Re: Centro de Takaras

por Alkaid Qui 18 Ago 2011, 10:57 am

Não fez nada quando foi segurada. Pelo contrário, ajudou-os enquanto andava para dentro do bar, estava com tanta vontade de beber que nem ligou para a situação, mas não deixou de estreitar os olhos para aquele que a chamou de Espiã. Onde já se viu?

O cheiro de rum inundou seu rosto assim que entrou e quase se soltou para ir ao bar e pedir, mas conteve-se encarando diretamente aquele que procurava. Viu a espada e nada fez, não estava ali pela espada e sim por Hakanno que correu atrás daquela criatura sem mais nem menos.

Então aquele que se denominou Jack estava falando. Achou engraçado sua forma de falar e arqueou a sobrancelha, seu corpo e rosto eram nojentos assim como de seus comparças e teve que respirar fundo para não vomitar. A jogada de rum na mesa fê-la contar até cinco e encarar Jack com olhos faíscantes. Quem ele pensa que é para desperdiçar o Rum?! Desgraçado!

Soltou-se e pensou em responder a altura, xingando também sobre a bebida, quando Hakanno começou. E que explicação. Achou legal a forma como se referiu à Flora, mas detestou quando disse sobre ela, e fez questão de dar um bom chute na perna desse meio-dragão metido. Onde já se viu falar daquela forma? O jeito como aqueles caras olhavam para Hakanno durante sua explicação fazia Alkaid duvidar se eles acreditariam ou não. E aparentava que não acreditavam em nada que era dito. Resolveu ficar quieta. Ele não começou com a putaria? Pois eles que se entendam!

Olhou para uma das craituras e rosnou, divertida, mostrando os caninos afiados, fazendo brilhar os olhos vermelhos, totalmente arisca.

por Hakanno Seg 22 Ago 2011, 10:20 am

Mal sentiu o chute na perna. Oras, eram pernas de dragão! Era mais fácil ela ter quebrado o pé ao bater nas escamas. Mesmo assim Hakanno virou-se para Alkaid, a segurando firme pelo braço, suas garras logicamente não a machucando, mas fazia parecer que sim.

– Ponha-se no seu lugar, vassala! Resolveremos isso mais tarde! – Olhou para o corpo da garota e deu um sorriso sarcástico, levando a outra mão ao queixo. – É, vamos resolver da melhor maneira... pra mim.

A soltou empurrando-a pra trás, ainda com o mesmo olhar cínico, mas logo voltou a fitar Jack e esperar sua resposta.

por **Shaorin** Seg 22 Ago 2011, 1:19 pm

A reação de Alkaid provocou certo riso dos piratas, mas a de Hakanno a seguir deixou-os a observar fixamente o corpo de Alkaid e concordar, cheios de malicia.

— Não tinha maneira melhor para chamar sua atenção senão pegar alguma coisa que chamasse-os para cá, ou melhor...seus servos. — Risos. — Mas só devolverei lá no navio. Então deixe de bobagens e vamos para lá, o capitão quer falar-lhes.

Sendo assim, levaram os três para o navio deixando uma taberna barulhenta atrás. Quando saíram o tempo estava mais escuro e alguns raios eram vistos mais atrás do navio, mar adentro. Quando chegaram perto do navio um de seus tripulantes — com a mesma fisionomia dos que estavam em terra — chamaram alguém em voz alta e jogaram duas cordas. O camandante subiu primeiro e pediu que os três subissem logo atrás para que não fugissem.

Uma vez dentro do navio, as cordas foram erguidas e o navio partiu. Como era de se esperar, ele flutuava pelo mar sem encostar em suas águas. O balanço era suave e não parecia que estava se movimentando. Era escuro apesar das lâmpadas antigas pelo convés, apenas com uma mais forte mais para dentro onde ficavam os aposentos de convidados e do próprio capitão.

Porém uma coisa diferente acontece. No momento em que Alkaid e Hakanno pisam os pés na madeira do navio, há uma transformação: Tornam-se humanos. O comandante solta uma gargalhada grave e coça a barba.

— Esqueci de dizer, marujos, mas este navio é amaldiçoado e nosso capitão detesta saber que seus convidados, nem que seja pelo minimo movimento, possa desagradá-lo ou traí-lo. Mas fiquem tranquilos, é só dentro deste navio que isto acontece.

— Enfim, os levarei para seus aposentos. Um para cada. A noite o capitão os chamará para jantar, então terão tempo suficiente pelo navio. Fiquem à vontade. — Dito isto, jogou a espada na direção de Flora entro por uma porta esperando que os seguisse.

Entraram por um corredor pouco iluminado por lamparinas a oleo. Nela haviam exatas quatro portas. A primeira era a cabine do capitão, que infelizmente não era possível ver nada, a única janela estava coberta de uma cortina preta. As outras três portas foram destinadas rapidamente. A primeira abriu para Flora, a segunda para Hakanno e a terceira para Alkaid.

Uma vez mostrado o lugar onde ficariam, deu as costas e voltou a dar comandos pelo navio deixando-os sozinhos para esperarem até a noite. Os marujos não eram nada parecidos com aqueles que frequentam Ruff. Pelo contrário, têm corpo humano e cabeça de peixes do mar. Era estranho e diferente o cheiro podre de água estava impregnado em seus corpos; além disso, todos olhavam-nos indiferente, vez ou outra assoviando ao ver Flora passar ou Alkaid.

As três cabines eram iguais. Uma rede para dormir, uma mesa para anotações e uma janela com exclusiva vista para o mar. O cheiro ali dentro era particular que misturava ao licor suave e rum, além de madeira da mais nobre.

por Alkaid Seg 22 Ago 2011, 1:41 pm

A reação de Hakanno a surpreendeu. Achou que ele não faria nada a não ser olhar para ela ou ignorar para comentar depois, mas ele acabou por fazer uma cena um tanto irritante. Mas se surpreendeu mais ainda pela forma que ele a segurou e a força. Não segurou para machucar, teve algo diferente nisso, ainda mais em seu olhar. Estreitou os olhos enquanto ele falava, devolvendo o olhar faiscante, e quando tirou a mão de seus braços e virou o corpo, sorriu de canto.

Aquela situação estava começando a irritar. Estava demorando muito e Alkaid estava ficando nervosa e intrigada. Mas aquela criatura fez questão de explicar bem a situação e disse o óbvio: Foram trazidos para uma emboscada. Como não tinha percebido antes!? Foi uma armadilha clara e Hakanno caiu bonito. Bom, teria o prazer de dizer isso na cara do capitão minutos depois.

Seguiu-os sem nem olhar para as fuças de Hakanno, apesar de tudo, aquela cena foi desnecessária. Deixando aquilo de lado, subiu as escadas e pisou os pés naquele navio maravilhosamente...Verde e cheio de criaturas fétidas e horríveis. Foi então que sentiu algo diferente acontecer consigo. Estava se transformando em outra coisa! Por um momento pensou que ficaria como aqueles seres, mas quando o comandante começou a falar, Alkaid percebeu que não sentia mais vontade de beber sangue e não se sentia mais tão forte como antes. Alkaid estava...Humana!

Encarou incrédula Hakanno enquanto aquele cara explicava. Hakanno ficaria diferente agora totalmente humano. Ficou com raiva na hora, mas um tempo depois, olhando para suas mãos e para sua pele rosada, tocou seu rosto e sorriu suavemente, concordando com as normas que o capitão tinha.

— Ora mas muito obrigada. — Fez questão de agradecer. O pacto que fizera com Antares não tinha efeito naquele lugar e Alkaid ficou feliz, não queria pensar que quando saísse dali voltaria a ser Vampira, queria gastar o maior tempo possível a bordo e sentir mais a sensação humana que demoraria certo tempo para voltar.

Seguiu-o até os quartos. Observava com atenção o lugar. Agora humana, sentia o frio vindo de fora e não resistiu em entrar e ir direto para a janela deixando a porta aberta. Olhou através do vidro e percebeu que não tinha a visão tão boa quanto tinha minutos atrás. Sorriu.

por Minx Ter 23 Ago 2011, 2:42 am

Mesmo sendo uma filha da mãe que não teve muitos momentos agradáveis, aquela onda de azar estava me irritando profundamente. Desde que pisei nesse maldito país, as coisas só vieram mal para mim. Enfim em Takaras, criaturas começavam uma Rage Party se matando que nem loucos, até ai sem problemas até começarem a me empurrar. Soquei alguns que chegassem perto, mas não fui rápida até uma daquelas coisas roubar minha espada. Filho da puta.

Fui atrás, mas parecia que aqueles mestiços foram na frente. Ótimo, mesmo assim os segui na perseguição até minha arma roubada. Correria, saímos da cidade do sub-mundo, infelizmente, mas as bizarrices daquele lugar não acabavam com isso. Uma taverna foi o ponto de parada do monstro, ia entrar de uma vez quando fomos todos capturados por outros monstros. Não fiz nada, apenas me mantive quieta.

Tive uma enorme vontade de rir quando ouvi a atuação do rapaz, mas me contive apenas a fechar os olhos e balançar a cabeça positivamente. A conversa seguia até que fomos convocados para irmos até o navio fantasma. No caminho, falei baixo para o meio-dragão:

(Flora)- "Vassalo" é o termo usado para quem recebe terras de um nobre em uma troca de tributos e proteção, em um juramento de lealdade.

Enfim, chegamos ao navio. A surpresa, ao menos para os outros, foi se transformarem em humanos. Isso apenas facilitava as coisas, mas duvidava que seria tão fácil assim pra mim. Meu silêncio se seguia até receber minha espada de volta, pegando-a no ar e soltando uma curta risada abafada. Agora me sentia melhor, menos vulnerável apesar de poder arrancar a pele de alguns só com minha unhas, mesmo que ache mais agradável e divertido lhes arrancar a cabeça.

Ignorei os assobios dos seres cabulosos, na verdade nem os ouvia, apenas algo em minha mente que dizia o que fazer. Entrei no quarto e fechei a porta em silêncio. Maldição, a raiva e ódio transbordavam do limite de meu consciente. Sentia que iria perder o controle, mas deveria esperar o momento certo. Deitei na rede, abracei a espada, e dormi.

[Sorry, i'm late]

por Hakanno Ter 23 Ago 2011, 1:58 pm

Fez questão de mostrar seu desgosto em relação a Jack, mas na verdade estava curioso para conhecer o capitão. Geralmente eram homens extremamente gananciosos, não tão burros, mas que oferecem uma conversa interessante – ao estilo de Hakanno. Tinha tudo planejado, esperava dar certo.

– Ah... – respondeu ao comentário de Flora, que estava quieta até agora – Li num livro uma vez, achei que fosse uma palavra legal, – e sorriu do seu jeito de sempre.

Quando pisaram no navio e se transformaram em humanos... Hakanno tombou pra trás.

– Outch... – Massageava a nuca que tinha acabado de bater. Não acreditou no que via quando se sentou. Primeiro olhou suas mãos, sem escamas ou garras. Ergueu as mangas de seu sobretudo pra se certificar. Olhou para seus pés descalços, pés humanos! Para que raios precisava de cinco dedos? Para onde foram suas quatro garras? Comparados ocm os pés dracônicos de antes, aqueles pés humanos eram pequenos e não davam suporte algum, como conseguiam ficar em pé naquilo?

Tentou se levantar, apoiando-se onde podia. Suas pernas estavam... retas. Malditas pernas humanas com musculatura defasada e... retas! A vida toda Hakanno teve fortes pernas dracônicas que ofereciam estabilidade e agilidade, pés dracônicos pesados com quatro garras na frente e uma no calcanhar que não tocava o chão. Agora perdera todo o equilíbrio que tinha, por isso levou um belo tombo. Levaria eras para se acostumar a andar como humano e equilibrar-se como um, algo que decididamente não queria se acostumar. Nem dragonesas tinham pés tão delicados quanto os de humanos!

– Vou precisar de motivos muito bons para não afundar esse navio...! – Cerrou os dentes, andando apoiando-se nas paredes. Mesmo seus olhos perderam o vermelho dracônico, era como se estivessem apagados, sua visão estava horrível. Cadê as cores? Daria qualquer coisa para ser um dragão completo e queimar aquele navio até as cinzas. Andar com os calcanhares no chão? Que absurdo!

Entrou no quarto que lhe ofereceram e incrivelmente não se importou em procurar algo caro por ali. E porquê deixariam algo de valor naqueles quartos? A terceira coisa que checou em seu corpo agora humano foi seu patrimônio em suas calças.

– Que raios....?

por **Shaorin** Qui 25 Ago 2011, 2:31 pm

Para eles, a chegada não foi nada amistosa. Flora fez questão de entrar em seu novo quarto e ir direto dormir; Hakanno, depois de conferir todo seu corpo, permaneceu lá até a hora do jantar; Alkaid fez o mesmo, olhando a paisagem até que anoitecesse. Isso não durou muito, principalmente para quem dormiu.

Mal perceberam a mudança de cheiros e ambiente do navio. Quanto mais escurecia, mais ele parecia ganhar velocidade perto d'água e erguer-se mais. Isso era de se esperar de um navio que flutuasse. O barulho dos outros tripulantes diminuiu até não restar nada mais do que os passos suaves destas criatruas.

Então, em cada quarto, três batidas foram dadas. Com os quartos de Alkaid e Hakanno estavam abertos um criado só com cara de peixe espada foi chamá-los. Encarou-os com o mesmo olhar vago e indiferente.

— O capitão te espera em sua cabine. A porta está aberta, basta entrar.

Dito isto, saiu do quarto de Hakanno e foi direto para o de Flora, dando três batidas e esperou que abrisse. Assim que fez, deu o mesmo recado e foi embora.

Ninguém mais estava no corredor. Todos tinham ido dormir e seus sentinelas estavam a postos. O silêncio era mortal. A porta, como foi avisado, estava aberta e o capitão já os esperava. Ao entrarem pela porta viram que era o comodo mais luxuoso que já puderam presenciar. De cortinas vermelhas com fios misturados ao ouro, até o teto com um pequeno lustre de cristal. A mesa era grande e estava repleta de carnes e frutas, vinho e rum. Taças de ouro e prata e pratos de porcelana. Algo muito luxuoso só para um comandante, mas o que esperavam de alguém que era famoso e temido? Nada mais a esperar.

Porém o quarto estava vazio. Nada além das três almas de Hakanno, Alkaid e Flora. As cadeiras estava apostas ao redor da mesa. Atrás delas vários panos caíam pelo cômodo como se fosse um quarto de cigano. Nas paredes tinham algumas fotografias de quem não conheciam. Mas nenhuma delas podia ser do capitão. Eram todas mulheres belas e muito formosas. Quem sabe, mulheres da sua vida.

Algumas jóias estava à mostra em escrivaninhas e mapas estavam espalhados pelas três secretárias que estavam em pontos distintos do quarto. A principal, grande que estava com um tinteiro com pena, tinha um mapa grande pousado, ele mostrava a ilha de lodoss e um navio de brinquedo que não se parecia nada com o que estavam agora.

— Sentem-se cavalheiro e damas. Bem-vindos a bordo do meu navio. O querem primeiro? Rum? Vinho...? Suponho que alguém prefira vinho, heh...— Uma sombra surgiu por de trás das cortinas vermelhas e uma voz intensa e decidida soou. Enquanto falava, saiu de trás da cortina e pegou uma garrafa de rum e derramou a bebida em uma taça de prata e deu um gole forte olhou para Alkaid, provocando-a. Mas só de olharem ficariam assustados ao ver que ele nada combinava com sua voz. Era praticamente um garoto de pouco mais de dezenove anos! Como poderia ser um capitão nesta idade?

Spoiler:

por Alkaid Qui 25 Ago 2011, 6:00 pm

O tempo passou e não percebeu. Apesar de Alkaid estar olhando para fora, seus olhos focaram-se em um ponto certo e ali ficaram sem foco enquanto a garota pensava no que faria dali em diante. Quando deu por si sentiu a brisa fria da noite e seus pêlos se arrepiaram. Gostou disso, não tinha essa sensação por muito tempo e percebeu que sentiu falta. Passou as mãos nos braços e suspirou, e então foi interrompida por batidas na porta.

Olhou sobressaltada para a criatura e acenou com a cabeça, dirigindo-se para a porta do quarto e fechando-a. Ouviu a criatura falar com Hakanno e depois com Flora sem dar atenção às palavras, tinha outros pensamentos. Perguntas a serem formuladas e atitudes que teria de ignorar.

Quando entrou na cabine sentiu o cheiro de carne assada e o outro forte do rum. Não pôde deixar de sorrir e olhar para toda a cabine. De certo o capitão era alguém que gostava de luxo. E também era um indivíduo bem peculiar. Hakanno e a outra não demoraram a entrar. Tratou de não olhá-los e continuar a procurar com o olhar onde poderia estar o homem que os chamara. Ele não demorou a aparecer. E que surgimento!

Sua voz, de primeira, fez Alkaid achar que era um lobo do mar como diziam alguns pescadores, mas quando ele terminou a frase e ela o viu, sorriu de canto. Encarou o rum e deu um sorriso mais largo. A última parte da frase foi para ela e sabia disso. Quando ele deu o gole, engoliu em seco como se estivesse tomando a bebida em seu lugar. Irritou-se um pouco pela vontade que ele fazia para ela, mas sabia que também iria tomar. Apesar de alguém jovem e sedutor, era bem esperto e debochado. Lembrou-se do Deus em que a tomara nos braços e tremeu de leve. Queria tê-lo sentido agora humana.

— E então — Disse, sendo a garota "mal educada" que Hakanno disse que ela era. — O que quer conosco? — Perguntou cínica, esperando uma boa resposta ou uma reclamação do Hakanno novo.

por Minx Sex 26 Ago 2011, 8:46 pm

Dormir foi minha melhor opção, descansar depois de tudo o que aconteceu parecia uma boa ideia. Ao menos a vantagem de não ter tido uma noite lá tão boa foi dormir rápido. Os mesmos sonhos perturbados de sempre me assombraram como de costume. A mesma visão, cena e tudo mais do mesmo jeito que vi a anos atrás. Não sabia se deveria mesmo continuar com aquilo ou apenas mudar de foco. Mas que outra opção tinha? Aliás, aquilo era muito real.

Meu sono foi interrompido com uma batida na porta e então me levantei da rede e abri-a. Recebi a resposta e concordei com a cabeça, saindo do cômodo e indo até a porta da cabine do capitão. Não quis entrar sozinha, era melhor ver todo mundo agindo com o sujeito antes de qualquer coisa e por isso só entrei com os outros.

Após nossa entrada, vi como o interior daquela cabine realmente esbanjava luxo e cheirava fortemente a um puro egocêntrico no comando. Não era de se espantar, eu faria o mesmo se estivesse em sua posição e então apenas sorri fino. Enfim, eu não conhecia muitos tipos de feitiços -a não ser um encantamento filho da pu*@ de ressuscitar um demônio aprisionado em um humano- mas acreditava que a juventude daquele ruivo era culpa do barco.

(Flora)- Ouro.

Bom, ele me perguntou o que eu queria, disse exatamente o que ele quis saber.

por Hakanno Sáb 27 Ago 2011, 12:28 pm

Saindo do quarto, ainda se apoiava na parede. Equilíbrio era o que lhe faltava, então passou um dos braços pelos ombros de Alkaid.

– Não reclame, é uma ordem – Falou apenas para fazer cena a quem ouvisse, mas fitava Alkaid como se pedisse desculpas. Não gostava de estar humano, nem de depender da garota para conseguir andar sem tombar para algum lado, mas certamente lhe agradava estar tão perto. Ah, se ainda estivesse em sua forma original, a levaria para o quarto agora mesmo. Mas isso teria de esperar.

Enfim chegaram ao cômodo que esbanjava riqueza. Hakanno ergueu a sobrancelha, contendo a vontade de sorrir, muito, e olhou em volta até que o capitão deu as caras. Era um moleque? Deveria ter a idade de Hakanno, mas só em aparência. Pelo jeito aquele navio era mais estranho do que pensava.

– Oras, o que quero? Desde que cheguei fomos roubados e empurrados, e ainda por cima este navio louco me fez virar humano. Sabe o quanto isso é desprezível? Preciso me apoiar na minha serva para andar. – Continuava com seu papel, sem falhas. Fitou Alkaid com um olhar perfurante quando ela levantou a voz. Se não estivesse como humano, este olhar teria assustado-a de verdade. – Enrole sua língua, agora me leve até aquela cadeira.

Flora dissera uma palavra bela, ouro, e isso se enquadrava no que Hakanno queria. Deixou passar, se dirigindo à mesa com a ajuda de sua "serva". Fez questão de se sentar numa das pontas da mesa.

– Então, "capitão". Imagino que já devem ter lhe dito quem sou e o que venho fazer aqui, mas estou disposto a ouvir você e sua proposta, ou seja lá o que tiver a dizer para nós. Só estou aqui ainda porque imagino que nós dois queremos enriquecer, e que ainda existe a chance de fazermos um bom negócio.

Não desprezava o capitão. Muito pelo contrário, pois as aparências enganam e o meio-dragão poderia ser morto apenas por falar algo errado. Um dia isso o meteria em encrenca, mas por enquanto salvava sua pele.

por **Shaorin** Ter 30 Ago 2011, 11:19 am

O capitão esboçou um sorriso de canto com a resposta de Flora, ela era uma garota ambiciosa e não precisava de muita conversa para notar. Hakanno repreendeu Alkaid e mandou-a levá-lo até uma das cadeiras da mesa e apenas observou. Fez sinal para que as duas garotas sentassem e puxou uma para si, mas ficou de pé. Tomou mais um gole da bebida e serviu os três com o restante da garrafa.

— Vejo que meu navio encarregou-se de deixá-lo nesta forma, mas regras são regras, heh...— Falou divertido, com claro gozo nos olhos brilhantes. Começou a andar com a bebida em sua mão e voltou ao discurso.

— Sua espada é roubada...Encontram-se com meus homens e os questionam em uma taberna e são trazidos para cá. — A este ponto, encontrava-se perto da mesa com mapas e réplicas de navios.

— E acham que um Deus como eu e meus espertos homens cairiam nesta conversa de "capitão e vassalo"? — Bateu sua mão pesada na mesa e todos os navios tombaram. Uma veia saltou em sua têmpora e ele se virou para os três, seus olhos vermelhos brilhando e seu rosto escuro.

— ACHAM QUE SOU IDIOTA?! — Berrou, encarando principalmente Hakanno, que havia tido a ideia, e depois as outras duas por terem participado. Seu rosto aos poucos começou a amainar mas seus olhos permaneceram os mesmos. Sentou, colocando mais rum em seu copo.

— Se não fosse por mim, ainda estariam que nem idiotas procurando o ponto para chegarem ao outro portal. Tive que pedir à meus homens que roubassem sua espada para trazerem aqui pois estavam perdendo muito tempo. — Esbravejou, já calmo, mas sua voz imponente ressoava ainda grave e intensa, passando aos três quem realmente era.

— Sou o outro Deus que conhecem. Ou ao menos, parte de vocês. — Olhou para Flora e Alkaid — Para descobrirem o paradeiro do próximo portal e atravessarem, terão de fazer um favor para mim. O portal está no lugar onde vou mandá-los.

— Creio que já devem ter ouvido falar do Barba negra. Ele é um dos maiores e mais perfeitos piratas que existem. Ele, com a ajuda de criaturas que nunca imaginei que se aliariam a ele, tomou uma coisa valiosa de meu navio. Quero que peguem-na para mim. Um de meus homens mais confiáveis irá acompanhá-los disfarçado e lhes darão as informações necessárias.

— Neste momento estamos indo direto para onde o navio foi visto pela última vez. Levaremos um dia para chegarmos ainda. Então, sugiro que descansem bem. Ficarei a disposição para qualquer pergunta ou questionamento durante nossa viagem. Alías, terão acesso total a qualquer parte do navio. Amanhã à noite nos encontraremos novamente aqui para discutirmos os últimos detalhes.

— Mandou me chamar, capitão? — Uma voz masculina soou e um rapaz com mais ou menos a idade dos três entrou no aposento e, depois de um cumprimento, parou ao lado da porta com a mão na espada. [img de Andrew]

— Este é Andrew, ele os acompanhará. Bem, sente-se meu rapaz, e desfrute conosco o jantar. — Andrew não esperava tal pedido. Engoliu em seco, temeroso em recusar, mas acabou por sentar entre Alkaid e Hakanno.

— Sirvam-se da carne e do vinho e do pão, se tiverem mais alguma pergunta, fiquem à vontade. — Falou por fim, servindo-se de uma coxa e vinho. Andrew fez o mesmo e mordeu um pedaço de pão e carne, bebendo do vinho.

A situação agora mudava. Teriam de ir para outro navio fazer um serviço para um Deus-pirata para que pudessem se resolver. Será que sempre seria assim ou este estava só querendo algo em troca? Ele mesmo poderia ir lá e pegar já que era um Deus, o que deixava ainda mais a desejar.

por Hakanno Qua 31 Ago 2011, 2:26 am

Ah aquela reação, a mesma de quando notavam a atuação de Hakanno. Bom, não se podia acertar todas, e a ira do pirata não assustou o meio-dragão. Talvez um pouco, mas ele não demonstrou. Estava ocupado demais tentando saber o que ele quis dizer com portal. Ah sim, entrou no meio de uma aventura com a ruiva e esqueceu de mencionar que nada entendera. Pensando bem, ela usou uma chave no ar e abriu um portal, ok. Entraram por ele e apareceram em Takaras, onde foram levados até um Deus que queria um favor dos três ali. Tudo fazia sentido! Ok, não fazia.

– Então nos arrasta até aqui, nos prende por algumas horas e depois podemos andar livres pelo navio e forrar o bucho? Considerando a última parte, não sei qual Deus é você, mas acabou de ganhar um fiel seguidor. – Sorriu, satisfeito. Geralmente quando sua atuação falhava precisava fugir imediatamente, ou apanhava, o que por sorte era mais raro. Por algum motivo teve vontade de ignorar Andrew, e assim o fez. Mas o desgraçado tinha que se sentar justo entre ele e Alkaid?

– "Apenas coma" – Pensou, se concentrando na comida à sua frente. Devorou o que podia, apesar de sentir seu paladar extremamente mais pobre. Até mesmo seu estômago encheu rápido, e mal havia terminado o quarto prato! A cada momento detestava mais ser um humano.

por Alkaid Qua 31 Ago 2011, 11:42 am

Levou um susto quando o Deus gritou e esbravejou. Não imaginava que ele ficaria tão furioso - apesar do que, por outro lado, ela mesma ficaria se estivesse no lugar dele. Baixou o olhar como uma garota que faz algo errado para a mãe e suspirou, deixando-o prosseguir. Ao falar do Deus que conheceu, sentiu-se trêmula e cheia de vertigens. Como ele tinha sido cavalheiro e sexy! Um belo homem, pensou. Mas tinha que deixar aqueles pensamentos de lado e tomar seu rum, por algum motivo, tinha a certeza de que não tinha sido a última vez que o vira. Esperava que não.

A missão foi explicada e Alkaid aquiesceu. Faria sem pestanejar todo o processo, agora mais livre sem a mentira que Hakanno colocara. Passou a mão nos cabelos e cruzou as pernas, até que ouviu uma voz nova e olhou para trás, contemplando Andrew. Olhou-o por tempo suficiente para nem perceber que ele a olhava e cumprimentava como fazia com os outros. Fez logo um gesto com a cabeça e voltou-se para frente bem na parte em que o Capitão dizia "podem comer." Estava faminta. Fez seu prato e começou a comer. Nossa como era gostoso comer novamente! Observou que Andrew sentou entre ela e Hakanno e não ligou. Seria uma bela e interessatíssima estadia.

por **Shaorin** Qui 01 Set 2011, 1:11 pm

Sua única resposta foi uma gargalhada enquanto colocava na boca uma coxa do frango. Andrew deu risada e acompanhou seu capitão, mas não conseguia esconder o nervosismo de estar ali. Quando em sua forma demoníaca nunca fizera isso, e quiçá se algum deles um dia já fizeram, mas se estava ali era porque merecia.

O jantar correu naturalmente e todos estavam concentrados na comida. Durou quase duas horas o jantar pois o capitão sempre enchia o copo de todos com rum ou vinho. Ao final já não tinha mais carne e nem frutas, todos tinham comido tudo e estavam completamente satisfeitos.

Ele passou a mão na barriga e deu um suspiro demorado e levantou-se. Olhou ao redor e para a janela, observando o tempo por alguns instantes. Então virou para seus visitantes.

— Bem, é isso. Espero que tenham gostado do nosso jantar e os aguardo amanhã à noite aqui no mesmo horário. Não precisará mais que alguém os chame, por isso, fiquem alerta e claro, à vontade! — Isso era claro uma despedida. Ele estava cansado e demonstrava isso para dar mais ênfase. Saiu da cabine e foi para outro lugar do navio dar as últimas ordens antes de se deitar.

Agora todos estavam sozinhos e livres para fazer o que bem entenderem. Dormir, se estivessem com sono e claro para aqueles que estiverem com nenhum. A noite era uma criança para alguns e rápida para outros que estão cansados. O navio inteiro era só silêncio inclusive em seu convés, onde passavam por mares nada agitados e belas vistas noturnas.

por Alkaid Qui 01 Set 2011, 2:10 pm

O resto da noite passou à vontade. Comeu bem, bebeu bem, e conversou bem. Apesar de alguns momentos de silêncio terem durado, tudo valeu a pena. Logo se encheu e parou de comer, bebeu pouco aquela e nem soube o porquê. Quando o capitão os dispensou, levantou-se e se dirigiu para a porta.

— O jantar estava ótimo capitão, até amanhã. — Assim dito, despediu-se de todos e saiu.

Mas ao invés de ir para seu quarto, foi para o lado esquerdo direto para o convés. Uma vez lá respirou fundo aquele ar salgado e até fechou os olhos. Estava frio do lado de fora e sentiu o impacto na hora e sorriu, olhando os pelos dos seus braços se eriçarem. Caminhou até a lateral e encostou na madeira e debruçou-se, olhando para o mar. O céu estava aparentemente sem a Lua só com as estrelas, e passou a observar o mar pouco agitado e o horizonte. A viagem não seria longa mas seria bastante reflexiva.

— Deuses...— Falou baixo quase num sussurro, pensativa. Não estava com sono, aprendeu a não estar, mas sabia que ele logo chegaria; mas enquanto não chegava, preferia ficar passando frio.

por Hakanno Qui 01 Set 2011, 2:22 pm

– Agradeço vossa divindade – Sorriu, erguendo um copo para saudar o capitão. Não bebera mais do que alguns goles, o suficiente apenas para ficar mais relaxado. Em sua forma original, precisaria de muitas garrafas para chegar pelo menos nesse estado. Mas como humano, sua resistência era tão baixa que o irritava. Mas estava alegre o bastante para não se importar mais.

Foram liberados, e Alkaid simplesmente saiu sem dar assistência a Hakanno. Ah, para quê servem as paredes? Substitutas da linda ruiva, claro. O rapaz logo a seguiu, apoiando-se no que podia. O movimento do navio só piorava as coisas, mas conseguia manter o equilíbrio. Indo até Alkaid, parou ao seu lado, de costas para o mar e apoiando os cotovelos no peitoril.

– Ei ruiva, mais um pouco e você ia fazer o bonitão sumir. – Riu, sarcástico. Coçou o rosto por um instante. – Claro que se eu estivesse na minha verdadeira forma, ele não seria páreo.

Apenas falava. Não se importava muito se o conteúdo o entregaria ou não, estava bem relaxado o suficiente para não se preocupar. O meio-dragão fitava o céu despreocupadamente.

por Alkaid Qui 01 Set 2011, 2:52 pm

Escutou a voz de Hakanno e voltou à realidade. Olhou-o de canto e sentiu o cheiro de alcool vir até onde estava. Ele tinha bebido e como estava em forma humana, era fraco para tal. Sorriu de canto principalmente com o comentário. Ele estava de costas para a madeira e pôde olhar seu corpo melhor.

— Porque, está com ciumes...? — Começou e virou a cabeça na direção de Hakanno. Seus olhos castanhos fitando os dele sem desviar. — Acha que não percebi suas indiretas? Me dê um motivo para não pensar que está querendo alguma coisa. — deu um sorriso sensual e piscou, voltando a olhar para frente. Sabia que ele estava gostando dela, e incrível e irritantemente, achava que também estava, mas ficou quieta. Além do mais ele estava meio alegre e como sabia, não lembraria de nada, então falar besteira não faria mal algum.

— Mas enfim, por que resolveu seguir conosco? — Perguntou, deixando claro que o comentário anterior tinha sido uma brincadeira.

por Hakanno Qui 01 Set 2011, 3:30 pm

– Heh, você é esperta, e também não sou nada discreto. E sim, não gosto de concorrentes. Apesar de que... eu me garanto.

Retribuiu o olhar do seu jeito. Apesar do vermelho forte ter sumido de suas íris por estar humano, a intensidade do olhar não muda. Ainda ergueu uma sobrancelha e deu seu sorriso característico.

– Bom, confesso que não entendi muito bem o que tá rolando, mas entrei nessa porque talvez eu tivesse uma oportunidade de ouro com você. – Agora ficou de frente para ela, apoiando apenas um braço no peitoril. Sua mão livre foi para o cabelo de Alkaid, suavemente descendo por uma mecha até a ponta, onde continuou segurando. – Este cabelo me lembra fogo, o mesmo que sinto correr pelo seu corpo e que vejo em seus olhos. Nada mais atraente para um meio-dragão, não acha?

Apenas provocou, soltando o cabelo ruivo. Ainda estava um tanto alegre, do contrário não diria aquilo nesta deplorável forma humana.

por Alkaid Qui 01 Set 2011, 5:03 pm

Não precisou falar duas vezes para que Hakanno despejasse tudo. Era fácil quando eles não estavam nada sóbrios, a vergonha some e eles ficam mais atraentes, e este meio dragão não era nenhuma exceção. Teve que admitir que sua cantada mexeu com seu sentimento mais íntimo. Ainda mais quando segurou seu cabelo chegou a prender o ar. Achou que ele a beijaria e engoliu em seco, sem demonstrar nada. Quando soltou, replicou.

— Imaginava. — Sorriu de canto, dando uma olhada rápida para o lado. — Começou desde que te dei aquele selinho na frente de Antares. Tremeu na base e ali senti teu sentimento. Mas...Não foi algo que pudesse apreciar, entende o que quero dizer? — O sono estava começando a bater, mas não queria deixar aquele momento de lado. Esqueceu o sono e deu um sorriso sacana.

— Sei que não me esqueceu depois daquilo, e posso te dar algo a mais para manter em suas lembranças. — Agora era sua vez de provocar e tocar Hakanno. Preferia que ele estivesse na outra forma, mas era quase mesma coisa. Com a proximidade, tocou em sua nuca e puxou o rosto dele contra o seu e beijou-o intensamente. Aquele outro foi apenas um selinho, este, faria com que ele se lembrasse por muito tempo.

por Hakanno Qui 01 Set 2011, 5:25 pm

Lembrou-se daquele breve selinho que ela lhe deu a um bom tempo atrás. Depois de tanto tempo percebeu que sentia saudade daquele toque. Era uma ruiva interessante, e quanto mais estivesse perto, melhor.

– Ah lembro bem das coisas que faz... – Falou mais baixo, notando a intenção dela e não pensou duas vezes antes de retribuir o beijo. Logo abraçou-lhe a cintura, puxando-a enquanto ele apoiava as costas no peitoril e tinha a garota em seus braços. Era um tanto mais alto que ela, então afastou um pouco as pernas para que Alkaid se acomodasse melhor. Tão quente! Esperou tempo demais para senti-la dessa forma, e mal podia esperar para voltar à sua forma original e mostrá-la toda ferocidade e intensidade que um meio-dragão tinha a oferecer. Acompanhou o beijo sem se conter, logo roçando as línguas e devorando aquela boca em chamas.

por Alkaid Qui 01 Set 2011, 5:43 pm

Não esperava que ele retribuisse naquela intensidade. Esperava algo parecido, mas não aquilo. Abraçou seu pescoço e encostou de vez seu corpo no dele e continuou o beijo, roçando e mordiscando com intensidade sua lingua, provocando-o, induzindo-o a fazer outras coisas. Apertou seu cabelo e puxou, arranhando sua nuca.

Nunca passou por sua cabeça que ele poderia ser tão intenso e gostou daquilo. E queria mais, muito mais. Pensou em como ele seria na sua outra forma e pareceu sorrir. Ignorava onde estava, o lugar onde estavam, queria só saber daquele momento que infelizmente demorou para acontecer.

por Hakanno Qui 01 Set 2011, 9:53 pm

Apertava mais a cintura da garota, gostava do corpo dela colado ao seu. Escorregou as mãos por debaixo da blusa de Alkaid, arranhando aquela pele macia e quente. Ah como suas garras faziam falta! Unhas humanas sequer deixavam marcas direito, mas no momento não se importava com isso, o corpo da garota era muito mais interessante. Sentia aqueles belos seios pressionarem contra seu peito, eram macios e estava louco para cair de boca neles. Paciência, logo poderia saboreá-la o quanto quisesse. No momento devorava aquela boca, respondendo as mordiscadas com outras, mal se contendo. Afinal, como resistir?

por Alkaid Qui 01 Set 2011, 10:03 pm

Não sabia mais o que fazer para se segurar. Hakanno estava indo para um ponto que Alkaid queria estar indo também mas não conseguia dizer não. Desceu as mãos para os braços de Hakanno e tocou seus músculos e teve que respirar fundo durante o beijo. Mas ali não era lugar para se pegarem! Existia porões escuros para isso! Mas para piorar, não era a situação adequada. Pensou por um momento e viu que era hora de parar.

Aos poucos, foi diminuindo a intensidade do beijo até pará-lo por completo. Distanciou seu corpo inteiro. Olhou-o.

— Acho que fomos rápido demais, heh...Melhor pararmos por aqui, senão não me responsabilizo...— Coçou a nuca, cheia de vontade. Engoliu em seco e olhou para os lados. — Acho que agora tem uma lembrança viva o suficiente para dormir bem, não é? — Sorriu de canto, piscando. Agora seria dificil dormir sozinha. Hakanno estava logo no quarto ao lado. É, decididamente, teria de trancar a porta...Ou não, heh.

por Hakanno Seg 05 Set 2011, 2:47 am

Poderia ficar um bom tempo ali sem reclamar. Que corpo! Se concentrava muito para não se animar demais, isso teria que esperar por hora. Quando Hakanno voltasse à sua forma original... aquela ruiva teria sérios delírios na cama, ou onde quer que fosse. Logo a festa acabou, mas era fácil ver nos olhos de Alkaid que ela se continha. O meio-dragão sorriu, e passou um dos braços pelos ombros dela. Obviamente o fez para se apoiar e não cair, mas também uma direta para ela ajudá-lo a andar até o quarto.

– Ah vou lembrar, e dormir muito bem. Só não vou te atacar esta noite por estar nessa forma, mas acho melhor vigiar suas costas quando saírmos deste navio. – Falou sarcástico, e por um momento Alkaid ficou na dúvida se ele realmente a atacaria do nada. Mas, pelo visto, o meio-dragão era paciente e sabia a hora certa de investir contra sua presa. Mal podia esperar.

por Alkaid Seg 05 Set 2011, 10:12 am

Retribuiu o sorriso; esperaria pelo momento ansiosamente. Seus olhos, pervas e intensos, olharam-no por um momento e chegou a rir baixo por ver estampado na cara do meio-dragão o que ele queria fazer. Ele passou o braço por seus ombros e ajudou-o a levar para seu quarto.

— Heh, ainda tem muito que aprender sobre mim, dragão. Verá na hora certa. — Levou-o até a porta de seu quarto, andando devagar, e encostou-o na parede. — Até. — Falou simplesmente e entrou em seu quarto fechando a porta. Resolveu não dar nenhum tipo de boa noite. Não queria. Afinal, Alkaid ainda achava que ele, por estar "alegre", não lembraria no dia seguinte. Em todos os casos, não comentaria ou faria nada de diferente, além do mais, não era do seu perfil.

Tirou o sobretudo e caminhou até a rede. Deitou e aproveitou a vista da janela. Suspirou. Não dormiria tão bem quanto queria naquela noite. Passaria sozinha, esta era a parte ruim. Não deixou de pensar, sem querer, na noite passada e tudo que fizera. Respirou fundo e deixou a leveza do álcool e sono finalmente a contagiar. Não lembrou quando dormiu, mas sabia que tinha sido bem pesado.

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