Academia de Magia

Knock acordara... A visão era perturbadora... Parecia com a guerra, ou, pelo menos, o final dela... O golem não sabia se era verdade; não sabia se era sonho ou se era magia... Estava atônito e quase entrara em loucura. A mesma loucura que já estava a rondar a mente e a alma do nobre cavaleiro.

Entretanto não se deixaria vencer... Cerraram-se os olhos, a fronte decaiu... Mexeu os cabelos longos com a mão esquerda e a direita, que estava solta, balançou e tocou o cabo da espada o qual estava na cintura e então se lembrou... Caiu em si e disse, em voz baixa, “Fui criado para evitar que isso acontecesse... Fui criado a fim de vencer a guerra... A fim de salvar em vez de destruir”. A culpa e o ressentimento rondavam a mente do jovem... Será que havia tomado uma decisão errada? Será que havia servido de boneco para seu pai? Será que ele lhe havia usado?

Um respirar pesado saiu por entre os lábios de Knock... O que poderia fazer agora... Levantou os olhos e decidiu caminhar mais por entre a destruição... Pensou e pensou... Só conseguia focar os seus erros, defeitos... Sua fraqueza.

Parou e, por reflexo, decidiu olhar para cima e ao fazer isso viu um ser que parecia ser humano, mas não sabia ao certo... O céu estava escuro, o que lhe prejudicava a visão... Então, intrigado com aquilo, decidiu ir ter com ele uma conversa... Parecia que ele sabia o que acontecia ali... Talvez conseguisse obter informações que superassem suas hipóteses que o levavam a caminho da depressão.

O sonho parecia tão real que Knock nem se lembrava de que estava na Academia de magia do mago Cobernick... Na verdade poderia até saber que se tratava de um sonho, mas seus loucos pensamentos o prendiam ali e fariam com que Knock fosse até o mais profundo de si buscando respostas... Força e paz.

- Sente e responderei a tudo aquilo que deseja saber...

Knock subiu a colina na qual se encontrava o ser... A visão era torturante... Parecia torturar não só a mente, mais sua alma... Seu espírito... Seu âmago gritava de dor, desespero... Entretanto o guerreiro que ali se apresentava não era um fraco de espírito... Iria encarar tudo... Não tinha medo de ficar face a Face com o dragão... A muralha a sua frente, apesar de ser um claro obstáculo, não era capaz de fazê-lo desistir.

Mesmo com a loucura batendo constantemente à porta de seu ser desde aquele dia, aquela noite na Catedral, Knock não cederia... Iria cumprir o seu destino. Lutar. Até que não só seu corpo perecesse, mais também estava disposto a sacrificar sua sanidade.

Chegou à presença daquela pessoa... Lágrimas não corriam de seus olhos, mas sua expressão era de clara atordoação... Knock jogou-se de joelhos ao chão amargo, tirou o elmo e procurou definir o ser... Parecia ser um sobrevivente do “desastre”... Respostas... Uma incógnita a qual o ser de luz não tinha muito em sua vida. Missões... Tudo, até aquele instante se baseava em cumprir um propósito, como em um jogo de xadrez onde as peças não têm importância... Só um propósito; uma missão e mesmo que ela seja importante... Não passa de uma missão.

Talvez isso fizesse falta em sua vida... Talvez não vivesse ou não tivesse vivido até aquele momento o qual era a destruição de sua prisão... Talvez aquela perda significasse o ganho de uma vida para Knock... Uma chance para ressurgir.

Entretanto... Knock estava enceguerado pela idéia de estar preso e de não servir mais para nada... Não via a chance de um recomeço... Só via o fantasma do fracasso... O fantasma não da perda de uma simples batalha, mas sim... O da perda da guerra.
—Diga-me tudo—Arfava cansado— O que aconteceu? Foi culpa minha— Independentemente das perguntas feitas pelo golem, aquela pessoa parecia saber de tudo, inclusive o que o cavaleiro pensava... Knock falou pouco, mas sabia que a resposta viria longa.

“Novamente nossa heroína caminhava com suas próprias pernas até seu destino, buscando por aquele que... Não, esta sem dúvida não é a frase correta para começar a epopéia, não...”

Aqueles pensamentos me vinham a mente a medida que avançava em direção ao meu destino, não sem antes dar uma parada para olhar a neve, aquela era a primeira vez que eu podia ver a neve pessoalmente, ela era branca e pura, mas ao mesmo tempo tão fria ao toque. Ela derretia com o calor da minha pele, e o vento frio me fazia sentir um pouco incomodada, aquilo era realmente algo bem novo para mim. À medida que me aproximava do prédio que eu almejava por alcançar, mais e mais sentia dúvidas acerca da rota que havia tomado, deste que havia partido de Ruff havia perdido todo meu dinheiro para um ladrão e tido que vender meu alaúde para poder ter um teto onde dormir a noite. Talvez eu devesse ter ficado esperando por Neles no quarto da estalagem Stallion, onde sempre tinha tudo que precisava e onde sem dúvida ainda manteria o presente que este me deu há tanto tempo já.

“Típico, agora que eu cheguei tão longe eu começo a pensar que fiz a escolha errada e pensar em tudo que sai perdendo com a jornada... Creio que está seja a parte da história em que a heroína sente a vontade de recuar, sempre tem que ter está parte...”

Talvez me colocar como a heroína, a protagonista da história não estivesse certo, mas era a minha forma de me sentir mais calma. Será que eu era tão egocêntrica? Bem, aquela indubitavelmente não era a hora de começar um debate filosófico comigo mesma, eu tinha que dar um passo adiante, ou no caso, vários passos adiantes, em direção a edificação de grande beleza que se mostrava adiante em minha rota. Ao me aproximar desta, o calor ao qual estava habituada começou a me abraçar lenta e carinhosamente, deixando o frio para trás juntamente com a neve. Eu subia até as portas do prédio, olhando seu tamanho e beleza novamente, este lugar emanava magia, e isto era bem claro por conta do clima contrastante ao daquela área que dominava os arredores deste.

“Bem... imagino que é a partir daqui só possa ir adiante...”

Eu me aproximava da entrada do prédio, e caso as portas estivessem abertas eu entraria, olhando o salão ao redor de maneira cuidadosa e intrigada, caso porém estivessem fechadas, eu bateria com os nós dos meus dedos, colocando um certo ritmo nas batidas, fazendo um curto ‘toque musical’.

Knock acordou. Sentia fome e sede... Mas, talvez pelo sono do qual havia desfrutado, estava totalmente recuperado de seu cansaço- ou tal resultado poderia ter sido efeito do local- o golem não conseguia explicar.

— Tudo aquilo foi um sonho?

Sentou-se rápidamente... Sentia-se como se sua transformação estivesse para acontecer, podia sentir a pele se transformando em luz, entretanto não passara de uma simples sensação, confirmara isso ao se concentrar melhor e tocar-se... Não queria causar estardalhaço na academia, mas sentia como se pudesse andar ali com sua forma natural, porém não iria arriscar.

A academia parecia o sonho e o sonho sua realidade... Se não fosse por algumas características do local e a leve lembrança de que havia realmente estado ali, seu pensamento teria cabimento... Aquilo realmente mexera com o ser de luz.

— Argh...

Levantou-se e saiu do quarto a fim de encontrar-se com o mago que havia visto antes e a fim de evitar o lobo o qual julgava ser, no mínimo, assustador...
— Espero que ele possa me fazer forte
Ainda pensava nas frases de Leroy, embora, agora, as frases do ancião repercutissem em sua mente ... Destino ou prisão? Isso talvez só pudesse ser descoberto em seu futuro.

Após eu dar algumas batidas na porta e mirar está impassivamente enquanto aguardava alguém atendê-la, comecei a pensar novamente em por que tudo aquilo. Claro que havia uma boa chance de achar alguma informação de meu mestre ali, mas provavelmente não mais do que poderia encontrar nas ruas de Paramet ou algum bar de Hilydrus se me dê-se ao trabalho de buscar com algum esforço. Isto sem falar que talvez o lugar estivesse abandonado, afinal de contas não deveria haver um número tão grande de praticantes de magia em Lodoss, ou pelo menos não pelo que eu imaginava. Quanto eu me virava para ir para Calm, talvez tentar saber alguma coisa, perguntar sobre se a academia estava ativa ou até mesmo se alguma pessoa com um chapéu estranho carregando um alaúde passará pela região, foi que senti algum tipo de líquido sobre meus pés.

Não sei o que outras pessoas pensariam em meu lugar, quanto de repente me vi sobre uma poça de água, que magicamente se transmutou em alguma substância meio que gelatinosa, tomando a forma de um tipo de arraia enquanto me erguia do chão. Provavelmente isto não seria impactante da mesma forma, se não se considerasse que eu sem dúvida acabará de descobrir ter pavor de altura, ou pelo menos de me erguer muito acima do solo em um tipo de arraia mágica criada com água, na qual era um pouco difícil permanecer em pé, o que me fez acabar ficando de quatro em cima da criatura. A criatura, golem, elemental, seja lá o que fosse, continuou se elevando como se me levasse até o topo da academia.

Quanto finalmente alcançou o terraço do prédio, está calmamente pousou, ao que eu me coloquei desajeitadamente de pé e desci dela, levemente cambaleante, uma vez que ser erguida do solo por uma arraia de água voadora não é uma experiência muito positiva para o sentido de equilíbrio de qualquer ser humano. Depois de me colocar de pé novamente, eu pude ver três pessoas naquele local, uma garotinha, aparentemente bem nova, com uns 7 anos no máximo, um garoto estranho de cabelos brancos, e um rapaz que usava um chapéu deverás estranho, mesmo que depois de conhecer Neles eu não pudesse falar nada sobre isto. Pelo meu conhecimento de mestres de magia, este me pareceu confiavelmente o mestre, afinal bruxos, magos e usuários habilidosos de magia em geral costumavam usar chapéus chamativos.

– O-olá, por acaso algum de vocês aí poderia me dar alguma informação sobre... ? - Eu falava, quase gritando, já correndo para o lado deles, quanto a menininha avançou contra o sujeito de chapéu aparentemente com o propósito de mordê-lo e o outro apenas avançava nele, pelo jeito querendo dar um murro nele – O que?

Eu falava completamente surpresa com aquilo. Por acaso eles estavam no meio de uma briga? Bem, aquilo era uma academia, vulgo escola, então talvez até pudessem haver brigas as vezes, certo? Será que eu devia tentar acalmar eles com minha música? Eu acabava ficando parada no lugar, olhando para aquela cena um pouco estranha.

Andara as escadarias. Knock, agora procurava a Cobernick e no momento em que andava pela academia via o quão grandioso era a instituição. Magnífica. Via e sentia coisas que não sentira anteriormente por causa de seu estado psíquico e- se pode-se dizer- espiritual. Sentia o clima gélido e mágico do local, procurava os detalhes e sentia as paredes. Queria conhecer e se adaptar ao lugar, queria saber se localizar até no escuro (como se isso fosse possível).

Andando, pensava em uma das coisas das quais mais lhe era nítido em sua mente: O lobo de gelo. Aquela figura era tida como um mistério ao golem... Será que ele também era um golem?... Knock pensava, talvez ele pudesse ter sido criado com aquela forma e, pensando mais, andava.

A fome aumentava cada vez mais e devido a isso sentia-se um pouco fraco. Às vezes punha uma das mãos em sua barriga, porém queria falar com o dono da academia, pois ainda não sabia corretamente se a instituição pedia algum preço e nem mesmo se iria ser treinado, então, ignorando a fome procurou ao aparentemente jovem mago.

Enquanto andava pelas escadas, corredores, abrindo portas e fechando-as, Knock, pela primeira vez sentia-se em paz e com certo tempo... Sentia a agonia esvaindo-se e o peso da guerra não mais sobre suas costas. Pela primeira vez- pelo menos na qual recordava-se vira detalhadamente sua espada e podia ver os detalhes alaúde comprado: A espada carregava marcas de lutas anteriormente travadas, entretanto sua lâmina carregava o brilho de sua antiga armadura, o cabo era bastante resistente. Era uma espada magnífica.

Quanto ao instrumento, possuía uma boa harmonia e sua sonoridade era angelical, era antigo e sua madeira não muito lustrada, porém bastante conservada. Analisando as duas peças bastante distintas, Knock estabeleceu uma relação entre os dois... Talvez estivesse destinado a guerra, porém só obteria êxito se houvesse em seu interior a paz da vitória, mesmo que essa ainda fosse acontecer.

E assim andava bem lento, pensando e economizando forças. Talvez isso o que era pensado pelo golem pudesse ser chamado de fé e esperança. Então pôs-se a tocar o seu alaúde e andava mais [A música: Frog Theme da LodossRPG Soudtrack; 10]

Knock estava entretido- esquecendo por uns instantes até a fome- até que ouviu som de luta, parou de tocar e caminhou mais rápido até se deparar com a cena: Cobernick lutava contra um rapaz e parecia que na mesma luta havia uma garotinha. O rapaz parecia lutar com afinco e não parava de bater, o que era claramente um erro, não por causa do inimigo, mas sim por si mesmo, mas talvez ele não soubesse como lutar... Knock já possuía bastante pericia no assunto e não pôde deixar de pensar em seus primeiros treinos, onde sofreu muito até tornar-se o guerreiro que se tornou(mesmo não sendo muito forte). Cobernick parecia calmo e relaxado, só esquivava-se e contra golpeava... Movimentos perfeitos, Knock podia ver que aquele não era qualquer mago e, sendo um mestre, também não iria treinar “qualquer um”... Foi então que percebeu que não se tratava de dinheiro, mas sim de merecimento... Tratava-se de um destino.

Knock sabia e, mais que sabia, sentia que, se fosse assim, era merecedor, mas... Como provar?... Simples argumentos não mostrariam a dignidade do golem... Pensou mais... Pensou até que seus pensamentos foram quebrados por um som: O gemido do rapaz ao ser acertado... Caiu de joelhos ao chão e o que mais surpreendeu não foi a expressão do jovem, mas sim o mago andar em direção a uma jovem a qual parecia acabar de chegar ao local, parecendo como se nada tivesse ocorrido.

Knock decidiu falar com Cobernick... Estava um pouco distante dos quatro que estavam na sala, mas foi andando de forma lenta, sabia que seria notado pelo mago, então foi pensando o que faria para ser aceito como discípulo... Queria ser o melhor, sabia que, se recebesse uma chance, se esforçaria para se tornar o melhor. Havia se tornado um guerreiro ao nível de seu mestre anterior e se esforçaria para chegar ao nível deste: Cobernick, o mago guerreiro.

Repentinamente, o sujeito com o chapéu estranho se esquivou dos socos do sujeito, por apenas alguns poucos milímetros, e em seguida este conseguiu aplicar um soco violento e preciso bem na boca do estômago do sujeito, que praticamente ficava de joelhos, aparentemente ficando completamente sem ar com o golpe do homem, que depois disto se virou para mim como se não tivesse feito nada de mais. Aquilo simplesmente me deixou abismada, nunca vi alguém fazer algo assim, mesmo considerando que eu nunca havia visto muitas brigas antes, apenas alguns pescadores e marinheiros brigando às vezes no porto, mas sem dúvida não era algo tão preciso e eles nem de longe eram tão habilidosos. Ele então se virou para mim vindo em minha direção, o que me deixou um pouco apreensiva, já que ainda não tinha descoberto precisamente a razão daquela briga.

- Como vai, Juliet? Me chamo Cobernick, é um prazer conhecê-la.

- Ah, olá Senhor Cobernick, é um prazer conhecê-lo! – Respondia, com algum nervosismo.

Só um pouco depois de ter falado foi que notei que ele havia falado meu nome antes de mim, o que era bem estranho. Porém isto logo fugiu da minha mente ao ver a movimentação do jovem que levará um golpe de Cobernick a alguns instantes atrás, ao avançar contra este, o braço com uma série de estranhos anéis que por alguma razão não me pareciam coisa boa.

- Cuidado, atrás de você! – eu falei, instintivamente.

Com tudo aquilo, eu mal notava o estranho ser aparentemente feito de luz e a moça que chegavam ali durante a luta deles.

“Se eu pelo menos tivesse um alaúde, podia acalmar ele...” – pensava comigo mesma, ao ver o sujeito se atracar com Cobernick.

@ Knock, Juliet, Sabrina, Kieran e Lily.

A situação aos poucos começava a ficar tensa. Novos personagens iam aparecendo no local, enquanto a ira de uns começava a aflorar. Lily ficou pasma com os acontecimentos e temerosa, apenas se afastou do campo de batalha sem saber o que fazer. Nunca tinha visto uma luta como aquelas, ou melhor, nunca tinha visto um combate de fato. Já Kieran não queria deixar barato. Sentia-se humilhado. Depois de ter alcançado toda a gloria, não queria beijar o chão tão facilmente e rapidamente avançou com uma nova estratégia para cima de Cobernick. Estratégia essa que não deu muito certo.

No momento, Kieran não sabia se foi por causa do aviso de Juliet ou da proeza de seu mestre – certamente a segunda -, mas o ataque fora falho. Teve tempo de ver apenas um lampejo azulado saindo do dedo de Cobernick, indo de contra ao chão e então, tudo girou. Quando Kieran levantou uma perna, escorregou, caindo de lado, machucando um pouco as costelas. Escorregou sem frear por mais ou menos dois metros até dar de contra com alguma espécie de armadura viva: Era Knock. O baque entre os dois fez o Golem também ir ao chão. Estavam os dois, procurando entender o que tinha acontecido, quando notaram o piso brilhante e polido... De Gelo.

Uma parte do piso do terraço estava coberta por uma camada de gelo que mais parecia um espelho de tão polido e liso. Cobernick se virou, andando calmamente sobre o piso gélido e encarou o Golem, olhando logo em seguida para as escadas, observando Sabrina. Deu um sorriso para a garota e então, continuou com uma breve conversa.

- Já que você está aqui Knock, e a Lily está parcialmente fora de combate, porque não toma o lugar dela e me enfrenta? Certamente irá ficar mais interessante. Juliet, Sabrina e Allice, tentem entender o que se passa. Os princípios mágicos e auxiliem os lutadores. Serão quatro contra um. Duas auxiliadoras e dois lutadores. Eu não esperava desafio maior. Prontos?

Tomou distância, bateu a mão nas vestes e esperou o próximo movimento.

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Kieran

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Hp: 92%
Mp: 100%

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Knock

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Hp: 99%
Mp: 90%

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Considerações: Kieran bateu as costelas e sente uma leve dor no local. Knock caiu e bateu o cotovelo, mas nada sério. Esta de frente para Kieran e na frente de Sabrina, estando Juliet ao seu lado esquerdo. Atrás de Kieran se encontra Cobernick a uma distância de três metros.

@ Gambatein.

A decisão veloz de Caliari impressionou Thy. Muitas pessoas ficavam hesitantes quando se tratava das condições impostas, afinal, nem todos queriam pagar o preço. Um sorriso então se formou no rosto do espectro de Cobernick, ou melhor, de Thay e o mesmo disse em um tom veloz.

- Agora mesmo, não é?

Estalou os dedos e então o cenário se modificou novamente. Aquela maldita sala branca e infinita de sempre. Talvez fosse alguma perseguição ou apenas gosto realmente. Thy também olhou em volta e fez um breve comentário, seguido de uma dica.

- Sempre a Sala Branca. Assim que deve ser sua mente meu jovem. Livre de qualquer empecilho. Bom, para começarmos, você precisa ter em mente as condições. Lembrando que quanto maiores ou melhores forem, mais altos serão os custos de invocação da mesma.

Foi então que uma rachadura se abriu naquele solo. De lá, ergueu-se um boneco de madeira. Mas não um boneco qualquer. Era madeira pura; Natureza. Do solo, de onde existia a rachadura, brotava a raízes e caules. Thy se ergueu então e pediu que Caliari se colocasse na frente do estranho boneco.

- Primeiramente, vamos administrar magicamente suas vontades básicas em cima do boneco. Usando alguma parte do seu corpo ou um objeto, você irá tocar no ser a sua frente e impor uma condição. Como por exemplo: - Thy tocou no boneco e disse – Se não falar em cinco segundos, irá ser incinerado.

Em poucos segundos, as chamas surgiram do nada, deteriorando o boneco em poucos segundos. Thy virou-se para Caliari novamente enquanto outro boneco nascia no lugar do passado.

- Entendeu? Obviamente, eu atribuí condições a mim também. Por exemplo: Eu só posso usar magias desse tipo, em seres inanimados. Caso quebre essa regra, sofrerei algumas penalidades. Cada mago pode ter no máximo três condições a favor de si e contra si. Minha condição a favor é incinerar as coisas se elas não falarem. A condição contra mim são os empecilhos que podem surgir em meu caminho caso eu quebre a regra, compreendeu? Porque não tenta agora?

Complicado. Complicado demais. Primeiramente porque era poder de meras palavras. A olho nu, não existia nenhuma forma de magia presente no ato do dizer. Ao mesmo tempo em que era absurdamente impossível, era fascinante. Os olhos do Gambatein brilhavam. Não mediria esforços para conseguir o que queria, mesmo não sabendo por onde começar.