Estrada

@ Luthica & Phyress

O caminhar das irmãs era árido. Não existia nada na frente delas a não ser um longo caminho de terra batida e pedregosa que se estendia até sumir no horizonte. Ainda estavam um pouco longe de chegar a Hilydrus, mas pelo visto para Camille isso não seria um problema. Estava determinada, determinação que talvez herdara do pai.

Já Silmeria sentia o tédio e o ardor daquela caminhada em sua macia pele. O sol não estava tão receptivo e às vezes chegava a machucar. De certa forma, aquele não era seu caminho, mas por convenção, seguia a irmã mais nova. Para quebrar aquele silêncio fúnebre perguntou com certa ironia e felicidade o que aconteceria caso sua irmã não conseguisse passar no teste.

Seja lá qual fosse à resposta, pelo visto seria melhor continuar andando. Dali a algumas horas chegariam a Hilydrus, a capital e enfim poderiam ter um tratamento melhor.

<Opa, prazer, GM Akira. Ficarei responsável por vocês por um tempo. Confesso que achei interessante a história das duas e fiquem sabendo de antemão que adoro discórdia. Farei o possível para quebrar essa “harmonia”. Mas é claro, o caminho que irão seguir dependerá muito mais de vocês. Postem na Estrada mais uma vez e em seguida em Hilydrus, na Área de Treinamento do Exército Real. >

- Eu vou continuar tentando! – respondeu Camille, sem a voz otimista e sonhadora, mas um tom firme, dizendo também para si mesma com alguma dor só de pensar na vaga possibilidade de tudo dar errado antes mesmo de começar.

Afinal, era a única alternativa que tinha à fazenda. Não conseguia pensar uma forma mais brilhante e correta de viver do que aquela para onde iriam. Ficava um pouco incomodada que logo no início da jornada já fosse desestimulada assim.

- E você deveria ao menos arranjar um emprego em Hilydrus. Nós fomos mimadas durante muito tempo. As coisas serão diferentes agora - disse em tom um pouco duro, mas logo suavizou a conversa (ao menos, pensava que com isso estava sendo agradável). - Temos que ser fortes...

E continuou a jornada, focando sempre em seu destino final e evitando maus pensamentos.

<Off: Prazer! Nós também adoramos discórdia. (Eu especialmente adoro angst) É muito bom saber que realmente importa o que escrevemos em nossas fichas!
Eu tava falando pra Phyress que a Silmeria é muito mais maligna que eu achava que ela criaria. Essas duas são muito diferentes. Vai ser divertido>

- Hm... – tom pareceu de desinteresse. Sua irmã parecia realmente ter uma mente bem pequena... Para fazer algum bem no Reino não era preciso tornar-se apenas do exército, provavelmente havia outros modos de conseguir fazer isso – Que sem graça. – comentou, por fim.

Com a frase seguinte da camponesa, porém, Silmeria cerrou um pouco os olhos, parecendo carregar ódio. Ela olhou de relance para Camille enquanto caminhavam. “O que essa camponesa estúpida está dizendo? Agindo como se soubesse algo sobre mim...”

- “Nós”...? - deixou escapar, em um tom baixo seguido por uma risada curta e irônica – É mesmo. – comentou, se recompondo – Mas eu já sei ser forte, você não tem que se preocupar. – e a voz de Silmeria ocultou o rancor da garota.

[Off: Na verdade, eu criei ela para se dar bem com a Camille, mas... Acho que não vai dar muito certo mesmo. Fiquei muito feliz em saber que o GM leu nossa ficha também, acho muito legal quando os mestres aproveitam a história dos personagens para jogar as coisas contra eles! E... Não tem como a Silmeria ser feliz e não maligna com a história dela >_<']

Aldarion e Tenkai seguiam pela estrada seguindo o caminho para Takaras. Era uma estada comum, e vários viajantes se podia ver passando por ali durante aquela manhã ensolarada. O dia estava bonito e a paz reinava por enquanto.

— Então Aldarion, o que leva para Takaras? Vai atrás de mais um capitão maligno para brigar? — O elfo pela primeira vez brincava com Aldarion — Mas se quiser, pode vir comigo para ir ver Kjeen. Aquele que fez nós entrar nessa grande confusão por causa de uma pedra. Irei entregar a pedra para ele e sumir por algum tempo.

A estrada até Takaras estava terminando, e possivelmente a companhia dos dois amigos também, pois o elfo se conhecia bem Aldarion, saberia que ele não iria querer seguir o elfo, embora esse encontro poderia render uma bela briga.

Mas enfim os companheiros cruzaram as fronteiras e finalmente estavam em Takaras. Tenkai foi desviando o caminho e indo rumo ao cemitério encontrar Kjeen.

— Até breve Aldarion. Nós encontramos por ai algum dia. E quem sabe um dia um duelo entre amigos!

O elfo deu um singelo sorriso e virou seu rosto e continuou a caminhar.