já foi marcado antes...Sem algo mais forte nunca conseguiria nada. A criatura bufou e o mandou para fora daquele lugar...

Suma daqui....!

...O próximo destino? Escuridão total. Tudo havia se despedaçado e agora só restava trevas...Mas aquele sim era um lugar familiar para ele, uma representação do lugar onde viveu toda sua vida até pouco tempo atrás. Será que ficaria ali para sempre? Será que seu corpo havia morrido? Dali não tinha como fazer nada além de esperar.

Finalmente acordou. Aonde estava? A luz não deixava ele perceber isso imediatamente, mas sentia a brisa e a superfície gelada onde estava deitado. Não sentia vontade de levantar a parecia que seu cérebro havia sido massacrado, e realmente deve ter sido, ainda tentava organizar suas ídeias e colocar sua mente de volta no seu lugar. Depois de um tempo o rapaz conseguiu perceber onde estava, era a academia. Sorte, não havia morrido; Azar, falhou. Estavam ali todo mundo e uma pessoa à mais, era um pequena garota. Kieran ficou um tempo olhando para ela, tentando entender como ela havia ido parar ali...

Onii-chan, onii-chan, você está bem?!?

-Estou vivo...Então sim.

Seu corpo estava vivo, mas seu humor era de uma criatura morta que ficou anos presa em uma tumba, ou seja, péssimo; Sua cabeça também não estava muito bem. Seu corpo estava bem exausto, sua mente mais ainda, além da incrível fome.

-Tsc. Aquele filho da mãe acabou não entendendo. O humor dele...É exatamente igual ao meu...

Falou abertamente mesmo, não tinha o que esconder sobre sua terrível experiência com um cavalo morto-vivo, portador de um humor terrível. A cara do rapaz era a mesma de alguém que está prestes a matar alguém que esperou ver morto a muito tempo.

-Mesmo eu tendo falhado, agora sei que minha essência está "morta", no sentido literal. Mas eu ainda vou convencer aquele cavalo zumbi cabeça dura a me aceitar também.

Ele se levanta e limpa seu sobretudo. Suspira e olha para Cobernick, ainda com a mesma cara de humor brutal. Então ele fala:

-Antes de ir descansar, acho que preciso comer alguma coisa. Me preocupo mais em desmaiar de fome do que de cansaço...

Kieran estava no limite do que podia aguentar, ainda mais depois de algo como o que acabou de acontecer. Aliás, sua voz também estava meio forçada e tinha um tom assassino. Não estava tendo um dia muito bom.

por **yoda** Seg 25 Out 2010, 3:24 pm

Lily surpreendeu a todos por conseguir forças para utilizar sua magia tão bem, pois demonstrava medo. Com uma grande rapidez Lily começa a cicatrizar as feridas de Kieran, mais estava um pouco mais concentrada depois das palavras de conforto de Dachi, pode não ter ajudado muito mais foi útil naquele momento.

Depois de tudo Kieran foi curado completamente a única coisa que restava era seu sangue espalhado no chão e em algumas partes de seu corpo.

-- Uff....bom trabalho Lily se não fosse por você estaríamos em maus lençóis....ou não dependendo da ação de Cobernick...mais mesmo assim obrigado.—sorria ao termino de sua frase.

Akkin não demorou muito e começou a limpar o Kieran, sem contar o chão que também estava sujo.

— Muito bem, todos foram ótimos... Agora é com ele. —

Aquelas palavras deixavam todos confortáveis principalmente Lily que tinha feito o trabalho principal. Aquela foi uma situações mais complicadas e rápidas que Dachi tinha passado estava assustado tanto quanto Lily mais lembrava que sempre ficava machucado então ficava imaginando como se fosse mais uma pequena ferida.

Foi um grande dia para todos, até mesmo para Kieran que estava acordando, todos se sentiam cansados e famintos ainda mais Lily que havia utilizado uma grande quantidade de magia para recuperar Kieran. Akkin sempre é o primeiro a procurar comida, assim pensa Dachi, então foi logo falar com Cobernick, Dachi espera um tempo fala com Cobernick, sobe pega um pouco de comida e se retira do estabelecimento, sentando, encostasse no muro do castelo começando a comer ao ar livre tendo a melhor visão que Dachi acha, o próprio céu.

[off: mauz a demora, problemas,problemas e mais problemas, tenho que me ajeitar aqui ainda não ta tudo resolvido, mauz tbm pelo post eu sei q ficou ruim =/. Bem obrigado pela compreensão]

por **Cobernick** Qui 04 Nov 2010, 1:09 pm

[É, eu sei, to encrencado, mas vou dar um bônus pra vocês, me perdoem]

Finalmente tudo havia se acalmado. Kieran já não mais sangrava, sequer havia vestígios das suas feridas. Foi um ótimo trabalho em equipe, deveriam concordar. Cobernick sorriu, satisfeito, e respondeu o comentário de Akkin com um movimento da cabeça. Em sua Academia, o mago parecia de fato saber tudo que acontece ali dentro.

A brincadeira de Akkin e a pequena Lily foi divertida, trazendo ainda mais paz àquele cenário tão calmo. Logo a arraia de água nadava em torno dos pés do Hanyou enquanto ele corria com a pequena nos ombros. Parecia se divertir tanto quanto eles. Quando sentaram-se para fazer caretas, a arraia colaborava fazendo formas de chapéus engraçados na cabeça de Akkin. Estranhamente ele não se molhava ao toque do animal de água.

A pergunta de Akkin para o mago, inicialmente, foi respondida com uma risada curta.

— Do que está falando? Vocês sequer começaram. — Deu dois dapinhas no ombro do Hanyou, e se aproximou de Kieran que agora acordava. Assistiu-o resmungar ao se levantar, e o ajudou segurando-o pelo braço. — Você terá outras chances, não se culpe por falhar. Sua vitória foi ter saído vivo, pois pessoas como você costumam enlouquecer de vez com esse encontro. E agradeça à pequena Lily, ela quem te ajudou mais.

Passou a mão na cabeça da garotinha, que esfregava os olhos sonolenta. Cobernick a pegou no colo com um braço.

— Bom, tudo isso deixou vocês cansados e com fome. Prefiro que se alimentem bem antes de descansar, não quero ouvir roncos de estômagos somados aos de vocês, será uma verdadeira orquestra. Vamos à sala de jantar.

Sorriu, e seguiu escada abaixo. Kieran conseguia andar tranquilamente, então não viu problemas. O grupo sabia que se dormissem estariam ótimos em poucas horas, mas a fome de fato vencia. Por algum motivo sentiram cheiro de comida pronta, mesmo sabendo que ali a comida não era peparada, e sim surgia. Seria algo da cabeça deles ou um truque do mago?

Finalmente na sala de jantar, todos sentaram-se à mesa. Cobernick fez uma magia rápida e ajustou uma cadeira para o tamanho da pequena Lily, de forma que ela ficasse na altura certa para comer. Havia pratos vazios, talheres e copos. Como era de costume, bastava pedir para que o prato aparecesse à sua frente. Lily não se demoraria a aprender ao ver os demais o fazendo.

— Bom, vocês todos foram muito bem, apesar de não saberem. — Cobernick começou a explicar, dando pequenas pausas enquanto saboreava seu rosbife. — Tudo que fiz foi colocá-los dentro de si e em contato com seu próprio eu. Devem ter notado que o ambiente mudava dependendo do que sentiam. Bom, a parte mais difícil era descobrir o nome daquele ser e sua forma. Me contem vocês: o que descobriram lá dentro, e o que aprenderam com esta experiência?

por Kronos Hiily Qui 04 Nov 2010, 2:55 pm

Sorriu, pois já sabia que a resposta seria aquela.

— Do que está falando? Vocês sequer começaram.

Cobernick completou sua fala com duas tapinhas no ombro do Hanyou. Aquilo realmente ia ser divertido. Sua atenção se desviou para Kieran resmungando. Akkin não pôde deixar de soltar um sorriso no canto mostrando um de seus caninos avantajados. Começou a se aproximar do mesmo e logo ouviu Cobernick novamente:

— Você terá outras chances, não se culpe por falhar. Sua vitória foi ter saído vivo, pois pessoas como você costumam enlouquecer de vez com esse encontro. E agradeça à pequena Lily, ela quem te ajudou mais.

Logo Akkin olhou para a pequena novamente. Tão pequena, tão inocente... E tão forte. Carregava um forte poder sobre suas costas e sabia que podia administrá-lo muito bem. Foi quando o roncar de seu estômago pôde ser ouvido, o Hanyou estava com muita fome.

— Bom, tudo isso deixou vocês cansados e com fome. Prefiro que se alimentem bem antes de descansar, não quero ouvir roncos de estômagos somados aos de vocês, será uma verdadeira orquestra. Vamos à sala de jantar.

Akkin seguiu Cobernick escada a baixo um pouco eufórico. O cheiro de comida já entrava em suas narinas lhe trazendo mil idéias do que pedir, afinal, já sabia como o “esquema” funcionava e ele o testaria novamente.

Já na mesa de jantar, Akkin se fez.

- Vamos começar... Vinho! Suco de Laranja! Sushi! Verduras! Carne com Molho e Hidromel! E para a sobremesa... Sorvete! Pudim e Bolo!

Talvez alguns iriam se assustar quanto ao volume de coisas que o Hanyou pedia, logo saberiam que para ele aquilo era normal.

Enquanto se deliciava com sua refeição, Cobernick se pronunciou.

— Bom, vocês todos foram muito bem, apesar de não saberem. Tudo que fiz foi colocá-los dentro de si e em contato com seu próprio eu. Devem ter notado que o ambiente mudava dependendo do que sentiam. Bom, a parte mais difícil era descobrir o nome daquele ser e sua forma. Me contem vocês: o que descobriram lá dentro, e o que aprenderam com esta experiência?

Devido estar com a boca cheia de comida, Akkin preferiu não responder de imediato. Apenas ouvia Cobernick e deixou para os outros começassem dessa vez.

por Kieran Qui 04 Nov 2010, 11:35 pm

Você terá outras chances, não se culpe por falhar. Sua vitória foi ter saído vivo, pois pessoas como você costumam enlouquecer de vez com esse encontro. E agradeça à pequena Lily, ela quem te ajudou mais.

-Ótimo... -Fecha a cara e suspira, então olha para Lily por um tempo- ...Obri....gado...

Parecia estar fazendo esforço para dizer essa palavra, e realmente era muito esforço. De qualquer maneira, finalmente algo para recuperar parte da energia perdida ia ser feito. Kieran conseguia andar pelo menos. Acompanhou Cobernick até a sala de jantar do lugar. Por onde passava olhava ao seu redor para memorizar o máximo de coisas ali para não ter problemas de localização futuros. Ainda estava de cara fechada, mas parecia menos irritado graças ao que foi dito a ele antes.

Todos chegam na sala de jantar e o rapaz faz questão de se sentar mais afastado do povo. Interações sociais assim estavam longe de ser suas intenções naquele momento, e isso era razão o suficiente para persistir nessa ídeia de não querer nada com ninguém. Kieran olha para a mesa, esperava que tivesse algo ali antes de chegar mas se decepcionou. Só viu o que deveria ser feito quando Akkin começou a pedir coisas:

Vamos começar... Vinho! Suco de Laranja! Sushi! Verduras! Carne com Molho e Hidromel! E para a sobremesa... Sorvete! Pudim e Bolo!

Uma sombrancelha se arqueia ao ver o tamanho do pedido, mas também descobre como as coisas funcionavam ali, era pedir e ter. Podia ter qualquer coisa em seu prato, mas sendo quem era e consíderando a sua imensa falta de lazer próprio e ídeias de que coisas como sabor eram desnecessárias, ele dá preferência ao que comia todo dia na fortaleza da Fallen Crest.

-Ração humana e vitamina de vegetais com cereais.

É, era esse tipo de coisa que ele comeu durante toda sua vida. Ração para manter energia e o peso ideal e os vegetais batidos cereais para tudo que é vitamina necessária. Ele começa a comer a ração e a tomar a vitamina. A ração era normal, mas a vitamina era algo que ele não conseguia disfarçar seu sofrimento para tomar. Kieran vira o copo de uma vez só para que sentisse o mínimo possível, e depois continua comendo a ração.

Bom, vocês todos foram muito bem, apesar de não saberem. — Cobernick começou a explicar, dando pequenas pausas enquanto saboreava seu rosbife. — Tudo que fiz foi colocá-los dentro de si e em contato com seu próprio eu. Devem ter notado que o ambiente mudava dependendo do que sentiam. Bom, a parte mais difícil era descobrir o nome daquele ser e sua forma. Me contem vocês: o que descobriram lá dentro, e o que aprenderam com esta experiência?

E com uma resposta direta:

-Descobri que sou cabeça dura e que eu mesmo me odeio. Além de que sofrer é algo longe de parar de acontecer e que eu preciso encontrar um jeito daquele cavalo zumbi tentar me aceitar assim como estou tentando aceitar ele.

por Lily Seg 08 Nov 2010, 1:35 pm

A garota sorriu para o antes ferido Kieran, pois agora ele falava e andava normalmente. Se surpreendeu ao ser levantada por Cobernick, mas riu, enquanto era carregada até a sala de jantar.

Sentindo o cheiro de comida, imediatamente ficou mais atenta, esperando ansiosa, mas na mesa, apenas pratos vazio. Seus olhos olharam em volta, procurando por uma cozinha, ou carrinho com comidas, mas nada!

E assim ela ficou sem entender, até que Cobernick, Akkin e Kieran fazem seus pedidos. Por um momento a pequena ficou olhando boquiaberto para os pratos. Depois, olhou em volta, procurando algo. Nada. Então olhou debaixo da mesa, esperando encontrar mini-duendes da comida. Como não achou nada, ela tinha que admitir.

.... Os duendes são invisíveis!!!

Voltando a sua posição normal, olhou para o prato, e se aproximou dele, e falou num cochicho. Logo, diante de seus olhos verdes surpresos, um grande prato de macarrão apareceu, fazendo a menina soltar pequenas risadas. Experimentou, e gostou. Colocou a cabeça debaixo da mesa, e disse.

Arigatou, duendes-chan!

E após o macarrão, bolo de chocolate com cobertura extra de chocolate e cerejas bem vermelhas. Um prato cheio para uma criança se deliciar.

A conversa à mesa, dela quase nada entendia, porque não fazia sentido a ela. Ela apenas ficava ali, balançando suas pernas, e dando várias pequenas garfadas em seu pedaço de bolo.

por **yoda** Seg 08 Nov 2010, 5:28 pm

Daichi realmente estava exausto. Sua experiência em seu interior foi cansativa e na sua volta o susto com Kieran foi grande apesar de não ter feito nada pesado nessa parte.

De certo ficou ali, relaxando com sua pose sempre séria e educada. Foi quando decidiu ir falar com o mesmo sobre algo para comer, pois a experiência o deixou faminto, e certamente não só ele. Logo o mago tratou de lhe responder, dizendo que naquele momento iriam todos descer para um belo jantar. Não demorar muito e Daichi já está acompanhando todos na escada indo para o salão. Mal esperava para poder se saborear.

Sentou-se educadamente em uma das cadeiras ao lado de Akkin e ouviu até com um pouco de incomodo o pedido do Hanyou. Daichi sabia que ele realmente era capaz de devorar tudo aquilo e se duvidasse ainda estaria com fome. Como sempre repreendeu o amigo.

- Não deveria pedir tudo isso... Pode não conseguir comer – Falou friamente como sempre –

O Hanyou não reclamou, deveria estar de boca cheia, então tratou logo de pedir o seu

- Um grande pedaço de carne, bastante temperada e um grade copo de Rum

Rapidamente, o seu pedido apareceu na sua frente. O meio – dragão então começou sua adorável degustação. Bebia o Rum com calma e apreciando o mesmo, ficar bêbado ali não era uma opção muito boa. Cobernick intervém fazendo algumas perguntas a seus convidados.

— Bom, vocês todos foram muito bem, apesar de não saberem. — Cobernick começou a explicar, dando pequenas pausas enquanto saboreava seu rosbife. — Tudo que fiz foi colocá-los dentro de si e em contato com seu próprio eu. Devem ter notado que o ambiente mudava dependendo do que sentiam. Bom, a parte mais difícil era descobrir o nome daquele ser e sua forma. Me contem vocês: o que descobriram lá dentro, e o que aprenderam com esta experiência?

Terminando de engolir um pedaço de carne com ajuda da bebida Daichi responde.

- Bem, eu descobri que sou realmente muito calmo com relação às coisas e que verdadeiramente quero achar meu pai. Mas para isso aprendi que preciso da ajuda de certas pessoas, e o mais importante: Necessito acreditar em mim mesmo.

Voltou então a comer calmamente seu jantar, o qual estava delicioso. De bônus se divertia com a imaginação fértil de Lily e por vezes, soltou um sorriso no canto dos lábios, coisa tal que não o fez desde que chegou a academia. Ele estava evoluindo.

por Kronos Hiily Ter 23 Nov 2010, 2:00 pm

Ouvia todos falar ali, sendo primeiro Kieran e logo em seguida Daichi. Estava entretido com sua comida, enquanto sorria para Lily que usava sua imaginação fértil para acreditar que existiam duendes ali. " Uma maga... Que não sabe tanto sobre magia... Isso é interessante" Pensou. Foi então que de relance olhou para Cobernick e este o fitava. Parou imediatamente e podia-se ver claramente que ao redor de sua boca estava tudo sujo, além de estar com metade da boca cheia e com um filete de macarrão descendo pelo canto esquerdo da boca. Soltou um leve sorriso, terminou de engolir o que tinha na boca e limpou bem ao redor da mesma com o guardanapo.

- Bem... Acho que é minha vez... - Deu um longo gole em seu Hidromel - Como você mesmo falou, descobri que a medida que meu humor... ou meus sentimentos passavam pela minha cabeça, o ambiente mudava.

Comeu um pouco de sorvete, e continuou.

- Percebi que preciso aprender a controlar tais emoções, pois elas também podem se tornar um perigo. Puxando para esse lado, vi que eu não devo deixar minhas emoções me dominarem em combate. Tenho de estar focado apenas em meu inimigo e em meu objetivo. Ah... Também descobri que Akira é um nome bonito...

Terminou soltado um risada e voltando a comer o único alimento (sorvete) que ainda restava, acompanhado de seu Hidromel.

por **Cobernick** Qua 24 Nov 2010, 1:34 am

Cobernick pareceu satisfeito com as respostas. Os três rapazes haviam se saído muito bem no primeiro treino, mesmo que Kieran pensasse que havia falhado.

— Muito bem! Era este o propósito deste primeiro treino: fazer vocês conhecerem a si mesmos. E por mais que passassem uma eternidade daquela forma, nunca iriam se entender por completo. Afinal, por mais estranho que possa parecer, vocês e vocês próprios são dois lados da mesma moeda.

O mago parecia se divertir com a pequena Lily, e ainda mais por saber o que realmente acontece com a comida. O riso que Cobernick deu diante do "Obrigada, duendes-chan!" da pequena fez os rapazes imaginarem se realmente haviam homenzinhos invisíveis correndo à deriva na sala de jantar.

— Bom, agora vem a parte difícl, que é materializar essa parte interna de vocês. — Cobernick logo continuou, assim que terminuo de comer. Deu o ultimo gole em sua taça, e logo fitou seus alunos. — Para fazer isso, vocês precisam, antes de tudo, de algo para vincular você ao seu próprio eu. Eu costumo chamá-los de espíritos elementais, pois eles usam geralmente elementos da natureza para se materializar. E, no meu caso, o que me vincula aos meus espíritos é o meu boné.

Ele retirou o boné de sua cabeça, e por alguns instantes os quatro puderam notar uma leve aura em torno da peça. Cobernick o vestiu denovo, e continou.

— Desta forma, o espírito estará ligado a mim, mesmo que não esteja mais em meu corpo. Dependendo da sua força mágica, seu espírito poderá se distanciar de você por vários quilômetros, e até mesmo desaparecer no horizonte. Mas como vocês estão começando agora, melhor não tentarem, hehe. — Ele coçou o queixo, dando uma pequena pausa, e logo continou. — Para criar este vínculo, podem usar qualquer coisa importante para vocês: uma arma, uma pulseira, um colar, uma peça de roupa, um anel... o que quer que seja de grande valor sentimental. Alguns chegam a usar órgãos ou o próprio sangue neste pacto, mas não recomendo: caso seu espírito elemental esteja sendo ferido, torturado ou capturado, basta você se desligar do seu vínculo para ele desaparecer e voltar para dentro de ti. Do contrário, você acabará se ferindo no lugar dele, e poderá morrer. Porém oferecer um órgão vital irá fortalecer ainda mais seu espírito elemental, pois ele se alimenta da sua energia para se materializar. Logo vocês aprenderão a usar muito mais dos seus respectivos espíritos, como transformá-los em armas, escudos, e até mesmo montarias.

Neste tempo, todos já haviam terminado de comer, mesmo quem havia pedido mais comida. O grupo estava descansado, revigorado e satisfeito. Isso porque nem haviam dormido ainda, e sentiam que poderiam encarar treinamento pesado por mais longas horas.

Cobernick fez um breve cafuné em Lily.

— Logo será sua vez de fazer tudo isso. Até lá, quero que continue cuidando bem deste trio, tudo bem? — E sorriu.

A academia tremeu.

Um silêncio se seguiu.

Um rugido alto ecoou por todas as salas da academia, principalmente na sala de jantar! O que quer que fosse, estava muito perto. Cobernick, pela primeira vez, pareceu realmente preocupado com algo que acontecia em sua academia. Ele olhava fixamente para a janela, com os olhos estreitos. Depois de um tempo que o rugido se extinguiu, ele ergueu a mao devagar, num sinal para que ninguém se movesse enquanto falava.

— Vocês quatro... subam no terraço, não estão seguros aqui. — O ar ficou tenso. Mais do que isso, era como se uma presença se aproximasse cada vez mais. Um estranho som aumentava gradativamente, como se fosse um rosnado muito mais grave do que qualquer criatura que os quatro ali tivessem ouvido. — VÃO!

As grandes janelas do salão de jantar se arrebentaram, junto com as paredes que a cercavam. Uma enorme cabeça repleta de dentes invadiu o local, soando um rugido ensurdecedor, e o que aconteceu a seguir foi rápido demais para qualquer um do grupo acompanhar.

Spoiler:

Num único instante viram Altaïr se materializar sobre a mesa, e então o lobo pulou contra a cabeça da criatura, e era como se ele se transformasse num projétil de gelo. Uma curta explosão de luz aconteceu e no momento seguinte toda a cabeça feroz da criatura estava congelada, mas apenas por alguns momentos.

— O que ainda estão esperando? VÃO! — Cobernick gritou novamente. A esta altura, o gelo em volta do monstro trincava, e um forte grunhido vinha do fundo de sua garganta, sem conseguir sair por sua boca. Logo retirou a cabeça da sala para sacudi-la fora da academia e livrar-se daquele gelo incômodo.

por Kronos Hiily Qua 24 Nov 2010, 11:39 pm

Tinha acabado de terminar seu delicioso sorvete quando Cobernick começou a falar sobre o propósito do treinamento anterior. Na percepção do Hanyou ele foi eficaz e foi até divertido saber como era seu próprio eu. Queria ter mais tempo para conhecer melhor a si mesmo, talvez fosse algo bastante “terapêutico” a se fazer.

Sua atenção foi tomada quando Cobernick iniciou a explicação do passo seguinte do treinamento. Há tempos seu Hidromel já tinha ido embora e ele nem havia percebido. Estava entretido naquela explicação. De forma simplória, Cobernick falava que para trazer o seu próprio eu, ou melhor, seu espírito elementar era necessário um pacto somado a um objeto de grande valor sentimental. Nesse momento, Akkin levou instintivamente sua mão ao colar. Seria esse o verdadeiro propósito daquele colar?

Então um tremor foi sentido, um rugido pôde ser ouvido ao longe e o silêncio predominou.

Ainda calado Cobernick fitou a janela com uma olhar sério. Por um momento estreitou os olhos e mandou ninguém se mexer. O clima não era dos melhores e a súbita mudança de humor de Cobernick instigava o Hanyou a saber o que estava errado. Tal curiosidade só aumentou com as palavras – um tanto sérias – de seu mestre.

— Vocês quatro... subam no terraço, não estão seguros aqui.

Mas naquele momento ele não teve nem tempo de questionar o porquê. O som de vidro sendo despedaçado, conjunto a uma espécie de explosão que levou consigo a parede em volta das janelas foi ouvido e deu um grande susto no Hanyou.

Automaticamente o garoto se jogou para lado e então ele pôde ver de relance: Diversos dentes afiados e uma enorme cabeça completamente dracônica. O despertar do Hanyou só foi ocorrer com um grito de Cobernick.

Sua primeira ação fora localizar Lily e memorizar a posição do enorme dragão. Correu rapidamente levando Lily consigo para o terraço. Dando pulos enormes de quatro em quatro degraus Akkin corria contra o tempo, precisava deixar Lily em um local seguro, mas também precisava ajudar seus amigos. Enquanto subia as escadas Lily pôde perceber a criação de uma leve linha que ricocheteava no ar.

Tinha conseguido rápido. Deixou a pequena no chão então ele o fez. Em uma fração de segundos Lily viu aquela pequena linha se transformar em uma imensa espada, com aproximadamente 1,80 cm de altura por 30 cm de largura. Talvez a pequena nunca tivesse visto algo daquele tamanho. Outro detalhe importante era do que era feita: Vento e Fogo. O fogo tomou a forma de uma enorme espada e para ajudar a manter aquela forma, em perfeita harmonia o vento contornava cada pedaço daquele “maciço”. Sendo sua própria habilidade, o garoto não recebia nenhum dano de nenhum dos dois elementos. Olhou para Lily e disse:

- Eu a chamo de Dragon Slayer. Lily... Proteja-se. Vão ter momentos em que você terá de se virar sozinha. Você é uma maga habilidosa... Eu sei disso. Boa Sorte pequena.

E então ele correu. Correu como nunca na vida. Aquela adrenalina corria no seu corpo estimulando cada músculo que por sua vez ajudava em cada movimento daquele sistema. Suas pernas cansavam rápido, mas ele insistia. Seus músculos doíam pedindo por ação e ele resistia. Ao final um impulso, um pulo, e Lily não mas viu o Meio-Youkai.

Quando saltou teve uma surpresa. A cabeça do dragão ainda estava congelada... Só que dentro de alguns minutos o gelo iria rachar dando a oportunidade perfeita para aquele dragão ter um almoço totalmente grátis. Akkin decidiu apostar então na velocidade. Aproveitando a gravidade – coisa que ele nem sabia que existia – colou os braços ao corpo ainda segurando a Dragon Slayer adquirindo uma posição vertical. Deste modo sua aceleração ia aumentar e somando-se à gravidade sua velocidade seria maior. Isso nem passava pela cabeça do mesmo, foi algo de momento que ele decidiu fazer.

Aquela era uma batalha de velocidade. Quem seria mais rápido? O Dragão rachando o gelo ou Akkin chegando primeiro no Dragão? Ele foi cada vez se aproximando mais, e mais, e mais... Então o movimento muda. Sem muita dificuldade, deu um giro no ar e preparou a espada. O momento havia chego. Com toda a força adquirida o Hanyou fincou a espada com força na parte de trás daquele grande pescoço cheio de escamas, mais precisamente para o lado direito, pois cair reto seria fatal: Sua costa era cheia de espinhos.

Apoiou-se com suas pernas nas escamas tendo como base um dos espinhos que estavam a sua esquerda. Ele tinha conseguido tempo para seus amigos, pelo menos era o que ele pensava. Mas agora não podia negar que sua situação também não estava nada boa. “Akira... Onde você está quando eu mais preciso de você?” Pensava o Hanyou.

Genyii Ryooudan: Nessa habilidade Akkin emite uma espécie de linha com que ataca a distância, essa linha pode tomar qualquer formato e possui 2 cm de espessura, podendo causar um grande estrago se pegar em cheio. Essa linha é formada pela junção de fogo e vento, deixando o ataque perfurante/cortante e com queimaduras, depende da escolha do usuário. Por necessitar usar o controle dos elementos, e ter um pouco mais de força e resitência para mante-lo além de que é necessario um condutor para o ataque ocorrer (espada), gasta-se 50% de MP para se criar a linha e mais 10% para mantê-la, não podendo alterar sua forma após criada

por **yoda** Qui 25 Nov 2010, 4:32 pm

Estavam todos maravilhados pelo pedido de sua refeição, Dachi estava se parecendo com Akkin estava comendo parecido como um selvagem, sua boca estava suja com a carne, mais sua fome falava mais alto. Ao termino de todos se alimentarem, Cobernick explica a continuação do treinamento deles, explica para eles que a parte difícil estava por vir, o que tinham passado era fácil, mesmo que passasse muito tempo lá.

Cobernick estava bem concentrado para explicar direitinho para todos como é que poderiam materializar seu segundo eu e como transformá-lo em algo útil na hora do combate, mais antes de tudo tinham que ter um vinculo, algo que pudesse deixá-los conectados com mais freqüência, mais tinham que escolher algum objeto, ou até mesmo um órgão para deixar ainda mais vinculado mais Cobernick recomendou não fazer isso, pois era muito perigoso, se fizesse isso podia levar o dano do seu eu interior.

O termino de suas palavras foram com Lily, dizendo que um dia seria ela. Em um instante de silencio, a academia começa a tremer, com um breve silencio, um rugido alto repentino quebra o silencio ecoando em toda a sala, aparentava estar perto deles, Dachi percebe que Cobernick está olhando para a janela, com um olhar de preocupado, ao termino do rugido, Cobernick levanta sua mão com um sinal pedindo que todos esperancem

—

Vocês quatro... subam no terraço, não estão seguros aqui.

— com essas palavras o ar ficou tenso, parecia que algo estava vindo a direção deles.

--“hum....é algo grande, pra fazer um tremor grande desse, ainda mais com um rugido assim....será?”—Dachi pensava consigo ignorando o pedido de Cobernick.

Em um único instante, o vidro se quebra fazendo com que alguns pedaços voem na direção deles. A visão no inicio não foi muito favorável no inicio, mais quando os vidros tocaram ao chão, poderiam ver um grande dragão que estava se segurando na janela.

--

VÃO

–gritava Cobernick para saírem de lá, Altair aparece rapidamente, dando uma investida na direção do dragão, em um breve momento um feixe de luz os sega por um momento, quando voltam a enxergar conseguem ver que a cabeça do dragão está congelada, mais isso não vai segura-lo por muito tempo.

--

O que ainda estão esperando, VÃO!

—Gritava novamente para se retirarem, mais parecia que a única pessoa que tinha que ser cuidada era a Lily.

-- Desculpe Cobernick, mais não devemos deixá-lo sozinho — Akkin aparece -- hum...obrigado Akkin por deixar Lily segura, mais como estava falando, essa luta não é só sua, deixe nos ajudá-lo seremos útil para algo— suas palavras foram sinceras, mais Akkin não quis saber a resposta indo rapidamente em cima do Dragão. Com uma agilidade e força e um pouco de técnica finca sua espada na parte de traz do dragão, ficando em uma posição meio desconfortável, com a mão apoiada na parede, uma perna em um dos espinhos do dragão e sua outra mão na espada fincada.

--Bem, Akkin já disse tudo com seus atos – se aproxima de um dos blocos grandes de pedra que foram arremessados – e você mesmo sabe que eu não irei ficar parado também – transformando o bloco de pedra em uma armadura parecida com um dragão e na própria armadura uma espada onde fica a sua mão.

por Lily Seg 29 Nov 2010, 7:48 am

Enquanto a conversa se desenrolava na mesa, Lily olhava para todos os lados, tentando entender como era tudo. E claro, procurando por algum movimento em falso dos duendes!

Apenas voltou sua atenção a mesa quando Cobernick falou com ela. A menina fez uma cara de ansiedade, as sombrancelhas levemente espremidas.

— Logo será sua vez de fazer tudo isso.

Mas onii-chan, eu não sei dormir de pé!!!

Apesar disto, ela sorriu e concordou com a cabeça com a segunda afirmação.

E o clima parecia ótima para o continuar da conversa, mas tudo é interrompido e posto a posterior em razão do "terremoto". Assustada, Lily agarrou na perna de Cobernick, se encolhendo no chão.

E se não fosse o bastante, um rugido poderoso sou por todo o terreno, fazendo ela se desesperar mais ainda, chegando a soltar um grito. Ela tremia e segurava com força as vestes do rapaz.

— Vocês quatro... subam no terraço, não estão seguros aqui. — O ar ficou tenso. Mais do que

Ela olhou chorosa por um momento para o rapaz, perguntando o que acontecia. Mas ela não precisou que ele respondesse. As janelas estilhaçaram, revelando uma terrível criatura.

Imediatamente Lily gritou e saiu correndo, morrendo de medo da terrível criatura. Suas pequenas pernas tentavam vencer a maior distância possível.

Por sorte, Kronos a alcançou logo, levando-a para o terraço. Ela permanecia o tempo todo tremendo e de olhos fechados, segurando o choro.

Chegando ao alto, Kronos exibe suas próprias habilidades, o que não faz ela se acalmar muito, mas suas palavras foram bem mais efetivas. Ela tremia, mas limpava os olhos e fazia um esforço real para manter a compostura, mordendo os lábios.

Em pouco tempo ela estava sozinha, abandonada naquele imenso espaço aberto. A brisa a acalmou por um segundos, mas a batalha se seguia la embaixo. Sem saber exatamente o que fazer de início, a menina procurava por um lugar, onde pudesse enxergar o que acontecia mais abaixo. Segurava o cetro com força, e andava cautelosa, como se estivesse preparada para correr caso a criatura sequer pensasse em olhar para cima.

por Kieran Ter 30 Nov 2010, 9:00 pm

Aquele momento de calma foi atrapalhado por um grande tremor. Kieran manteve seu olhar fixo no prato da "refeição" que estava comendo. Logo um rugido tomou o lugar do silêncio que o primeiro problema havia causado naquele ambiente, dessa vez o rapaz olhou para a direção de onde vinha tal coisa. Cobernick olha para a janela. Ele levanta a mão e sinaliza para que ninguém se mova, então fala:

Vocês quatro... subam no terraço, não estão seguros aqui ... VÃO!

Logo as janelas e as paredes estouram e revelam uma cabeça enorme que havia arrebentado tudo que separava ela do interior do salão. Era uma criatura grande, bem grande. Concerteza não era inimigo fácil, tanto que até Cobernick parecia sério. O lobo de gelo, Altair, já estava envolvido na batalha e havia congelado a face do monstro.

O que ainda estão esperando? VÃO!

Akkin já havia partido com Lily até o terraço e Daichi iria ficar para lutar. Kieran, por outro lado, iria lutar de um lugar melhor para ele, um mago sem força física. Seguiu seu caminho até o terraço pois de lá poderia muito bem controlar sua irmã para atacar o monstro, só que teria que ser rápido, ainda não havia muita habilidade com a invocação e por isso não tinha muito energia para mante-la por muito tempo.

Ao chegar no terraço, vê Lily sozinha. Onde o outro cara foi parar? Será que havia passado por ele e nem percebeu? Tanto faz. Kieran corre até a beirada e olha para baixo, procurando o monstro. Queria ver sua aura para ver se era apenas uma criatura irracional ou se era algo que havia um objetivo mais claro.

por Hope Estheim Sáb 04 Dez 2010, 7:10 pm

*Hope ainda estava parado, em um dormitório qualquer, ele aparentemente sobrevivia daquilo que estava fazendo. Mas depois de um tempo ouviu um barulho, muito alto, que o fez estremecer, levantou não se dando conta de quanto tempo se passou, estava meio tonto, não sabia se o barulho havia sido real ou só coisa da sua imaginação, resolveu então pegar um ar, começou a andar até o terraço, meio lerdo, cambaleando. Em algum tempo chegou ao terraço e avistou uma menininha, se aproximou*
"- Olá, uhn... Por acaso você sabe o que aconteceu aqui?" *Perguntou a ela, com um leve sorriso no rosto*

por **Cobernick** Qui 09 Dez 2010, 11:39 pm

<Oba, kamikazes!>

@Akkin

A queda de Akkin sobre o dragão foi recheada de uma tremenda sorte. No momento em que o youkai estava a apenas alguns metros do seu alvo, a criatura se livra do gelo ao abrir o maxilar e rugir para cima. Teria engolido Akin se este não tivesse girado no ar, passando a centímetros do lado daquelas presas que pareceram reluzir ao ver o lanche apetitoso que acabaram de perder.

Conseguiu cravar a espada no pescoço do dragão, pouco acima de sua lateral, de forma que Akin conseguisse se manter em pé. Logicamente o grande animal urrou de dor, e num reflexo sua grande pata arrebendou o resto de paredes da sala em que o grupo estava, criando um belo rombo na Academia.

Logo, o tempo pareceu ceder e se quebrar. Em torno da Academia de Magia, o tempo estava sempre bom, a grama era sempre verde e o ar, fresco. Porém de repente isso sumiu, tudo se envolveu em neve e uma forte rajada de vento gelado atingiu toda academia.

@Dachi

Apesar da situação tensa, o meio-dragão estava calmo. O que era anormal, até mesmo Cobernick estava nervoso naquele momento. Talvez Dachi não tivesse muita noção do que estava acontecendo.

De repente, lá fora, foi possível assistir Akkin cair e cravar sua espada no pescoço do dragão, fazendo o animal rugir de dor e atingir com sua pata as paredes grossas da academia, principalmente as da sala de jantar. Muitas pedras voaram contra Dachi, e foi tão depressa que o meio-dragão foi atingido, mas graças à sua armadura, não recebeu tanto dano.

Porém, Cobernick foi atingido em cheio na cabeça. O mago não teve tempo de fazer qualquer coisa com seus espíritos elementais: e nem ao menos estava preparado para o que ocorreu. Logo o rapaz estava estirado no chão, sua cabeça sangrando na lateral esquerda, completamente desacordado. Nisso todo o ar fresco e ambiente quase tropical foi substituído violentamente por ventanias geladas numa nevasca forte que rapidamente cobriu tudo que era verde em torno da Academia. A magia que Cobernick usava para envolver todo o lugar se fora.

@Kieran

Quando Kieran chegou à beirada do terraço, o tempo mudou violentamente. Golpes de vento e neve atingiram-no em cheio, e tudo começou a ser coberto pela neve: todo verde campo em torno da Academia. O que teria causado aquilo? Mas o que mais impressionou Kieran foi o que seus olhos amaldiçoados viram: a aura do dragão era completamente estranha, não sabia se era animal ou humana, era completamente incomum. O rapaz sentiu como se olhasse para uma criatura que viesse do submundo, repleto de inúmeros sentimentos conturbados que confundiam sua mente só de olhar para aquilo.

Por um momento vacilou, e quase caiu para frente.

@Lily / Hope

A pequela Lily estava perdida: sozinha, assustada. O que estava havendo ali?Estava tudo bem, até que de repente aquele monstro veio atrapalhar tudo! Porquê tinha de ser assim?

Porém, de repente um elfo estranho de cabelos louros aproximou-se de Lily. Ele parecia calmo, será que não sabia do dragão? Ou, talvez, fosse apenas mais uma das manifestações de Cobernick, vai saber... Mas não, Lily sentiu que era mesmo um humano, e a pergunta dele foi bem estranha.

Foi então que Ezio materializou-se ao lado de Lily. A pequena não o conhecia, muito menos Hope. Ezio era uma cópia negativa do mago Cobernick: cabelos negros e roupas escuras, usando o mesmo tipo de boné. Sua cabeça sangrava, e estava bastante ofegante. Sua existência oscilava, era de fato feito de sombras.

— Vocês dois... a Academia vai deixar de existir... tirem todos daqui o mais depressa possível...! Tudo vai voltar a ser neve e terra...!

E desapareceu numa forte ventania com neve e gelo, que golpeou também Lily e Hope. Se olhassem em volta da academia, notariam que o estranho rapaz estava certo: tudo que era domínio de Cobernick estava voltando a ser o que era: pura neve.

<Hope, aderi à descrissão de sua aparência em sua ficha>

por Kieran Sex 10 Dez 2010, 9:52 pm

Seja lá por qual razão o tempo ali mudou muito, a neve começou a cair e rajadas de vento forte corriam pelo local. Mas aquilo não era nada perto da aura da criatura, que era impossível de distinguir. Não dava para saber ao certo o que era, mas ela era assombrosa. Era cheia de negatividade. Por pouco Kieran não cai lá de cima, a distração que quase custa sua vida era algo a ser levada em conta.

-Isso é mais problema do que imaginei...

Ele olha para trás e vê duas outras pessoas com a silhueta que era para ser da Lily. Seria Akkin e Dachi? Ele corre para lá e percebe que uma sumiu, mas ali estava um rapaz que não conhecia. Como ele apareceu em momento inoportuno, ainda mais com a presença de uma criatura estranha vinda do nada, ele não ia ser muito amigável...E já não era? Ele chega meio que "confrontando" o outro rapaz, se colocando entre ele e a Lily.

-Quem é você?! Identifique-se ou não terei piedade!

Precisa informar Cobernick e seus outros companheiros sobre as origens da criatura estranha, mas não deixaria um estranho que apareceu convenientemente por ali ter chance de causar algo pior do que já está acontecendo. Por algum motivo, os arredores da academia estavam voltando a ser gelo. Isso era mais preocupante ainda. Ele se concentra no que parecia ser um elfo e fala novamente:

-Indentifique-se logo!

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