Taberna Allnight

Toushiro fica olhando para as asas da muler que entrará na taberna durante o bate-boca com Haar. Esconta no braço de Balderk levemente e diz.

-Não se preocupe. - Vai em direção a Haar,coloca a mão em seu ombro.

-Parece que começamos com o pé direito. - Fica cara a cara com o homem, estica o braço.

-Prazer, Toushiro

-Criatura...Com asas..., talvez eu possa saber sim a informação que busca...Mas...O que você me daria em troca da informação? Eu também busco certas pistas ligadas a mensagem desse homem, no entanto se você sabe menos do que eu...Não tenho motivo algum para lhe ajudar...E confiar por pura filantropia em um abissal de Takaras...Bem...Nem quando eu morava em Takaras gostava de me banhar com fogo e beber veneno.

- Não posso dar-lhe nada em troca, apenas o que sei sobre o caso, se isso lhe interessar. - disse, me agaixando ao lado do morto Dio, começando a procurar alguma coisa suspeita em seu corpo morto, e eventualmente lambendo o sangue que ficava em minha mãos. - Não direi que pode confiar em mim, sou um tanto diferente das outras criaturas de Takaras, tanto que fui reconhecida por Krior, um dos maiores do exército de Takaras, quer "homens" de confiança, sabe?

@ Selenna

Estava gelado como a própria morte. O corpo de Dio não parecia ter acabado de morrer, apesar do sangue ainda ser fresco e quente. Era um tanto quanto forte, até demais para um velho. Não exatamente forte, mas se via que o velho ainda se mantinha em constante exercício. Algumas marcas de cicatrizes e muitos roxos cobriam seu corpo surrado. Uma pequena marca em suas costas, exatamente na omoplata da direita. Um símbolo sagrado... provávelmente de uma seita ou um Deus qualquer. Selenna não reconheceu como um símbolo diabólico, e nem parecia.

@ Haar

Aquela conversa fiada não estava levando a lugar nenhum. Porém sabia que escondia informações. Precisava ser mais explícito. Talves não estivesse prestando muita atenção nas respostas daquela abissal. Não conseguia ligar com nada que Dio lhe havia dito. Talves deve-se gastar um pouco mais de tempo com aquilo tudo...

@ Todos

O clima da conversa estava ficando um tanto quanto monótono. O frio começava a adentrar seus corpos indicando que a noite caíra de vez, provávelmente mais ninguém apareceria por aquelas bandas. Balderk impediu Toushiro de realizar seu toque no ombro de Haar, contudo não conseguiu impedir que o pequeno soltasse sua língua, quebrando um pouco o clima de investigação que se instaurara com Selenna vasculhando o corpo.

Levantei-me limpando o que era possível de minhas mãos ensanguentadas, desapontada por aparentemente não encontrar nada.

- Se quiser me acompanhar eu te explico no caminho, eu tenho que achar uma tal capela. - disse a Eilanzer, passando por ele e ficando na porta no bar e virando para fita-lo. - Vamos? - Talvez assim a conversa ficasse à dois.

Não sei nada sobre ele, nem se joga no meu time, do jeito que falou é provavel que não, mas tenho que comprir minha palavra, as outras coisas se resolvem depois. - pensei - Aqui tem muita gente ouvindo.

Toushiro Vai Atrás De Balderk, Mantendosse Dois Passos Atrás E Um A Direita. Sem Se Preocupar Muito Com O Que Acontecerá No Local, E Com O Que Viria Á Acontecer, O GarotoApenas Pensava De Onde Ele Conhecia O Unico Que Estava Sendo Educado No Recinto.

[Off: Foi Mau A Demora, Não Tenho Entrado Muito No Computador.]

@ Todos

Haar e Selenna pareciam entrar em um acordo quanto as informações. Ambos ainda desconfiados não falaram nada em particular, contudo se apressaram em deixar claro seu desejo de não compartilhar tais informações com toda a Hilydrus. Selenna se lembrou da Catedral de Zaltar e associou com a tal capela dita por Haar.

Balderk ao perceber tal situação resolve se retirar do local. Aquilo havia se tornado uma bela perda de tempo para ele, afinal, não tinha nada com a história e ainda não conseguira nenhuma informação que lhe valesse de algo, mas esse também não era seu objetivo. Assim como Toushiro que também não se alongou por demais em sua tentativa de comunicação pacífica e se retirou juntamente com Balderk.

[Off: não vou mais esperar aqueles dois. Por favor, podem postar na praça central e logo após na catedral.]

Assim que chegou em seu cavalo, desceu do mesmo e esperou Shaorin. Logo chamou um soldado para levar seu cavalo e o da garota para as estebarias. Entrou na taberna e imediatamente os soldados presentes bateram continência e o dono do lugar veio cumprimentá-lo.

– Prazer em revê-lo, meu príncipe. – Anunciou o taberneiro com uma reverência – Em que podemos servi-lo hoje?

– Vou apenas passar a noite. Prepare um jantar reforçado para dois e leve ao meu quarto.

– Como desejar, meu príncipe!

O homem se distanciou e Kite seguiu pelas escadascom Shaorin logo atrás. Ignorava todos os olhares, não era a primeira vez que vinha ali acompanhado da garota. Seja qual for o rumor que surgisse, não queria saber. Foi direto para seu quarto, que ficava no último andar onde barulhos não os incomodariam.

O quarto estava do jeito que Shaorin se lembrava, limpo e organizado como sempre, além de bastante luxuoso ao gosto da nobreza. Perto da janela havia uma mesa com 2 cadeiras onde iriam jantar. A garota notou, no entanto, que havia um guarda-roupas a mais. Se o abrisse, notaria que foi feito exclusivamente para ela: vestidos, blusas, saias e mesmo sapatos e sandalias de todos os gostos, cores e modelos. Havia até mesmo roupas de dormir.

– Tome um banho quente e tente relaxar, ok? Vou... pegar algo. – Indicou o banheiro e logo saiu do quarto.

Shaorin fez o mesmo que Kite. Entregou seu cavalo e deu um sorriso para o guarda e entrou na taberna, cumprimentando o taberneiro com a cabeça e subiu para o quarto. Tentava ignorar os olhares mas era difícil, pois o pensamentos de todos poderia ser um único e simples. Mas quando entrou no quarto, viu que estava enganada. Tudo estava igual, exceto pelo guardarroupa a mais. Arregalou um pouco os olhos e descobriu o que eles pensavam: que ela era agora parceira dele, e não uma garota qualquer. Irritou-se um pouco com isso, mais ainda com a saída repentina de Kite.

— Mas e.... — Não deu tempo. A porta já tinha fechado e Shaorin já estava sozinha; bem, ao menos, sozinha aos olhos dos outros. A pose que fazia de forte na hora sumiu e ela quase tombou.

Sem cair menina, precisamos de você em pé. Ele tem um bom motivo para sair. — O velho falou, já rindo. Shaorin bufou e foi até o guardarroupa e pegou uma camisola azul. Ficou sem graça por ser camisola, e ainda de seda, coisa que nunca usou. Imaginou como ficaria e olhou para a cama. Engoliu em seco.

— Não me irrite. E também faça o que pedi. — Respondeu a garota pegando uma toalha e indo direto ao banheiro se apoiando. Lá, trancou a porta e começou a tirar a roupa enquanto a banheira enchia de água. Olhou-se no espelho e viu um outro reflexo, feminino.

— Grr me deixe sozinha!! Não quero ninguém aqui hoje, ok? Só se eu pedir. — A garota no espelho riu e assentiu, tudo ficando mais leve no quarto. O ambiente ficou mais suave e Shaorin não podia escutar mais nada. Aquela noite, como as anteriores que tivera, eram vazias de vozes.

Sentou na banheira e relaxou, sentindo a cor voltar a seu rosto e o calor da água penetrar. Olhava para a parede fixamente enquanto massageava os cabelos. Uma vez tinham dito que encontraria alguém parecido com ela. Nunca acreditou, ao contrário, brincava muito com eles sobre. Então quando se deparou com Kite naquele banco e a voz soou em sua cabeça dizendo que era aquele, quis sair dali na hora. Tinha sido este o motivo por ela levantar com tudo do banco, só não imaginava que ele continuaria com aquilo.

Ficou ali por mais de quinze minutos, quase vinte e então saiu. A camisola lhe caíra bem, dando uma ar mais sexy à garota simples. Avantajou suas curvas e ficou um pouco corada, porém satisfeita. Saiu e abriu a porta. Kite não havia retornado. Suspirou e olhou para a janela. Novamente se deparou ali naquele quarto, no mesmo cenário e pôs-se a olhá-lo. Tudo já estava escuro e a Lua dava um toque magico à noite. O vento tocou sua camisola e cabelos e tudo balançou fazendo seus braços e nuca se eriçarem. Abraçou-se. Pretendia esperar Kite chegar e quando ele fosse tomar banho, ia dormir.

Algum tempo depois de Shaorin ter terminado seu banho, ouviu uma batida desajeitada na porta, como se alguém estivesse batendo com o pé. E de fato estava.

Quando Shaorin abriu a porta deparou-se com Kite trazendo a bandeja com o jantar, ao invés de um empregado como esperava. Ele ficou surpreso ao vê-la de camisola, estava linda. Por um instante se desconcentrou e por pouco não derrubou algo no chão.

– Ham, licensa. – E entrou, deixando a bandeja encima da mesa. Havia uma jarra, dois pratos, dois copos e talheres. Duas cumbucas traziam macarrão e molho com carne. Tirando os talheres, de prata pura, o resto era de porcelana nobre. – Se quiser algo diferente posso pegar, sem problemas.

Não conseguia deixar de fitar Shaorin, ao mesmo tempo em que tentava não deixar isso tão aparente assim. Era estranho o fato de ele ter buscado a comida, não parecia ser um costume do príncipe.

O tempo passou e chegou a achar que Kite tivesse ido embora ou tinha ido resolver algum problema do castelo. Ok, a segunda opção era a mais viável. Um tempo depois alguém chutou a porta e Shaorin se sobressaltou na janela por pouco não gritando. Botou a mão na boca e riu indo na direção da porta, abrindo-a, era o taberneiro trazendo o jantar e...

— Kite? — Encarou-o com a bandeja nas mãos e riu sem graça, totalmente surpresa. Observou-o desajeitado deixar tudo em cima da mesa e observou. Fazia tempo que não comia macarrão, estava com saudades. Esperava que a jarra fosse de suco ou vinho.

— Não não, ta bom, é melhor que a sopa que o casal de idosos me servia hehe...— Foi então que percebeu as olhadelas de Kite e Shaorin olhou para si. Na hora corou, tossiu e olhou para a janela, passando a mão na cabeça.

— Ham, tem algo errado? Ta me olhando por quê? Aliás, ham, vá tomar seu banho...Deve estar cansado também e...— Disse atabalhoadamente, rindo em seguida.

Desviou o olhar quando viu que a deixou sem-graça.

– Certo, vou tomar um banho. Pode ir comendo se quiser, tem suco de.... laranja, na jarra, acho. – Coçou o rosto e olhou pro teto por um instante – Mas não durma ainda, preciso falar algo com você.

Quando terminou de falar já tinha pego peças de roupa em seu guarda-roupa e estava na porta do banheiro, então entrou e fechou a porta antes de ouvir a resposta da garota. Suspirou. Ela era linda, tinha um corpo impecável e grande coragem acima de tudo. Kite reinava Hilydrus e causava temor e respeito aos seus subordinados – mas mal conseguia conversar com Shaorin sem ficar desconsertado. Nunca esperava encontrar alguém assim.

Levou cerca de quinze minutos para terminar seu banho. Ficou aliviado e relaxado, precisava disso depois do susto que levou. Logo se enxugou e vestiu um shorts e camisa simples, saindo do banheiro e sentando-se à mesa.

Kite falou tão, mas tão rápido que Shaorin mal teve tempo de responder. Olhou para o lado ao baque surdo da porta. Suspirou. Kite era uma pessoa séria demais e isso desconcertava ainda mais a garota. Ficou sem graça, e logo depois, com vergonha. Não iria comer sem ele, seria falta de educação. Mas...O que ele queria falar com ela?

Tentou comunicação para saber.

Nada.

Então lembrou-se que tinha bloqueado todos. Rolou os olhos. Quando mais precisaria deles, ela mesma os tinha mandado embora, que irônico! Sentou-se à mesa e esperou por Kite. Olhava para baixo, meio cabisbaixa pela forma que foi tratada. Em todo o tempo que o conhecia ele não a tinha tratado com indiferença, muito menos mal a olhado. Só que apesar de tudo, nunca tinha visto Kite falar com incerteza. Aquilo chamou sua atenção. O barulho da porta se abrir alertou a garota. Instantaneamente levou a mão à jarra e botou o suco. Laranja. Tomou um gole e olhou para fora, evitando olhá-lo. Em seguida, botou o macarrão e comeu.

Pretendia não dizer nada durante o jantar, ficaria em silêncio. Colocou pouca comida. Foi recomendado que ela comesse pouco, principalmente ela. Suas forças seriam reabastecidas não neste plano e já imaginava o bom descanso que teria. Sem mais conversa, terminou logo e foi para o banheiro. Não tinha como lavar os pratos e ficou irritada por isso mas não ligou, se demonstrasse algo era capaz de Kite discutir ou fazer alguma coisa pelo estado em que estava.

Saiu do banheiro secando a boca com as costas da mão e passou as mãos nos cabelos. Era hora de dormir, mas antes, Kite queria falar. Caminhou até a cama e puxou a coberta. Preferiu deitar no mesmo lugar daquele dia. Sentou e olhou-o fixamente. Ele obviamente já teria terminado.

— O que quer me dizer? — Perguntou sem rodeios, olhando-o. Não deixou o cobertor cobrir seu corpo, deixando à mostra. Era uma noite fresca e pela cara de Kite, devia ser algo extremamente importante.

Acompanhou Shaorin no jantar, comendo em silêncio. Na verdade, queria conversar, mas por algum motivo ela sequer o fitava. Decidiu não dar muita importância para isso, ela parecia se incomodar com alguns luxos que Kite oferecia eventualmente.

Terminou de comer enquanto Shaorin foi ao banheiro. Limpou a boca com o guardanapo e levantou-se. Com a bandeja mais leve conseguiu levá-la até a porta com uma das mãos, chamando um camareiro que logo levou a bandeja para a cozinha. Kite fechou a porta a tempo em que Shaorin deixou o banheiro, e sentou ao lado dela na cama.

– Bem, eu... arranjei um emprego pra você aqui na taberna. – Não esperou muito bem a reação dela, na verdade não sabia bem o que esperar – Vi que você não gosta que eu faça as coisas pra você ou que te dê algo, então achei que... bem, você se sentisse melhor tendo um emprego. Vão te pagar bem e você pode morar neste quarto como te prometi. Você sabe cozinhar, não sabe?

A pergunta apenas confirmou qual "vaga" ele havia conseguido para ela. Ao contrário da Taberna do Macaco Caolho, Allnight era um lugar nobre, onde soldados e outras pessoas de classe alta iam para descansar, se distrair e comer. Um bom lugar para se trabalhar, frequentado por um bom público e sem muitos problemas. A dúvida era se Shaorin achava isso uma boa idéia.

Aquilo pegou Shaorin de surpresa. Emprego? O que responderia para ele? O tempo que passaram longe um do outro tinha conseguido um emprego de bibliotecária. Shaorin era uma mulher que gostava de descobrir as coisas, pesquisar e ajudar principalmente. Como diria isso sem magoá-lo?

— Bem, eu...Sei cozinhar. — Começou, olhando-o pouco nos olhos. — Eu agradeço muito o que conseguiu para mim, e espero que não tenha entristecido ninguém com isso. Mas...Eu sou...Estudiosa, faço estudo da magia e de criaturas. Há um estudioso em Calm e faço meus estudos com ele. Há pouco tempo o conheci e gostou do meu trabalho. Ele tem uma biblioteca gigantesca e consigo estudar lá.

Segurou as mãos de Kite e sorriu, corada por estar recusando algo feito de bom grado por ele. — Sei que você fez isso pensando em como eu me sentiria, em algo bom. Agradeço muito, muito mesmo a tua generosidade, mas...Sinto muito. — Apertou de leve, erguendo as sobrancelhas num pedido de desculpas.

— Meu ramo é magia, meu amor, não fique chateado comigo, ok? Me desculpe. — Sorriu doce, esperando que ele entendesse. Kite era um homem maduro e entenderia perfeitamente o que ela queria dizer. Ela não estava querendo ser superior nem nada, ou recusando por ser um emprego inferior ou sei la o que, mas ela não gostaria de ficar num emprego que não gostasse. Shaorin gostava da aventura, de descobrir o que aconteceu e o que poderia acontecer no mundo, a ordem das coisas, e acima de tudo, a magia.

Tinha a chance de ela recusar, lógico, então não se importou com isso. No entanto arqueou a sobrancelha quando ela falou do tal estudioso em Calm. Estudioso? Biblioteca gigantesca? Ela não poderia estar falando sério.

– Está brincando, não é? Se for assim, use a biblioteca do castelo, é a maior do reino. Tem manuscritos que você só encontra por lá, poderá fazer pesquisas o quanto quiser. O que pago aos magos pesquisadores pagarei a você, assim você não precisa... ir naquele fim do mundo com um cara qualquer.

Falava sério, mas por algum motivo parecia mais satisfeito com esta idéia do que com a de Shaorin trabalha rna taberna. Ela ficaria mais perto dele, afinal.

Aquilo foi melhor que a encomenda. Abriu um sorriso. Depois de ter visto a biblioteca de Kite, ficou tentada em querer ficar ali o dia todo. Ficaria horas e mais horas, e sairia sempre para viajar. E...Kite ainda estava ali olhando para ela esperando uma resposta.

— Ham, aceito então. Ficaria lisonjeada em explorar sua biblioteca, principalmente seus mapas. Queria que me ensinasse tudo sobre eles, se não se importar, claro. — Falou, inocente das intensões do rapaz. Estamos acertados. — Sorriu ainda sem jeito. Levou a mão à boca e bocejou, fechando demoradamente os olhos.

Suspirou aliviado por ela ter aceitado a orferta. Foi muito melhor ela aceitar trabalhar no castelo do que nesta taberna, ao menos poderia ficar de olho nela.

– Ensinarei tudo que sei, não se preocupe. E com o que você vai ganhar poderá logo comprar sua casa e suas coisas, creio que isso será bem melhor pra você. Ser... independente, como você gosta. – Viu-a bocejar. Não conseguia parar de reparar no corpo dela, coberto apenas por uma delicada camisola de seda. Estavam numa enorme cama macia e luxuosa, a noite havia apenas começado, então porquê não? – Já está com sono?

Sentou-se mais perto de Shaorin, passando um braço por sua cintura enquanto sua boca encontrava o pescoço desprotegido da garota. Beijava e mordia aquela pele quente enquanto aos poucos fazia Shaorin deitar-se na cama, ficando Kite por cima, sem ter pressa, apenas se deixando levar.

Ficou apreensiva pela resposta dele. Sentia que não gostava da independência de Shaorin e não gostou disso. Alguns homens costumavam ser liberais deste jeito mas por dentro queriam manter a mulher dentro de um pote de porcelana; sabia o que poderia acontecer caso descobrisse tal pensamento. Kite perguntou sobre o sono e respondeu com um sorriso, botando a mão na nuca e apertando.

— Bem, eu...claro e...— Não esperava a investida dele. Aliás, tinha percebido as olhadelas dele para seu corpo e imaginava que isso poderia acontecer. Kite apesar de um garoto sabia ser atraente quando queria. Ele veio para cima e Shaorin não pode recusar. Sua mão logo tocou a cintura da garota e ela engoliu em seco, já levando a mão sem perceber ao seu braço. Os beijos surgiram em seu pescoço e sentiu ser empurrada para trás devagar. Deixou-se levar, sentindo a alça da camisola escorrer pelo ombro direito e ficar presa só pelo colo. Solto um suspiro e apertou a nuca dele, puxando de leve o cabelo. Tinha notado que ainda nem era noite direito, e por incrível que parecesse, estava pensando nisso desde que entrou no quarto.

Ela o retribuía, o que relaxava Kite e o incentivava a continuar. Logo sua boca encontrava a da garota, beijando-a devagar, a saboreando. Apenas parte de seu corpo se apoiava sobre o dela, o que permitia à mão livre do rapaz percorrer boa parte daquele corpo desejado e que estava oculto apenas por uma fina camada de seda macia. Ele se demorava naquele quadril, naquela cintura, e enfim atrevendo-se a massagear e acariciar-lhe os seios macios e volumosos. Não parava de beijar a boca de Shaorin por um segundo sequer, não conseguia e nem queria, aos poucos intensificando o beijo, buscando por mais.