Becos Escuros

Tudo parecia como planejado, provavelmente era só esperar por um pacote que seria entregue ao mesmo que nos mandou para essa missão. Ou era o que eu pensava.

Uma mulher magra apareceu na porta com um leve sorriso no rosto, acho que por educação, mais logo sumiu por ver o pacote que estava no chão. A cena em que ocorreu naquele momento foi à mesma em uma casa em algum lugar próximo ali, mais quando se abriu novamente ao invés de recebermos um pacote.....Não seria certo dizer que ganhamos uma garota, mais não arranjei um outro termo para essa situação, mais ela não deixava de ser nosso pacote.

Nenhum homem deve desprezar a beleza de uma mulher, mesmo que ela não tenha. Essa garota devia ter a mesma idade do que nos, pele clara, olhos profundos e esverdeados, cabelos vermelhos, sendo a boca com o mesmo tom da cor do cabelo. Fiquei impressionado de inicio, mais minha dedicação a missão era maior e alem disso mal a conhecia para poder falar alguma coisa.

Após a aparição dela, depois que ela realmente se retirou de casa, pude sentir muitas presenças acho que nem poderia contar por estar com medo por elas serem todas malignas, ficava me perguntando se Akkin sente essa mesma sensação, mais já havíamos chegado até ali tinha que superar e seguir em frente. Por causa dessa pressão de presenças malignas acabei ignorando o que ela havia falado, mais acho que me sentiria ofendido, não importava mais, agora é que realmente nossa missão é que iria começar.

Vim a manter minha calma novamente para que pudesse servir de alguma ajuda.

Estávamos fazendo nosso caminho de volta mesmo com todas aquelas presenças. Elas se separaram e se juntaram novamente nos cercando, oito em nossa frente sete atrás e quinze espalhados por prédios próximos embainhando cajados já se mostrando ser magos.

As palavras de Alice eram pesadas e cutucava em um ponto frágil em nos, realmente estávamos com medo, não havíamos enfrentado um grupo tão grande e sem contar que tínhamos que defender uma garota. Não estávamos na melhor situação, mais tinha certeza que Akkin estava pensando na mesma coisa que eu, sem ao menos precisar olhá-lo, que iríamos mostrar para aquela garotinha que suas palavras estavam erradas e que iríamos chutar muitas bundas ali.

Minha expressão havia se transformado em seria e fria e fiquei fitando os seres em minha frente.

-- Como temos uma missão a cumprir, espero que entenda o que vou fazer........ Peço que apareça Adónios.

Corri por um instante puxando Alice pelo braço, após Adónios aparecer a jogo em cima dele para que voe e a leve a seu pai.

--Sabes onde levá-la...

Dizia já avançando em direção a um dos trinta inimigos, com os punhos serrados, mantendo uma posição de luta, um pouco desengonçada, mais com o braço direito indo com força e velocidade na direção do rosto do que estivesse em minha frente.

Ok, era só voltar e tudo estaria terminando. Simples não é? Bem, tirando as 30 presenças malignas sentidas por Akkin e Dachi, nada mais era preocupante. Ignorava completamente a garota, assim como ela fazia com os dois. Estava mais concentrado no que iria fazer, do que ficar discutindo baboseiras com ela.

Finalmente viraram a esquina e certo alívio surgiu. Apenas 15 presenças. Não sabia se era bom, ruim e nem queria saber onde estavam as outras quinze. Acelerou o passo para tentar sair dali, mas como o esperado, não conseguiu. As melecas superdesenvolvidas resolveram aparecer. O tom verde-escuro de seus corpos enojava Akkin profundamente.

- Uuh! Tá bom de coisas nojentas hoje. Se permitirem, queremos passar. – Sorriu.

De nada adiantou. E pra piorar as coisas, Alice resolve abrir a boca trazendo mais companhia. Dessa vez eram magos. Mau agouro naquela hora só podia ser a pior coisa que teria de ocorrer. Olhou Alice com uma cara de reprovação por alguns segundos e logo em seguida mudou seu foco para a batalha iminente.

Como o esperado do grupo, Dachi agiu primeiro. Acima de tudo, estava a encomenda e ambos sabiam disso. O amigo pediu ajuda a Adônios, sua águia. O poder dado por Cobernick fora deveras útil, agora Akkin reconhecia. Sorriu com um plano um pouco insano em mente.

Mal Alice partiu, Akkin correu quase ao mesmo tempo que Dachi, para cima de alguma das criaturas. O que não faltava era opção. Quando chegou bem perto para um ataque físico, ergueu os punhos simulando um soco, mas não chegou a ser realizado. Aproveitando de sua velocidade, agachou-se e um pouco curvado, como se fizesse uma reverência a algum rei, colocando a mão no chão para se apoiar, disse:

- Venha... Akira.

Em questão de segundos, depois do término da frase. Um imenso cão de água, com porte de um cavalo, avançou contra a criatura verde. Seus dentes afiados se erguiam junto com sua boca aberta para uma mordida bastante eficaz e dolorosa.

Espírito Elemental: Com o treino adquirido na Academia de Magia, Akkin consegue materializar seu espírito elemental para o mundo real. Se trata de um imenso lobo ( porte de um cavalo ) de água. Akkin pode usar o lobo para fazer diversos ataques, mas não consegue combinar os seus já existentes. Custo de 50 % de MP para invocar e 10 de MP para manter.

[Off: Fooooi mal. e.e' ~ Provas... Me entendam. E Shao... Please, don't fuck Akkin's ass. e.e']

Tudo aconteceu muito rápido; os magos não esperavam tal magia de Dachi e quando viram aquela águia enorme levá-la embora, logo fizeram sua própria magia e, combinando seus poderes, criaram uma segunda águia negra, que voou direto para atrasá-la e se possível extingui-la antes de entregar o pacote. Metade dos magos aproveitou para atacar, deixando com o restante a missão de manter a ave no ar.

Alice, por sua vez, não esperava tal magia e teve que admitir que eles fossem melhores do que imaginava. Porém, não se importou muito, subiu na ave quando foi puxada por Dachi e saiu voando a toda velocidade. A ave voou como nunca, sendo uma de suas primeiras vezes a surgir.

Em contrapartida, Akkin resolveu atacar de forma inteligente, evocando sua criatura. O lobo uivou na hora e avançou a cabeça com a boca aberta direto no pescoço de uma criatura próxima que usava um machado e arrancou-a jogando longe. Eles se assustaram ainda mais, mas ainda assim, avançaram afinal era para aquilo que tinham sido criados.

Dachi resolveu atacar com força de seus punhos. As criaturas riram quando o viram se aproximar. Estava desarmado e seria uma presa fácil. Mas quando o pequeno mago se aproximou e deu um golpe certeiro em uma das criaturas fazendo seu maxilar sair do lugar, todos se alarmaram e se separaram, caindo matando em cima dos dois. Metade ficou com Dachi e outra com Akkin. Entretanto, enquanto atacavam e recebiam ataques, não conseguiam acertar na maioria das vezes por conta dos magos que os atrapalhavam criando campos de força na frente de suas criaturas.

Três a quatro criaturas por vez o atacavam, e a cada golpe, elas pareciam mais fortes por conta dos magos que os fortaleciam. Seus ferimentos se regeneravam rapidamente, tornando-os indestrutíveis. Akkin foi atacado por três criaturas com machados. Foram quatro golpes ao mesmo tempo direcionados para pontos diferentes. O lobo ajudou-o em duas das criaturas, restando duas que acertaria seus dois membros superiores. Em Dachi foram duas criaturas com Katanas e duas com foices, duas miravam o pescoço e o braço direito, e as outras duas, a barriga e a perna.

[Dachi e Akkin perdem 50% de MP, e no próximo post será cobrado 10% para manter as habilidades.]

Aquilo realmente era de estressar qualquer um, lutar com vários monstros já era ruim, mais lutar com monstros sendo protegidos por magos com campo de força e regeneração já era demais. Quanto mais batíamos, mais apanhávamos, mais parecia que a luta estava até equilibrada tirando o fato dos magos. Os pensamentos em minha cabeça estavam desordenados, o calor da batalha é o que ocasionava isso e não podia deixar assim por ter que pensar rápido em alguma coisa para poder seguir em frente. Não dava para me comunicar com Akkin por ele estar tão ocupado quanto eu, sendo que precisamos de muito fôlego para agüentar esse inferno.

Em momento de ataques em grupo, uma dupla com katanas e outra com foices vieram ao meu encontro, cada um mirando em pontos diferentes, os da katanas miravam em meu pescoço e meu braço direito o que ia dificultar um pouco, os com foices em minhas pernas e na barriga. Havia observado que as foices tinham falhas em seu ataque, somente sua ponta era cortante o que me dava certa vantagem.

*Esperei por um instante mínimo para que os portadores das katanas atacassem primeiro, esquivei pela pequena brecha em que criava na combinação de seus ataques, agachando um pouco e esquivando para a esquerda, e logo em seguida dava um passo largo em direção a eles para impedir o ataque das foices, ficando entre seus cabos e antes que pudessem puxar para fazer um ataque consecutivo, seguro rapidamente no cabo da foice em que estava direcionada em minha barriga, e piso com uma de minhas pernas na outra, com esse mesmo movimento giro rapidamente o meu corpo para que possa retirar a foice em que segurava e tente pelo menos acertar com um chute giratório os que estiverem em meu alcance.*

Só esperava que desse tudo certo, pois teria um pouco mais de espaço e poderia me focar um pouco nos magos.

-- Vamos conseguir, vamos conseguir....
Era o que mais pensava, pois também estav muito preocupado com Adonios e o pacote.

[off: mauz a demora, semana de prova tava comendo meu coro, mais agora estou de FERIAS 8D. valeu pela atenção]

Achei incrivelmente ter conseguido fazer o que realmente queria, mais quando me fixei no chão com a foice, aquilo era um problema. Parecia que estava carregando uma tonelada, mais aquilo não era pra ser tão difícil com a força que tenho, quando der repente sinto algo retornando a mim uma sensação engraçado, depois percebo que era Adônios que havia retornado a mim e provavelmente havia cumprido a missão. Incrivelmente havia conseguido um pouco mais de força, mesmo assim aquela foice ainda continuava pesando uma tonelada.

Pude ver rapidamente pelo canto do olho que Akkin não estava tendo nenhuma dificuldade ainda mais com a ajuda de Akira. De todos os inimigos em sua frente acabou restando somente dois. Quando retorno minha visão para meus inimigos, um deles estava vindo me atacar e quando pensava que ia ser fatiado ali por não poder me defender Akira aparece dilacerando o inimigo. Aquilo foi uma vantagem para mim, para poder pensar um pouco mais no que ia fazer. Como estava frente a frente dos meus inimigos tinha que pensar rápido. Tudo começou a desacelerar um pouco, fiquei sentindo o quanto aquela foice pesava e que já estava começando a incomodar muito, quando em minha mente algo apareceu.

-- Como sou idiota...

Havia me lembrado de uma habilidade em que eu mal a utilizo, mais pratico para não perder o costume. Aproximo-me da parede da casa logo atrás de mim, quando encosto-me à parede jogo a foice no chão pelo meu lado direito

--espero que de certo....

*Esperei um dos inimigos atacarem, quando estivessem à pelo menos 3 metros de mim, faço um braço de terra sair pela parede em que estou encostado indo com a ponta de uma forma bem afiada para acertá-lo. Se tentar se proteger faço a terra separar e ir em duas diferentes direções ainda querendo lhe perfurar não importasse como.*

--Espero estar divertindo vocês, pois eu estou me divertindo.

Como o olhar e o sorriso leve mais que qualquer um podia notar a maldade existente nessa expressão.


[off: Fazer um braço de terra é o mesmo custo e dura o mesmo tempo que fazer uma arma. Obrigado pela atenção]

Inútil. Essa era a palavra. Aquele ataque havia me custado toda minha força, mais pelo menos havia acertado dois deles mais por pura sorte ou pura burrice de seus inimigos, mesmo assim aquilo não era o suficiente. Quando der repente fui surpreendido por um de meus inimigos, sendo atacado em minhas costas que me arremessou contra a parede e que provavelmente ocasionou uma ferida em mim.

Estava caído e sem muita força para fazer praticamente nada. Parecia que nunca ia terminar, e era isso mesmo. Com tantos magos do lado deles era o que ia ocorrer. Estava perdido em meus pensamentos quando algo tirou minha atenção, um barulho alto o suficiente para acordar até mesmo os mortos, quando viro minha cabeça, tenho a visão de Akkin esmurrando um dos monstros, quebrando o machado em que ele estava segurando e logo em seguida arremessando em minha direção.

--Que jeito estranho de morrer....sendo esmagado por monstros mortos.....

O pensamento me fez rir por eu não poder fazer nada a respeito. Por um instante achei mesmo que ia morrer, fiquei até esperando o peso do monstro vir me esmagar, mais tava demorando muito quando escuto uma voz. Abri meus olhos e fui ver quem era. Realmente uma grande surpresa o pacote e seu pai. Agradeci em silencio e fiquei vendo por um tempo a destruição que eles faziam. Tomei fôlego e comecei a me levantar.

-- Eles não podem ter toda a diversão somente para eles mesmos.

Dando uma grande inspirada, estufo meu peito e depois solto todo o ar contido nos pulmões. Cerrando meus punhos corro em direção aos inimigos mais próximos, desferindo-lhes socos muito mais fortes, desgastando toda a minha energia que restava aproximando-me de meus salvadores.

-- MORRAM SEUS VERMES IMUNDOS

Gritava tão forte que podia ser medido em quantidade de força que utilizava. Provavelmente iria desmaiar, mais tentaria ficar acordado de todas as formas para não perder o derramamento de sangue em que estava no meio.

Dachi ao ser salvo sentiu-se revigorado e isso lhe deu forças para atacar brutalmente todos os seus novos adversários. Agia com destreza, agilidade e total vitalidade. Era incrível como mesmo machucado conseguia atacar tantas criaturas e acabar com várias. Só nestes socos revigorados e energéticos, conseguiu derrubar alguns dos menores monstros e os mais desatentos. Com isso, restaram apenas dez.

Duas criaturas lançaram seus machados direto para a cabeça de Dachi e estar tão preocupado com as criaturas na frente que lhe atacava com a espada, que ao abaixar para se defender e dar um ataque por baixo, sente passar raspando dois machados por sua cabeça; eles pegam um pedaço do seu cabelo e param fincadas na parede. Uma delas cai no chão e não parecia muito pesada.

Já para Akkin a situação era mais diferente. Tinha sua espada e conseguia acabar com mais criaturas. Delas, sobraram apenas cinco, de tão rápido conseguira terminar. Os quinze que conseguira matar eram apenas criaturas fracas de porte pequeno ou não eram inteligentes, mas as que sobraram, eram tudo isso ao dobro. Akkin estava ralado e com cortes pequenos, além de estar cansado e ofegante.

Ambos garotos estavam chegando ao seu limite e não podiam fazer nada se ainda restavam quinze. As criaturas, ao perceberem que estavam sendo derrotadas por apenas dois seres magricelos, resolveram deixar de agir por si mesmas e decidiram então agir em conjunto. Afastaram-se deixando que Dachi e Akkin se juntassem e começaram a se aglomerar.

Mas algo diferente aconteceu: Eles começaram a urrar e recitar uma magia estranha. Desta vez os magos nada tinham a ver com a situação por estarem sendo derrotados gravemente por dois outros magos poderosos. Agora restavam apenas cinco magos. Aos poucos os guerreiros foram se solidificando e então se misturando para formar algo maior.

Era nojento de se olhar e fétido por começarem a expelir um cheiro parecido com o de esgoto. Aos poucos aquela mistura esverdeada e marrom começou a subir aos céus até formar uma só criatura. Um ciclope. Ele tinha um machado enormemente grande que tinha que segurar com ambas as mãos de tão pesado. Era gordo, com os pés no chão e esverdeado com algumas bolhas amarelas e alaranjadas. Seu rosto era deformado e gordo, seu olho era vermelho e sua boca, repleta de dentes estragados e cheios de comida, exalava um cheiro podre.

De repente Akkin sentiu algo voltar a seu corpo e se sentiu um pouco mais revigorado. Era seu lobo de água que se desfazia. Akkin estava tão ligado na luta que nem percebera que havia mantido-a por mais tempo que o necessário. Agora que não tinha forças suficiente para mante-lo, teria de deixá-lo sumir.

Mas uma coisa poderiam Akkin e Dachi concordar: As criaturas tinham acabados e só tinham um inimigo. Mas, como tudo na vida é fácil e de mão beijada, o último desafio era o maior de todos e Alice e seu pai não poderiam ajuda-lo.


Status de HP
Dachi: 75% - perdera mais 5% pelo sangramento neste turno.
Akkin: 90 – perdeu 10% pelos ferimentos leves que houveram até agora.

Status de MP:
Dachi: 5%. - recuperação lenta
Akkin: 10% - habilidade interrompida por falta de MP;

Depois da breve conversa com Dachi, Akkin virou-se novamente e reiniciou seus ataques. Estava conseguindo dizimar boa parte das criaturas e sempre que podia ajudava seu amigo Meio-Dragão que batalhava ferozmente apenas com seus punhos. Entretanto, parecia que Akkin tinha queimado algum pé de coelho, ou quebrado algum espelho, ou até mesmo os Deuses poderia não ir com sua cara.

Em menos de 5 minutos uma enorme criatura gorda e fétida surgiu a sua frente. Isso fora resultado do – finalmente - trabalho em grupo dos soldados esverdeados com quem estavam batalhando. E isso tinha que acontecer logo agora! Era algo péssimo, não dava para pensar em enfrentar aquilo de cara. Mas não tinha outra opção.

O cheio nauseante nem afetava mais o Hanyou que veio cheirando merda desde os becos de Takaras. A única coisa que importava ali era vencer aquele monstro e recuperar o velho. Nada mais e para isso, teria de incorporar Ares em seu corpo. Virou para Dachi e arremessou sua espada para ele.

- Toma! Cuida bem dela!

A princípio seria meio suicida, afinal, era sua principal arma de ataque. Todavia, se olhasse para o chão, também existia um praticamente infinito arsenal de armas para ser usado. Os olhos do Hanyou brilharam de felicidade e rapidamente sua mão foi de encontra a duas adagas, as melhores e que lhe pareciam bem resistentes.

Usando de toda sua velocidade, correu pelos flancos e deu a volta no monstro, ficando atrás do mesmo. Sem pensar duas vezes, fincou ambas as adagas na larga e gordurosa perna do monstro. A intenção de Akkin era escalar aquele maldito ciclope e dar o golpe final em seu olho. CLARO! Precisaria da ajuda de Dachi para isso e esperava que ele fizesse bom uso de sua espada.

[Desculpem a demora D= ~ Complicações. Espero postar em rtimo mais acelerado]

Cansado. Essa é a palavra que descrevo para minha situação se eu pudesse me ver. Apos lutar por tanto tempo era assim que qualquer um realmente deveria estar mais incrivelmente eu retirava forças de algum lugar para poder prosseguir.

Parecia que finalmente estávamos ganhando e que tudo ia acabar em questão de minutos. Sempre tem alguma coisa para estragar o pensamento de uma pessoa, quando menos esperávamos os inimigos foram retirando-se e aglomerando em um único ponto, em resumo fundiram seus corpos para dar a forma a outro ser, que após um tempo de observação pude perceber que era um ciclope feio e nojento.

Mal pude piscar os olhos e Akkin já estava fazendo seu movimento, quando começara a correr arremessou sua espada para mim em quanto ainda estava perto e ligeiramente pegou duas adagas jogadas no chão. Já podia imaginar o que estava planejando fazer. Olhando para a espada em minhas mãos percebi que realmente deveria fazer como havia dito.

Avancei sem muita vontade por conta do cansaço, mais queria seguir o plano de Akkin, tinha que fazer o ciclope não se mexer muito enquanto eu o atacava, quando cheguei próximo o suficiente avancei mais rapidamente em suas pernas mirando em um de seus tendões e com a espada em mãos faria um estrago considerável , não sabia se iria realmente funcionar mais era a única forma que imaginei. Se desse tudo certo o ciclope iria cair de joelhos e eu ficaria bailando em frente a sua visão esquivando de seus ataques para que Akkin chegasse ao objetivo. Se no final der errado ficarei esquivando da mesma forma.

Era somente uma questão de tempo. Ambos sabiam que o plano era suicida, ainda mais atacando o ciclope de frente, mais era bem efetivo. Enquanto Akkin tomava toda a atenção do ciclope pude fazer efetivamente meu objetivo, não foi muito profundo o corte mais foi o suficiente para derrubá-lo. Fiquei feliz com o meu ato, achei que ia ajudar bastante Akkin a chegar onde ele queria. Nunca é como imaginamos. Não pude dizer se foi por minha culpa, mais der repente vejo um traço preto passar nos céus varando nos telhados das casas. Akkin havia sido arremessado com uma mãozada do ciclope, deveria estar todo esfolado. Quando voltei a minha visão ao ciclope, percebi que sua atenção estava toda focada em mim e sua expressão era de fúria, com um simples movimento atacou com o machado empunhado em uma das mãos.

-- Só mais um pouco...—Dizia para que pudesse me sentir melhor tendo esperança de que terminasse logo essa batalha.

Esperando por um instante mínimo, esquivo do ataque do ciclope ficando em direção a palma de sua mão, onde podia ver a força em que usava em seus dedos para segurar o machado e desferir o golpe, mais no instante para retirá-lo do chão. Aproveitando a ocasião vantajosa de tamanho, pela bagunça em que ele causou no solo e pela quantidade de poeira que ele levantou, corro em direção a seu pulso escalando rapidamente sua mão, no momento em que posso ver seus tendões finco a espada com toda a força e aproveitando o movimento tento mover-me do pulso em direção ao cotovelo, tentando chegar o mais próximo possível. Queria fazer um grande corte em seu antebraço.

Isso realmente iria exigir muito de minha força, mais estava determinado a fazer tal ato.

[ Nossa, vocês só podem estar descontando a raiva de mim nesse Ciclope, Deus me livre! hahaha ]

O ferimento de Akkin foi estancado quando colocou o pano em volta da cintura, era o mais indicado a fazer uma vez que não tinha tempo para cuidar do ferimento. Estava com sede do sangue daquela criatura que tanto o machucava e que, naquele momento, machucava também seu amigo. Enquanto corria com os cacos na mão em direção ao Ciclope, o Hanyou pôde ver que Dachi subia o braço da criatura onde segurava o machado.

Pela poeira alta que subiu pelo movimento forte do Ciclope, ele mesmo não percebeu a investida de Dachi tendo a triste notícia quando este finca com vontade a espada em seu punho e o rasga. A dor é lancinante e na hora ele solta o machado sem forças para mantê-lo firme. Sua mão perde os movimentos e ele urra desesperado sem conseguir mover o braço que agora era mortalmente rasgado por Dachi.

A criatura estava sendo esfaqueada viva e sabia que não conseguiria resistir por muito tempo pelos profundos cortes. Uma poça gigantesca de sangue estava criando no chão e escorria por suas pernas. Ele se debatia sem parar quase derrubando Dachi, fazendo-o perder o equilibrio e escorrer pelas pernas da criatura e ficar segura por sua calça. A espada de Akkin ficou fincada em sua pele perto do cotovelo.

O Ciclope olhou para a espada e segurou-a com vontade e puxou-a, lançando-a longe na direção de onde os poucos magos estavam e atravessou o corpo de um deles deixando-o estatico e preso seu corpo sem vida numa chaminé. Pai e filha olham na hora para o ciclope e suspiram, encarando-se em seguida, decidindo acabar com os magos ainda mais rápido.

O gigante estava todo ensanguentado e ferido, mal conseguia andar. Tentava cuidar do ferimento no braço mexendo-o até doer e mantendo-o imóvel para observar o ferimento mais de perto, isso poderia dar a chance que Dachi queria para escapar e não ser pisoteado ou jogado longe agora que estava em um lugar ruim. Mas antes que pudesse fazer algum movimento a mais, Akkin aparece e joga pedaços de calha afiada na direção do ferimento da criatura. Nossa, aquilo realmente foi a pior coisa que ele puderia ter feito. Os cacos foram direto para dentro do imenso corte e fizeram sangrar ainda mais enlouquecendo totalmente a criatura, que agorra berrava e urrava, girando e se debatendo como louco, mas Akkin não tinha ficado satisfeito e se lançou contra as pernas da criatura e cravou suas duas adagas e desceu, abrindo um ferimento em sua perna.

Isso foi demais, a dor em sua perna e no tendão foram ao extremo e ele caiu de joelhos no chão e, lentamente, tombou de barriga para baixo fazendo o chão tremer como um terremoto. Ele não conseguia mais se debater. Os braços, imobilizados pelos ferimentos estavam estirados no chão e ele fechou os olhos, ainda reclamando da dor intensa.

— CHEGA...!! — Neste momento, Alice solta um grito e salta do telhado forrado pelos corpos dos magos vencidos e pousa nas costas do Ciclope. Com as mãos voltadas para o coração e cabeça da criatura, ela joga um feitiço forte e esverdeado e os olhos da criatura perdem o brilho, o foco.

Suor brotava de suas temporas e da testa, perto do nariz e estava extremamente cansada. Isso se já não estivesse na luta contra os magos! Esta magia então fez terminar a energia que a pobre garota tinha. Ela arqueja forte e olha para Akkin e Dachi, seus olhos começando a fechar e tudo ficar escuro. Seu corpo perde o equilibrio e ela vai para trás, mas é apanhada por seu pai que a segura firme contra os ombros. Ele suava mas menos que a menina e era mais experiente e forte, então este tipo de luta lhe era normal.

Os magos e o Ciclope haviam sido exterminados; a dívida dos dois garotos para com aquele homem estava sanada, restava agora a dele com eles.

— Fizemos um bom trabalho, heh...— Disse com ar cansado e desceu devagar do ciclope com Alice desmaiada em seus braços. Olhou os ferimentos de Dachi e Akkin e suspirou, olhando para o Ciclope.

— Foi uma boa luta, tenho que dar os parabéns à vocês. Achei que nem dariam conta da primeira parte do serviço, mas agora olhando bem...Até que são bons. Venham, vamos para casa que cuidarei de seus ferimentos.

Dachi e Akkin estavam exaustos. A luta foi boa. Akkin tinha um buraco perto da barriga além de arranhões por toda parte do corpo e um galo na cabeça; Dachi por sua vez, estava ferido profundamente no braço e sofria de dores no corpo e na cabeça, além, claro, de um galo na cabeça e arranhões por todo o corpo. Seus músculos doíam e seus corpos suplicavam por descanso. Mal conseguiam andar para a casa que era um bom caminho, então, o mago decide teletransportá-los. Mas antes disso, jogou-lhes um feitiço.

— Desculpem rapazes, mas isso será necessário. AvaKha Solenum...! — Tão rápido foi o movimento do mago que não conseguiram desviar e foram atingidos em cheio pela magia do homem; tudo começou a ficar escuro até não enxergarem mais nada.

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Dachi foi o primeiro a acordar. Seus olhos começaram a se acostumar com uma claridade suave e tênue. Estava em um quarto claro e limpo. Não sentia mais dor alguma. Seus braços e cabeça estavam enfaixados. O resto do corpo estava com algumas ataduras brancas. Seu corpo cheirava à ervas como Hortelã e alecrim. A primeira coisa que sentiu foi fome. Onde poderia estar? Quanto tempo havia dormido? Dias? Meses? Semanas?

A cama onde estava era larga e aconchegante. O silêncio, prece. Do outro lado do quarto estava uma secretária sem tinta ou papel e com um banquinho na frente. A porta estava entreaberta. Acima da secretária tinha uma janela fechada com o vidro e uma cortina cor de carne deixava transparecer o céu escuro de Takaras.

Uma voz chama sua atenção do lado de fora, um pequeno burburinho e consegue sentir um cheiro de lavanda característico de Alice. Uma sombra feminina passa pela porta e desce uma escada. Um cheiro de comida sobe até seu quarto, invadindo-o e lembrando-o da fome. Já sabia onde estava.

Akkin foi o segundo. Tinha mais ferimentos e por isso precisou de mais atenção. Devagar abre seus olhos e percebe estar em um quarto claro. Uma janela acima de uma secretária sem papel ou tinta, mostrava através da cortina cor carne o céu escuro de Takaras. O mais estranho era que não havia nenhum barulho. Um simples barulho que pudesse afirmar que estava em Takaras mesmo.

Seus olhos podem varrer com certa dificuldade seu corpo e o resto do quarto. A porta está entreaberta e a cama é larga e macia. Suas pernas estão com faixas em certos pontos onde os ferimentos eram mais graves e em outros pequenas ataduras brancas. Sua cabeça estava enfaixada e seu braço ferido. Sua barriga estava enfaixada e dela vinha um cheiro forte de Hortelã e Guiné. Duas coisas eram certas: Estava em Takaras e a luta havia acabado. Mas...Onde estaria realmente? Que casa era aquela? E, pra piorar, sentia uma fome enorme. Seu corpo estava um pouco doído pelo fato de ficar imóvel por muito tempo mas nada além disso. Na frente da secretária, em cima de um banquinho de madeira, estava sua espada polida e brilhante esperando para ser embainhada novamente.

Um barulho chama a sua atenção para fora do quarto e percebe um corredor. Um cheiro de lavanda surge e Akkin consegue ver uma silhueta de mulher e alguns fios vermelhos: Era Alice. Ela parece descer as escadas e seguir direto para algum lugar. Momentos depois, um cheiro delicioso de comida surge, lembrando-o de estar de barriga vazia. Hora de comer.


[Well! Boa luta 8D. Seus MPs estão revigorados, todos 100%; Hp 50%. Assim que comerem, ele voltará à normalidade também.]

-- FINALMENTE...

Depois de passar por todo aquele inferno poderia realmente descansar. Se ao menos eu pudesse me mover. Com todo aquele excesso de força bruta e movimentos precisos e rápidos, meu corpo já estava no limite e não poderia sair nem do lugar, realmente fiquei me perguntando como eu ainda podia prosseguir depois de tanto esforço. Passei os olhos em meu corpo para ver o estrago e verifiquei que poderia ser pior, ou não.

Quando Akkin finalmente pousou ao meu lado, nosso pacote, Alice, aparece em cima do ciclope quase tão desgastada quanto nós, quando ia tombar de frente e cair do ciclope, seu pai aparece segurando-a já desmaiada. Descendo das costas do ciclope ele para em nossa frente dizendo algumas coisas que estava meio difícil de entender somente por conta do cansaço, só pude entender que tínhamos que voltar a casa dele, o que era uma pernada bem longa e já não tínhamos energia para tal. Antes mesmo de ele falar alguma coisa eu já estava caindo e der repente escuto palavras de proclamação e pude saber que se tratava de uma magia.

Talvez eu tenha sonhado, talvez não, mas estava tentando definir se realmente estava dormindo. Ficava abrindo e fechando os olhos, acordando e dormindo repetidamente, a cama era muito macia e confortável. Vagarosamente fui acordando, tentando me acostumar com a luminosidade forte e me obrigando a levantar de uma só vez. Primeiramente apoiei-me em meus cotovelos e olhei para o meu corpo, enfaixado em algumas partes que podia ver e pude sentir algumas que não podia ver. Quando minha visão foi se acostumando com a luminosidade, vi rapidamente a secretaria que não continha nada sobre ela e quando fui ver o resto do quarto, deitei-me novamente na cama com os olhos fechados. Quando comecei a sentir o cheiro de comida levantei-me rapidamente, minha barriga estava mais vazia do que um poço sem água, rapidamente levantei e pude perceber a porta meio aberta e vi rapidamente uma silhueta, era Alice. Passei por ela encarando-a de forma agradável.

-- olá...

Não tinha muita coisa a comentar com ela e minha barriga brigava comigo para que pudesse ingerir alguma coisa. Pedi licença e segui diretamente a cozinha, só pude chegar mais rápido por conta do cheiro. Cheguei próximo a mesa, puxei uma cadeira para sentar, olhei para os lados para ver se havia alguém, olhei para frente de novo, agradeci pela comida e comecei a devorar o que tivesse em minha frente.

[off: q nada shao, só me pegou no dia em que estava querendo virar assassino >XD, mas se não fosse por isso estariamos fritos =X valeuzão =D]

A primeira reação que Akkin teve ao pular e conseguir ver através da poeira levantada foi de imensa surpresa. Incrivelmente, com as ultimas energias que lhe restava, Dachi escalava o braço da criatura, lhe fazendo um enorme e doloroso corte. Aquele momento, em que estava no ar, parecia uma eternidade. Podia ver cada detalhe, cada ação, parecia que tudo estava em câmera lenta.

Enquanto o Ciclope esperneava e gritava de tanta dor, Akkin não parou, pelo contrário, piorou a situação a extremo, lançando os cacos no ferimento aberto do monstro e por fim, cravando-lhe as adagas na perna, lhe abrindo mais um rasgo no corpo. Com certeza, o Hanyou nunca gostaria de sentir aquela dor. À medida que o Ciclope fazia mais e mais movimentos bruscos, o garoto tentava se segurar como podia, para não sofrer uma queda brusca.

Não demorou muito e o gigante começava a reduzir sua insana loucura. Parecia que sua hora havia chego e não lhe restava mais nada. Lentamente tombou e Akkin fechou os olhos e tentou dizer ao seu corpo que aquela queda não iria doer, mas doeu, e muito. Acabou rolando e ficando perto da barriga do Ciclope, conseguindo presenciar a cena que daria o desfecho final naquela batalha.

Alice, o pacote – nada indefeso, diga-se de passagem – pousou em cima do monstro e com um brado, lhe lançou uma magia forte. Era esverdeada e uma luz, junto de uma poderosa onda nauseante passou por Akkin naquele momento. Temendo o pior, colocou inocentemente as mãos na frente dos olhos, em uma tentativa de proteção. Uma lufada de ar passou pelo seu corpo, mas felizmente nada lhe ocorreu.

Lentamente, sentou e ao olhar para frente, Alice já estava desmaiada nos braços do pai. Dali tirou duas conclusões: O pai dela era o mago mais rápido e excepcional que Akkin já tinha visto e que toda a energia de Alice se fora com aquele ultimo ataque. Nada diferente de Akkin e Dachi naquele momento. Enquanto o pai Alice agradecia e os convidava para a casa, deu tempo de o Hanyou soltar um pequeno comentário.

- Heh... Duvido que eu consiga sequer me levantar nesse estado. Tsc...

E tão rápido quanto falou, adormeceu. Sentiu como se um onda batesse em seu corpo, deixando-o dormente e leve, e logo em seguida tudo escureceu. Não sentia mais seu corpo, nenhum movimento sequer. Já tinha sentido essa sensação antes. Sim, quando literalmente morreu. Era como se estivesse no vácuo, e tudo – até o mundo – tivesse sumido. E ficou assim por um tempo.
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Foi então que uma linha surgiu no horizonte e rapidamente se apagou. Mais uma vez ela surgiu e dessa vez, permaneceu por mais um pouco de tempo. Na terceira vez, a claridade do ambiente, fez Akkin estreitar os olhos e tentar se mexer, coisa que não deveria ter feito de imediato. Seu corpo alucinou com a dor de seus músculos. Mas algo estava estranho, estava em um lugar diferente, e acomodado, vulgo aconchegante. O silêncio dominava o local e por segundos pensou não estar em Takaras.

Deu uma olhada pelo quarto e em si mesmo. Ataduras e cheiro de ervas vinham de seu corpo, que visivelmente fora tratada com cuidado. Um pouco próximo de si, sua espada, com um brilho que nunca tinha visto. E sem demora, outro vazio peculiar percorreu seu corpo: A fome. Fazia muito tempo – provavelmente - que não se alimentava. Afinal, não sabia quanto tempo havia dormido. Levantou-se com extremo cuidado da cama, tentando sofrer o mínimo de dor possível e antes que pudesse sair do quarto, um vulto com rastro vermelho passou pela porta: Alice.

Decidiu sair dali também e ao abrir a porta, um cheiro maravilhoso de comida invadiu suas narinas. Não poderia rejeitar a refeição. Desceu e bateu os olhos em Dachi logo de início. Sorriu de canto, passou por trás o mesmo e deu um tapa em sua cabeça – sem força praticamente, devido as dores musculares -, dizendo.

- Nem me espera sacana...

Sentou-se na mesa e procurou algo para comer, ou melhor, devorar, no estado em que estava, devorar algo era o mais sensato a se fazer.

[ Eu vou descontar a minha "raiva" em outra coisa. Espero comer "algo" bem delicioso. (6) AHSHAUHSUHSUHAU ]