Re: Vilarejo de Calm

por Shiki Seg 16 Mar 2009, 8:44 pm

@Nielle

Yutaru estranhou o tipo de habilidade da garota, era um tanto quanto diferente, mas sorriu.

Yutaru: Eu sou..'rápido com as mãos', assim dizendo - Riu um pouco, até que ouviu o bocejo de Nielle - Quer que eu lhe arrume seu quarto, Srta. Nielle?

Disse se erguendo, aproximando-se de Nielle e lhe ofereçendo a mão para ajudar a levantar.

por May-chan Ter 17 Mar 2009, 11:55 am

Nielle estranhou a maneira como o garoto descreveu seu poder e ficou imaginando várias possibilidades, sem chegar a uma conclusão. Já tinha perdido a oportunidade para comenatar, então apenas respondeu à pergunta:

-- Sim, obrigada. - e pegou a mão do garoto, levantando-se em seguida.

por Shiki Ter 17 Mar 2009, 12:02 pm

@Nielle

Ajudando Nielle a se levantar, Yutaru fez com que o cabelo da garota levantasse suavemente, por um curto momento, o braço direito de Yutaru ficou pouco visivel.

- Certo, venha comigo - Disse sorrindo, segurando a mão de Nielle ainda, esquecendo-se desse fato, saiu andando de mãos dadas com a garota.

Ao passar pela porta, ela pareceu fechar sozinha. Novamente o braço de Yutaru havia desaparecido e re-aparecido novamente.

Nielle pode observar na casa, vários detalhes da cultura japonesa, com excessão da escrita, que parecia ser um pouco diferente.

Após andar um pouco pela pousada, Yutaru chegou ao quarto que iria preparar para Nielle. Ele possuia um aspecto leve e simples, de primeira vista, parecia apenas um quarto vazio com 2 portas, um armário e uma mesa de centro.

- Espero que esse local seja bom para a Srta. - Ajeitou o quarto para ela, este já estava limpo e bem arrumado, precisava apenas ajeitar a cama, que era um edredon grosso e macio, porem não era para tanto, dando um bom local para se dormir. Junto de um travesseiro e uma coberta. Após ajeitar tudo, Yutaru deu espaço para Nielle e se colocou ao lado da porta.

- Ahn..precisa de algo?...Quer uma roupa ou coisa assim? - Inclinou suavemente o rosto para esquerda, fitando Nielle

por May-chan Ter 17 Mar 2009, 12:56 pm

Nielle estranhou o fato de o braço do garoto sumir de vez em quando, mas não encontrou uma oportunidade para perguntar o que aquilo signif.icava. Suspeitava que ele talvez fosse um fantasma, mas depois tirou essa idéia da cabeça, achando-a ridícula. Considerou então que aqueleera o poder dele. Satisfeita com essa dedução, logo esqueceu o assunto.

Percebeu que os ecritos da casa destoavam do estilo japonês, mas não ficou pensando sobre isso, além de estar cansada, não achava aquilo tão estranho assim. Também não estranhou que ele continuasse a segurá-la pela mão, afinal, que mal havia?

Quando chegou no quarto, ficou feliz ao perceber que ele era bastante confortável.

-- Obrigada! - agradeceu e então ouviu o que Yutaro disse - Não, obrigada, tenho tudo que preciso aqui. - e mostrou sua bolsa.

por Shiki Seg 23 Mar 2009, 2:35 pm

[Off: foi mal eu esuqeci que narrava para você x.x(Na verdade eu não narro aqui x.x) ]

@Nielle

Yutaro sorriu para Nielle e se retirou, com a face corada, porem antes de sair, fitou-a por um último momento e disse em voz baixa.

- Boa noite..Nielle.. - E assim se retirou, voltando aos seus afazeres.

por May-chan Seg 23 Mar 2009, 7:53 pm

Nielle dormiu como um anjo, recuperando-se completamente da longa viagem que fizera. Arrumou suas coisas, cuidou de sua higiene e então foi até a sala principal, procurando pelos dois moradores do lugar para se despedir: era hora de continuar sua jornada até a Torre de Magia Branca.

por **Shaorin** Seg 23 Mar 2009, 9:06 pm

[Desculpe a demora, mas Shiki foi mais rápido.]

Os moradores da casa estavam na cozinha, fazendo um belo café da manhã para Nielle. Ela podia sentir o cheiro do café fresco e dos pães de vários sabores que estavam ali; desde os com queijo em cima, até os frances normais. Ambos conversavam baixo e riam no mesmo tom, até ouvir os passos de Nielle pela casa. O homem logo se aproxima dela e fica na porta da cozinha, olhando-a.

— Venha, tome seu café da manhã, deve estar faminta — Ele disse, olhando para ela.

por May-chan Seg 23 Mar 2009, 9:16 pm

[obrigada aos dois =D]

Nielle entra na cozinha com um sorriso. Não tinha planejado ficar, mas não podia nem iria recusar comida. A garota comeu feliz, sem se preocupar com nada. Mas quando estava satisfeita, foi direto ao ponto.

-- Muito obrigada por tudo que vocês fizeram por mim. Se precisarem, mandem me chamar na Torre. Mas agora eu realmente tenho que ir. - ela explicou, fazendo uma mesura, numa tentativa de se desculpar por qualquer coisa.

por **Shaorin** Seg 23 Mar 2009, 10:02 pm

[Disponha ^^]

Eles a olharam comer com gosto e a acompanharam, terminando logo depois. A olharam por um momento quando se levantou e se despediu e deram um largo sorriso amarelo.

— Bem... Espero que dê tudo certo — Disse um deles, e o outro meneou com a cabeça e se levantou, acompanhando a jovem até a porta. Abriu-a e apontou em uma das direções ao Norte.

— Siga à Norte e verás a torre logo depois das colinas. Boa sorte — desejou com um largo sorriso, entregando uma bolsa com um pão recheado de carne e uma maçã para comer no caminho, acenando em seguida enquanto ela se distanciava.

por May-chan Seg 23 Mar 2009, 10:06 pm

Nielle agradeceu a comida que lhe foi entregue quando ela já saía pela porta e andou para o norte, como fora indicado. Não demorou muito, ela se viu deixar Calm para trás. Faltava pouco para que sua verdadeira aventura começasse, ela podia sentir

[vou postar na Torre agora]

por Shogun Ter 14 Jul 2009, 9:02 pm

Shogun chega no vilarejo de Calm, após horas e horas de caminhadas pela nevasca. Parecia que Shogun gostara do ambiente, e decidiu ficar na cidade por um tempo.

-Acho que isto basta.

Disse, ajeitando sua espada. Torna a andar até lá. Chegando lá, Shogun se sentira um pouco perdido e confuso, mas mesmo assim continuava dando aqueles leves passos na gelada terra.

-Cidade pouco movimentada, mas confusa. - Pensou Shogun.

Acaba se sentando em um canto e observa o vilarejo, sem precisar se movimentar.

por **Shaorin** Ter 14 Jul 2009, 10:04 pm

— Hey, vai acabar congelando aí sentado. — Uma voz feminina ecoou e quebrou o silêncio do vilarejo e o braço do garoto é cutucado. Os poucos transeuntes que passavam pelo vilarejo carregavam sacas e baldes d'água em silêncio, caminhando com o olhar baixo e pensativos.

Um outro cutucão, vindo da pessoa que estava ao lado de Shogun e falara com ele, surge com mais força e impaciência. Ao olhar para o lado, depara-se com uma senhora já de idade que carregava um balde aparentemente pesado em uma das mãos. Ela trajava roupas simples e limpas, e um sapato marrom desbotado. Um chale marrom que a diminuía ainda mais, na cor cinza, passava por seus ombros dando a sensação de calor. Ela tinha uma preocupação cravada em seu rosto enquanto o cutucava, pensando estar ferido.

por Shogun Ter 14 Jul 2009, 11:40 pm

Quando Shogun ouve uma voz fina e suave, olha ao lado e vê uma senhora, com suas roupas e costumes da cidade. Parecia que ela lhe oferecia um abrigo ou algo do tipo. Shogun não tinha palavras em sua boca congelada.

-Hm...

Estava mais confuso ainda. Mas parecia que era óbvio que Shogun queria aceitar, ele se levanta e fica de cara com a senhora. Encolhendo seus braços.

-Olá! Estou meio perdido aqui, não sei onde ficar. Poderia me ajudar?

Perguntou meio tímido, enquanto pegava sua mochila e suas armas e aguarda a resposta da senhora, ainda com tanto frio.

por **Shaorin** Qua 15 Jul 2009, 1:31 pm

A mulher inclina o corpo para trás pelo susto e aproximação do garoto tão de repente. Ponderou por um momento, arqueando a sobrancelha esquerda, e aproximou seu rosto ao do rapaz, encarando-o de perto com um olhar desconfiado.

— Veio da onde? — Perguntou ainda receosa com relação à Shogun. Dava para notar que as pessoas dali não davam abrigo à um qualquer sem antes saber um pouco dele, mesmo que para isso ele ficasse com frio.

por Shogun Sex 17 Jul 2009, 2:44 pm

Shogun não sabia o que respondeu, mas fez da melhor forma possível.

-Bem...Eu não vim de lugar nenhum, sou praticamente um nômade. Viajo a meses de lugar para lugar.

Disse, com um pouco de medo, se ela não aceitasse a comodidade, não saberia o que fazer naquela fria cidade de Calm. Shogun se afasta um pouco da senhora e aguarda a resposta dela, se enconstando na parede.

por **Shaorin** Sex 17 Jul 2009, 9:26 pm

A mulher ponderou sua resposta por um tempo analisando-o de forma acusadora. Entretanto, deu um sorriso amarelo e esticou de modo sofrido o braço onde continha o balde com água.

— Acolherei você em minha casa. Lá é uma pequena pensão, espero que não reclame da simplicidade. Por falar nisso, meu nome é Rosangela, mas pode me chamar de Rose.

Sorriu e fez um gesto com a mão, apontando para uma pequena casa cor bege ao lado de um armazém. Quando chegam, ela abre a porta para dentro e entra, fazendo outro gesto com a mão para que ele entrasse.

— Leve o balde para a cozinha, sim? Ela está logo depois da sala. — Pediu enquanto fechava a porta e balançava as mãos expulsando o frio contido nelas. A casa era quente e acolhedora. Haviam quadros espalhados por todas as paredes e mesinhas-de-centro. O fogo crepitava dentro de uma lareira antiga ao lado de duas poltronas escuras e os objetos e armários eram rústicos e antigos, transformando a sala em um lugar simples.

A cozinha estava logo na frente, podendo ser visto o fogão antigo com várias panelas penduradas em pregos que eles mesmos pregaram do centro da sala. O cômodo era espaçoso, e uma mesa grande e longa estava de prontidão em um canto com várias cadeiras com detalhes delicados em suas bordas dando à entender que muita gente morava ali.

por Shogun Sex 17 Jul 2009, 9:53 pm

Quando velha senhora aceita o pedido de Shogun, ele ficara bastante feliz, e a acompanhou até a casa. Quando entraram Rose pediu para que ele levasse o balde até sua cozinha, e sem hesitar, foi feito. Deixando o balde sobre a pia da cozinha. Em seguida volta para hall da casa, e começa tirar suas mochilas, e suas armas sobre a poltrona, logo ele se aproximou de Rose.

-Rose, muito obrigado por isso, fico muito grato mesmo.

Disse, segurando as duas mãos dela, sorridente, e voltou a falar.

-Se a senhora precisar de proteção, pode contar comigo. A propósito, meu nome é Shogun.

Assim que se apresentaste, ele se senta sobre a mesma poltrona onde estava suas coisas, e dá uma relaxada.

por **Shaorin** Ter 28 Jul 2009, 12:44 am

[Meu Deus. Esqueci que tinha postado. Me desculpa mesmo >< ]

Um sorriso cansado surge nos lábios da senhora quando suas mãos geladas são seguradas. Ela se solta delicadamente e mostra o acento na poltrona para que sentasse.

— Deve estar faminto. Quer comer alguma coisa? — Perguntou sorrindo, caminhando devagar até a cozinha e adicionou lenha na fogueira e colocou uma panela no fogo.

por Sperium 3000 Qua 05 Ago 2009, 11:17 pm

OFF: Okay, vou tentar de novo.

O vilarejo de Calm era um dos lugares mais frios de Lodoss, então não era de se admirar que todos os passantes andassem com trajes de frio. Casacos, armaduras isolantes, este tipo de coisa. E era exatamente por isso que Arach chamava tanta atenção. Ele andava à esmo pelas ruas, mãos nos bolsos e os olhos calmos e usualmente indiferentes prestando uma anormal atenção a neve que caia à um passo estável. Ele não estava usando nada além de suas roupas comuns, o quê para aqueles que o viam passando, já era uma confissão de que, seja lá o quê ele era, não era humano. Foi quando fez a curva em uma ruela, um pouco mais deserta, que sentiu um pequeno puxão em seu tornozelo. Parando e olhando para baixo, ele reparou que NOS, a entidade que possuía sua sombra (ou ERA sua sombra, ele nem sabia direito), o encarava de volta com irritação nas luzinhas brancas que serviam de olhos.

- Qual é, garoto? Cê ao menos sabe pra onde cê tá indo? - A sombra disse, pondo as mãos nas cintura, mesmo que agora fosse óbvio para quem estivesse de passagem que a sombra de Arach movia por si própria.

Arach apenas desviou os olhos para cima com um olhar de quem pressentia uma bronca vindo. Ele levou a mão direita para a parte de trás da cabeça, não reparando na neve que aos poucos se acumulava no topo de sua cabeça e em seus ombros.

- Hmm... - Ele fez um som como se pensasse profundamente, mas não demorou muito e seus olhos se fixaram na neve caindo. Na verdade, ele não tinha culpa de estar tão fascinado por esses cristais brancos caindo do céu. Embora sua mestra já tivesse falado para ele de neve, era a primeiríssima vez que ele a via ao vivo. Infelizmente, NOS não parecia dividir de seu entusiasmo.

- Ah, fala sério... ARACH! - A sombra gritou contra sua outra metade. Arach se assustou e imediatamente se curvou para a frente para ver o quê NOS queria. Infelizmente, isto derrubou toda a pequena pilha de neve que havia acumulado sobre a cabeça e os ombros do desorientado homúnculos. A neve caiu justamente sobre o "rosto" da sombra, fazendo com que sua fala saísse abafada pela camada de cristais de gelo. Irritado, NOS rapidamente desgrudou sua mão negra como o breu do chão para bater a neve para longe e voltou a dar bronca em seu companheiro compulsoriamente inseparável. - Aaargh, neve pé no saco! Viu, é por isso mesmo que eu não queria vir pra cá, mas nãaaaao. Era "mestra" pra cá, "mestra" pra lá, "vamos procurar pela mestra" até que meu metafóricos tímpanos explodissem! E você fica todo bobo olhando pra vista, porque afinal, não é você levando a caspa dos Deuses na cara!

- Desculpa, NOS. - Arach se desculpou como uma criança pediria desculpas após jogar uma bola sem querer pela vidraça de alguém. Ele então elevou o tom de voz em excitação quando lembrou de algo - Mas, eu realmente acho que podemos achar algo sobre a mestra aqui!

- É, eu sei... - NOS cruzou os braços e balançou sua cabeça abaixada, pressentindo mais estupidez pela frente - Você se lembra da Margoth te falar de amigos que ela tinha por essas bandas, não é?

- É...

- Tudo bem até aí, mas cê sabe o nome desses amigos dela?

- Uh... Não...

- Sabe o quê faziam?

- Uh... Eu acho que... Não...

- Aaargh... Sabe pelo menos o QUÊ eles são!?

- Hm... Ah! - Um sorriso se acendeu no rosto de Arach e ele falou a próxima frase com um dedo indicador esticado no ar como se fosse para comprovar um ponto - Eu sei que um desses amigos era uma mulher!

- Ah, que legal... Isso reduz a lista pra, não sei, uns quinhentos mil, quem sabe!?

- ... Oh... - E assim, Arach e NOS ficaram ali no frio da cidade de Calm. Arach olhava para sua sombra com um pedido de perdão no olhar, enquanto NOS virava seu rosto de perfil e fazia o quê só podia ser descrito como "Facepalm".

por **Shaorin** Qui 06 Ago 2009, 10:19 pm

O dia estava tranquilo, tinha acabado de começar e o almoço, terminar. Algumas pessoas começavam à sair de suas casas, o que fazia Arach sentir um vapor quente em cada porta que passava e ela era aberta. As pessoas eram bem agasalhadas, uma vez que o frio era intenso e quase ninguém conseguia manter-se sem blusas e seus acessórios. Pareciam tristes pelo frio que não tinha fim, ou por estarem em uma situação de pouco valor, porém, em alguns lugares em que Arach passava, crianças brincavam alegres.

Uma espécie de padaria estava aberta e um intenso calor brotava dos fogões à lenha. Uma mulher de cabelos cheios vendia os pães com certa alegria, até ver Arach e despejar o pão que entregava para um garoto. Ao ver seu erro, baixa o olhar e pega uma nova quantia de pão para o menino e entrega, dando um sorriso sem graça.

por Sperium 3000 Sex 07 Ago 2009, 1:34 pm

Arach permaneceu ali, ouvindo as reclamações de sua outra metade, até que sua atenção mais uma vez fora desviada. Desta vez, ele percebeu como as pessoas andavam por ali, todas agasalhadas, sem entender muito bem, uma vez que ele fora feito para resistir à tais condições climáticas. Mas também podia sentir o calor vindo das casas e ouvir o som de vida nas ruas... Com isso ele deixou sua boca se contorcer em um meio-sorriso. Calm era um bom lugar, afinal, assim como sua mestra uma vez lhe contara.

- Oi, tá me escutando..? - A voz de NOS o chamou de baixo, mas a sombra não obteve resposta.

Arach continuou então olhando em volta até que reparou na padaria logo em frente, e na moça que dava os pães oas fregueses. Em um determinado momento, seus olhares se cruzaram e a moça deixou um pão cair, ficando envergonhada com isso e indo logo buscar outro. À isso, Arach cruzou os braços, segurou o queixo nos dedos da mão direita e inclinou a cabeça levemente para a direita, lembrando-se de um simples fato: Não havia comido nada há algum tempo e estava com fome.

- Ei, Arach! Aqui embaixo, ô! - NOS continuou com suas tentativas falhas de chamar a atenção de sua outra metade, finalmente desistindo. - Ah, é assim!? Então tá, que seja! Se quer dar o gelo logo pra mim, então não vem choramingando por ajuda depois! - E assim, a sombra se calou, passando a agir mais como uma sombra comum.

Arach, enquanto isso, andou em direção à padaria em passos calmos, mas hesitantes. Ele parou à alguns passos de onde a moça dos pães estava, parando de pé em frente do pão que fora derrubado sobre a neve. Sem cerimônias, Arach abaixou, pegou o pão em sua mão direita e o levou para frente do peito. Ele ficou ali, olhando para o pão com olhos famintos, como se estivesse prestes à abocanhá-lo em uma mordida só, apesar do fato de que ele ainda estava coberto de neve. De fato, dava quase pra ver a baba escorrendo...

por **Shaorin** Sáb 08 Ago 2009, 10:51 pm

A mulher percebe a aproximação de Arach e engole em seco, seu corpo ficando rígido. Ao ver que ele parou na frente dos pais e os ficou encarando, sem pensar duas vezes, entregou-lhe um pão recheado com carne e um copo quente com café fresco. A mulher não disse nada, apenas colocou ambas coisas no balcão e ficou olhando para o menino com os olhos penetrados, parecia hipnotizada.

por Sperium 3000 Seg 10 Ago 2009, 11:26 am

Arach olhava para o pão sujo em sua mão como se fosse avançar nele feito uma besta destrambelhada, pois estava com muita fome. Foi aí no entanto que ouviu o som de algo sem posto em cima de uma superfície qualquer bem ao seu lado e olhou para o balcão da padaria. A moça de antes havia posto uma pequena refeição para ele sem cobrar nada ou mesmo perguntar se ele gostaria, sem falar que, por alguma razão, ela parecia bem nervosa. Ao reparar no que ela tinha feito, os olhos de Arach se alargaram um pouco em surpresa e ele abriu a mão direita, fazendo o pão sujo cair de novo ao chão. Alguns segundos de silêncio se passaram sem que o ser composto fizesse qualquer coisa, porque na verdade ele não sabia o quê fazer numa situação assim.

Alguns momentos depois, os olhos de Arach se alargaram de novo. Ele olhou para sua frente, batendo o punho direito sobre a palma da mão esquerda quando se lembrou do quê sua mestra havia dito para ele fazer quando as pessoas lhe davam coisas.

- ... Muito obrigado... - Arach se virou para o balcão e disse a moça dos pães em sua voz arrastada, se curvando levemente em forma de agradecimento. Após isso, ele ficou de pé normalmente, seu olhar morto e indiferente de volta à seu rosto enquanto ele se aproximava mais do balcão.

E, de repente, ele avançou sobre o pão e o café como uma besta destrambelhada, pois estava com muita fome (Pfft, onde foi que eu ouvi essa antes?). Ainda com uma expressão sem muita emoção, ele abriu a boca o máximo que pode e abocanhou metade do pão, mastigando pouco antes de engolir e atochando a outra metade. Após isso, ele pegou a caneca com o café e bebeu tudo quase que num gole só, sem ligar para o calor da bebida e os sons de pele sendo queimada enquanto bebia.

por **Shaorin** Seg 10 Ago 2009, 1:36 pm

A mulher ficou horrorizada com a rapidez dele para comer. Estava realmente faminto e demonstrou alívio ao ver que o ajudara. Não se passou nem dez minutos para que tudo estivesse acabado e a moça nem teve tempo de atender outro cliente.

— Mais...? — Hesitante, perguntou com a voz suave, olhando para ele diretamente nos olhos. Parecia que agora estava melhor e se habituara com o garoto. Mas isso, de alguma forma, intrigou Arach. Porque ela estava tão nervosa com sua presença?

por Sperium 3000 Seg 10 Ago 2009, 9:13 pm

Após a forma selvagem com que devorou a refeição tão generosamente oferecida, Arach retomou sua postura de distante e indiferente elegância, tirando do bolso um lenço branco com aranhas negras desenhadas ao longo dos cantos (Sua mestra o havia feito especialmente para ele) e limpando as migalhas de pão e o resto de café em seu rosto. Ele levou a mão esquerda ao bolso enquanto a direita abanava o lenço para o lado de uma forma estranhamente delicada para um "homem" do porte de Arach, mas ele não entendia isso. Olhando novamente para a moça atrás do balcão de modo que seus vazios olhos azuis cruzassem com os dela, ele compreendeu que ela estava mais estável em relação a pouco antes, mas ainda tinha algum tipo de receio em seu comportamento.

Ele devia saber muito bem o quê era o medo, afinal, era a única coisa que sentia em seus primeiros momentos de vida. E hoje, ali, ele sentia algo parecido vindo daquela mulher... E isso o intrigava.

- ... A madame... Por um acaso tem medo de mim..? - O rapaz perguntou de forma lenta arrastada que tornava fácil pensar que ele ou havia acabado de acordar ou estava prestes a cair duro no chão. Ele falou enquanto lentamente inclinava o rosto para o lado esquerdo do rosto como se esperaria de uma criança curiosa perguntando coisas como "Por que o céu é azul?" (... Porque os Deuses quiseram assim.) e "De onde vêm os bebês?" (... São montados com partes de gente morta e animados com uma tempestade de raios... Dã, pergunta mais besta.).

Arach finalmente terminou de limpar seu lenço e o pôs no outro bolso junto com sua mão direita, esperando a resposta da moça dos pães.

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