Re: Praça Central de Comércio

por Relliw Sáb 10 Abr 2010, 11:13 pm

por Seishirou Ryuumizu Ter 18 maio 2010, 6:52 pm

Continuo a procurar a tal pedra que foi encarregada a eu achar. Olho para todos os lados, percebo os movimentos de todos os transeuntes, e um local em especial me chama a atenção... Um que, de tão escuro, parecia refulgir em detrimento aos demais...

por **Shaorin** Qua 16 Jun 2010, 10:53 pm

E era. Era a loja de Armas. A porta estava entreaberta e tudo estava no pleno escuro e silêncio. Não tinha sinal de vida alguma do lado de dentro, ao contrário do de fora, que estava movimentado e barulhento. Uma loja comum como aquela não chamaria a atenção de uma pessoa que procura uma pedra. Pelo contrário, seria o lugar mais inútil a que se procurar, se não fosse por uma pequena porta, onde apenas um homem passa de cada vez, no canto direito da loja. Uma passagem que era apertada pela loja de armas e uma outra de bijuterias.

A porta era de ferro puro, e nela estava escrito "ESPECIARIAS". Seishirou estava longe da porta, quatro metros, quando um homem com o rosto coberto por um chapéu entra pela porta tirando alguma coisa brilhante do bolso e some na escuridão deixando a porta do mesmo jeito que a encontrara.

[ Desculpe a demora, estava pensando na situação em que te colocaria...gomen. xD ]

por Seishirou Ryuumizu Sex 18 Jun 2010, 4:41 pm

Ao notar a passagem estreita entre a loja de Armas e de Bijouterias, com o letreiro esquisito, fico estranhando, e estranho mais ainda depois que vejo um homem coberto com algo que parecia refulgir...

Resolvi que era hora de entrar naquela passagem... Cheguei perto da loja de Armas, andei taciturnamente até a entrada, e, depois de olhar para os dois lados, entrei, olhando para todos os lados e deixando meu sentido de Elfo aguçado. Eu poderia lutar ali. E era a minha especialidade, ataques a curta distância, ao contrário dos demais elfos.

por **Shaorin** Qui 29 Jul 2010, 12:06 am

Assim que entrou notou que era um corredor estreito para uma luta; ela poderia sim acontecer, mas era pouco provável já que não tinha mais ninguém para se seguir. O fim deste corredor era certo e visto de longe. Uma luz tênue amarelada logo atrás de uma porta meio aberta. Dela, vinham duas vozes, ambas baixas.

O caminho estava livre, o chão era de puro cimento e não tinha um buraco sequer, o que deixaria o elfo mais tranquilo sobre qualquer armadilha que pudesse ter. Por incrível que parecesse, não havia nenhuma delas espalhada pelo ambiente, que por si só já era intimidador suficiente.

Quanto mais Seishirou chega perto, as figuras vão se acentuando e ele consegue ver agora com mais facilidade o homem que entrara minutos antes parado de frente para uma pequena escrivaninha. Ele falava com alguém, e sua voz grossa e intimidadora pôde ser ouvida como um trovão:

— ...e este é o terço do que devo, o restante te darei mais tarde, como sempre faço. — e o homem se mexeu. Neste movimento, o elfo pôde ver uma sombra peculiar em cima da mesa feita pela luz. O que estaria acontecendo dentro daquela sala era completamente perigoso, era claro, mas Seishirou não podia deixar de perceber as diversas joias e diamantes que estavam em cima da escrivaninha, denunciando que Ali era o lugar certo.

por Seishirou Ryuumizu Qui 29 Jul 2010, 2:46 pm

Finalmente eu consegui achar o lugar em que eu buscava a gema que faltava. Mas como a mesa estava repleta de gemas e havia mais de um homem ali - e um deles parecia ser bem amedrontador, embora eu não sentisse medo do que eu pudesse ver ou tocar - a aproximação se tornou mais perigosa.

O lugar era estreito e muito mal iluminado, e se eu usasse minha magia de luz, eu denunciaria minha presença mais rápido do que se quisesse ficar em silêncio. A única coisa que me ocorreu enquanto eu tentava traçar uma estratégia era que poderia haver algum alçapão acima daquela sala, e eu poderia acessar a mesa acima do chão.

Com uma magia simples de levitação, fiquei acima da visão deles e passei sem deixar qualquer vestígio. O homem que falava anteriormente vestia um capuz, foi com isso que eu não consegui ver sua real imagem. O outro, completamente distraído e conversando com ele, o que parecia ser o dono do local, era moreno, cabelos negros, parecia ter cerca de 1,60m e era todo cheio de cicatrizes.

"Como eu vou poder chegar à mesa sem arruinar meu disfarce?" pensei.

por Tajima Ter 03 Ago 2010, 6:55 pm

Tajima estava nos arredores de Paramet, sem nada de interessante para fazer. Este estava apenas vadiando. Sem nenhum objetivo traçado e nenhuma missao ou algo do tipo, ele decide ir na Praça apenas para averiguar, e se possivel achar algo de interessante.

Logo ao chegar na praça, percebe a grande multidao costumeira e diversos mercadores. Tajima fica interessado em comprar uma arma, espeficadamente uma adaga. Ele bota a mao em seu bolso e nao tinha nada la. Ele estava completamente zerado, sem dinheiro.

Assim, ele decide ir procurar um emprego, Tajima ia passando pela praça procurando algum tipo de anuncio e entrando em estabelecimentos locais para ver se achava alguma oportunidade.

por **Shaorin** Ter 03 Ago 2010, 9:38 pm

@ Seishirou

A voz que ouvira fora do homem encapuzado, não do dono do lugar. Ao contrário do que o elfo pensava, quem estava por trás da escrivaninha, e era dono da situação, era uma mulher. Isso causa certa surpresa no elfo uma vez que ele esperava um homem alto e parrudo, forte, cheio de cicatrizes. Mas ao contrário, era uma linda mulher pálida de olhos azuis e cabelos lisos negros que chegavam aos ombros. Era japonesa. Sua expressão era esperta e, para aquela ocasião, séria e interrogativa. O homem por sua vez, parado na sua frente tentando convencê-la de que pagaria depois, era negro e forte, mas não o suficiente para que o capuz o denunciasse.

Ninguém até então notara sua presença, o que era algo positivo, afinal poderia observar tudo que quisesse. Em cima da mesa, além das joias, havia um frasquinho com um pouco de sangue e, ao lado do frasco, bem perto das joias, um alfinete manchado com o sangue que estava no frasco. Era estranho o que acontecia, e Seishirou não conseguiria descobrir nada se não ficasse para descobrir ou esperasse o homem ir embora.

— Tudo bem, aqui está o que precisa. — A voz era adocicada e suave enquanto seus olhos pousavam no frasco e suas mãos o guardavam em uma de suas gavetas e jogava o alfinete fora. O homem resmungou alguma coisa e ela aquiesceu, logo pegando um saco e pousando em cima da mesa, que o homem pegou com certa rapidez como se ele fosse fugir. E tão logo quanto chegou, saiu porta afora deixando a porta entreaberta e a mulher com os cotovelos na mesa e o queixo apoiado nas costas da mãos entrelaçadas.

— Se aproxime, tenho certeza de que tem um bom motivo para ter vigiado toda minha conversa. — Confirmou a mulher, sem tirar os olhos da porta. De alguma forma, sabia que Seishirou estava ali mas não sabia quanto tempo, nem até onde vira e ouvira. Talvez, instinto humano a tenha ajudado.

@ Tajima

Estava escuro e tudo era um movimento caloroso e vozes altas e sussurros. Durante à noite que Paramet enchia de visitantes e tornava-se a parte mais populosa e movimentada de toda a ilha. O cheiro de cerveja e suor era constante e misturava-se com o ar sereno da noite.

Tajima, depois de quase uma hora procurando um possível emprego, consegue apenas arranjar um emprego de protetor de galinhas ou cocheiro temporário; nada produtivo. Ninguém parecia querer funcionários naquele dia, quando, ao entrar em uma loja do lado de um bar, encontra a placa "PRECISA-SE DE AJUDANTE".

Assim que entra depara-se com uma loja à primeira vista normal, mas depois, ao olhá-la por um ângulo melhor, pode perceber alguns objetos estranhos. Em cima de um balcão tinha uma cabeça de ciclope, um quadro com um olho de águia no centro, e uma lamparina em forma de mulher. No teto, tinham agaiolas com os objetos mais curiosos e estranhos que qualquer pessoa tivesse visto na vida. Não seria estranho se o homem que trabalhasse ali fosse estranho também.

E era.

— De duas uma: É feiticeiro ou veio candidatar-se à vaga de ajudante. — A voz que veio logo detrás de um urso gigante empalhado era de uma personalidade forte. Um velho magro, baixo e corcunda, sai de trás do urso e mostra-se pela primeira vez. Olha Tajima de cima à baixo e solta um suspiro ao perceber que era humano. Esperava que fosse, ao menos, um meio Youkai à aparecer, mas como era só isso que aparecia em sua loja, o jeito era agradecer sem delongas, os tempos estavam difíceis pra ficar escolhendo.

por Tajima Qua 04 Ago 2010, 7:02 pm

A procura estava difícil, mas Tajima não desistia, continuava persistente a achar um emprego. Já estava cansado e a noite já era visível, quando Tajima avista uma loja com uma grande placa: "PRECISA-SE DE AJUDANTE".

" Opa! Finalmente, tomara que seja algo descente. "

Tajima entrava no local e logo reparava diversos itens estranhos. Uma decoração bastante peculiar, mas na Media Lodoss aquilo certamente era normal. Ele adentrava na loja observando e andando bem lentamente. Ate que escuta uma voz, falando com ele.

— De duas uma: É feiticeiro ou veio candidatar-se à vaga de ajudante.

- Sim, vim me candidatar a vaga de ajudante.

Tajima logo nota a cara desanimadora do velho que o recebia. Talvez ele não era o tipo que o velho esperava, mas daria tudo de si para ser um bom trabalhador e ajudar na loja.

- Desculpa se não sou o tipo ideal, mas tiro essa diferença com bastante força de vontade!

por Owl Qui 05 Ago 2010, 12:07 am

A terra do comércio! Aquelas pessoas, elfos, anões - e coisinhas mais, diriam algumas mentes mais perversas - andavam como formiguinhas, ou em um neologismo apropriado, formiguinhavam pelas ruelas em busca daquilo que as atraíssem - algumas jóias, alguns presentes, comida ou qualquer coisa que prendesse os olhos por tempo suficiente para ser surrupiado das prateleiras e mostradouros. Os mais inocentes se contentavam em simplesmente olhar, enquanto os dotados de maior astúcia melindravam planos em sua cabeça, embora alguns nunca viessem a ser eventualmente realizados. Claro, havia também aquela infinidade de trombadinhas e ladrõezinhos menores, que eventualmente acabariam mortos nos becos escuros, já que não passavam de nada além de lixo. Lixo da sociedade e da humanidade, podemos encarar de qualquer uma daquelas formas.

E no meio de tudo aquilo, havia uma existência secular, sentada em uma calçada, com uma tela meio rabiscada em seu colo. Suas roupas ainda um pouco amassadas, os olhos injetados e as olheiras se prolifeirando por sua face como a praga negra se espalhara pela Europa. O artista rabiscava uns traços, volta e meia erguendo os olhos para encarar aquilo que desenhava - a entrada de uma loja, e o poste de iluminação apagado a sua frente. Alguns paravam, espiavam por alguns segundos e iam embora - lixo, no léxico requintado de Owl.

A coruja que observava atentamente e registrava aquilo que seus olhos viam com uma habilidade digna de nota simplesmente pensava no que estava a sua frente - no que acontecia, o que conseguia ver. No ar, um cheiro adocicado, que não lhe agradava. Buscava um cheiro melhor - o cheiro de um mistério. Mas não havia nada senão a comida humana ainda no ar. Ah! Humanos estúpidos! Porque não lhe serviam mais banquetes de mistérios como antigamente? E o ar rarefeito da superfície, em comparação àquele do Inferno, era seriamente um problema para a Coruja, que já vivia a séculos com aquela sensação desagradável.

Agora, onde estaria seu mistério?

por Seishirou Ryuumizu Sáb 14 Ago 2010, 1:29 pm

Ao me aproximar, sem fazer barulho, descobri que atrás daquela cadeira havia uma mulher. Uma mulher! Linda, curvilínea e astuta. O homem era com certeza um pária, e eu nem dei atenção. A voz dela era adocicada... Eu prestei atenção a tudo o que ela fazia...

No momento seguinte ela se dirigiu a mim, sem tirar o olhar da porta... Ela, sem dúvida, era muito esperta, sabia que estava sendo vigiada. O meu olhar pousava na pedra cor de sangue que, após tanto tempo de observação, eu sabia que se encaixava perfeitamente com a gema verde folha que eu carregava em meu bolso.

Fui até à porta, observei se o homem estava ali, e ele já não estava. Fechei a porta e desci, ficando frente a frente com ela, pousando meu olhar para todos os detalhes daquela magnífica visão que era aquela mulher. Aquietei minha apreensão e preparei-me para responder.

-Eu observei grande parte da conversa, não sei a quanto tempo você me percebeu, mas já que o fez, pode ficar tranquila. Eu não sou do tipo que denuncia nada, só estou atrás de uma gema em comum, e esta está em seu poder. O que preciso fazer para obtê-la?

por **Shaorin** Qui 19 Ago 2010, 11:51 pm

[ Desculpem a minha demora. Tive alguns problemas, inclusive com meu computador, mas agora estou de volta. Agradeço pela espera. ]

@ Tajima

O velho fez cara de desdém e deu um longo suspiro, olhando Tajima melhor. De certo, era um garoto com bom porte físico, aguentaria muita coisa, e o mais importante que compensava sua raça era sua força de vontade. Aproximou-se de Tajima arrastando os pés e andou a sua volta, vez ou outra olhando-o bem de perto. O homem cheirava à ervas e fedia à velhice.

— Ao menos compensa com força de vontade. — Refletiu, mais falando consigo mesmo do que com o próprio garoto. — O salário não é lá grande coisa, contente-se. E não se meta com quem entra aqui, não é bom. Avisou por fim e pegou uma vassoura e empurrou contra o corpo de Tajima, inclinando a cabeça para trás. — Comece limpando essa loja, está imunda! E quando terminar, tire pó mas com cuidado, tem coisas muito importantes.

— Quando acabar, avise-me aqui dentro. — Disse por fim, recomeçando a andar de volta para o quarto dos fundos.

A loja estava uma bagunça. Livros jogados pelo chão perto da prateleira de livros, camadas e mais camadas de poeira em vasos e libelos, além de várias outras coisas curiosas que estava atoladas de poeira. A própria porta estava que era só gordura, nem seu nome era possível ser lido direito. Tudo uma verdadeira bagunça.

@ Owl

Owl passou horas e mais horas criando seus preciosos - ou não - rabiscos. E nada havia mudado. Nada além de pessoas passeando e olhando vitrines, observando, vigiando outras tantas... Absolutamente nada de novo ou que chamasse sua atenção dentro dessas horas. Uma vez ou outra um curioso observava seu trabalho e jogava-lhe uma moeda achando que era um artista de rua; e tratando de gostar ou não, sempre haviam aqueles que ajudavam.

O final da tarde havia chegado e o vento estava um tanto mais forte, prova disso eram pequenos redemoinhos que ele fazia com as folhas das árvores e papéis jogados pelo chão. E um deles, sem aviso, foi o de Owl.

O papel que segurava no colo foi levado pelo vento até pouco antes do meio da rua. Ninguém o pegou ou pisou em cima pelo fato de haverem poucas pessoas. Assim que Owl olha para o papel que ainda ameaçava em se aventurar mais pela rua, o homem que passa atrás do papel chama mais sua atenção. Ele andava diferente dos outros: Além de estar vestido como se fosse para uma festa de gala, mantinha uma mão nervosa nos bolsos.

Ele passou rápido por uma barraca de chapéus e furtou rapidamente quando ninguém estava olhando, uma cartola e continuou andando como se nada tivesse acontecido. Logo mais a frente, mais alguns passos, roubou a bengala negra de um cego. O homem aparentava ter, no mínimo, trinta anos, isso se não fosse menos, e tinha um porte da riqueza. Seu rosto era de uma expressão rude e até vulgar; olhos ferozes de um verde esperto e ligeiro. Logo, um homem vivido que nada tinha a lembrar uma pessoa de alta classe, e sim, um vagabundo qualquer de rua. Depois de roubar a bengala, terminou por pegar algumas frutas de uma loja e entrou por uma rua após lançar uma olhadela para um homem da esquina da frente, que assim que o viu, esperou alguns segundos e olhou para os lados antes de começar a andar na direção da mesma rua.

Este outro homem era quase igual ao meliante que vira. Fino, e com o mesmo olhar enfurecido e astuto. E quando isso acontece numa rua daquelas, onde a maioria de seus transeuntes são simples, quer dizer que algo de bom não vai sair dali.

@ Seishirou

A mulher observou-o fazer tudo aquilo com um olhar indiferente. Ela tinha atitudes de uma mulher mais velha do que aparentava ser, e era isso que chamava mais a atenção dos homens. Ao ouvir sobre a pedra, seguiu seu olhar para a mesa e contemplou a pedra, e esboçou seu primeiro sorriso: suave, porém breve.

— O que está disposto a fazer para tê-la? — Perguntou depois de alguns instantes, fazendo sinal para que se sentasse na cadeira do outro lado da mesa. Ela era séria e fazia jus ao seu cargo e situação. Era óbvio que para agir daquela forma, era porque homens diferentes, de raças diferentes, haviam passado por suas mãos.

por Seishirou Ryuumizu Dom 22 Ago 2010, 1:23 pm

Spoiler:

Indiferente de suas atitudes, eu notei que ela não esboçou qualquer reação exacerbada, sua indiferença mostrava que simplesmente estava acostumada com situações como aquela. Diferente da reação que demonstrou quando sentiu que eu estava presente, era como se todo aquele papo para ela fosse trivial, até monótono. Um sorriso leve, mas nitidamente amarelo, perpassou sua face por um breve momento... Nada que me tirasse de meu foco.

-O que for preciso, desde que não seja matar ninguém. Sou um elfo da luz, mortes não são para mim. Quanto ao restante - ludibriar, me disfarçar, ou qualquer outra coisa que seja, estou disposto.

E fiquei contemplando seu semblante sereno, enquanto ela trocava os olhares da gema para mim e vice-versa, aguardando algum pedido igualmente imprevisível vindo dela.

por Owl Qua 25 Ago 2010, 3:38 pm

Como se realmente fosse um mendigo! Era curioso ver as pessoas. Todas elas, passando e se misturando como se jogar lixo sobre lixo fosse algo digno. Dava até vontade de rir. Mas Owl era uma daquelas almas que simplesmente vive. Daqueles que não tem realmente algo interessante para apresentar os outros, mas que na verdade busca o interesse em viver e não encontra nada. Na verdade, havia encontrado algo - mas aquele algo estava, em essência, desaparecido. Onde estava o mistério? Aquele cheiro adocicado começava a ficar mais forte. O vento dançava com mais intensidade. O mundo vivia mais em mistério! E seu sorriso começava a se alargar enquanto desenhava com mais intensidade. Sua vida era melhor em mistério! O mundo era melhor em mistério! Os desenhos de Owl ganhavam traços mais pesados e intensos. Sua excitação começava a se transferir para o papel, enquanto seu sangue começava a correr com mais intensidade. O sentimento estava lá!

E era só seguir o vento. Os enviados de Boreas, o furioso vento do norte, levavam sua folha para longe. Não se ergueu para pegá-la, mas sim acompanhou-a com os olhos, desenhando círculos no ar até que caísse suave no chão. E ergueu os olhos para a figura de pés ligeiros e espírito furioso que caminhava - ou dizer corria era mais correto? - próxima ao papel. Os olhos amarelados de Owl passaram a observar a figura. Que corria, astuto e cheio de mistério em si. Cheio daquele cheiro, cheio daquela textura! Não conseguia evitar a tremedeira que se apossou de seu corpo por alguns segundos, enquanto olhava. Que sujeito mais malandro! Roubava e fingia que nada acontecia. Não eram perdoados nem cegos, e acreditava também que qualquer criança acabaria sendo vítima do sujeito malandro que faria aquilo. Seguia-o como uma ave de rapina.

E onde existe um, existe dois. Existia um grupo inteiro, poderia apostar aquilo! Era algo simples, qualquer um como Owl entenderia. Então, o que fazer? Pegou as moedinhas e jogou-as dentro de um bolso, para então se erguer e com passos vigorosos começar uma caminhada de destino já definido. Seguia, a uns dez passos de distância, o segundo indivíduo, que provavelmente mal havia percebido sua existência. Conforme passava, curiosamente, pisou em cima do desenho que estivera fazendo. Haviam coisas mais importantes, e o cheiro se tornava mais forte.

Seu almoço estava à mesa.

por **Shaorin** Sáb 28 Ago 2010, 12:17 pm

@ Seishirou

Ao escutá-lo, sorriu de canto ao saber que faria de tudo para conseguir tal pedra. Ela tinha planos, e acabara de achar o cara certo para pô-los em prática. — Sente-se. — pediu, e abriu uma gaveta em sua escrivaninha. Dela tira um pote de vidro e um alfinete e os coloca em cima da mesa, ao lado da pedra e apoia os cotovelos na mesa e o rosto na palma das mãos abertas.

— Trabalho com empréstimos. Você deve estar se perguntando o porquê de eu confiar em estranhos, se nem ao menos sei se vão me pagar ou não no final das contas... Mas eu sei. Não assinamos nada para fazer valer o empréstimo, mas sim, um pacto com sangue. — Fez questão de dar ênfase nesta última, para deixar claro que não brincava em serviço, que não era uma pessoa qualquer.

E antes que falasse alguma coisa, recomeçou a falar, apontando para cada um dos três itens da mesa:

— Você furará o seu dedo com este alfinete e deixará uma gota de seu sangue dentro deste pote até que me pague. Terá trinta dias para fazer isso. E quando trazer o pagamento, entregarei o pote para que faça o que quiser. Explicando de uma maneira mais simples, se não me pagar, pelo seu sangue consigo achá-lo em qualquer lugar do mundo, e irei até o fim do mundo para te cobrar. Aceita ou não? — Dito isso, manteve sua posição e olhou uma última vez para o pote e depois para Seishirou, esperando sua resposta.

@ owl
As coisas haviam se tornado interessantes. O primeiro homem que vira não dava sinal de vida em lugar algum depois de ter adentrado em tal viela; enquanto que o outro, agora perseguido por Owl, nem se quer imaginava de sua existência e caminhava tranquilamente até onde seu comparsa estava. Os lugares por onde passou eram sujos, mal-iluminados, e totalmente perigosos. Eram desertos, e se não fosse um cara perigoso, já teria sido assaltado há tempos. O mesmo obviamente aconteceu com Owl, afinal, quem via o perseguido, via o perseguidor e imaginava que eram comparsas que disfarçavam para não serem pêgos por guardas de hilydrus.

A caminhada durou quase uma hora inteira. Ele parava vez ou outra para olhar para trás certificando-se de que não estava sendo seguido, mas todo grupo tem que ter aquele membro inferior, disprovido de inteligência, que nem se quer sabe perceber quando está sendo seguido. Assim, chegaram à uma rua não muito deserta, e avistaram o primeiro homem adentrando em uma casa grande entre um bar e uma pousada. A casa era simples, o mofo era evidente, mostrando o quão antiga é. Sua porta eh dupla, larga, e de madeira como suas três janelas: uma ao lado da porta, e outras duas no andar de cima. O telhado ainda mantinha-se em pé.

O homem perseguido chega na porta e dá duas batidas ritmadas, seguidas, e uma terceira com certo intervalo. Um dos lados da porta se abre e ele fala com alguém que Owl não consegue ver, e logo ele entra e a porta se fecha, deixando Owl sozinho novamente. Porém, nem um minuto se passa e um barulho de tiro vem de dentro do casebre ao mesmo tempo que uma cadeira de madeira caí fazendo um estrondo. O que seja que aconteceu ali concerteza não foi coisa boa, restava Owl querer saber do que acontecera, e o motivo, se desejasse pois, assim que isso tudo acontece, o primeiro homem que vira sai da casa limpando uma faca disfarçadamente voltando pelo caminho que chegara.

por Owl Dom 05 Set 2010, 11:38 am

Uma série de icógnitas se colocavam a sua frente, de forma bastante díspar; intrigando levemente o demônio. Sua maior pergunta não era o motivo do assassinato - já que não precisava saber dele para se alimentar - mas outra coisa, talvez um detalhe menor que virá a ser exposto um pouco mais tarde. Os passos compassados do demônio faziam um barulho oco, daqueles que mais lembrava um salto do que um sapato. O chão de pedra parecia ofendido pelas pisadas fortes, fazendo Owl continuar em sua velocidade acelerada para seguir aquele mentecapto. Foi empurrado pelas forças do acaso por quase uma hora. Mesmo quando o homem virava e via-o, parecia não perceber que a Coruja em realidade o seguir. Definitivamente o idiota do grupo, arriscaria dizer.

O ponto de encontro dos dois era um velho casarão.

E o idiota entrou, um pouco após o primeiro. Não duvidava que ele também fosse idiota, mas deveria ser menos. O esquema das batidas ritmadas deixou uma coisa clara - eram de um grupo, e já haviam combinado. Ficou lá, a espreita, simplesmente esperando. Claro, um demônio como ele nunca precisava esperar demais. Um estalido seco denunciava claramente um tiro, e ele definitivamente havia vindo de dentro da casa. Uma cadeira caindo. Também problemático, ao mínimo. O estrondo da cadeira caindo era curioso. Parou, vendo o primeiro alvo saindo da casa. Limpando uma faca.

Ali estava sua maior dúvida. Porque limpar uma faca, se havia ouvido um tiro?

Disparou de onde estava em direção ao sujeito, com o mesmo porte altivo e nobre de sempre, parando em frente a ele quando conseguiu. Mentir e enganar era fácil, ainda mais quando era para simples humanos.

Com licença, se importa em me responder uma pequena pergunta? Vi o senhor saindo daquele casebre, e como penso em comprá-lo, acredito que seria agradável falar. Conheces o dono dele?

Os olhos de Owl, amarelados como eram, brilhavam em um desejo insano por comida. Começava, então, a preparação para aquele banquete!

por **Shaorin** Sex 17 Set 2010, 11:12 pm

[ Como Seishirou não postou, darei continuidade. ]

@Olw

O homem tinha acabado de guardar a faca na cintura quando é abordado por Owl, e para a surpresa do jovem, o homem não esboça nenhum sinal de surpresa ou desconfiança em suas palavras, era um bom ator, de fato.

— Ora mas claro que conheço, está falando com ele. — Disse com um sorriso sedutor e esperto, de fala suave, olhando Owl nos olhos. Agora de perto, Owl o via como um homem um pouco alto, de olhos espertos e, de certa forma, intrigantes.

— É uma bela casa mesmo e está em exposição neste momento, se quiser dar uma olhada pode ir, o acompanho. — Respondeu educado, fazendo um sinal com a mão para o casarão.

Era estranho ele querer que Owl fosse agora na casa após um assassinato, ele poderia querer várias coisas com isso, ou, fosse o caso, tudo poderia estar limpo naquele momento. Várias coisas poderiam ser supostas com a atitude "boa" do homem.

— A propósito, sou Kote. — Sorriu, oferecendo a mão para que Owl apertasse.

por Owl Sáb 18 Set 2010, 2:26 am

Aquele sujeito não lhe cheirava humano normal. Era, no mínimo, um subversor da ordem, e portanto estava acostumado com aquele tipo de falcatrua e teatro. Mas não deixar transparecer era a essência de um demônio que se alimentava dos mistérios. E então a essência não apareceu. Apertaram as mãos cordialmente, e sorrindo, Owl fixou os orbes dourados nos olhos do sujeito. Eram olhos de uma pessoa sagaz, não poderia negar. Então balançou as mãos, esperando as falas do sujeito. Então o casarão estava aberto. Ele havia feito algo para esconder o corpo, ou assim esperava. Se deparar com um corpo deitado na sala de estar seria tedioso demais.

Estreitou os olhos com o nome do sujeito, sorrindo cordialmente enquanto selavam o gesto. Completou-o então, com a própria fala. Pode me chamar de Owl; disse o demônio. De que mudaria usar aquele nome mesmo? Merda nenhuma, diria o sujeito perverso que era a Coruja. Sorriu. A casa estava aberta. Adoraria conhecê-la por dentro. Se importa em mostrar-me tal recanto? questionou Kote, o então-dono da casa. Vejamos quais seriam as reações, e ao que levaria a visita do demônio.

por **Shaorin** Qua 22 Set 2010, 10:46 pm

Kote sorriu e aquiesceu numa forma de cumprimento ao Owl se apresentar e apertar sua mão, não esboçando qualquer surpresa. Assim que soltou sua mão, virou-se em direção à porta da casa novamente. Desta vez, ao contrário do que Owl tinha visto da outra vez, Kote pegou uma chave e destrancou a porta, empurrando-a para dentro.

Branco. Era a cor dominante do casarão. Teto, paredes e chão, tudo no mais branco possível. Entraram por um corredor que em seu final tinha algumas escadas para o andar de cima. Kote foi informando à Owl que aquela casa tinha anos e mais anos de vida, quase um século, e que várias famílias ricas moraram ali. Tinha virado até casa de prostitutas.

Ao chegarem no segundo andar, deparam-se com um corredor pequeno, que em seu final tinha uma porta aberta e uma janela escancarada. Possivelmente tinha sido dali o tiro, porém não havia nenhuma marca de sangue em lugar algum do cômodo. Na lateral deste havia uma segunda escada para o terceiro e último andar. No corredor onde estavam tinham alguns quadros pendurados na parede direita mostrando várias pinturas de lugares maravilhosos de Lodoss. Já do lado esquerdo tinham algumas portas fechadas e entreabertas.

— Comprei esta casa de um cara que queria sair da Ilha e tentar a vida em outro lugar. Paguei metade do que ela vale, que pena para ele. Mas enfim, aqui são os quartos e aquela dos fundos pode ser uma das salas, fica a seu critério se fecharmos acordo.

E Enquanto falava, apontava delicadamente para cada uma das portas do corredor até parar na última, que era a toda escancarada e grande. Olw pode perceber que havia um pedaço de madeira caído logo atrás da porta pois conseguia ver sua ponta. Deduzia-se de que era a cadeira que havia caído. E nas paredes, um dos quadros que mostra uma das montanhas mais altas de Lodoss estava levemente inclinada para o lado, o que mostra que o barulho somado ao choque da cadeira e o corpo ao chão, fizera tremer a estrutura e inclinar o quadro. Porém, este detalhe Kote não tinha visto.

por Delfos Qui 23 Set 2010, 12:13 am

Estava calor. E era um dia bonito. Quase tudo era muito bonito aos olhos daquele Youkai. Delfos estava com sed;, seus pés sem calçados examinava com rigor aquelas terras. Era sua 1° aparição por aquelas redondezas. Fez um sinal religioso, que como proteção, delfos garantia em sua nova caminhada. Um fitar ligeiro pelos tonéis a venda. O cheiro da batata vindo ao fundo de uma casa.e um cachorro lhe veio pelas pernas separadas balançando a cauda.
- Que bonitinho você – disse, pegando-o a criatura e fazendo um carinho na orelha.
Uma mulher gorda esbarra. E uma fruta cai de sua sacola. Delfos pega a fruta e quando volta para devolver, a mulher se foi. “Apenas uma fruta” - pensou. Deu algumas mordidas caminhando até uma porta aberta pensou em pedir um pouco de água e para encher seu odro.
O cão ao seu lado. Um bater de palma, e o eco se expandiu por toda casa.

por Seishirou Ryuumizu Dom 26 Set 2010, 4:48 pm

Quando me pediu pra sentar, eu o fiz, mas muito ressabiado com tal pedido... Como eu poderia saber se poderia confiar nela? No momento seguinte, ela tira um pote de vidro e um alfinete, e depois ela me explicou como trabalhava, com pactos de sangue... Muito mais difíceis de serem desfeitos... Muito esperta ela.

Ela explicou como funcionava... Mas eu só queria a pedra, não queria emprestava, poderia até comprá-la se fosse preciso, ou até mesmo conseguir algo que ela quisesse em troca...

-Entendi o que você quis dizer, é realmente muito interessante a sua forma de agir quanto aos calhordas, mas eu só quero saber como eu faço pra obter a pedra, pois ela está em seu poder e não se trata de um empréstimo. Me diga, o que quer que eu faça pra poder obter esta pedra de você? Posso fazer o pacto para combinarmos o seguinte... Me peça o que quiser, e eu terei 30 dias para achar pra você. Caso contrário, você saberá onde estarei, e fazendo o quê, pois sangue élfico é mais forte do que qualquer coisa que você quiser encontrar neste mundo.

E fiquei aguardando a resposta.

OFF: Shao-chan, peço desculpas por não ter postado antes, eu tava meio enrolado... Mas agora eu voltei para Lodoss... Beijos ^^

por Delfos Qua 29 Set 2010, 7:08 pm

percebendo a ausencia de pessoas, Delfos caminha até uma pequena bica de água corrida e enche sua talha. Pense um pouco e decide ir até um lugar que lhe faz muito bem, o cemitério

por **Shaorin** Qua 29 Set 2010, 7:36 pm

[Como Owl não postou, darei continuidade Seishirou, e rlx, não tem problema a demora. xD ]

@ Seishirou

A proposta tinha aumentado e a garota estreitou os olhos e deu um sorriso de orelha à orelha. Fazer tratos eram ainda melhores quando se tinha algo muito mais valioso a se penhorar. Pensou por alguns instantes e concluiu, voltando a seriedade.

— Pois bem. Tem algo sim que quero que faça para mim. Lhe darei a pedra agora e poderá resolver o que precisa, porém em trinta dias vou querer o que pedi. — Olhou para o lado por um instantes e voltou para Seishirou — Pois bem, o que quero é simples: Um dos chifres do Rei de Takaras.

Não esperou resposta de Seishirou, colocou na sua frente o alfinete e o pote, deixando que ele mesmo o furasse. — E então?

por Seishirou Ryuumizu Qua 29 Set 2010, 10:42 pm

Finalmente uma prova para poder cumprir, que me deixaria forte. Mas não pensei que seria ela a passar isso pra mim... Mas tudo bem. Peguei o alfinete, furei o dedo e coloquei dentro do pote um pouco de meu sangue, que era azul, como o de todos os elfos da floresta. O pote brilhou...

-Aceito. Mas vou precisar de armas, não sei o quanto ele é forte...

E fiquei aguardando a resposta.

OFF: Agora as coisas vão ser mais rápidas, Shao-chan ^^

por Owl Sex 01 Out 2010, 6:51 pm

Shao, peço perdão. Acabei me enrolando, e também nem havia notado o post. )':

Com os olhos de águia ávida por encontrar e abocanhar a presa, Owl adentrou o casarão. Se forçou a fazer os orbes dourados brilharem menos, esconder mais a fome que sentia. O cheiro de mistério ficava mais forte a cada passo que dava. Se orientava pelas palavras de Kote e também pela visão desenvolvida, e pelo absurdo faro para mistérios que tinha; falando literalmente. A cartola ficou em sua mão, retirada após adentrar o casarão, e companheira constante de aventuras que era, tornou-se parte importante do plano bem articulado de Owl.

Conforme andava, deixou a cartola cair. Aquele era o motivo que usaria para voltar e se perder pela casa.

Quando na sala final do desafio, notou as diferenças maiores do design original, como a pequena curvatura do quadro e a cadeira caida. Olhou para Kote, e sorriu-lhe. Os lábios desenhavam um sorriso provocativo, de quem já sabia o que fazer. E não era só o sorriso. Sua mente turbilhava.

Como você quer fechar o acordo, rapaz?

E sorriu. Aquele era um ponto fundamental. E definitivamente, daria certo. Tinha mais certeza agora por causa da cadeira caida.

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