Estalagem Stallion

Não percebeu quando havia caído no sono. Deveria estar muito cansado ou entediado, mas de qualquer forma conseguira dormir sentado, incrivelmente. De braços e pernas cruzados e cabeça baixa, sequer sonhava, apenas repunha suas energias do dia. Logo cedo, foi acordado com um estranho alvoroço perto da estalagem. A sensação estranha do dia anterior havia sumido, logo Hayate levou sua atenção até os soldados alarmados.

Se levantou e aproximou-se da estalagem, de forma que pudesse ouvir o que diziam mas ainda se mantendo incognito. Não queria chamar atenção no momento. Nisso, ouviu algumas partes da conversa, algo sobre terem encontrado um corpo detonado e sem sangue algum. Porque alguém faria algo assim? Em sua cabeça Hayate não associava nada àquele estranho ataque. Talvez um assassino? Mas o que uma pessoa comum iria querer com sangue? Ou poderia ter sido um animal... o único que gostava de sangue que Hayate se lembrava era o morcego. Mas secar um corpo inteiro? Seria um morcego gigante? De qualquer forma, seu instinto o fazia querer encontrar o culpado.

Andou em volta da estalagem, farejando o ar em busca de alguma pista. Não sentia cheiro de qualquer animal por perto, apenas alguns macacos e carangueijos. Foi quando farejou sangue, e era sangue humano. Não vinha de fora, mas de dentro da estalagem. Estava certo? O culpado poderia ser um assassino? Hayate não pensou duas vezes, circulou a estalagem, e viu que o cheiro vinha de uma das janelas do primeiro andar. Escalou a parede num salto, logo chegando à janela e entrando. Seu olhar caiu diretamente para roupas ensanguentadas encima da cama, e caminhou até elas, parando quando notou quem estava no quarto.

— Opa! Desculpa eu não vi que... wow! — Deu um passo pra trás, surpreso. Samira estava nua exceto pela toalha que a envolvia, o que tornava a cena bastante... bem, Hayate esqueceu completamente o motivo que o levou a entrar no quarto. Levou um tempo para perceber que estava hipnotizado, mas logo sacudiu a cabeça, seu rosto vermelho ao se tocar do que fazia. Foi dando alguns passos pra trás erguendo as mãos mas ainda sem parar de olhar — Não era minha intensão! Desculpa! Não que você não seja bonita, mas, ham, ok eu não devia ter visto isso e...

Acabou indo até a janela, logicamente sem perceber, então se desequilibrando e levando um baita tombo lá fora. Logo estava sentado perto daonde caíra, massageando a cabeça que doía forte com a pancada no chão.

— Outch....

"Merda!" foi o que pensou ao topar com Hayate dentro de seu quarto. Ela vira as roupas sujas de sangue.
Por que ela não as escondera? "Idiota, idiota, idiota!" ela se chingava.
— Opa! Desculpa eu não vi que... wow! — ele deu um passo atrás, e ela arregalara os olhos. Ele continuou andando para trás, possivelmente sem notar. Passou alguns momentos em silencio, e ela pensando em como explicar o sangue. Bem, ele sabia que ela era um vampira - e ela sabia que ele era um lobisomem. Ambos podiam ter cometido o crime. Exceto... o sangue totalmente drenado.
- Não era minha intensão! Desculpa! Não que você não seja bonita, mas, ham, ok eu não devia ter visto isso e... - e ele caiu da janela.
Ela correu até o beirau, se chingou internamente ao vê-lo caído lá embaixo. Mas suspirou ao vê-lo sentado, e massageando a cabeça.
- Pelo menos tá vivo... - murmurou e fechou a janela.
Virou-se e suspirou pesadamente, ao ver a encrenca em que se metera. Quem dera ela não ter ficado na cidade. Ou até nem ter vindo.
Mas estava aqui, e precisava resolver isso. Pegou as roupas e as colocou num saco. Pretendia queimá-las esta noite.
Respirou profundamente, e desceu. Não deixaria ninguem saber que fora ela. Precisava manter a máscara, manter-se impassível. Fria.
E precisava falar com Hayate.

@Hayate/Samira

Por sorte Hayate não foi visto por nenhum dos guardas que perambulavam a área enquanto este aproximava-se da estalagem. Novamente sua falta de senso não prejudicou-no. Sentindo o cheiro de sangue não tardou em investigar. Pulou para o primeiro andar que, logicamente, estava habitado.

Encabulou-se com Samira vestindo somente uma toalha à sua frente. Não conseguia nem olhar para cima tamanha sua vergonha. Tinha um coração puro, como o de um animal indefeso. Não percebeu que chegava para trás. Quando deu conta estava tropeçando pela janela, estatelando-se no chão.

Por sorte caiu em areia fofa, não causando sérios danos. Viu que Samira olhou-no pela janela e afastou-se quase tão subitamente quanto apareceu. Dessa vez, porém, Hayate seguia-na pelo faro. Pareia se encaminhar para fora da estalagem. Estaria ela indo ver se estava bem?

Samira jogou suas roupas dentro de um saco qualquer. Tinha que livrar-se delas o mais rapidamente possível. Em seguida saiu do seu quarto de modo impassível. Fato, esse, totalmente estragado por ainda estar enrolada em sua toalha de banho. Sua tentativa de parecer natural foi totalmente despercebido. Chegou ao salão principal e ouviu alguns suspiros. Alguns homens estavam lá e pareciam hipnotizados com a cena que desenrolava-se à sua frente. Uma mulher linda, de corpo perfeito, descia as escadas somente com uma toalha enrolada. Não conseguiam tirar os olhos dela.

— Senhorita! — Samira olhou em direção à voz. Era a mesma funcionária que tinha atendido-na quando chegou na Estalagem. — Por favor, aqui é um lugar descente! Vista-se! — A mulher parecia irritada por algum motivo. Ela lhe jogou um manto que Samira pegou. Achou prudente vestir o manto, mesmo não achando necessário. O manto tinha um leve tom de bege e cobria todo seu corpo, porém tinha muitos cortes para facilitar o movimento do usuário. Suas pernas ficavam visíveis cada vez que dava um passo e a parte de cima era um tanto solta, porém agora parecia que estava vestida. Foi caminhando em direção à saída ainda acompanhada dos olhares hipnotizados dos homens.

Passou pela porta dupla de madeira de Estalagem. Conseguia ver a movimentação dos guardas de Hilydrus por toda Ruff. O sol atrapalhava-na. Rapidamente pos as mão por cima dos olhos. Os guardas ainda não estavam perto da Estalagem. Pelo menos não os grandes pelotões. Andou em volta da estalagem, procurando por Hayate. Viu-no no mesmo lugar onde tinha caído, porém não estava mais estatelado no chão. Foi se aproximando.

Ao caminhar pela linda cidade paradisiaca , Sesshomaru se depara com a estelagen com uma grande placa na entrada ,
"Estalagem Stallion"

Pensamento
__"E aqui o local.__""
Caminha na direção da porta e a abre calmamente , Ao adentrar o hall de entrada era realmente apreciativo , uma mulher que estava logo no balcão , vira-se para mim.
__Seja bem vindo o que o senhor deseja?___
__Vin esterminar a praga___Sem muitas palavras encerro o assunto e espero a resposta , não sabia se outros aventureiros ja tentaram mas concerteza Sesshomaru seria um vitorioso , pois estava confiante , sentia uma leve fome que o incomodava .

Ela tinha que fazer algo que odiava. Respirou fundo, e caminhou até onde Hayate estava no chão.
Agachou, suspirou pesadamente e começou a falar:
- Preciso de um favor, Hayate.
Olhou pro chão, e não esperou que ele respondesse:
- Voce viu minhas roupas de sujas de sangue. Provavelmente ouviu que um guarda foi morto. Eu... eu não consigo controlar meus instintos. Mas não estou afim de ser caçada. Então, teria como, voce por favor não contar pra ninguem?
Precisava que ele o fizesse. E era exatamente isso que ela odiava: depender de alguem E dever algo. Novamente, não esperou uma resposta, e continuou a falar:
- Espero que o faça. Se eles me caçarem, vão te caçar tambem, Hayate. Se caçarem uma vampira, tambem caçarão um lobisomem.
Respirou fundo se levantando, e sua voz se tornou dura:
- E eu juro, que se voce contar, vou fazer de tudo para que o cacem tambem. E se não o fizerem... eu mesma vou atrás de voce.
Olhou para a estalagem. Ela tinha algumas roupas em sua mochila. Não gostara nem um pouco da roupa que estava usando. Voltou o olhar para Hayate:
- Vamos logo garoto - e estendeu a mão para ajudá-lo a levantar - Ou vai querer ficar aí sentado? E mais uma coisa: se entrar no meu quarto de novo... não vai gostar nada de como vai ficar seu rostinho.
Um grande defeito dela era não confiar em ninguem. Ela era leal a si mesma, a seus principios e idéias. Mas não confiava e não gostava que confiassem nela. Talvez por causa de seus instintos; vai que ela ficava proxima a alguem, e depois o matava, ainda mais sem se dar conta. Ou simplesmente sua história de vida lhe ensinara a ser solitária. Não importava. A unica coisa que era importante: ela não estava com vontade de ser caçada. E faria todo o possivel para isso. Inclusive matar quem precisasse.

@Muramassa

O youkai chega a Ruff e percebe este cheia de guardas e em estado de alerta. Não sabia muito sobre a região, mas imaginava que este comportamento não era comum em uma praia em que muitos diziam ser pacífica. O sol ardia em sua cabeça, afinal passava-se somente algum tempo do meio dia. Suas vestes pesadas não cobinavam em nada com o local. Parecia extremamente fora de local, fato esse que alguns moradores perceberam. Sesshomaru não foi percebido pelos guardas e entrou na estalagem sem maiores problemas.

O local, assim como fora dali, estava agitado. Alguns homens, em um canto, pareciam olhar pela janela de forma desesperada. Alguns funcionários do local pareciam perdidos, sem saberem o que fazer. Muitas outras pessoas, que pareciam convidados, saíam apressadamente carregando suas coisas. Ninguém percebeu Sesshomaru até que este se dirigiu a uma mulher sentada no balcão.

— Oh, pois não.. Você veio para o extermínio. Vou chamar o responsável por isto, espere um momento. — A mulher, uma linda donzela de um metro e sessenta com seus cabelos morenos e olhos verdes, saiu de trás do balcão e desapareceu por uma porta lateral. O youkai ficou observando a movimentação em volta da Estalagem. Imaginava que algo estivesse acontecendo na Península de Ruff. Afinal, por qual motivo teriam tantos guardas ali? Não teve tanto tempo de ponderar quando um senhor de idade avançada voltou juntamente da mulher.

— Olá, meu jovem. Chamo-me Galeo. — O velho, que era curvado e tinha muitas rugas no rosto estendeu sua mão. trêmula, esperando um aperto. Em seguida foi caminhando pela porta de onde veio, fazendo sinal para que Sesshomaru acompanhasse-no.

— Ainda bem que veio, meu menino. — Disse enquanto atravessava a porta e começava a descer um lance de escadas. Pareciam ir ao porão. — Esse roedor não é normal. Além de maior que uma raposa, ele é muito rápido e esperto. Ninguém consegue pegá-lo e, sinceramente, ninguém tem tempo. — Pararam em uma porta velha de madeira ao final do lance de escadas. Galeo retirou uma enorme chave do bolso e detrancou a porta. Estavam, agora no porão.

O porão da estalagem era, sem dúvidas, incrível. Era um imenso quarto com, praticamente, o dobro do diâmetro da própria estalagem acima deles. Certamente aquele era o subterrâneo de alguma outra construção prévia à Estalagem. Sesshomaru só conseguia enxergar o final do salão devido a sua visão apurada. O chão, assim como as paredes, eram revestidos de pedras rachadas. Muitas caixas estavam amontoadas por todos os cantos, assim como máquinas estranhas no centro do salão. Conseguia visualizar, também, inúmeros objetos aleatórios espalhados por todos os cantos. Cadeiras, mesas, redes. Além de tudo isso muitos buracos imensos estavam espalhados por todo o quarto. Vendo que Sesshomaru observava isso Galeo logo exclamou:

— Sim, estes buracos são feitos pelo roedor. Espero que pegue-o logo. Deixarei isso com você. — Entregou a chave do porão à Sesshomaru. — ..e isto.. — Entregou a tocha que carregava consigo. Deu uma breve olhada para o youkai e foi-se encaminhando para a saída. Deixaria Sesshomaru trabalhar sozinho.
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Off: Samira, estou esperando o KIte postar para continuar com vocês. Enquanto isso, Muramassa pode ir postando ;D

A dor na cabeça, resultado do tombo, já tinha passado quando Samira aproximou-se de Hayate, já pedindo um favor. Ele fitou a vampira atentamente, porém, no início, ficou confuso. Ouviu dizer que vampiros sulgavam o sangue das pessoas, mas achava que eram apenas aqueles que pareciam mais morcegos do que humanos, to tipo que Hayate enfrentara algumas vezes. Pelo jeito, vampiras de aparência jovem e inocente também faziam essas atrocidades. Porém Hayate não era ninguém para julgar isso, lembrava-se do seu passado, e não era melhor do que nenhum vampiro que fosse.

— Certo, eu... — Ela não deixava o lobisomem falar. Enquanto ele a olhava, ela o ameaçava para que mantesse o bico fechado. Hayate arqueou uma sobrancelha, intrigado. Já tinha motivos próprios para não entregar vampiros, e ser ameaçado não era muito agradável. Já acostumou a ser caçado, e por uma vampira não seria a primeira vez. — Não vou contar, tem minha palavra.

Aceitou a ajuda dela para se levantar, logo tirando a areia que havia grudado em sua roupa. A nova ameaça de Samira, além de ter lembrado o lobo do momento constrangedor agora à pouco, o fez engolir em seco. Não havia feito de propósito, mesmo assim preferiu desviar o olhar, encabulado.

— Bem, eu... Ham, preciso trabalhar... E, hm, não se preocupe, não falarei nada. Melhor queimar suas roupas, deve ter uma lareira na estalagem... Até mais!

Se despediu rápido, mas não por ter medo da vampira ou coisa semelhante, mas por acabar lembrando-se perfeitamente do que tinha visto. Não era ruim, de fato, mas um lobisomem índio decididamente não estava acostumado com esse tipo de "vista".

@Samira/Hayate

Os guardas ainda estavam longe quando os dois se despediram. Samira observou Hayate com um forte instinto que tinha que sair de Ruff. Se soubessem que foi ela, teria que responder pelo crime que cometeu e isso não ia ser bom. O que faria?

Hayate voltou para o salão a tempo de ver um youkai indo para o porão da Estalagem. Deu de ombros e começou a trabalhar. Conseguia sentir a tensão no ar. Todos estavam preocupados com o ocorrido na noite anterior. As pessoas de Ruff eram realmente simplórias. O papo dos trabalhadores era somente novas informações adquiridas ao longo do dia. Por sorte o trabalho estava sendo finalizado. A estrutura já estava montada e concretada. Faltava finalizar o trabalho e pintar o local para ficar de acordo com o restante da Estalagem.

Eu observei tudo não havia nescessidade de alvoroço ou de ficar nervoso , não estava interessado no pobrema daquela vila ou cidade.
vou para um canto escuro e fico completamente imovel a espera do rato ou do que seja que estava la.
__Realmente fiquei curioso sobre o fato da cidade estar nesse alvoroço.__Pensei comigo mesmo enquanto esperava algum sinal do animal desenhanhei vagarosamente minha espada e observei.
Talvez tivesse mais chances matando algo de meu tamanho

A porta da estalagem se move e uma pessoa entra, estava com um capus por cima da cabeça cobrindo suas orelhas, o meso achava que aquilo era motivos para encrenca, porem desas vez nao estava com sua mascara a qual custumava usar em Takaras. Com seu rosto a vista, o mesmo chegou ate a recepção e foi direto no que queria.

— Gostaria de falar com estalajadeiro. È importante!

Tenkai sem delongas olhou para o homem alto, para o elfo que tbm nao era baixo, era um homem um pouco maior que ele. Mas com um tom de voz firme e calmo o memso voltou a falar.

— Olá Kiur, vim aqui em missao de derrotar o Crack — Tenkai retirou do pescoço um colar em forma de caveirae o mostrou para Kiur — Me disseram que eu deveria mostrar esse colar ao Senhor, e que o voce saberia o que fazer ao ver tal objeto.

O elfo aguardou a resposta de Kiur, estava ancioso em saber tbm e o que ia acontecer, pois se tudo que Kjeen disse no cemiterio sobre o colar fosse verdade, ele iria ter agora uma boa espada em maos.

Tenkai seguia o homem a qual parecia ate mesmo ficar palido, foram ate o hall e uma bebida em particular o elfo se familiarizava, era uma garrava com nectar raro a qual ele sempre bebia em seu tempo de infancia, o mesmo nao lembrava pq admirava tanto a garrafa e a bebida, mas a pegou e encheu um calice e tomou em suas maos o calice e se serviu do nectar. Um Flash do passado via a sua cabeça, mas logo voltou sua atenção ao Sr, Kiur.

O elfo nao demonstrava surpresa, sabia que seria uma missao dificil, mas ficou surpreendido ao saber que tudo aquilo estava se estendendo cada vez mais. Mas o que mais deixou Tenkai pensativo foi sobre a maldição que estava a merce de cair se nao completa-se o que foi pedido,

Escutando tudo que Kiur dizia, admirou a generosidade daquele homem com ele, ele nao lembrava da ultima vez que foi tratado com respeito.

— Eu sempre fui um bom espadachim, desde que me lembro de meus primeiros treinamentos eu estava com uma espada enferrujada. Uma espada para essa missao seria excelente Senhor.

As palavras de Tenkai mostrava um pouco de sua dura vida que teve, e com aquela expressao firme de sempre, que as vezes parecia uma pessoa ignorante, se mostrava muito educado.

O elfo tambem demostro achar estranho ter alidos para a missao, pois nunca recebeu ajuda em nada.

Enfim, o trabalho estava acabando. Gostava de trabalhar, mas os ultimos eventos o deixaram um pouco confuso em relaçao ao que anda acontecendo ali. Primeiro, uma tensão estranha fica sobre a estalagem, vinda do mar, o que fez o lobo ficar inquieto a noite toda. Agora Samira resolve fazer uma boquinha bem perto de onde trabalhavam. Seria ótimo se Hayate não fosse um lobisomem, e se o povo também não tivesse a idéia estúpida de que lobisomens também adoram sangue humano. Sinceramente, ele preferia uma bela costela bovina ou um belo leitão assado.

Após horas, finalmente ele e os demais trabalhadores haviam terminado de arrumar a estalagem. Estava impecável, o suficiente para nem parecer que dias atrás aquilo havia sido quase totalmente destruído. Hayate ainda não havia se cansado o bastante, portanto resolveu já partir. Porém, para onde? Descobriria logo.

No salão, ficou sentado num banco em frente ao balcão. Esperaria o dono da estalagem, queria avisá-lo de sua partida e agradecer por tudo, porém teria de esperar. Um rapaz de cheiro estranho agora conversava com Kiur, e parecia que demorariam um pouco. Logo notou o cheiro característico de um elfo, o que parecia ser normal naquelas terras. Imaginou se haviam também lobisomens andando por aí, sem ninguém os incomodar. No momento, apenas se reservou a esperar que o dono da estalagem estivesse livre.

Kiur parou por um momento com suas próprias análises para prestar um pouco mais de atenção em Tenkai. Não tinha expressão alguma no rosto, mas quando falou sua voz estava um pouco diferente. Parecia mais carregada.

— Não está acostumado a receber ajuda, jovem elfo? — Disse lentamente. — Garanto que por essa ajuda você terá um trabalho grande. Não é nada fácil invadir um terreno de piratas. Com licença, vou buscar sua arma. — Olhou por mais alguns instantes nos olhos de Tenkai. O elfo teve uma súbita sensação de que Kiur conseguia ver sua alma diretamente pelo seus olhos. Essa sensação logo passou quando Kiur afastou-se.

— Oh! Hayate.. — Disse Kiur quando viu ele ali parado. — Percebo que nunca nos falamos mas te conheço pelo meu assistente. — Devia estar falando do homem que supervisionou a obra. — Fez um ótimo trabalho aqui, junto com os outros trabalhadores. Tome aqui.. — De dentro da sua túnica, Kiur tirou um pequeno saco de dinheiro e entregou a Hayate. — Agora sinto que você devia sair daqui antes que o seu.. cheiro característico.. chegue às narinas erradas. — Essa última frase deixou algo subentendido, Hayate tinha certeza. Será que Kiur, que agora estava subindo as escadas, sabia de algo que tinha acontecido algumas noites atrás? De qualquer modo era melhor sair de Ruff.

Kiur voltou com uma espada enrolada em um pano alguns minutos depois. Sentou-se à frente de Tenkai, sorrindo. Em seguida falou.

— A espada foi forjada por elfos a muito tempo atrás. Ganhei essa espada como um agradecimento de serviços prestados, mas nunca cheguei a usá-la.. minha opção de arma é diferente. Sinto que você se identificará com ela. — Disse, por fim, tirando o pano.

A espada era do tamanho ideal para Tenkai, julgando sua altura. Era feito para ser usada com uma só mão, mas poderia usá-la com duas caso desejasse. Tirando a espada da bainha viu que a lâmina brilhava com um leve tom azulado e o peso dela era quase inexistente.

Spoiler:

— O que achou jovem elfo? — Disse, vendo que este admirava a espada. — Essa arma é élfica, portanto você nem percebe o peso dela. Mas ela não possui nenhuma característica mágica, tirando o fato de ter sido forjada por criaturas mágicas. Gostaria de ficar com ela?

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— Hayate recebe 300 de EXP pelo fim do trabalho. Também recebeu L$500,00 pelos serviços prestados. —

Era notavel a inteligencia de Kiur e a facilidade de perceber as coisas. E com um susurro baixo o elfo falou para si mesmo.

— Parece que sera uma batalha complicada.

Kiur se distanciava para ir pegar a espada, ao volta com sua espada enrolada ah um pano, ao desenrolar do mesmo revelando a notavel espada, Tenkai se levantou apos outro gole do nectar e encantado com a bela espada a pegou em suas maos, fez movimentos para um lado e para o outro, estava sentindo a leve espada em movimento, via como foi bem feita e que era perfeita para ele.

— A espada é perfeita Sr. Kiur. Nunca manejei tal espada, ate parece que estou segurando uma faca. Ela sem duvidas sera de grande ajuda, eu aceito ela com meus agradecimentos. — O elfo admirado logo voltou ao assunto principal — Bom, quando começaremos preparativos para a missao e quem sera meus companheiros nessa jornada?

O elfo sempre era muito direto, entao ele novamente fez mais uma perguntas.

— Me desculpe Sr. Kiur, mas pq todos me chama de elfo? E me perdoe novamente, eu nao me apresentei, me chamo Tenkai.

Tenkai via Kiur saindo rapidamente. E como o mesmo havia proposto o elfo foi ate o quarto 12 para descansar de sua viajem. Tenkai entrou no quarto e logo foi pegando uma jarra com agua dentro e se servindo em um copo de vidro. A agua escorria pela garganta do elfo como se fosse uma brisa gelada no verao.

Havia algumas frutas por ali, um caixo de uvas chamou a atenção do elfo, ele pegou apenas uma uva e olhou atentamente e com o polegar ele jogou para cima e em um saque rapido com sua nova espada ele cortou a uva em dois pedaços e imediatamente ele voltou a lamina para a bainha. A porta ainda estava aberta e logo ele foi fecha-la, achou estranho como a camareira que passava por ali naquele instante olhava para ela, parecia ter visto sua manipulação com a espada e se assustado. Sem palavras Tenkai fechava a porta e trancando. Retirou seus pertences e suas vestimentas e se dirigindo ao banheiro a qual tomou um banho bem demorado a qual foi muito relaxante. Apos uma hora sobre a agua quente o elfo saiu e deitou na cama caindo em um profundo sono.

10 horas se passaram e Tenkai acordava bem ralaxado, nunca tinha dormido tao bem, o fato dele estar em um local tao aconchegante ja era estranho. O elfo percebeu que ja havia passado um pouco mais de 11 horas que ele estava la, faltava poucos minutos para ir para o salao, entao o mesmo aproveito para tomar outro banho e se comer bastante. Vestiu novamente suas roupas e se equipoucom seus pertences, pegou algumas frutas e doces que havia por ali e guardou aonde havia espaço.

O elfo se dirigia rapidamente ao salao, faltava uns 10 minutos para completar o horario estimado por Kiur. Tenkai ficou a mersa da vista de uma janela e ali ele aguardava observando a visao que era proporscionada a ele.

@Ironsteel/Sérpico/Green-Wood

A sensação do teletransporte foi peculiar. Quase conseguiam sentir as partículas do seus corpos se materializando no limbo. Estavam vivos, porém não estavam presentes em nenhuma dimensão conhecida. Não podiam se mover ou muito menos falar. Por sorte essa experiência durou apenas alguns instantes.

Os cinco aventureiros surgiram ao lado de uma imensa construção de mármore branco. Logo sentiram o cheiro do mar e perceberam que pisavam em areia fofa. Era o começo da noite de Ruff, já que alguns raios de sol eram vistos sumindo no horizonte. A praia estava silenciosa, tirando o mar que batia nas rochas que rodeavam a parte norte da praia.

— Ah, chegamos. — Disse Perseu, olhando em volta. A magia devia ter consumido muito poder mágico, porém o mago não parecia cansado, muito menos desgastado com a magia. Era muito poderoso.

— Você sabe que odeio quando me teleporta.. a sensação é tenebrosa. — Respondeu Patrick, esfregando suas mãos. — Estou muito velho para isso Perseu.. Per ..o que foi? — Patrick percebeu que o mago não tirava os olhos das ilhas gêmeas. Todos olharam. Conseguiam sentir uma alteração na corrente do ar ao olhar em direção às ilhas, mais precisamente na ilha da direita. Perseu, que era muito mais sensível que todos ali para essas coisas simplesmente disse:

— Vamos nos apressar.

Patrick e Perseu foram caminhando à frente, conversando em voz baixa. Contornaram a edificação de mármore, encontrando uma imensa porta dupla de madeira muito bem trabalhada. Estavam na Estalagem Stallion, evidentemente. Patrick abriu a porta e todos entraram. Encontravam-se, agora, no salão principal da Estalagem. Muitos móveis de madeira envernizada enfeitavam o local. Alguns sofás com uma mesinha de centro estava no canto direito do salão, enquanto que no esquerdo um imenso balcão de bar estava instalado. O chão era feito do mesmo material de madeira e as imensas janelas permitiam ver muitos quilômetros ao redor. Era um lugar lindo, feito para pessoas relaxarem e esqueceram todos os seus problemas. Todos entraram e Patrick fechou a porta em seguida, murmurando sobre tempos perigosos.


@Todos

Bluesday viu quando os cinco chegaram pela porta. Estava sentado no mesmo sofá que, somente algumas horas atrás, recebia sua espada de Kiur. Não sabia como, mas tinha certeza que aqueles ali seriam seus aliados contra os piratas. Para seus olhos, não pareciam muito fortes tirando os dois mais velhos. Ouviu alguém descendo as escadas de mármore. Todos viraram para ver um homem gigantesco descendo as escadas. Tinha, aproximadamente, dois metros de altura e ombros largos. Seu cabelo, loiro, chegava até seus ombros e sua pele parecia ter sido muio queimada pelo sol ao longo de muito tempo. Devia ter cinquenta anos de idade. Apesar disso seus olhos cinzas estavam joviais quando olhou para Patrick e Perseu.

— Hah! Vocês chegaram! — Soltou uma forte gargalhada quando apertaram as mãos. Patrick e Perseu pareciam muito felizes por encontrar esse imenso homem. Eram, obviamente, amigos de longa data, assim como Patrick e Perseu. — Sinto que os tempos sejam esses, mas devemos nos reunir imediatamente. Os outros estão esperando. — Apontou o dedo para cima. O homem subitamente se deu conta dos outros convidados e logo se dirigiu a eles, estendendo a mão para cada um. — Olá, sou Kiur o dono dessa Estalagem. — Vendo mais de perto o homem não parecia um estalajadeiro, mas sim um general de guerra. — Sintam-se a vontade para sentar nos sofás enquanto discutimos lá em cima. Não vamos demorar. — Kiur viu que Tenkai estava lá sentado. Sorriu e dirigiu-se a ele. — Por favor, meu amigo, explique a situação para eles pois estamos ficando sem tempo. Se desejaram comer ou beber alguma coisa só peçam pelo garçom que ele ficará feliz em servi-los. Com licença.

Os três subiram as escadas apressados. Restaram os quatro ali: Tenkai, Goldsilver, Sérpico e Victor. Seus destinos, agora, estavam interligados e o mínimo que podiam fazer era tentar conhecer um ao outro melhor. Tinham um pouco de tempo para fazerem isso, já que conseguiam ouvir vozes elevadas vindo do andar de cima. Era melhor ficarem confortáveis.

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Off: Esse próximo post é livre para vocês. Começou a jornada xD

Tenkai escutava passos apressados, olhou para o lado e viu Kiur chegar com os aliados que prometeu a horas atras. Analisou rapidamente cada um, mas nao demonstro curiosidade sobre eles. Se aproximou e comprimento Kiur e os demais.

— Ola Kiur... Entao seremos uma equipe com quatro, hu? — Tenkai olhou para um garçom proximo que passava e pediu para que trouxe-se algumas bebidas para os recem-chegados. Sendo direto como sempre. Tenkai que estava um capuz, foi logo ao assunto — Ola cavalheiros, se estao aqui é porque faremos uma equipe em função de ir ao encontro do Crack de Terra e os piratas e extinguir os mesmos.

O garçom voltava com um carrinho com bebidas, frutas e doces. Tenkai pegou o primeiro pessego proximo a ele e logo voltou a falar.

— Continuando... Entao, eu pensava que isso seria facil, mas pelo o que Kiur me disse, nao sera tao simples assim. Entao sem mais delongas, peço que nos apresentemos agora pois nao temos tanto tempo, eu me chamo Tenkai.

Entao o jovem com palavras firmes e diretas se calou e espero que cada um expressa-se ao menos uma opiniao.

Off: Há, demorou mais voltei pracá o/

Tenkai via seus novos companhairos se apresentando um por um, mas algo chamou a atenção do elfo.

— Outro mundo? Parece que nao so o unico que vim de muito longe, venho de um lugar chamado "A Floresta Perdida", embora eu nao lembre como fui parar la, apenas sei que vivi em um Templo de Treinamento abaixo do que seria ruim e enfim o General de la me envio para Takaras. Bom, quanto a espada irei ver o que posso fazer, Kiur é um sujeito muito generoso, ele me presente-o com uma espada muito interessante, acredito que ele tambem podera fazer o mesmo a voce — Algo era notavel em Tenkai, parecia que nao sabia muito de si mesmo. Ja tinha suas centenas de anos vivido, mas sempre permaneceu preso apos ficar com amnesia e nao teve tanto conhecimento do mundo a fora — A viajem foi longa Aldarion? Pege algo para comer.

Tenkai olha para Serpico se apresentando que demonstrou ser como Tenkai, um homem de poucas palavras. Mas parecia que o elfo teria que liderar eles ate o local da missao, assim se questionava e por isso ele foi preciso com as palavras a Serpico.

— Prazer! Se precisar de algo como Aldarion precisa de uma espada, nao deixe de pedir agora, pois depois que estivermos em viajem sera dificil conseguir algo.

Victor se apresenta e Tenkai gostava da forma que o mesmo falou com ele, embora a reação do elfo quase nao mudava fisicamente, seus pensamentos eram bem agitados quando via pessoas tao calmas e fortes falando com ele com respeito.

— Ola Victor, como disse ao Serpico, se queira algo me diga que verei o que posso fazer.

O elfo vai ate a janela, come seu pessego que estava em sua mao ainda, ao termina de come-la, volta a falar com os tres companheiros.

— Bom, parece que agora so temos que aguardar pelo Sr.Kiur.