Taberna Allnight

O homem coça o queixo por um momento, pensativo. Claro que elogios não o atingiam, apenas estava verificando se precisava mesmo gastar mais por semana com uma funcionária extra e se valeria o gasto.

– Muito bem senhorita, o que você sabe fazer? Aposto que limpar o chão não deve ser uma de suas habilidades – Riu, tirando sarro da recém chegada.

O homem pensou bastante, e por um momento olhou para trás, onde havia uma porta de claramente dava para a cozinha.

– Se aceita ganhar 600 pratas por semana, está contratada. Me chamo Dalton, seu chefe de agora em diante. Bom, vou te mostrar onde você passará seus dias daqui em diante.

Ele terminou de limpar uma caneca e a pôs sobre a mesa. O lugar era bastante asseado, ao menos era bem diferente da Taberna do Macaco Caolho e Sabrina deveria agradecer muito por isso. Dalton seguiu pela porta e, assim que a garota o seguiu, pôde sentir um aroma agradável de comida. Talvez daqui a alguns dias aquilo fosse incomodá-la, mas torcia para que não.

A cozinha era grande, mas apesar disso tinha apenas 3 pessoas trabalhando – todos homens. Geralmente as pessoas vinham à taberna apenas para beber, descansar e se divertir com conversas e com os eventuais bardos e músicos que ali se apresentavam. Logo não era necessário muita gente para cozinhar, três já eram o suficiente, ou no caso, quatro.

– Muito bem, rapazes, esta é Sabrina. Por enquanto ela vai ficar em treinamento, ensinem pra ela onde estão os ingredientes, panelas... ah vocês sabem como funciona. – Ele fitou a garota – Não se assuste com eles, são meio estranhos mas são bons rapazes. Apresentem-se mas não parem por nada, logo o pessoal vem do treinamento com uma fome de leão e vocês sabem como estes soldados reais comem!

Os outros cozinheiros fitaram Sabrina com um olhar de "bem vinda!", mas na verdade estavam mais surpresos por ser uma mulher trabalhando ali. Para ser mais específico, estavam surpresos por uma humana trabalhar ali.

– Seja bem vinda, minha cara! – Se aproximou o primeiro rapaz, que na verdade parecia ser o mais normal ali, exceto pelos seus olhos, cabelos e barba rala de uma cor vinho intensa. Um meio-demônio talvez? Pelo jeito era o cozinheiro-chefe apesar de não usar nenhum tipo de chapéu, apenas a vestimenta branca e um avental um pouco sujo – Sou Roover, e espero que não se incomode com nossa aparência.

Ele apertou a mão de Sabrina de forma delicada, admirado. Foi quando a garota ouviu o som de passos – ou melhor, de cascos. Um segundo rapaz se aproximou e parecia estar curioso. Mais curiosa era sua aparência: Jovem, cabelos meio longos e um sutil excesso de pelagem nos antebraços, algo aceitável se considerar que suas pernas eram de cavalo. Um meio-centauro.

– Se me permite dizer, você é muito bonita, mas não vamos misturar trabalho e romance, certo? – Ele sorriu e cruzou os braços, sua cauda equina movendo-se sutilmente. – Sou Karui, prazer.

– Ainda acho mulheres humanas muito esquisitas – Falou o terceiro, que deveria dar uma bela olhada num espelho. Seus braços, a partir de pouco acima dos cotovelos, pareciam dracônicos com garras e tudo, assim como seus pés e sua longa cauda. Mas estava longe de ser alguma união com dragões, suas escamas não eram tão expessas e suas garras eram menores, um meio-youkai lagarto talvez. De resto era um humano comum, apenas um tanto baixinho. – Vocês não têm escamas, e só têm pêlos na cabeça.

– Me desculpe pelo Deero, não tem muita educação – riu Roover. – Mas bem, agora que conheceu todos, pode nos falar um pouco sobre o que você sabe fazer? Suas especialidades na cozinha, assim podemos ajudar mais.

<Sassa, dedique-se mais um pouco na narração. Tente passar mais as sensações da sua personagem com o que acontece ao redor, você está indo bem!>

– Na verdade – começou Roover – não precisa saber muita coisa. O que os soldados querem assim que chegam é uma bela carne assada salgada e muito hidromel. Mas claro sempre deixamos muitos temperos, legumes e frutas por aqui. O Karui vai te mostrar onde fica a dispensa.

– Sabrina, certo? Bom não vai ter muitos problemas por aqui, basta ficar longe do Deero – o meio-centauro riu e foi andando até os fundos da cozinha. Era de fato estranho ver um homem com pernas e cauda de cavalo, lembrava mais um sário mais esguio e alto. Era um rapaz de uns 20 anos afinal de contas, e consideravelmente atraente.

Abriu uma porta para um lugar consideravelmente mais frio, talvez pelas paredes de pedra, e várias caixas. A sala era bastante grande, praticamente o tamanho da cozinha.

– Aqui ficam frutas, legumes e grãos. Pode fuçar o quanto quiser, tudo é sempre fresco porque vem das fazendas do castelo. Ah, as carnes estão naqueles barris ali no fundo, em meio a sal grosso. Se quiser uma carne é só pegar, estão em pedaços grandes, se quiser cortamos para você. De vez em quando chegam bois inteiros para a gente cortar.

A levou devolta para cozinha e mostrou uma estante repleta de panelas e utensílios.

– Pode pegar o que quiser, os fogões estão logo ali, tem pias para todo canto, fique à vontade. Pra começar ponha algumas carnes para assar e prepare uma salada como preferir, mas não um pouco. Quando falo pra preparar salada é um balde inteiro, sacou? Mãos à obra!

<Sassa, você deve descrever tudo que você vai fazer, mostrando tanto seu conhecimento quanto o da personagem, pois isso definirá se o que foi feito irá ou não agradar seus clientes>

<Muito bom, parabéns!>

Sabrina se saía muito bem por si só. Em pouco tempo havia feito uma bela salada e carne ao molho. Enquanto isso os outros três se dedicavam a vários pratos ao mesmo tempo. Russel preparava molhos diferentes, seja com ou sem carne, branco ou com temperos extras. Deero fazia os assados, sejam eles batatas e carnes, as temperando do jeito rústico que conhecia. Karui parecia ser o que tinha mais habilidade com uma lâmina, cortava os legumes em fatias de forma rápida e precisa, finalizava os pratos e os colocava em um balcão que estava em uma das paredes da cozinha, que levava até o salão da taberna onde a comida seria servida. O meio-centauro, quando notou Sabrina olhando o trio, tratou de se exibir um pouco, fazendo algumas manobras com a faca e simplesmente realizando movimentos precisos.

Então Russel se aproximou, pegou uma colher e experimentou o molho que Sabrina fez, onde a carne ainda se aquecia.

– Muito bom, pelo jeito você tem talento com molhos e saladas. Mas você precisa acrescentar mais sal, bastante. – Ele pegou um pote que tinha um sal grosso temperado, logo trazia uma cor alaranjada, e jogou bastante no cozido – Esses caras não têm um paladar refinado, e gostam de carne salgada, pois assim bebem mais, então unem o útil ao agradável.

Misturou o cozido mais um tempo, depois serviu em um prato com arroz e a salada feita pela garota, entregando-o nas mãos dela.

– Agora faça como o Karui e ponha o prato ali no balcão. Como ninguém pediu este cozido, irá como o prato da noite. Você se saiu bem, recruta! Ah, aproveite que terminou essa parte, pode dar um jeito com as bebidas?

Ele indicou fora da cozinha.

– O pessoal está chegando aos montes, acho melhor você ir enchendo as canecas. – E indicou uma estante com dezenas e dezenas de canecas grandes, ideais para uma boa dose de hidromel. Caso ela saísse para o balcão no salão da taberna, teria mais copos em prateleiras e algumas torneiras ideais para as bebidas. Bastava encher os que estavam vazios e limpar os que chegavam.

Os bardos chegaram em sua carroça, a estacionando em uma entrada ao lado da Taberna. Era uma taberna grande, bem iluminada e deveras luxuosa, onde os soldados, guardas e outros nobres vinham se alimentar, descansar e se divertir. Deixaram o veículo e seu cavalo ali, pegaram seus instrumentos e foram até os fundos do lugar. Ali havia uma porta onde Leroy bateu algumas vezes, e logo um homem a abriu. Era bastante alto e gordo, e parecia conseguir matar um javali no grito. Bom, parecia.

– Como vai, Dalton? Chegamos um pouco cedo, quer que esperemos aqui? – Falou Leroy, cumprimentando o estranho "urso".

– Cedo até demais, mas darei um jeito. Esperem um pouco aqui. – E fechou a porta.

O grupo decidiu sentar e esperar. Pelo jeito conheciam o homem e ele iria demorar um bom tempo.

– Então... Knock, fale um pouco mais de você. Daonde veio? – Puxou assunto o bardo, parecendo curioso com o novo integrante. – E aliás, você não é humano, né?


<Sassa, aguarde Knock postar que continuarei para os dois em seguida>

@Knock

Leroy ouviu a história de Knock com um brilho nos olhos. Parecia estar prestando extrema atenção ao mesmo tempo em que sua mente parecia vagar em outra dimensão. Quando o golem terminou sua história, o bardo ergueu-se animado.

– Fantástico! Sua história irá se espalhar pelos quatro cantos de Lodoss! Acabei de compor uma nova epopéia onde você é o protagonista! Mas não vou poder entoá-la hoje, especialmente hoje. Vou guardar para depois, mas é uma história deveras fantástica!

Estava bastante animado, mas logo voltou ao seu foco. Explicou a Knock como queria que ele o acompanhasse no alaúde junto com os demais, nada muito complexo, pois ele apenas contaria uma história. Foi quando o dono da estalagem apareceu novamente na porta, dando sinal para entrarem. Mas antes Leroy virou-se para o golem.

– Vista isso por cima da armadura, para não chamar muita atenção, pode ser? – Ofereceu sua capa ao rapaz, não esperou resposta e logo entraram na taberna.


@Knock / Sassa

A taberna estava cheia, já era noite e os soldados chegavam famintos por comida e diversão, sem contar na sede. Treinar o dia todo era complicado, mas valia a pena, era sempre uma recompensa poderem passar suas noites ali.

Sabrina estava sendo responsável pelas bebidas, enchendo as canecas e as colocando no balcão para que as garçonetes servissem os fregueses. Foi quando ela notou um grupo de cinco bardos subindo no palco. Eram bastante distintos entre si: um era um anão com uma flauta, o outro era um rapaz de cabelos escuros com um violino, outro tinha um olho azul e outro verde e trazia um alaúde assim como o último rapaz também o fazia, este usando uma estranha armadura coberta por uma capa de viagem. Porém o principal, que já se apresentava, tinha cabelos cor de areia e um olhar determinado.

– Boa noite meu caro público! Sou Leroy, o Bardo, vindo a vocês mais uma vez para lhes trazer minhas histórias.

Fora recebido com aplausos, todos pareciam gostar do rapaz, que se apresentava e falava sem medo.

– Sabem que minha missão é cantar aos quatro ventos, e aqui estou! Hoje, infelizmente, tenho uma notícia que vão arrepiar seus cabelos, e vocês conhecem bem a veracidade de minhas palavras. Fiquem atentos, meus caros, pois este relato é verdadeiro e o perigo, real!

O pessoal ficou atento. Foi quando Leroy deu um sinal discreto para que os alaúdes tocassem.

– Vim de Takaras, as terras amaldiçoadas! E todos sabem, muito bem, como as criaturas de lá são desgraçadas! Mas digo e repito, entôo e grito: não há melhor lugar para ser esquecido. Os piores dos piores sempre se encontram por ali, mas muitos deles se originam daqui.

Ele foi mais pra frente do palco, seu olhar sério percorrendo todo o salão.

– Sempre que vou até lá encontro problemas, mas desta vez não encontrei assassinatos apenas! A certo momento olhei para o céu escuro e sombrio, que sempre fora atormentador e vazio. Porém desta vez, algo mudou! Algo das profundezas das trevas escapou! As nuvens de Takaras agora carregam também a cor do sangue derramado, em meio ao céu negro como pixe daquele céu amaldiçoado!

Todos estavam em silêncio, a esta altura até a respiração cessava. Leroy fez um sinal para que Knock e o outro parasse de tocar.

– Vi entre as nuvens formas e vultos, eram tantos que meus olhos quase ficaram malucos! Dragões foram os que vi, entre raios e trovões que relampeavam por ali. As nuvens se espalham feito praga no deserto, e nem pensem em querer ver esta desgraça de perto! E ouçam o que digo, caros amigos: isso vai cobrir a ilha inteira, de eira a beira!

Ele agora respirou fundo e fez uma breve reverência.

– E assim termino minha história. O que virá a seguir: desgraça ou glória?

Depois de um tempo de silêncio, todos começaram a aplaudir, um tanto atordoados pela notícia. Mas não demorou muito, Leroy fez um sinal para os 4 músicos e saiu do palco. Começaram a tocar uma música mais animada para descontrair o pessoal. <Theme of Morroc, faixa 16 da Trilha Sonora>

<Feliz ano novo aos dois!>

@Knock

Apesar da surpresa da notícia, o bardo manteve grande concentração em sua missão, que era tocar da melhor forma possível. Não foi difícil acompanhar os demais, afinal era uma música tranquila que fez com que todos do bar ficassem mais relaxados, mesmo diante da situação. O que era algo ideal, pois não seria nada bom se todos entrassem em pânico. Em situações assim o ideal é ficar com a cabeça tranquila para pensar no próximo passo. Muitos eram soldados, e sabiam bem o que fazer.

Ao final da música, muitas moedas foram jogadas aos pés dos músicos, pedindo por mais.

<Knock, pode escolher se quer tocar mais alguma música ou descer do palco. Fique livre para escolher qual da lista irá tocar>


@Sassa

Sabrina ficou surpresa pela atuação do bardo. Afinal não o conhecia como o resto do pessoal ali, estaria apenas inventando histórias ou era tudo real? Decidiu segui-lo, ele tinha acabado de sair pela porta dos fundos. Estava sentado em uma das caixas, fitando o céu. Estava começando a anoitecer, o que dava ao cenário uma aparência única, onde ao longe no horizonte uma linha alaranjada começava a desaparecer. Hilydrus era um lugar de paz, tranquilo, e parar para ver este tipo de cenário era reconfortante. O sol se pondo por detrás das casas, detrás das florestas, detrás das montanhas e por fim por detrás do mar.

Ele levou um tempo para notar Sabrina, e ficou surpreso ao vê-la. Ficou em pé.

– É uma honra uma mulher tão bonita querer conversar comigo. Mas deixe-me adivinhar: não sabe se o que eu disse é real ou apenas lorota minha, não é? – Ele riu – Bom, antes de eu explicar, é bom nos apresentarmos, certo? Sou Leroy, o bardo, conhecido pelos sete cantos da ilha. E você, minha cara?

@Knock

A próxima música foi iniciada por Knock, tratava-se de um grande clássico e logo os outros músicos o acompanharam. Era uma melodia intensa, mas que ficou mais suave por não haver tambores para causar o impacto necessário.

Logo a música teve fim, e Collorado ergueu a voz diante dos aplausos e das moedas jogadas.

– Agradecemos a recepção, vocês são um público divino! Vamos dar uma pausa agora, logo mais voltaremos para diverti-los novamente.

E os músicos, inclusive Knock, se retiraram do palco e seguiram para a porta dos fundos para um merecido descanso.


@Sassa

Leroy sorriu e coçou o queixo antes de responder.

– Sim, minha querida. Sou conhecido por trazer a verdade e entoar ao povo, contando histórias e erguendo heróis e vilões. Apenas conto o que vejo, jurei jamais mentir, e foi um juramento realizado na língua antiga, logo jamais poderei quebrar. E sinceramente, nem quero. Muitos bardos acabam inventando histórias e destorcendo a verdade, e são conhecidos apenas como loucos e mentirosos. Quanto a mim, sou bem vindo em todos os lugares, afinal minhas histórias são verdadeiras.

Leroy falava de forma determinada, era como se as palavras simplesmente inspirassem a verdade, e de fato o faziam. Além disso o bardo tinha um olhar profundo, daqueles que viu muita coisa e que deseja compartilhar com o mundo.

– Sei que parece ruim a situação. Bem, de fato é, mas Hilydrus tem o melhor exército da ilha, são homens capacitados e honrados, e arriscariam sua vida por nós. Fora que nosso Rei nunca nos deixaria na mão, certamente pedirá reforços. É um homem bom, se me permite dizer.

Foi quando os outros músicos saíram pela porta, era a pausa deles.


@Sassa/Knock

Os músicos estavam um tanto cansados, sem contar a fome. Até mesmo o golem precisava comer. Avistaram Sabrina e a cumprimentaram com um movimento da cabeça e um sorriso.

– Ah, já é a pausa? Ótimo. – Comentou Leroy – Senhorita Sabrina, se desejar pode nos acompanhar em nosso descanso. Claro, se isso não atrapalhar o seu trabalho.

Os três foram até a carroça e pegaram um saco com pedaços de carne seca e algumas garrafas de hidromel. Uma vez sentados, começaram a se servir, inclusive Leroy.

Cassie chegava em uma cidade estranha, mas pelo menos era mais limpa do que a estrada, e assim como o Doutor Torsche lhe dissera a algum tempo, entrava em uma Taberna para pedir informações.

Cassie(Falando): Com Licença, alguem sabe me dizer se em que cidade estou, pois eu gostaria de saber se estou na cidade certa, ou se ainda estou longe.

Cassie(Pensando): Espero estar em Viron, pois o quanto antes eu terminar aqui, antes eu volto para casa.

Cassie tentava não aparentar que estava esgotada(e esperava que o cheiro de peixe um dia saia de suas roupas)

Cassie só agora notava que Haviam Bardos na Taverna, sentia-se uma idiota pela sua atitude anterior.

Pediu desculpas meio que para ninguém.

Cassie (Pensando): Espero que ninguém tenha ouvido a minha falta de educação.

Após se recuperar da gafe, ela se aproxima da moça que está servindo as mesas, põe a mão no ombro da moça e pergunta:

Cassie (Falando): Com Licença, desculpe se lhe incomodo, mas você poderia me informar em que cidade eu estou?

@Sassa

– Compreendo. Bem, então espero que tenha um bom final de expediente. – Disse Leroy, fazendo um cumprimento com a cabeça.

Logo Sassa voltou para a cozinha, onde seus afazeres a aguardava. Na verdade estava um tanto encrencada: uma bela pilha de louça a aguardava.

– Onde esteve? – Perguntou o meio-lagarto, Deero. – Assim que acaba uma atuação a galera come feito porcos! Limpe isso senão não teremos mais pratos limpos!

Karui deu um olhar torto pro amigo.

– Não precisa falar assim, cara. Ela é nova, esqueceu? – O meio-centauro virou-se para Sabrina – Vamos, eu te ajudo.

Em dupla, o trabalho seria bem mais ágil. Porém enquanto lavavam teriam que revezar cuidando de alguns pratos.


@ Knock

O grupo de bardos sentaram-se em um círculo, comendo carne seca, pães e tomando belos goles de hidromel. Logo Leroy juntou-se ao grupo, sorrindo como de costume, servindo-se daqueles mantimentos tão comuns para eles.

– Fizemos um bom trabalho hoje – Comentou Palha, que já tinha terminado de comer e agora contava as moedas que haviam sido jogadas para eles no palco – O povo está mais generoso, com isso conseguiremos viver por semanas!

– Não exagere, Palha – comentou Leroy – Isso você gasta em apenas uma noitada.

Todos riram, deixando o anão sem graça.

– De qualquer forma, aqui está sua parte, novato. – Jogou um saco de moedas na mão de Knock, o que totalizava cerca de L$ 200. <Pode acrescentar o valor na sua ficha>


@ Ifskyden

A garota chegou na taberna um tanto desconsertada. Era um lugar diferente dos quais estava acostumada, e certamente mais animado. Haviam bardos tocando, mas logo eles se retiraram para um breve descanso.

Cassie perguntou para uma das garçonetes o nome da cidade.

– Você está em Hilydrus, querida. Nesta ilha não existem muitas cidades, se sabe o que quero dizer, não é? – Ela riu, certamente achou estranho a pergunta, e logo voltou aos seus afazeres.

– Está perdida, senhorita? – Perguntou um soldado que por acaso havia escutado a conversa. Ali, pelo que Cassie pôde notar, muitos soldados vinham se alimentar, se divertir e descansar depois de seu trabalho e treino árduos.