Taberna Allnight

Cerrou os dentes ao sentir a unha de Shaorin, era uma sensação estranhamente prazerosa já que ela não o fez para ferí-lo, mas simplesmente atiçá-lo mais. Logo Kite surpreendeu-se quando ela trocou de lugar com ele, ficando por cima, o que junto ao olhar provocante dela o excitou ainda mais. Levou as mãos às coxas de sua amada, apalpando e ao mesmo tempo as ajeitando para que Shaorin se sentasse na posição ideal sobre ele, onde por muito pouco não a penetrava. Retribuía o beijo intenso enquanto passeava as mãos por aquele corpo quente, querendo possuí-la. Deixaria que ela escolhesse o momento certo, mesmo já estandou louco de vontade.

Procurou uma posição mais confortável e achou. Percebia que ele estava adorando tanto quanto ela e pareceu sorrir entre o beijo. Intensificou-o por um momento, deixando ele ainda mais provocante e saboroso. Fez alguns movimentos naquela posição e suspirou sentindo aquele volume. Ele pulsava e estava quente, mostrando a vontade que Kite estava e ansiedade. Shaorin também não pôde se conter mais e acabou por fazer o movimento de vez, indo para baixo devagar e parando no fundo, soltando algumas reclamações entre o beijo. Aproximou seu corpo ao dele e movimentou apenas a cintura de cima para baixo aumentando a velocidade aos poucos. Seu corpo respondia bem aos apertos que ele fazia, estava sendo saciada aos poucos e pelo andar da carruagem demoraria bastante para saciar-se por completo. Parou o beijo e então sentou, mantendo os movimentos e mãos a acariciá-lo, mantendo seu olhar fixo no dele. Estava um pouco corada e seu corpo suava pelo calor que estava fazendo no quarto.

Adorava o corpo quente de Shaorin. As mãos do rapaz passeavam por aquele corpo desejado, apalpava e moldava sem hesitar. Quando ela enfim desceu sobre ele, começou aquela mistura de sensações e prazer. Ela era quente e macia por dentro, e seus movimentos sensuais e provocantes apenas faziam Kite querer mais. Retribuía o beijo enquanto ela movia o quadril cada vez mais rápido, era deliciosa a forma que ela fazia. Logo Shaorin sentou-se, corada e suada, o que tornava a vista ainda mais bela e excitante. Kite não resistiu, sentando-se também e a agarrando pela cintura, colando seu corpo ao dela, a ajudando a subir e descer cada vez mais forte, deliciando-se a cada movimento.

Nem percebia a hora passar, só sentia uma brisa gelada passar por suas costas mostrando que a noite estava indo embora mais rápido do que ela imaginou que iria. Ele a abraçou pela cintura colando seu corpo ao dela e ela não resistiu; subiu as mãos por aqueles braços fortes arranhando e apertando-os até a nuca onde abraçou já sem conseguir parar de intensificar os movimentos. Apertava tua nuca, puxava seu cabelo, mordia aquele pescoço deliciosamente forte enquanto soltava gemidos já enlouquecidos, percebendo que estava chegando ao seu ápice. Seu corpo modelado roçava com intensidade naquele outro coberto por cicatrizes que por incrível que parecesse, excitavam-na e empolgavam-na ainda mais. Shaorin ficava ainda mais corada ao perceber que já chegaria ao final, que não ia conseguir por mais tempo e sabia que ele também não. Então com um suspiro e um gemido longo, Shaorin chega ao seu ponto, sentindo aquele líquido diferente dos outros escorrer por suas próprias coxas e a de Kite. Apertava-o num abraço forte pressionando seu colo contra o peito forte dele, sentindo seu corpo inteiro estremecer e se arrepiar com os toques. Aquela sensação prazerosa era magnífica e não queria parar de senti-la tão cedo. Só conseguia pensar em mais, e mais. Olhava aquele corpo que a possuía e que se entregava e não conseguia pensar em outra coisa senão tê-lo muitas vezes ainda.

Sentia o desejo de Shaorin fluir pelo seu corpo, suas mãos passeavam pelo corpo do rapaz assim como as dele passeavam pesadamente pelo dela. Deixava o prazer guiar suas ações, fazendo os movimentos da garota serem mais intensos, e eventualmente arranhá-la por reflexo. Kite gostava daquelas mordidas, da forma que ela o pegava, e do calor intenso dentro dela, o querendo de todas as formas. Ele estava quase chegando ao seu limite, cerrava os dentes tentando aguentar por mais tempo e agarrava forte o corpo dela, até que a fez descer com tudo e não segurou mais, chegando ao seu limite pouco depois de Shaorin chegar ao dela. Seu corpo estremeceu, descarregava o fruto daquele prazer, abraçando firme a cintura dela e mordeu aquele pescoço liso, deixando uma bela marca.

Logo deitou-se, puxando Shaorin para si. Não era preciso dizer que ambos queriam mais, a noite mal havia começado. Estando ali com ela era o que importava, e Kite esquecia-se completamente de todo o resto. Deixava-se levar pelo momento e por seus desejos.

____________________________________

Amanheceu, sem ninguém os incomodar. Logo a luz do sol passava pelas cortinas, dando ao quarto uma iluminação tranquila e confortável. Pássaros à muito já ensaiavam suas canções e duetos, e aos poucos tudo ganhava vida pelo reino.

A noite foi intensa e prazerosa, Kite e Shaorin deixaram todo o resto de lado e se entregaram um para o outro de várias formas possíveis. Nada melhor do que aquilo quando realmente as pessoas se gostam. Mesmo já tendo amanhecido, Kite ainda dormia profundamente sem se importar com mais nada. Era acostumado a acordar cedo, mas naquele caso em especial poderia deixar a regra de lado – precisava repor suas energias.

Aquela noite foi uma das melhores com certeza. Mal haviam acabado e já estavam entregues novamente sem nem precisar dizer algo. Os movimentos, caricias, palavras doces e excitantes surgiam sem hesitação, proporcionando uma bela noite. Mal perceberam quando ela acabou, já tinham tombado para o lado juntos quando faltavam poucas horas para amanhecer.

Quando os primeiros raios de Sol aqueceram o rosto de Shaorin, abriu os olhos. Estava nua coberta pelo cobertor, com a cabeça e a mão em cima do peito de Kite. Fitou a janela lembrando da noite e madrugada; sorriu. Estava faminta e um pouco cansada, mas por outro lado, satisfeita. Acariciou o peito de Kite e então ergueu o rosto, encostando o queixo nas costas das mãos e observou-o dormir. Ergueu-se um pouco e acariciou o rosto do rapaz. Enquanto dormia não via aquela expressão de irritação, estava sereno e gostou disso.

— Bom dia, garoto...— Fez questão de dizer garoto, zombando da primeira vez que se conheceram.

Levou um bom tempo para acordar. Não teve sonhos, o que foi bom e tranquilo, deixou-o mais relaxado e pôde descansar de verdade. Aos poucos foi acordando ao sentir a mão macia de Shaorin em seu rosto. Ao vê-la sorriu de leve e a abraçou, beijando-lhe o topo da cabeça. Estava nu como ela, a sentia melhor desta forma.

– Bom dia – Respondeu ainda sonolento, mas se esforçando pra acordar. Logo sentou-se na cama e se espreguiçou. – Dormiu bem?

Esperou a resposta e levantou-se, coçando a cabeça preguiçosamente. Foi até o banheiro tomar um banho rápido para acordar, e estava renovado. Teve a melhor das noites, seu corpo estava bastante relaxado e esqueceu de suas preocupações naquelas horas. Saiu do banheiro e vestiu-se com sua roupa de costume. Sentou-se na beira da cama novamente, sorrindo para Shaorin.

– Desculpe, não consigo resistir – Foi mais para perto dela, acariciou sua nuca e a puxou suavemente para um beijo curto – Tome um bom banho também, vou pedir nosso café da manhã.

Permaneceu deitada e observou Kite enquanto ia para o banheiro. Não resistiu em dar aquela fiscalizada. Quando a porta fechou, ficou espaçosa na cama e espreguiçou demoradamente.

Que noite hein. Pena que não vi.

Shaorin apenas sorriu, balançando a mão do lado da orelha, espantando quem quer que fosse. Queria mais aquele silêncio, e sabia que teria. Quando Kite voltou, Shaorin estava sentada na cama segurando o lençol por cima do colo. Seus cabelos estava caídos pelos ombros e a franja escondia um pouco um dos olhos. Ia protestar mas deixou que a beijasse por um curto tempo.

— Okay, gosto de café preto. — Deu a dica e se levantou, sem as cobertas. Estava nua, e por um momento não se tocou que estava nua caminhando pelo quarto com ele ali. Entrou no banheiro e tomou um banho rápido. Agora tinha coisas importantes para fazer, e estava muito empolgada em ir para aquela biblioteca gigantesca.

Dizer que tinha conhecido um explorador e uma biblioteca grande foi uma jogada de mestre. — Veio a voz masculina. Ela apenas sorriu, saindo do banheiro de toalha. Kite não estava mais no quarto. Ela foi direto para o guardarroupa e pegou um vestido roxo e vestiu, transpassando um laço dourado pela cintura para marcá-la.

Eu sei, meu plano de conseguir entrar naquela biblioteca deu certo. Ficarei mais perto de Kite, o que é muito bom, e ainda conseguirei resolver o que procuramos. — Respondeu Shaorin em pensamento, penteando os cabelos, se aproximando da janela.

Voltou logo depois que Shaorin terminou de se trocar. Trazia uma bandeja mais leve desta vez, já que nela tinha apenas alguns pães, manteiga, guardanapos, uma jarra com café e duas chícaras. Abriu a porta, vendo a garota em um vestido novo. Pigarreou para ela notá-lo.

– Ham, seu café. – Colocou a bandeja na mesa, tirando a do dia anterior e levando até a porta, onde um serviçal pegou e levou para baixo. Kite fechou a porta – Sirva-se.

Sentou-se com Shaorin, se servindo com café e pão.

– Esse vestido ficou... muito bem em você. – Comentou sem saber exatamente o que dizer. Ela estava linda de fato, apenas não sabia como dizer isso exatamente.

Sorriu sem graça. O cheiro de café despertou coisas em Shaorin que ela não queria que despertasse, mas transpareceu isso com um sorriso, principalmente ao elogio de Kite. — Tenho que me vestir a altura de quem está comigo, certo?

Shaorin brincou. Sabia que Kite não pensava assim, ele era uma pessoa muito boa e a cada momento Shaorin se encantava ainda mais por ele. Serviu-se com o pão e o café, dando um belo de um gole.

— Obrigada, você também está encantador. — Ela não tinha tanta vergonha como ele. Ela gostava de elogiar pessoas que mereciam.

— Hm, você será meu chefe agora. Como se sente diante desta situação? — Perguntou, mordendo o pão e tomando o café. Ergueu uma sobrancelha com a xícara na boca, dando uma piscadela.

Ficou sem graça pelas palavras dela, mas tentou não demonstrar muito. Afinal ele mesmo vestia roupas simples, detestava andar com vestimentas cheias de frescuras como faziam muitos da nobreza.

– Gosto de roupas simples, muitos no castelo me irritavam por causa disso. Mas me recuso a vestir roupas com ouro enquanto meu povo passa fome, é uma hipocrisia ridícula. Existem líderes em outros reinos que pregam a paz e espalham crenças sobre não acumular riquezas e dividir com os demais, mas o trono deles é de puro ouro e suas roupas, seda pura com detalhes em diamante.

Sabia que falou demais, mas não se importou. O irritava certas situações, e esta era uma delas.

– Sendo seu chefe, você deve me obedecer, óbvio. – Riu, tomando um gole de seu café – Posso pedir algo em especial na biblioteca... eventualmente ela poderá ficar interditada enquanto estivermos a sós lá dentro, se é que me entende.

Percebeu ele sem graça e gostou, adorava deixá-lo assim. Sua explicação deixou Shaorin sem jeito e ficou séria durante sua fala. Concordou em tudo que disse e quando ele terminou, abriu um sorriso, aquiescendo.

— Entendo o que sente sobre isso. Mostra o seu caráter, coisa que ainda não passa para seu povo apesar disso. Alguns, poucos, ainda acham que pensa como outros reinos. Mas logo verão que não é bem assim. — Falou demais e enfiou a xícara na boca fechando os olhos, tratando de beber tudo. Comeu o último pedaço do pão e deu o último gole, já ouvindo-o falar sobre seu trabalho.

Pousou a xícara na mesa e levantou, caminhando até ele. Sentou em seu colo e passou os braços por seu pescoço. Ficou bem perto, olhando-o fixamente com seus olhos intensos azuis. — Entendo mais do que possa imaginar, mas mais cuidado do que eu lá dentro, terá você em seus aposentos. — Deu um sorriso perva e arranhou sua nuca, dando um beijo curto.

Já era de tarde quando Knock chegou a Hilydrus. Começara a caminhar pela manhã e estava muito cansado, sua viagem fora muito boa, porém sua perna não doía. Estava com sede e decidiu pedir água em alguma casa e conseguiu sem problemas saciar sua sede.

Depois de estar saciado decidiu sair pela cidade a fim de conhecer a estrutura da mesma, ver como eram as ruas, os estabelecimentos, lojas, os tipos de vestimentas das pessoas, seus modos de agir, ou seja, decidiu fazer uma análise completa das áreas que estava a percorrer.

Foi quando Knock avistou uma taberna chamada “Taberna Allnight” e decidiu entrar na mesma. Entrou e ficou deslumbrado com a visão. A taberna era elegante, pelo que podia perceber era feita, em sua maior parte, de madeira. Havia dois andares e duas escadas, as quais davam um ar de harmonia e equilíbrio ao local, servindo de acesso a parte superior, a qual parecia ser mais reservada. Algumas mesas podiam ser notadas mais a frente da entrada e havia candelabros nas mesmas, os quais também podiam ser notados nas de cima, o que indicava que provavelmente as mesas do andar superior eram iguais as das debaixo e provavelmente não havia coisas especiais nas mesmas.

Knock estava parado observando o local quando percebeu que não tinha dinheiro algum e precisava arranjá-lo. Então viu uma moça que estava no balcão atendendo e decidiu perguntá-la se precisavam de algum tipo de trabalhador e ela o respondeu que precisavam de: Cozinheiro, atendentes, faxineiros e músico pela noite.

Então Knock disse a ela que queria preencher a vaga de músico, pois sabia tocar muito bem instrumentos de sopro, principalmente flauta doce, e razoavelmente instrumentos de corda. Ele queria unir o útil ao agradável.

Havia aprendido a tocar com o seu pai, tocava todas as noites para ele, tocava sempre que estava triste ou desanimado com algo e as vezes tocava com os elfos, os quais lhe aperfeiçoaram em instrumentos de sopro, sabia tocar desde as músicas mais calmas até as mais agitadas, Knock tinha experiência e sabia que podia fazer esse trabalho.

Gostou da resposta de Shaorin e de como ela se aproximou. Ela sabia ser sedutora quando queria, e fisgava Kite de jeito. Ele a abraçou pela cintura e beijou seu rosto, mal podia acreditar que quase a perdeu. Por muito, muito pouco.

– Ham, você pode ir indo para a biblioteca se quiser. Eu preciso passar em um lugar antes. – Continuava a abraçando, e beijou novamente sua boca – Me espere por lá, ok? Não vou demorar.

Arqueou a sobrancelha. Seu pedido era estranho mas não precisava de muito para saber onde iria. Esboçou um sorriso e levantou, pegando uma uva e botando na boca. Pegou sua bolsa e colocou-a nos ombros e ajeitou os cabelos.

— Sem problemas, já sabe onde estarei. — Chegou mais perto e deu um selinho demorado, tocando seu rosto com a mão esquerda e com a direita, sua mão. Entretanto ao tocá-la, sentiu uma fisgada e baixou os olhos, olhando para a palma da mão dele. Os olhos de Shaorin se arregalaram e apertou a mão dele. Kite pode sentir que a mão dela começou a suar e tão rápido quanto tocou sua mão, soltou.

— ... É bom você tomar cuidado com atitudes hoje. Escolhas terão de ser feitas, mas nem sempre as óbvias serão as mais corretas. — Endireitou o corpo, sentindo um arrepio na nuca. Os olhos de Shaorin lacrimejaram e ela os mantinha fixos no rosto de Kite.

Aquiesceu para o nada e levou a mão à bolsa tirando dali um colar simples com um pingente em forma de círculo. Neste círculo, em seu centro, tinha um símbolo que Kite não conseguia entender. Era como se fosse um daqueles símbolos de rituais, mas este tinham vários tridentes, em todas as direções. Botou no pescoço de Kite e cobriu com a blusa. Depois, um espelho pequeno que cobria a palma da mão de Kite.

— Em qualquer momento que precisar de mim, seja para apenas falar ou pedir minha ajuda, use este espelho. Ele cabe facilmente em qualquer lugar do seu corpo desde que esteja bem preso. Qualquer pessoa que vasculhar seu corpo a procura de algo este espelho será invisível, só você poderá vê-lo. Para falar comigo, basta pensar em mim e escrever meu nome nele. O colar é proteção, quando as coisas tiverem ruins e seus inimigos virem este símbolo, saberão quem o fez e que estarão acabados.

Beijou sua testa e suspirou, indo em direção à porta. Agora parecia apressada. Abriu a porta e antes de sair, deu uma segunda olhada para ele.

— ...Preciso resolver uma coisa antes de ir para o castelo. Chego antes do meio-dia. Cuidado. — E saiu, fechando a porta um pouco mais forte. Desceu as escadas com rapidez, concentrada. E quando saiu, avistou seu cavalo e montou, bateu no fim de sua barriga e o fez relinchar e até empinar, conduzindo-o.

Kite podia não entender o que acabou de acontecer no quarto, mas assim que ficou sozinho sentiu uma energia estranha vir daquele espelho e daquele colar. Sentiu seu corpo mais forte e que seus poderes tinham mais potencia.

Aquilo tudo foi muito estranho. Sabia que alguém ou algo costumava falar com ela, espíritos talvez, mas não se acostumava muito bem com isso, apenas convivia. Não tinha nada em mente sobre o que poderia dar errado, e começou a se perguntar se alguma coisa estava acontecendo no castelo.

Ouviu as palavras de Shaorin e recebeu os dois itens, guardando o espelho em um dos bolsos. Ela era uma mulher misteriosa, de fato, e às vezes chegava a assustar Kite. Se sentiu um tanto desconfortável em receber tanta proteção por parte da garota, mas aceitou, vindo dela ele não iria negar.

– Te esperarei lá – Comentou, a acompanhando até os estábulos. Assistiu Shaorin distanciar-se em seu cavalo até sumir de vista. Kite fitou sua própria mão, ainda intrigado com o que aquele braço tinha de especial. O conseguira em Takaras, sua terra natal, mas mesmo assim o incomodava muito. Respirou fundo, precisava passar num lugar em especial antes de ir ao castelo.

Montou em seu cavalo e saiu da cidade.

@ Knock

O jovem golem chegava á maravilhosa cidade de Hilydrus, capital de Lodoss. Maravilhou-se com as construções das vielas e casas, manteve-se atento também as várias pessoas que passavam por ele, que se divertiam ou trabalhavam. Uma cidade grande que trazia consigo um pulsar forte e vivo, uma cidade ativa e acolhedora. De certa forma até mesmo aconchegante em meio a sua grandiosidade.

Em meio as várias casas que viu, uma em particular lhe chamou a atenção. A Taberna Allnight era bela e um dos lugares mais festivos de Hilydrus. Podia-se percebê-lo até mesmo da rua. Adentrou e se maravilhou com a situação do ambiente. Várias pessoas estavam á se alimentar e beber dentro da estalagem. Nada muito agitado, porém um clima agradável lhe era transmitido. Ainda era dia e a alegria e diversão da noite ainda não haviam recaído sobre o lugar.

Knock se dirigiu então á uma dama que julgou ser a atendente. Aproximou-se e lhe dirigiu a indagação sobre um trabalho a ser realizado.

A garota falava com desenvoltura e animação, gostou da abordagem do rapaz que vinha lhe pedir por emprego. Porém ao se deparar com seus olhos se sobressaltou. Um pequeno susto e um olhar de curiosidade adornava suas feições logo após sumir o susto de seus olhos. Havia levado as mãos juntas ao peito que agora desciam vagarosamente enquanto o rosto se aproximava do de Knock para observar melhor.

Quem é você? Está tudo bem?

Olhava curiosa para Knock. Não se demonstrava adversa á aparência, somente intrigada com o desconhecido. E sempre o desconhecido acaba por trazer receio. Era normal, Knock já estava se acostumando com essas reações.

[Desculpe a demora meu caro. Não se repetirá mais. Por favor, peço que deixe a narração dos NPCs para mim, mas pode continuar com a boa descrição dos posts! =D]

Knock estava maravilhado com a cidade. Era organizada, suas construções eram bem distribuídas, as pessoas pareciam estar satisfeitas com o que faziam e satisfeitas com o reino em si. Pelo que conseguia ver e sentir, o reino era acolhedor, agradável.

Já na Taberna Allnight, Knock abordou, de maneira mais cavalheira possível, uma donzela a qual julgava ser uma das atendentes do local, pois a mesma estava falando com animação e com um jeito extrovertido perante algumas pessoas. Embora tenha feito o possível para esconder seus olhos, o esforço fora em vão...

A moça, ao ver seus olhos, se espantou, deixando isso bem nítido ao levar as mãos ao peito e a expressão feita em seu rosto. Neste instante, Knock, como um tipo de reflexo, deu um passo para trás e pensou que a moça teria algum tipo de reação escandalosa.

Porém, ao contrário de que pensou, a mesma não se escandalizou nem berrou como uma mulher indefesa, pelo contrário, após o instante de susto, a moça passou a expressar certa curiosidade quanto à feição de Knock. Até se aproximando de seu rosto para observá-lo melhor. Ao perceber que ela se aproximava a fim de vê-lo, ajeitou o capuz para evitar tal ação.

Então ela perguntou: Quem é você? Está tudo bem?

Knock respondeu a ela meio constrangido com a situação,porém com voz segura, sem expressar tipo algum de timidez: Sim, esta tudo bem! Meu nome é Knock, deu uma pequena pausa e prosseguiu. Sou novo aqui na cidade e estou à procura de um emprego para eu poder me sustentar melhor!

Embora estivesse se esquivando dos olhos curiosos que o estavam perseguindo, todo o esforço parecia ser em vão. Então decidiu parar de “fugir” e encarar a situação, porém ainda iria permanecer com o capuz sobre o rosto, pois mesmo a reação da moça ter sido aparentemente boa, não significava que todas as pessoas que se encontravam no lugar iriam agir da mesma maneira.

Será que fora uma atitude correta a ser tomada?
Será que Knock conseguirá o emprego de músico?
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Off: Muito obrigado. Perdão pela intromissão, não farei de novo!

@ Knock

O rapaz parecia ser muito amigável. A garçonete continuava a observá-lo até que percebeu que o mesmo não gostava que olhassem em seus olhos e abaixava discretamente o capuz. A garota respeitou isso e recuou, satisfeita em saber que estava tudo bem com o novato.

Muito bem, pode vir tocar esta noite mesmo! Avisarei meu chefe sobre a sua vinda. E Dependendo de sua atuação, poderemos contratá-lo!

A menina estava empolgada com a vinda de Knock. Parecia ser bem jovem e a idéia de um músico na Taberna lhe empolgava um pouco. O sorriso voltou a adornar seus lábios assim que terminou sua frase e ficou a aguardar a resposta positiva de Knock por breves segundos. Mas depois constatou que fora ele que havia feito a proposta e se deu conta que a resposta era óbvia.

Então... Estamos certo! Deseja mais alguma coisa?

A bela garotinha colocava as mãos nas costas e ficava a balançar o corpo de um lado para o outro, parada no mesmo lugar observando o rosto de Knock sem maiores pretensões desta vez.

Enquanto Knock ainda estava tentando se esconder, percebeu que a moça retrocedera perante suas tentativas de esquivas e, ainda estática o observando de longe, deu sinais satisfatórios ao saber que tudo ocorria bem para Knock.

“Muito bem, pode vir tocar esta noite mesmo! Avisarei meu chefe sobre a sua vinda. E Dependendo de sua atuação, poderemos contratá-lo”

Knock percebeu que as coisas voltavam ao normal. A atendente voltava a sorrir e mostrava-se empolgada com a idéia de Knock trabalhar ali, ficou calada por um tempo como se esperasse uma resposta, porém como Knock julgava a resposta desnecessária não falou nada, então a moça, como se tivesse percebido que a resposta era obvia, falou:

“Então... Estamos certo! Deseja mais alguma coisa?”

Knock achou a atitude da menina engraçada, quando esta colocou as mãos para trás e começou a balançar o corpo de um lado para outro, deu um pequeno sorrizo demonstrando isso.

Quando Knock ia dizer que não precisava de mais nada, lembrou-se, como se tivesse levado um choque, de que não tinha nenhum instrumento musical, sendo este de sopro ou corda. Então levando a mão a testa falou:

“Bem... Por acaso vocês tem algum instrumento musical aqui? É que não tenho nenhum em mãos...”

Neste momento sua expressão era de frustração consigo mesmo, porém iria persistir... Talvez, ainda conseguisse obter sucesso. Ainda estava esperançoso.

@ Knock

A expressão da garota se transformou. Seu sorriso se desfez e seu balançar empolgado aos pouco parou enquanto ela mergulhava em um adorno de pensamentos baixando a cabeça. O rostinho sério logo se levantou e mostrou certo desapontamento.

Desculpe, mas não temos nada parecido por aqui.

Disse ela enquanto cruzava um dos braços na frente do peito, apoiava o cotovelo do outro no primeiro e o queixo em sua mão livre. Ficou nesta posição pensante por alguns instantes. A movimentação da casa se mantinha a mesma e nenhum pedido que o balconista não desse conta era feito. Não demorou muito para a resposta desanimadora surgir de seus lábios finos e delicados.

Infelizmente, terá de arrumar um instrumento para si. Não se preocupe, tens tempo até o anoitecer. Mas vai-te logo! Tenho certeza que conseguirás! Procure pela cidade que alguém há de lhe emprestar.

A menina observava agora um casal que entrava no estabelecimento. Não se movia da frente de Knock, mas ficou a fitar ambos enquanto aguardava a resposta do golem.

Knock sabia o que haveria de acontecer após ter falado aquela frase... O rosto da moça que antes estava empolgado e radiante, agora se transformava em uma feição decepcionada. O corpo que antes balançava de um lado para o outro, agora se encontrava estático e sério...

Após isso, Knock pôs-se a pensar que poderia ter saído de lá sem ter feito aquela pergunta, porém essa idéia logo fora substituída, começava a achar que fora até bom que ela soubesse a verdade, em sua concepção isto passava a idéia de que era sincero e honesto, mesmo que o prejudicasse...

Então ela falou: “Desculpe, mas não temos nada parecido por aqui.”

Para Knock a resposta era obvia a partir da reação dela... Isto o fez se sentir desconfortável, porém não podia mais evitar tal acontecimento.

A taberna permanecia com sua lotação constante e a atendente ainda estava lhe dando atenção. Quando um casal entrou e a desfocou do golem. Então mais uma frase saiu da boca da bela garota:

“Infelizmente, terá de arrumar um instrumento para si. Não se preocupe, tens tempo até o anoitecer. Mas vai-te logo! Tenho certeza que conseguirás! Procure pela cidade que alguém há de lhe emprestar.”

Os braços da menina estavam cruzados em uma espécie de movimento reflexivo e esta agora estava a fitar o tal casal, como se estivesse ingnorando o jovem. Então este falou:

“Está certo... Então nos encontraremos daqui a pouco!”

Deu um sorrizo em simbolismo de que tudo ocorreria bem, fazendo com que os seus olhos aparecessem levemente debaixo do capuz. Então disse:

“Até logo!”

Knock virou-se devagar indo para fora e simultaneamente a esta ação olhou para o casal o qual tirara de si a atenção que a moça estava lhe dando.

Já fora da taberna Knock olhou para o céu, a fim de medir o tempo aproximado para o anoitecer, coçou a cabeça. Olhou para os lados e foi procurar algum instrumento musical para pedir emprestado ou algo do tipo..

Sua estratégia: Procurar de casa em casa e se por acaso não encontrasse, iria até a praça central, pois jugava que lá deveria ter algum musicista que pudesse emprestar-lhe um instrumento ou fazer negócio por ele.

@ Knock

O golem cumprimentou a atendente e logo se retirava do estabelecimento. Tinha em sua mente o seu objetivo e sua estratégia se traçava. Olhou para o céu azulado e obteve a noção de que tinha tempo suficiente para colocar seu plano em prática. Apressou-se então até a primeira casa e logo que bateu em sua porta um homem lhe atende pela fresta da porta indagando sobre quem se tratava.

Knock não perdeu tempo e logo lhe perguntou sobre o instrumento, contudo o homem não o tinha e nem parecia estar interessado em tê-lo. Logo depois de responder-lhe de modo tão direto quanto à pergunta fora feita, fechou a porta da casa.

Não tendo outra opção o rapaz continuava sua busca sem sucesso pelas demais casas que via até que decidiu por fim ir até a Praça Central.

[Pode postar por lá e aguarde o meu post. Desculpe o atraso na postagem.]

<Sassa, por favor narre apenas as ações de seu personagem, evite narrar sobre a ação de NPCs e do ambiente, este é o trabalho do GM. Grato e seja bem vinda>

O lugar era bastante organizado. Afinal, Allnight é a taberna de mais alto nível em toda Hilydrus, simplesmente porque é ali onde os soldados reais passam seu tempo livre, bebem, se divertem e descansam. Sabrina pôde notar que muitos ali ainda usavam parte de sua armadura. Havia até mesmo um palco onde alguns bardos se apresentavam.

O dono do lugar era um homem forte e careca, mas com um belo bigode espesso. Ele fitou Sabrina com uma sobrancelha erguida.

– Boa noite, em que posso ser útil?