Praça Central

[Off: Tenho quase certeza que é você..]

Sentindo o corpo da garota tombar para a direita, começou a enclinar o corpo para a esquerda, contrabalanceando o peso, até que esta fez um movimento brusco, conseguindo soltar seu braço esquerdo tentando atacar o braço direito do adversário. Devido ambas velocidades, a possibilidade de escapar era bem pequena, tanto que não foi alcançada.

O sangue começou a escorrer pelas garras de Eloodie, escorrendo das garras aos dedos, mão, ante-braço, até chegar ao cotovelo, onde fazia uma goteira ao chão.

Mesmo sentindo uma dor bastante incomoda, o ser não largou a outra mão de Eloodie, pelo contrário, agora segurava esta com mais força, ou pelomenos tentava, pois haviam certas unhas cravadas em seu braço.

- Belo movimento...e..belas garras, machucam, heh. Mas...será que pode fugir agora?

Com a mão esquerda que agora estava livre, começou a deslizar a mão com o canivete pela coxa de Eloodie, subindo aos poucos até chegar no primeiro osso da coluna, alisando suavemente a garota, passando a rastar devagar a lamina deste na garota, com um olhar sádico e pervertido.

- Não tenho motivos para lutar com você, se quiser até, posso lhe propor algo bem melhor do que aquela taverna mas...não lhe garanto vida.

Pressionando suavemente o canivete nas costas de Eloodie, tomando cuidado para não feri-la, Eloodie pode sentir um leve frio subir por sua espinha com aquele maldito canivete.

[off: garanto que não sou eu, Shiki xD conheci o fórum esse ano, no inicio de Janeiro]

Eloodie sentiu o sangue quente dele descendo pelo seu braço frio e molhado pela água da fonte e sorriu. O seu corpo vibrava com aquilo, como se estivesse a apaziguar uma fome alimentada há muito. O cheiro do sangue enebriava-a e por momentos esqueceu Miranda, esqueceu Sophi e a taverna, esqueceu onde estava e porque estava a fazer tudo aquilo. Queria mais, cada célula sua cantava, transmitido-lhe uma leve sensação de prazer.
Intoxicada pelos próprios sentidos, nem se moveu quando o homem lhe encostou o canivete na coxa, mas esse gesto acabou por traze-la de volta, localiza-la no tempo e no espaço, sentindo o bafo quente do homem na sua pele gelada e ouvindo o seu tom de voz mais do que as suas palavras.
Aquele canivete contra as suas costas limitava-lhe os movimentos mas ele parecia não a atacar e isso irritava-a. Levantou a cabeça ligeiramente, procurando o seu olhar e fitando-o com um misto de raiva e nojo:
-Você não tem nada que me possa interessar - disse numa voz rouca que espelhava todos os sentimentos presentes no seu olhar, fazendo cada palavra soar individualmente.
Consciente da vantagem que aquela proximidade física lhe dava, Eloo num gesto contínuo e furtivo dá um passo em frente para se afastar do canivete que este deslizava pelas suas costas, aproximando-se um pouco mais do corpo do homem, tão perto que podia sentir um formigar do calor do corpo deste junto da pele gelada dela e, aproveitando que ele tinha as duas mãos ocupadas,flexionou o braço pelo cotovelo e tentou projectar a palma da sua mão aberta, com toda a força que conseguia contra baixo ventre do homem, mirando a zona na linha do quadril, tentando depois libertar o pulso esquerdo, sentindo que cada vez mais o homem o apertava mais.

[Off: Conseguiu ver a mensagem ? Seu jeito de narrar é muito igual, e uma peculiaridade a mais..bem estranha para nós. Heh.]

Ainda segurando Eloodie, ouvindo a resposta da garota, deu um sorriso de canto, fitando-a agora nos olhos, sentindo os corpos próximos.

- Mesmo que isso..possa lhe fazer aliviar seu passado...ou te deixar mais...forte?

Falando em tom bastante baixo, quase não falando em sí, virou o canivete com o cabo para Eloodie, soltando a mão da garota quando esta executou seu movimento, tentando um salto furtivo para escapar, ainad com as unhas da garota encravadas no braço, fazendo perder mais sangue. Porem aproveitando essa desvantagem, passou a mão livre com o canivete pelo braço da garota, proximo a junta do braço com o ante braço, tentando cortar mais profundamente para causar algum dano maior. Provavelmente naquele movimento, Eloodie acuaria e o soltaria, dando assim espaço para se movimentar, se afastando e levando os dedos até o ferimento, observando o sangue com um olhar cínico, voltando a fitar Eloodie.

Spoiler:

[off: que mensagem? rsrs estou meio perdida agora... Mas acredito que tenha mais gente narrando como eu, não tem nada de muito particular nisso (acho eu) xD]

Eloodie congela ao ouvir o que o homem diz e a sua respiração torna-se ofegante,perdendo a concentração mesmo antes mesmo antes de sentir o canivete fazer-lhe um corte no braço.
Aquele homem sabia algo sobre ela que ela e, pelo menos por agora, descobrir o que ele sabia e ouvir a proposta dele era mais importante do que a luta.
-O que ... o que é que alguém como você pode saber do meu passado? - perguntou com a voz cheia de raiva e mágoa. Apesar de todos os seus esforços em contrário, o passado continuava sendo o seu maior ponto fraco.
Deixando cair o braço magoado ao longo do corpo e colocando a mão em cima do ferimento, Eloo recua alguns passos olhando o homem nos olhos.
-Vamos, continue. Ou isso era apenas um truque para não apanhar mais? - perguntou num tom desafiador e altivo.

O homem esboçou um sorriso de canto, começando a andar calmamente até Eloodie, sentando na fonte, observando-a, porem com seu canivete em mãos, pronto para uma defesa necessária.

- Minhas fontes não serão reveladas, afinal um bom enxerido nunca conta de onde descobre as coisas, não é? - Deu um sorriso observando-a, sabia que ela iria se irritar cada vez mais com oque ele iria dizer, mas não estava dando muita importância à isso. -

- Deve ser ruim, crescer sem mãe, perder o pai, ter de se subordinar aos outros para viver..fugir..manter oculto o desejo..hehe.. Posso não saber o responsável, mas sei parte da história.. E posso lhe conceder força, em troca de uma única coisa...

O sangue que escorria do braço do homem não cessava, aos poucos a água da fonte foi ficando vermelha tambem, forçando pequenos fios de sangue n'agua. Ele já não demonstrava vontade de lutar, aquela garota lhe seria útil.

Eloodie mantêm-se em pé, em silêncio, ouvindo o homem a alguns metros dele, precisava ter tempo de reacção caso ele tentasse algo.
-Você sabia quem eu era, na taberna? - questionou olhando-o furiosa, feliz por o seu corte não parar de sangrar, recordando-se de Miranda.

Ouvindo-o falar do seu passado, Eloo baixa o olhar,não queria mostrar que aquele era um assunto delicado, aproveitando o momento para passar as garras pelo tecido da blusa, abrir um buraco e rasga rum pedaço largo na parte de baixo, arrancando quase um palmo de tecido e usan-o para pressionar o próprio braço e estancar a hemorragia iniciada pelo corte.

-O que você sabe? E o que você quer de mim? - perguntou num tom de repulsa, levantando o rosto e fitando-o finalmente.

O homem ficou observando Eloodie, por um momento desviou seu olhar do dela, quando notou, ambos estavam estancando seus ferimentos. Retornando o olhar para esta, suspirou e disse de modo calmo.

- Creio ser perda de tempo contar uma história ao escritor dela, não acha?

Levantando-se devagar, guardou ambas os canivetes nos mesmo locais estratégicos de sempre, suspirando e levando as mãos até os bolsos.

- Posso lhe arrumar uma fonte onde pode conseguir informações sobre o assassino...Mas para isso, quero que faça uma tarefa para mim. Sobre sua presença no bar, sim, quanto a garota, mero acaso. Não ligo muito para as pessoas que não me são úteis.

Olhou ao redor e começou a caminhar calmamente até um banco, sentando neste.

A respiração de Eloo se tornava mais profunda enquanto esta tentava controlar a raiva que crescia cada vez mais. Viu-o levantar-se e rosnou baixinho, como um felino defendendo o seu território e seguiu-o com o olhar. A sua postura tornou-se mais tensa, defensiva. Não gostava nem um pouco daquela situação e tinha de lutar arduamente com a vontade de voltar a cravar as unhas bem fundo no corpo daquele idiota. Todo o seu corpo ansiava por isso, na verdade. A memória do sangue quente dele sobre a sua pele ainda estava bem viva e Eloo fazia um enorme esforço de concentração para não ceder ao impulso de voltar a atacar.
Respirou fundo, preparando-se para falar mas isso revelou-se um erro, o cheiro a sangue entrou-lhe pelas narinas e desceu-lhe pela garganta como uma labareda, provocando-lhe um arrepio e aumentando a lúxuria que o sangue exercia sobre ela até um nível que ela não estava habituada a controlar.
Tomando a nota mental que essa luta iria terminar mais tarde, quando esse homem já não lhe fosse útil, suspirou pesadamente, olhando-o nos olhos.

-Não gosto de me repetir - disse num tom áspero - O que é que você quer de mim?

Calmo, fitou Eloodie, sabia que estava torturando a garota por dentro, aquela sensação lhe dava felicidade, de tal modo que não pensava em parar com tal, mas foi direto ao ponto.

- Há boatos de que está se formando um grupo, por enquanto pequeno que segundo este boato, tem algumas más intenções que talvez afete o meu grupo. Eles são liderados por um Meio Demonio, Demonio, eu sei lá, mas é um procurado, então não será dificil de se encontrar, porem não sabemos do seu paradeiro atual. Oque eu quero é simples, infiltre-se, descubra, não mate, traga informações e lhe ajudarei a conseguir mais força, apenas isso. Caso mude de ideia e passe a ser parte do grupo deles, só será mais uma inimiga, não cabe a mim essa decisão. - Fez um momento de silêncio para que a garota entendesse tudo aquilo que havia falado. - Entendeu?

Caminhou novamente, parando ao lado da garota, falanxo próximo ao ouvido dela, bem baixo.

- Pense e caso chegue a uma resposta, eu costumo ficar nos arredores das estebarias. Me procure por lá.

Dando as costas sem nem ao menos ouvir um "Sim ou não" da garota, se foi, seguindo seu rumo enquanto sorria de canto.

Eloo apenas acena com a cabeça à pergunta dele. Havia percebido muito bem, queria que ela se vende-se e ganhasse a confiança de alguém só para os trair depois. Esboçou um sorriso ao perceber como estava a ser cínica ao sentir-se ofendida pelo pedido quando já o havia feito tantas vezes no passado.
Viu o homem aproximar-se da cara dela e sentiu o bafo dele no seu pescoço. Aquele homem enojava-a mas ela não se incomodou em desviar-se ou fazer algum movimento que o impedisse de chegar tão perto.

Aquela não seria a ultima vez que veria aquele troglodita, pensou Eloodie vendo-o virar costas, não esperando por uma resposta que ela não se iria incomodar em dar, pelo menos não naquele momento.
"informações sobre o assassino" . As palavras daquele homem dançavam na sua cabeça e brincavam com as suas emoções mais escondidas do mesmo jeito que o quem as proferira brincara com o canivete nas suas costas.
Todo o seu corpo foi tomado pela dor. Doía-lhe o corte no braço, doíam-lhe os pulsos, doiam-lhe as pernas e doia-lhe algo que Eloodie esquecera que tinha para doer, doía-lhe o seu coração. Precisava sentar-se, estava exausta.

Era tanta dor que Eloodie teve dificuldades em respirar. Queria chorar. Chorar de raiva, chorar de mágoa, simplesmente chorar. Em vez disso, riu dessa vontade. "Eu, chorando", pensava Eloo enquanto ria de si mesma e sentiu necessidade de chorar por ser tão idiota.
Respirando fundo, tentando manter tudo aquilo dentro dela, apercebeu-se que ainda podia cheirar o sangue e olhou para as suas mãos ensanguentadas e tentou imaginar o seu aspecto. Precisava de um banho. Precisava de trocar de roupa. Precisava de saber como estava Miranda. E precisava ver aquele homem de novo.

Respirando fundo mais uma vez, Eloodie susteve a respiração e começou a andar na direcção da taberna

@Seishirou

Ouvindo a fala de Seishirou, virou-se para este, fitando-o no fundo dos olhos com tamanha indiferença e falou de modo seco e atravessado.

- Não tenho negócios a tratar com você, fique fora do meu caminho.

O ser simplesmente ignorou completamente Seishirou e continuou seu caminho, misturando-se entre as pessoas e sumindo.

Willy chega à cidade após alguns dias de viagem. O peso dos acontecimentos que o levaram até ali ainda repousa sobre seus ombros. O sol ainda está alto, quando ele chega à praça...

Ele caminha em direção à fonte, procurando um lugar para se sentar, de onde observa o movimento, procura por guardas para ter certeza que não será visto por nenhum deles. Busca, nos cantos mais afastados dos guardas, por algum mendigo cego ou alguém de onde possa tirar alguns trocados para arrumar um lugar onde possa tomar um banho e passar a noite.

"Espero não arrumar mais confusão que o necessário..." - pensa caminhando em direção a possível vitima.

"Bom... Parece que esses guardas não vão dar mole... Preciso tomar muito cuidado..."

Willy se levanta com certa raiva dos guardas e segue caminhando pela cidade até o entardecer, olhando para algumas lojas como se procurasse por algo que não esta ali, cumprimentando algumas pessoas distraídas, sempre se desviando dos olhares dos guardas, mas prestando atenção em suas trocas de turnos e quem sabe se tem a sorte de algum deles ir embora também. Ele quer ser apenas mais um, sem chamar atenção.

Ao entardecer, estuda novamente o comportamento dos guardas.

"Será que esses filhos da mãe vão dar bobeira agora? Será que terei que dormir na rua depois de toda essa viagem!?"

A última pergunta o fez sentir raiva de si mesmo. Ele sabia o que o levara até ali e sabia quão humilhante fora.

"Preciso ficar forte! Roubar alguma velhinha ou um pobre cego não me trará força alguma!"

Determinado, Willy chega a um dos guardas, a quem pergunta:

- Ola, meu nome é Willy Wonka. Estou interessado em me juntar à guarda dessa cidade, o senhor pode me ajudar?

Um sorriso ambicioso lhe escapa o rosto...

@Willy

Realmente como bem observado por Willy, nenhum guarda dalí parecia vacilar em sua função, descuidando-se raramente para ajeitar algo da armadura, normalmente o capacete.

Ao se aproximar de um dos soldados, este o fitou de modo calmo e respeitoso. Ouvindo suas palavras, o soldado deu um suave sorriso, respondendo-o.

- Deseja juntar-se a armada de Hilydrus então? Ser mais um guerreiro honrado?.. Mas..tambem há um outro local que pode conseguir dinheiro, caso seja isso que está querendo.

Começando a explicar para o jovem sobre o serviço "Free Lancer" de entregas, indicou tambem as estebarias de Hilydrus, dando assim ao jovem duas opções para seguir.

- E..não se preocupe em ser diferente, nós de Hilydrus respeitamos as diferenças.. E..ouvi falar de um certo ataque a uma aldeia..sinto muito.

Abaixando o olhar por um momento, o guarda voltou ao seu posto, trocando olhares entre a praça e o jovem, esperando uma reação deste.

Cabisbaixo demonstrando certo rancor, Willy responde ao guarda:
- Não lamente pelo que aconteceu a minha vila, isso apenas faz parecer pior!
Ele se lembra de algumas cenas, lembra de como fora patético contra o demônio e de como seu pai o humilhara.
- Preciso de um lugar onde eu possa treinar e ficar forte o mais rápido possível.
Willy pareceu pensar bem no que ia dizer a seguir, mas apenas uma coisa o satisfaria!
- Eu quero me vingar pelo que aconteceu!
“Espere e verá... você se arrependerá de cada palavra que saiu da sua boca... pai...”
Willy olha determinado nos olhos do guarda...
- Como faço para me alistar?

@Willy

O guarda manteve silêncio perante as primeiras palavras do garoto. Porem a medida que ouvia as palavras deste, foi compreendendo um pedaço da história. Fitando-o, respondeu sua última pergunta.

- Vá para o Exército de Hilydrus. - Apontando um castelo - Vê? Próximo ao castelo, está o Exército, siga para lá e encontrará oque quer.

O soldado fitou Willy uma segunda vez, e voltou a fitar as pessoas do local.

[Poste uma última vez aqui e, pode postar logo em seguida no exército.]

Willy sorri com o canto da boca como se o mundo acabasse de abrir uma porta perante seus olhos.

- Muito obrigado!

Com isso o jovem parte em direção ao castelo com passos rápidos. Quer chegar la enquanto pode ser atendido.

@Uhtred

Ao tirar o capuz, Uhtred sentiu um certo calor na face. O sol batia em seu rosto, deixando de primeiro momento, sua vista turva.

Após abrir os olhos novamente, Uhtred começou a visualizar melhor as pessoas do local. As crianças, jovens, adultos, velhos, os guardas de Hilydrus, as lojinhas e até uma fonte no centro da praça.

Pregado em pontos estratégicos, cartazes, e ao lado de alguns, um ou outro guarda de prontidão.

Um garotinho acaba por trombar em Uhtred.

- Desculpa moço!! Ehe..você..não é daqui né? - Apesar de faltar-lhe alguns dentes na boca, o garoto tinha um sorriso carismático e calmo. Coçava a cabeça enquanto ria, fitando o homem.

@Uhtred

Olhando o moço nos olhos, o garoto sorrio e colocou as mãos atrás da cabeça, respondendo.

- Meu nome é Cézar!..Empregos empregos...hmm.. - Abrindo as mãos, cruzando um braço e levando a outra mão ao queixo, ficou pensativo batendo o pé esquerdo por um momento, até que lembrou de uma pequena coisa.

- Bem moço..emprego mesmo eu não sei mas..existe uma espécie de.. "serviços"..como dizer..mercenários, eu acho. Lá você pode fazer algumas entregas e missões em troca de dinheiro..algo do tipo..fica nas estebarias de Hilydrus..mas empregos em sí, acho que não. - Coçou a nuca com um sorriso meio sem jeito.