Praça Central

@Todos

Aquilo real? Como poderia ser?

Era dia na mais harmoniosa cidade de Lodoss, Hilydrus, e, como quase sempre, nessa época do ano o sol deveria brilhar com todo o seu esplendor e, assim, aumentar mais ainda a beleza desse local inigualável e mais glorioso, até onde os próprios deuses habitavam e até descansavam, o caso de Zalthar o qual era e é venerado até hoje, não só pelos lodolianos, como também pelos que vivem fora do continente. Entretanto aquela manhã era diferente... O paraíso de Lodoss já não estava iluminado como antes e até mesmo, onde poderia se encontrar risos como se fossem gotas em meio ao oceano, na Praça Central, o cenário mostrava-se diferente.

Nuvens negras se espalhavam pelos céus da cidade principal, porém essas não anunciavam chuva, nem mesmo tempestade... Quem era muito antigo poderia saber do que se tratava, mas tal fato, se descoberto ou posto em dúvida por algum deles, cairia rapidamente em descrença, pois a cidade estava em bons momentos e a crise já não era mais um fantasma tão assustador, entretanto existia. Hilydrus estava fortificada, soldados sempre alertas e bem treinados; a cidade fazia de tudo para evitar confrontos ou ganhá-los, sendo eles de qualquer natureza, não importava se era Takaras ou outro, grande ou mínimo. Mas... Seria o suficiente para o que estava para acontecer?

Raios, trovoadas, relâmpagos poderia ser normal, contudo, a cor era diferente... Era visível que não era chuva... A cor era arroxeada e quanto mais raios caiam, mais um tipo aura maligna invadia a Praça Central, tornando o cenário tenebroso; macabro. Correria e gritos de crianças, todos corriam em busca de abrigo ou para suas casas se proteger do que parecia ser a mais severa tempestade que Hilydrus enfrentara... Isso se já tivessem passado por uma... Tempestades eram comuns no Penísula de Ruff, mas não em Hilydrus e tal idéia amedrontava os moradores, pois isso era novidade e, como se sabe, tudo o que é novo ou causa espanto ou revolta.

Alguns soldados que estavam presentes na praça guiavam as pessoas para suas casas e as aconselhavam a não ficarem ali; cumpriam o seu papel de organizar e apaziguar a situação, mesmo parecendo caótica.

Com o passar dos minutos, uma coisa interessante, no mínimo, chamou a atenção dos soldados: No meio das nuvens uma coisa que parecia com um enxame de abelhas começou a aparecer... Os soldados não conseguiam definir exatamente o que eram, mas sabiam que não eram abelhas... O som vindo da estranha aparição era alto... Rugidos, bater de asas... Ventania... As pernas dos soldados não tremiam nem mesmo pensaram em fugir; o treinamento dos guerreiros lodolianos era um dos melhores, entretanto a ânsia para que tudo ocorresse bem era visível nas faces deles. A quem julgar?

Os soldados se prepararam, eram doze ao total, não sabiam o que iria acontecer, mas a adrenalina, agora, corria aceleradamente por suas veias; estavam alertas mais que nunca. Agora estavam até ansiosos para que algo acontecesse; o pesar no respirar se misturava as ventanias e juntamente com o som das terríveis trovoadas arroxeadas, compunham uma sinfonia mortal; uma verdadeira orquestra na qual o maestro parecia ser o destino ou... Algo maior.

Soldados armados vigiavam o local, atônitos, vigilantes, corajosos ou muito tolos... Estavam lá... Entretanto foram pegos de surpresa... Mesmo grandes, quase gigantes, três dragões apareceram de forma sorrateira, sendo percebidos somente ao tocarem ao chão... Percebidos devido à destruição causada ao pousarem de forma abrupta e destrutiva.

O coração dos doze quase para de realizar os processos de pulsação ao se depararem, primeiramente, com o tamanho dos dragões e, depois, ao verem a destruição... Casas, lojas, ruas... Tudo o que levara bastante tempo para serem construídos agora não passava de pó embaixo dos monstruosos e magníficos seres... Talvez pessoas já tivessem morrido, mas se houvesse, com certeza o número seria mínimo.

Alguns dos soldados que estavam ali arregalaram os olhos e disseram em um tom simples, sereno, cujo arrependimento era até notório... Esses estavam presentes na Taberna Allnight quando Leroy, o bardo, fez seu pronunciamento sobre acontecimento semelhante e lembraram como se estivesse naquela mesma noite, naquele mesmo momento, da última frase do bardo:

–Vi entre as nuvens formas e vultos, eram tantos que meus olhos quase ficaram malucos! Dragões foram os que vi, entre raios e trovões que relampeavam por ali. As nuvens se espalham feito praga no deserto, e nem pensem em querer ver esta desgraça de perto! E ouçam o que digo, caros amigos: isso vai cobrir a ilha inteira, de eira a beira!

Arrependimento por não ter dado atenção... Arrependimento por não ter se preparado para tal momento... foram avisados. Agora não havia tempo para pensar... Era só agir com prudência.

Começaram a atacar; os soldados tinham contato com dragões e, mesmo não sendo tão grandes como os que estavam à sua frente, sabiam lidar com a situação, ao menos haviam sido treinados para tal feito... Entretanto eram só doze, então reforços foram pedidos; um dos guerreiros que ali estava foi-se pedir ajuda.

Os guerreiros lutaram, mas nenhum dano significativo faziam nos enormes adversários, em vez disso, pareciam ficar cada vez mais furiosos, mas não desistiam... Se não conseguissem detê-los ao menos serviriam de distração até que a ajuda tão almejada chegasse; ajuda almejada como água em um deserto de Shane. Com suas espadas, magias e toda sorte de armamentos que possuíam, lutavam e chegavam até a ferir os dragões, mas o esforço e o suor deles pareciam entreter aos adversários.

Atacavam e se esquivavam, levavam vantagem, pois eram bem menores que os dragões... Entretanto um só golpe de calda de um dragão destruía uma casa inteira e, nem passados uma hora, a Praça Central a qual era linda e bem movimentada, agora estava em ruínas com os onze lutando contra os três dragões. Cansados e já com o cabo das espadas quase grudados em suas mãos, os guerreiros clamavam a Zalthar por ajuda, misericórdia e força... Força para lutarem e não tropeçar... Até esqueciam que o deus dormia em um sono profundo o qual parecia não ter fim.

Ao respirarem, olhavam para os céus e viam que ele ainda estava escuro, percebiam que a ventania aumentava, que as trovoadas e raios só ficavam mais fortes e se lembravam da frase de Leroy e da canção que o grupo de bardos tocavam naquela noite, enquanto o bardo proferia as palavras... As fatídicas palavras as quais, se ouvidas, poderiam não necessariamente acabar com as possibilidades de o ataque acontecer, mas sim amenizar as perdas... E ainda pensavam no grande mal que havia de vir do meio das nuvens amaldiçoadas.

Agora era tarde para pensar... Deveriam agir de qualquer maneira para evitar e acabar com aquele pesadelo... Clamavam a Zalthar e esperavam reforços, mas qualquer guerreiro que estivesse ali seria bem vindo para lutar contra os inimigos; qualquer guerreiro que estivesse ali seria um dos próximos pretendentes a se tornar herói ou heroína. A final de contas, mesmo sendo só um rumor de ataque feita por um bardo e seus companheiros há algum tempo, tais boatos haviam se espalhado por entre a população... Já deveria ter algum aventureiro na cidade a essa altura, além de que, não eram só soldados presentes naquela noite... Talvez alguém houvesse se preparado e estivesse ali ou, sabendo da concretização das falas de Leroy, estivesse a caminho.

[Bem galera, peço mil perdões por aparecer do nada e assumir o lugar do Gm Akira na praça central... Mas como a vida é... Estou aqui e tocarei o barco a frente! Espero que gostem da aventura que lhes for proposta! Desde já meu grande abraço.]


@ Sassa e lfskyden

Saíram correndo na direção do local e se direcionaram à direção contraria contrária... Instinto de sobrevivência?... Medo?... Falta de espírito de aventura?!... Bem, o correto é que não se sabia ao certo o que se passava pelas mentes das jovens e, outra conclusão facilmente obtida é que não deveriam se julgadas por isso, pois, a final de contas qual o joelho o qual mal treinado não estremeceria com três grandes dragões envoltos em um ar de destruição e carnificina?!

As meninas correram, porém o som dos rugidos não diminuía, na verdade pareciam estar cada vez mais fortes, fato o qual fez com que as garotas corressem cada vez mais pensando que alguma daquelas criaturas poderia estar no encalço delas... Podiam sentir a respiração pesar e a perna gritar... Podiam sentir o frio em suas espinhas a cada vez que ouviam os urros e as trovoadas... O vento soprava mais forte e ele uivava em seus ouvidos, quanto mais corriam, mais ouviam os uivos.

Sassa estava à frente e logo em seguida estava Cassie, entretanto algo fez com que a primeira moça parasse bruscamente, assim, Cassie, não vendo a amiga com clareza, bateu em suas costas... Entretanto Sassa não esboçara um movimento que normalmente faria.

Sassa vira uma cena que a fez querer correr de volta a praça... As nuvens pareciam cobrir o caminho em sua frente... Parecia uma neblina; uma neblina arroxeada e cheia de mal, logo depois a menina que esbarrara em Sassa também vira a cena, no mínimo, intrigante... Não se poderia entender, por meio das expressões delas, o que se passava em suas mentes... Talvez isso não fosse claro nem para elas mesmas... O que fariam agora? Se esconder? Lutar?... Ou será que atravessariam a neblina?

Parecia um beco sem saída... Um jogo no qual pareciam ser forçadas a participar, entretanto nada é certo em "achísmos"... Talvez fosse só uma questão de percepção; questão de ponto de vista... Talvez fosse até uma situação fácil de ser resolvida... Ou... Não.


[Off: Bem, eu pus Ifskyden junto à Sassa, pois como ela não postou pela segunda vez, deduzi que ela seguiria Sassa! Espero que tenham gostado!]


@ Kinpatsu e Seishirou

Ah, os dois guerreiros... Quanto a esses... Quais seriam suas motivações, suas intenções? Aqueles planos ousados... Aquela admirável força de vontade demonstrada para ajudar os soldados que estavam dispostos a sacrificar a própria vida pela segurança do reino... O que os faziam lutar e sacrificarem-se? Seria a glória? A fama?... Ou será que eram só tolos brincando consigo mesmos?

Kinpatsu pôs seu plano em ação... Correu e direção aos dragões e aos soldados, entretanto a ferida em seu abdômen doía demais... Cada vez que corria mais os pontos pareciam que poderiam arrebentar a qualquer minuto (embora isso não fosse ocorrer como esperado), mas a vontade de lutar era grande, tão grande que negara em sua mente a dor e continuara a correr. O rapaz correu, porém o que sua mente havia negado, seu corpo parecia ter abraçado... As pernas falharam quando estava próximo a um dos dragões, o que ocasionou em uma queda brusca, um tropeço no próprio pé, mas, por mais que parecesse ridículo, quem estivesse “na pele dele” saberia que se tratara de coisa séria.

Enquanto isso ocorria, o elfo corria para o andar superior e uma decisão um tanto inusitada dele salvaria a vida de Kinpatsu... O dragão, mais próximo ao jovem, estava prestes a esmagá-lo com sua enorme pata, quando, no exato momento, Seishirou lançou seu feixe de luz o qual atingiu o dragão e o distraiu, livrando Kinpatsu de ser morto nesse momento. Embora ainda não soubesse, Kinpatsu, havia sido livrado justamente por um desconhecido e largado por suas “companheiras”.

Seishirou também não sabia, mas havia tido êxito em seu ataque o qual embora não houvesse causado muito dano no, grandioso, animal, salvara uma vida... Entretanto, o preço pelo salvamento estava prestes a ser descontado de sua própria segurança... Agora o dragão que estava junto a Kinpatsu estava rumo ao local onde o elfo se encontrava. Ao sair o jovem elfo pôde ver que agora ele era o alvo... A fúria e o grunhido confirmaram a idéia... Seishirou via a morte enquanto Kinpatsu respirava a vida. Pelo menos por enquanto.

Kinpatsu caído ao chão buscava forças para se levantar... Antes disso conferiu sua barriga e teve certeza de que estava bem, porém doía... Podia sentar-se, porém a cena ao seu redor lhe induzia a correr... Estava seguro- o mais seguro possível- daria para descansar, mas será que teria tempo o suficiente para se recuperar? O que faria agora? Iria levantar e continuar a lutar ou fugiria como Sassa e Cassie?

Quanto ao elfo, iria luta? Fugir? O quê seu instinto élfico lhe falaria? Será que deveria confiar nele? Será que estava só?... Tais pensamentos rondavam sua mente, porém teria de agir rapidamente, pois não havia tempo a ser gasto em pensamentos... Estava em palco de guerra... Agora seria só ação com um pouco de raciocínio, pois qualquer ato sem consequências antes medidas poderia resultar em algo catastrófico para o ele.

[Off: Tomei a liberdade de uni-los! Espero que tenham gostado do post!]