Continente Shane

— "Depois de tudo aquilo ela ainda disse isso, que personalidade sinistra..." — Imaginava a respeito.


Vendo Sorceress andando na direção dos Skoratas, Rotciv pensou se ela realmente iria andar naquele calor sozinha. Ficou alguns segundos com uma cara de pau e então: — Ei! Espere por mim! — Saiu em um passo apressado atrás dela, Rotciv também estava curioso e também seria mais seguro se ele a acompanhasse.

Indo de trás de uma pedra para outra, tentava não chamar muita atenção, mas, o calor de até uma pequena caminhada no deserto se tornava angustiante. — "Não sei se estou me sentindo mal por está seguindo secretamente alguém, esse calor ardente ou a sensação sinistra por ficar perto da Sorceress..."

De repente ao chegar em uma área sem saída os Skoratas pararam, Rotciv se escondeu atrás de uma rocha tentando imaginar porque pararam naquele lugar. Então um tremor tomou conta do lugar, Rotciv tentou observar o que era, viu um brilho azul e um dos Skoratas estava com o braço estendido abrindo um passagem. Em alguns instantes eles a atravessaram e Sorceress continuava seguindo-os a distância. A passagem começou a se fechar rapidamente e Rotciv não teve escolha, foi obrigado a entrar! — "Queria poder dizer que acho essa passagem muito sinistra, mas, tenho medo, pois provavelmente ela irá dizer que não se importa..."

@ Sorceress e Rotciv

Não perderam tempo. Sorceress se pôs a correr com Rotciv logo atrás. A entrada para aquele local secreto se fechava cada vez mais rápido, pareciam que não iriam conseguir. Mas em um último esforço, conseguiram entrar. Sorceress se jogou e puxou Rotciv junto consigo. Não perceberam, porém, que logo a seguir, havia uma depressão profunda e acabaram por rolar ladeira abaixo.

Quando enfim conseguiram parar, estavam cobertos de poeira. Tossiam um pouco e já se depararam com três túneis adiante. Dois nas laterais e um no centro. Não viam, porém, seu conteúdo. Lá dentro tudo era treva, completamente incompreensível para os que desconheciam e possivelmente perigoso.

Os dois se entreolharam. Por mais que não quisessem, trabalhar em equipe agora era o essencial. Tinham de escolher que lugar seguir e como prosseguir na situação atual.

[Dois posts de cada. Sorceress> Victor> Sorceress> Victor. Sei que vão discutir por causa das entradas. Enfim, bom jogo e desculpem o atraso =* ]

Mal deu passos para dentro que já tombou ladeira abaixo, em sua reação instintiva Sorceress pôs o braço no rosto em uma tentativa de protegê-lo. Acabou rolando ao fim da ladeira, por sorte sem machucados, apenas empoeirada. — “Que idiota colocaria uma ladeira na entrada? E ainda fiquei mais suja.” — Dizia para si mesma ao levantar e bater de leve nas vestes para remover a poeira.

A diante, nada mais que três túneis escuros. Olhou para Rotciv e pensou. — “Parece que se nos separarmos teremos poucas chances de sobreviver... Ótimo! Não, espera, assim eu também vou ter poucas chances... para o meu bem temos que trabalhar juntos.” — Arregalou os olhos para o moleque dizendo. — Não saia de perto de mim, para o seu bem. — Voltou-se para as passagens. — Quanto a esse túneis, tenho uma ideia. Vou usar três labaredas para iluminar os caminhos, assim teremos melhor análise das opções.

OFF: Sorcerees, você já me disse que é bem ocupada, mas, as vezes não é bom deixar os outros sem informações. Já nem sabia se ia voltar a postar ou não. Ok, vamos postar com tudo!

ON:

Também não sabia que o solo da entrada era mais ingrime, ainda mais sendo puxado pela feiticeira para dentro, Rotciv não tinha como se equilibrar e rolou também. Aproveitou pelo menos para deslizar enquanto rolava, quando enfim parou, expressou. — Yupê! Vamos de novo?! — Sorria como uma criança, talvez fossem traços de que ainda era infantil? Quem sabe.

Em seguida estava a se deparar com os túneis de conteúdo desconhecido, Sorceress parecia estar trabalhando bem para resolver, após ouvi-la parou de sorrir ficando indiferente, como se essa situação exigisse um outro ar. — Melhor não, a labareda pode queimar algo que lá esteja, além de chamar muita atenção. Você também precisa poupar energia, melhor que não se esforce. — Colocou a mão no queixo como de quem está pensando e pois-se a trabalhar.

— "Considerando que essa passagem tenha três túneis, devo presumir duas coisas. A primeira, que os túneis levam a lugares diferentes, o que dá a ideia de que o lugar é grande. A segunda, que foi planejado como armadilha ou para atrasar alguém. Outro fato que me intriga é o clarão azul que abriu essa passagem, aquilo não é coisa de novato. A julgar por todos esses fatos, há uma grande possibilidade dos Skoratas já terem nos descoberto, é só uma hipótese, mas, não deixa de ser uma possibilidade..." — Encarava os túneis se fixando no seu interior, mesmo sem nada obter.

— "Se tudo estiver correto, talvez nenhum dos túneis seja o seguro... ou é isso que eu deveria pensar?! Não a meio de saber. Os túneis não importam, para passar devesse enfrentar a escuridão de um túnel, hein..." — Sorriu novamente de forma infantil, chamando atenção de Sorceress. — Acho que se atribuirmos um conteúdo aos túneis vai ficar mais fácil. Por exemplo, o túnel a esquerda é o túnel de gente como você, nada a comentar. O túnel a direita é o túnel da encrenca, certamente devemos evita-lo. E por último, o túnel do centro é o túnel de mel, é esse!

Rotciv parecia ser um idiota, mas não era. Estava ficando nervosa com o rapaz, quase o batendo ao ouvir o comentário sobre sua pessoa. Uma veia da testa saltou indicando sua impaciência, só faltava mais um estopim para dar-lhe outro belo soco.

Mas nada fez por lembrar-se de algo.

Quando havia lhe desafiado antes, não havia motivos cabíveis para ele encará-la, mesmo assim o fez. E depois quando que não a enfrentaria mais parecia estar satisfeito como se conseguisse o que queria. No final ele acabou vencendo por ainda estar vivo, mas não era isso o que queria. Sorceress concluiu que só podia estar sendo testada.

— “Entendo, então você é do tipo de testa os outros...” — Puxava um sorriso ao canto da boca ao observar o rapaz de aparência inocente.

— Que besteira. Porém, também iria escolher o do centro, por motivo nenhum em particular. Devido a não sabermos qual o melhor ou pior, teremos de “jogar as escuras” deixando o resto com a sorte. — Mal tinha terminado de proferir a ultima palavra e já estava cruzando o túnel do centro.

Permaneceu quieto sem revelar muitas emoções. Achava que tomaria um esporro naquele momento, mas, não foi o ocorrido. Algo havia mudado e Rotciv apenas observou essa reação. Mas, não mudou o fato dos túneis atrasa-los para o que quer que fosse, Sorceress fez sua escolha, dessa vez interagindo até mesmo com a bobagem que o garoto disse.

Algo realmente havia mudado.

Sem perder mais tempo escolheu o túnel do centro. — Certo. — Afirmou Rotciv confirmando. Não se preocupou mais com a passagem, apenas ficou com um rosto satisfeito e colocou-se a seguir pela entrada do meio. Pôs as mãos nos bolsos ao entrar onde antes era escuridão, e manteve os olhos bem abertos para ver o que tinha a frente.

[Back from hell!]

Zato recebeu o golpe aberto, a velocidade de Vladmir parecia compensar qualquer coisa que o meio-elfo jogasse contra ele. Chegava a ser ridículo, a luta já estava para metade e o rapaz tinha certeza que seu oponente não tinha utilizado nem metade de sua capacidade total, só testava ele a cada segundo, via o quão longe o garoto podia chegar, o quanto ele poderia se sacrificar por algo que nem tinha certeza do que era. Há muito aquilo deixou de ser por vingança ou para salvar e proteger alguém, era questão de orgulho, e quanto mais o espadachim lutava mais tinha certeza que Dracula estava a se divertir com aquela situação, parecia a cima de tudo gostar daquela briga.

A hora sequência executada pelo vampiro foi suficientemente veloz para que o garoto não pudesse acompanhar o que acontecia, apenas sabia que quando se soltou estava com um braço nulo. Tentou gritar, mas o que saiu não foi muito mais que um ganido, afinal, o golpe acertado no peito o deixou completamente sem ar. Foi assim que caiu com um joelho no chão. De cabeça baixa e segurando na espada com o braço bom, Olhou para Dracula e voltou a analizar possibilidades.

Talvez fosse essa a hora de ser atrevido, ir com tudo pra cima e fazer ele dar o máximo de si, cançá-lo o quanto podia e fazer com que ele utilizasse todo seu poder. No momento em que utilizasse o garoto imaginava que ele ficaria totalmente prepotente, se daria por vitorioso, e então que o jovem teria sua chance, poderia dar o tão desejado golpe no coração.

Olhou para seu próprio braço, examinando o estrago causado. Pensou no quanto aquilo poderia ter doído a mais. Se levantou, ja esperando o próximo golpe, mas não podia querer contra-atacar. Seu oponente era muito mais rápido. Tinha que se adiantar em relação ao oponente, e sem um braço perdia muito da mobilidade e equilibrio. Não tinha como fazer um contra-peso decente para a espada que usava. Precisaria mudar totalmente o estilo. O corpo agora ia na frente, e a arma o acompanhava, e se levantava e abaixava usando seu peso para ataques.

Correu, junto ao chão, imaginando que dali não passaria. A arma acompanhava logo atrás e quando Dracula viesse atacar em alta velocidade o garoto levaria a espada na frente. Usaria seu peso no giro e a velocidade do ataque do oponente para causar mais dano. Tentaria cortar, mas se tivesse oportunidade, por menor que fosse ia parar o giro e estocar diretamente o coração, ali era o ponto fraco. Cortar a cabeça também devia servir, mas seria praticamente impossível.

@ Zato

A situação que começara boa, só piorava naquele momento. O braço, apesar de não doer tanto, acabava sendo um empecilho para o meio-elfo que acabava perdendo o equilíbrio de seu corpo. Contudo, não desistira, pelo contrário, avançou contra o Drácula e naquele momento, pôde perceber o semblante de Vladmir se fechar. Repentinamente seu humor parecia ter mudado.

Mesmo assim, atacou. Levou a espada em um corte horizontal totalmente desequilibrado. Alguns passos para trás foram o suficiente para esquivar o golpe. Além do mais, pelo tamanho da espada, não conseguira interromper o movimento fazendo um arco longo com o braço deixando uma brecha aproveitável para o seu algoz que não desperdiçou.

Avançou, só que dessa vez mais furioso do que nunca. Zato sentiu como se sua cabeça estivesse prestes a ser arrancada do corpo com os dois poderosos socos em seu queixo. Ainda era um milagre estar se agüentando em pé. Sem tempo para reação, uma mão gélida segurou em seu pescoço e o arremessou contra a parede do ambiente. O corpo de Zato cravou no local e quicou caindo com seu torso nos escombros do ambiente.

Tentou se levantar, mas um forte pisão o prendeu ao solo. Sentia pouco a pouco os fios de sua consciência se esvaindo. As dores no corpo começavam a ficar mais sensitivas e as esperanças eram estraçalhadas. No fundo, Zato queria desistir. Achava que não dava mais para continuar, ele era muito forte. Mas não sabia que algo pior estava por vir.

- Você é um lixo. Luta por ideais, luta para conseguir a ordem. Suas palavras são apenas pétalas ao vento. Dispersas. Aprenda uma coisa – pisou com mais força. – O que importa, é você e o que você consegue fazer com suas mãos... Você nem conseguiu salvar seus amigos... Mas no fundo está feliz por que eles foram descartáveis e agora você está aqui. Você está dividido... E só vai conseguir me vencer, se exterminar esse muro.

Incrivelmente as palavras entravam de modo suave nos ouvidos de Zato. Ele nem reconhecia quem estava falando aquilo, estava zonzo, semi-inconsciente. Mas aquelas palavras ardiam e inflamavam. Traziam átona uma besta selvagem que fora encurralada e agora não via outra opção a não ser partir pra cima com garras e dentes em busca de sua existência. Aquele, era o verdadeiro eu de Zato.

< - 19 de HP e - 10% de MP ~ 57% de HP e 20% de MP restante>

<Velho, espero ver um nego muito maligno... >

@ Rotciv e Sorceress

De início, pareciam ter acertado, afinal, nada acontecera. Caminharam na escuridão por um longo tempo e um silêncio os abatia. Apenas os seus passos eram ouvidos e isso dava uma apreensão grande, pois não sabiam o que poderia acontecer em seguida. Andaram assim mais ou menos trinta minutos até que uma claridade surgiu ao fim do túnel.

Apressaram os passos pois finalmente sairiam dali, mas a visão que tiveram fora aterradora. Um enorme campo se estendia e nele diversos ossos e esqueletos. O campo era imenso, tanto que seus olhos não conseguiam enxergar o fim no horizonte. Era como se abaixo da montanha, existisse uma espécie de planície. Planície essa, toda degradada e pantanosa. A lama escorria e as pedras – a maioria delas – eram pontiagudas e escorregadias. O terreno era irregular e bem ardiloso com os novos visitantes. Ao redor dos lamaçais, algumas saliências arenosas permitiam a passagem daquele casal.

Apesar do choque com o terreno, o que chamava a atenção, era a quantidade de corpos secos. Crânios, dentes, tíbias, etc. Tudo isso espalhado em cada canto do terreno. Era como se há muito tivesse existido uma guerra e as almas dos mortos descasavam enterradas nas profundezas daquele inferno.

Pior ainda, o que os Skoratas faziam ali? Teriam eles entrado pelo menos túnel? Talvez fossem perguntas inapropriadas a se fazer naquele momento. Ainda mais depois de certos barulhos suspeitos que vinham de dentro daquele terreno assombroso. Ah! Então porque não voltar? Até poderiam, se quando olhassem para trás, a passagem por onde vieram não estivesse mais ali. Sim, simplesmente desaparecera. Transformara-se em pura rocha montanhosa.

E agora, o que fazer?

< Podem explorar a vontade e tentar sair do modo quem bem entenderem >

[Desculpem a demora. Passei tempos ruins aqui e por uma falta de criatividade. Mas agora tenho todo um planejamento para todos. Espero que gostem.]

No chão, derrotado, desiludido, sem esperanças. Não importava o quanto tentasse, não tinha como vencer apenas usando a força. Não tinha como vencer usando suas melhores estratégias. Agora a situação estava totalmente contra o garoto, desde o começo teve certeza que aquilo seria difícil, mas era tolo o suficiente para não pensar que seria impossível. Quase morreu em cada batalha que passou, lutas apenas contra subordinados do vampiros, era obvio que seu senhor seria muito mais poderoso. Escapando de cada luta daquelas vitorioso teve seu ego aumentado, porém o efeito comum deveria ser o oposto, não era para se sentir melhor, mas pior. Salvo por milagre atrás de milagre, perdendo e deixando morrer aqueles que estavam com ele, e mais estranhamente, sem fazer nada para impedir aquilo. Talvez Zato não fosse tão bonzinho quanto ele mesmo achava ser, sentia algum prazer em lutar. Gostava da adrenalina da batalha. Sabia que aquilo era bom, lhe fazia se despertar e se desligava de tudo e de todos, e o resultado de alguma maneira o fazia se sentir bem, a vitória era uma fonte de energia para sí.

Seu erro definitivamente não foi subestimar Dracula. Em momento algum chegou a acreditar que ele fosse fraco, porém se superestimou. Pensou ser bem mais do que realmente era. Foi um moleque com uma espada na mão e um sonho, mas isso, há muito tempo. Agora era um corpo jogado no chão, ferido e praticamente imóvel, sem um por que de continuar.

A vista estava embaçada, o braço esquerdo fora de seu lugar, tinha feridas em todo corpo e seu peito ainda ardia por causa da marca. Mesmo assim tentou se levantar. Em vão. Sentiu o pé de Dracula em cima dele, não conseguia fazer com suas forças atuais. O golpe foi forte, fez com que o garoto cuspisse muito sangue e ficasse ainda mais tonto. Já não tinha mais certeza do que via ou escutava, seus sentidos não funcionavam tão bem e seu corpo não conseguia responder. Foi quando começou a escutar o discurso de seu algoz, Tudo aquilo passou a ser verdade para o rapaz. Era fraco. Sua vida talvez não importasse, era um ser insignificante com relação a aquilo que dizia querer proteger.

Sentiu Vladmir pisar com ainda mais força, gemeu de dor e tossiu ainda mais sangue dessa vez. Os golpes que levara eram fortes demais para ele. O discurso continuava e o meio-elfo assimilava tudo que era dito. Realmente estava feliz de estar sozinho ali. Queria lutar, queria se provar, mostrar para si mesmo que era capaz de matar aquele vampiro. Foi quando percebeu que gostava daquela sensação, por isso mandava os outros irem embora, não queria que ninguém interferisse. Dali só sairia morto se não fosse com a vitória.

Seus sentidos começaram a voltar, seu corpo voltou a responder e ele se sentiu pronto para acabar com aquilo de uma vez. Ainda tinha muita luta pela frente e agora o garoto estava mudado. Ainda no chão, ainda ferido, mas seus olhos ferviam em chamas, seu sangue circulava mais rapido, era possível sentir a taxa de adrenalina subir em alta velocidade. O garoto estava em frenesi. E pela primeira vez admitia para sí, Tinha uma enorme vontade de matar aquele ser. Aquela era a resposta pra pergunta inicial de Dracula, estava ali para matar ele. O por que? Porque seria divertido.

Já não tinha idéia se era sonho ou realidade, tudo parecia passar em uma velocidade diferente. Zatoichi se levantou com força. empunhando sua espada apontada para o coração de seu inimigo, tentando com esse movimento abrir um espaço entre os dois. Não desperdiçaria energia com palavras. Mostraria a Vladimir o que ele tanto quis ver e provocou. Um garoto insano com mais sede de sangue do que o próprio vampiro. Um sorriso louco estava estampado em seu rosto. De seus labios escorria o própria sangue e veias saltavam de sua testa, e se fosse possível ver seus olhos por trás de sua franja veria que até as pequenas veias de sua cornea estavam vermelhas. Seu olhar transmitia duas mensagens, medo e ódio. Agora Dracula havia provocado o verdadeiro eu de Zato para fora de sí. Esse foi contudo para a luta,

Partiu para cima do vampiro com o que sabia, ataque após ataque, só não podia se permitir levar outra seqüência de golpes que o deixasse imóvel, não se importava com o quanto iria se machucar apenas com o coração de seu oponente perfurado pela sua espada. Investiu um golpe de corte vertical, de cima para baixo para distração. No momento em que Dracula tentasse se desviar do golpe Zato iria abaixar o próprio corpo e daria uma rasteira, apenas para desestabilizá-lo acompanhada de uma cotovelada com o braço direito, e continuaria o movimento para que fosse efetuado um corte logo em seguida, com muita sorte no pescoço, talvez no peito, em todo caso deixaria a luta mais equilibrada. Se houvesse uma oportunidade então Zato colocaria seu braço no lugar, tinha certeza que no decorrer da luta conseguiria uma brecha para fazê-lo

Andava com o queixo enterrado no peito, trazendo as pálpebras sempre baixas; mantinha os ombros levantados ao nível do pescoço, tinha braços finos e compridos. O cabelo longo e liso com uma grande porção caindo-lhe sobre a testa e olho direito como viseira. Aproximou-se um pouco de Rotciv, pois aquele lugar escuro passava um nervosismo que dar calafrios.

Trajava um vestido roxo muito comprido, cujo movimento das abas parecia salientar ainda mais o pisar dos passos, que produziam um ecoar no túnel, somente isso era escutado.

Fim do túnel revela-se um lugar terrível. Como se o tempo danificasse as pilhagem sem limites de uma guerra. Porém como uma feiticeira, Sorceress não podia se sentir frustrada com aquilo, já havia ouvido rumores de mágicas negras que possuem práticas insuportáveis. Ergueu o torço tentando não abalar-se como aquilo.

Quando se deu por conta do que Rotciv pensava, percebeu que não havia volta. Ainda mais surpresa tentou responder a pergunta. — Não tenho feito nada por hora...

Não viu escolha se não seguir em frente, catou o punho do rapaz levando-o consigo através de um puxão. — Não vamos parar por aqui.

Off: Desculpem a imensa demora GM Akira e Rotciv, mês complicado, pela minha demora tentei caprichar no post.

@ Zato

A provocação surtiu efeito e mesmo assim, Drácula não mostrou aquele sorriso novamente. Agora que sabia do que Zato era capaz, iria lutar sério e não daria muitas chances ao Meio-Elfo guerreiro. Tomou posição de combate e se articulou para receber o primeiro golpe. A finta de Zato acabou dando certo e o vampiro se moveu a frente para um ataque frontal. Infelizmente não fora acertado pela rasteira, mas a cotovelada e o corte funcionaram perfeitamente.

Drácula recuou de maneira bastante defensiva. Em seu peito um “X” imenso deixava cair um sangue negro, apodrecido e maculado. Aquilo deu o tempo necessário para Zato rapidamente recolocar o ombro no local... E aquilo doeu. Mesmo não sentindo tanto, fora uma dor considerável, mas que não o tirou de seu estado alerta. Seus olhos agora estavam sempre atentos e fixos no seu algoz.

E este vinha furioso. Os dentes ficavam a mostra e a sua mão sofria uma metamorfose bizarra que fazia suas unhas crescerem, adquirindo consistência rígida e fatal tal qual uma lâmina. Madeira, ferro, porcelana e vidros eram alguns dos itens que estavam sendo destroçados enquanto ele não chegava a Zato. A luta agora tinha ficado muito problemática e tensa, já que além de lutar pela sua vida, o guerreiro estava lutando pelo seu orgulho e ódio.

[HP: 57% e MP: 10% restando]

@ Sorceress e Rotciv.

Aquela cena estava se tornando mais macabra a cada instante e o que realmente incomodava aqueles dois garotos naquele local era a situação de como os Skoratas foram parar ali e os seus reais interesses naquela carnificina passada. Rotciv pela primeira vez ficara abismado com a atual situação e até pensara ser uma brincadeira de mau gosto com ele por parte de Sorceress já que ambos não se davam muito bem. Contudo, como fora confirmado pela mesma, aquilo não era obra sua.

Apesar de Sorceress também ficar horrorizada com o que vira, não deixou que isso a abatesse. Pegou o punho de Rotciv e com um puxão o obrigou a seguir junto com ela para aquele pântano de mortos. Ao menos, o que não faltava ali eram armas. Espadas, adagas, maças e lanças eram as coisas que mais existiam no local. Em suas mentes, tentavam imaginar o que tinha se passado naquele local... Uma guerra? Ao menos era o que parecia.

Continuaram então a andar, até que chegaram a uma parte lamacenta do percurso. Uma pequena e rasa ponte se estendia de um lado a outro para que a passagem fosse tranqüila, mas não era bem assim. A mesma rangia e estava velha. Os dois não sabiam se aquilo poderia agüentar-lhes. Mesmo assim, seguiram... E com certeza prefeririam não o ter feito.

No meio do trajeto um barulho grotesco surgiu. Uma parte da madeira quebrou, mas não devido ao peso de algum deles e sim de uma mão toda enegrecida por causa lama que acabara surgindo, quebrando as tábuas e segurando no calcanhar de Sorceress, puxando-a para baixo com violência.

Pega de surpresa, a garota desceu boa parte do corpo destruindo metade da ponte e as coisas só pioravam: aquela lama era movediça, profunda e mortal. Segurando-se com toda a força nas tábuas logo a frente de Rotciv a garota estava com sérios problemas, mas não era a única. O levantar de ossos ao redor daquele local estremeceu Rotciv. Dois guerreiros esqueletos, um armado com uma espada e escudo e o outro com lança, se ergueram para exterminar os visitantes.

O tempo começara a correr.

[Sorceress: -2 de HP e arranhões leves]

Agora Dracula estava levando a serio, finalmente ambos entrariam na batalha com tudo de si em jogo, porém Zato teria uma dificuldade. Sabia que não teria como manter Sua espada naquela forma por mais muito tempo, e tinha que aproveitar cada segundo daquilo. Surgiu uma brecha e fez o que tinha planejado desde o começo, desde antes de começar o golpe.

Rapidamente fincou a espada no chão e levou a mão ao braço colocando-o no lugar. A dor que sentia foi algo inexplicável, e urro devido a ação que ele mesmo tomou. Um dor muito intensa, mas momentanea, e que agora o ajudaria na batalha. Claro seu braço esquerdo mesmo no lugar não teria toda a eficiencia que tinha no começo da luta, mas o que pudesse fazer para melhorar faria.

Pegou a espada novamente e se preparou para atacar. Observava Dracula agora ensangüentado, derrubando aquele liquido negro que escorria de seu peito no chão. Tinha uma boa distância, e o que aconteceria era obvio, ambos correriam para cima do outro e entrariam em uma dividida. Os dois furiosos. Zato querendo ficar a espada no peito do vampiro, e esse mesmo querendo matá-lo.

A distância começou a se reduzir conforme o vampiro corria. Vinha com tudo para cima do rapaz e esse não hesitou. Tinha um sorriso meio sadico estampado no rosto pronto para atacar e acabar aquela batalha com o minimo de golpes possíveis. Precisava de um golpe direto perfurando o peito. Enquanto não tinha como acertar, enfraqueceria seu oponente ao máximo, ou o faria sofrer.

Enquanto corria não demorou para perceber que seria quase morto por um golpe daqueles, então deixou a adrenalina pensar por ele. Na hora do choque jogou o corpo pro lado, porém deixando a espada para acertar Vladmir. Aquilo não seria o suficiente, e deixaria uma brecha é claro. Levantaria e abaixaria a lamina novamente para acertar mais um ou dois golpes, a diferença é que agora ele tinha sua mão esquerda para dar mais força e ajudar a conduzir a arma com mais precisão.

OFF: seguinte fico forçado, porem fiz o que pude
ON:
Red Aburame caçava com os olhos uma espada que lhe agradasse, muitas já se encontravam com uma alta quantidade de ferrugem, outras continuavam com um certo brilho, porém ele refletiu se realmente era sábio pegar algo daquele lugar assombroso, pois ouvira varias historias de nobres guerreiros que se deixam levar pela ganancia e acabam sendo mortos ou amaldiçoados. Com essa reflexão, achou melhor não tocar em nada.

Enquanto estava em um conflito, entre pegar ou não pegar, ouviu alguns ruídos, que identificou como de madeira quebrando, e logo caminhou meio eufórico com o lugar onde se encontrara.Os passos eram intermináveis e ecoavam na imensidão das trevas, o sangue corria mais rápido, o coração estava a ponto de explodir, o suor era frio, o pensamento muito negativo perante a o que poderia haver naquela curta distancia.

Quando chegou ao local aproximado dos ruídos, se deparou com sorceress sendo puxada pelo calcanhar, por uma mão e Roticiv tentando ajuda-la como podia.Red Aburame, vendo aquela situação, logo se aproximou do garoto e com um tapinha nas costas, logo foi dizendo — Parece que precisa de ajuda com isso em? Vamos, deixe-me ajuda-lo com isso!— murmurou ele para o jovem que tentara ajudar a garota. Obviamente, não deixou de notar a presença das criaturas protetoras daquele lugar se levantarem para um combate, isso o deixou intrigado, afinal no que ele havia se metido.

O clima daquele lugar tinha um aspecto sem vida, era um lugar que com certeza deveria ser evitado, ao invés de visitado. Sorceress não se intimidou com isso e continuou seguindo, descobriu que não era tão importante vendo que isso também não afetava até o garoto.

O que lhe entusiasmava era se magia tinha algo haver com aquele lugar, pois parecia ser um evento cujo somente magia poderia levar a perecer. O poder adquirido é alto e quanto mais se consegue mais gananciosa a pessoa fica, talvez isso tudo fosse apenas as consequências de uma ambição descontrolada que os levou a sua própria ruína.

Seguindo a trilha, se depararam com uma ponte de madeira que parecia bem antiga, Sorceress imediatamente não gostou e estava muito decidida em atravessa-la, mas com Rotciv indo na frente, não perdeu tempo e logo o seguiu mesmo não gostando daquela ponte.

Durante a travessia levou um susto repentino quando algo destruiu o piso da ponte, a sensação do chão onde pisa sumir e ser puxada para baixo é indescritível, mas pode se dizer que é assustador. Sorceress procurou se segurar firme nos pisos à frente. Seu calcanhar doía, estava sendo puxada para baixo constantemente, já não sabia o que fazer, estava sem muitas opções.

Enquanto tentava se erguer ouviu Rotciv tentando ajuda-la, devido ao seu estado crítico, não perdeu tempo e segurou a mão dele com as forças que restavam. Parecia ser um alivio ter a sensação de ajuda quando acha que será o fim, porém... — “Não é só isso!” — Exclamou e, balançou o outro braço em círculos gerando uma massa de calor ao redor do pé que foi puxada, em um instante, chamas circundaram ao redor das pernas de Sorceress para afastar o que estivesse na lama.

<Usei minha habilidade, mas como é interpretativa esperarei as informações do post do narrador para remover os devidos pontos de mana.>

@ Sorceress, Rotciv e Skull

< Sorceress, sua habilidade é interpretativa apenas quando forem coisas pequenas. Por exemplo, incinerar uma corda com uma fina rajada de fogo ou brincar com pequenas bolinhas de fogo por entre os seus dedos. São coisas que uma maga como você, conseguiria fazer sem gastos. Agora, em uma batalha séria onde você ataque pra valer, realmente vai ter custo. Só explicando. >

De uma forma incrível, a situação ficou crítica de uma hora para a outra. Rapidamente Rotciv segurou na mão da garota a puxou para cima, mas aquela mão que segurava o tornozelo de Sorceress tinha uma força incomum mesmo sendo apenas um resto mortal. Ao menos, uma coisa boa apareceu ali.

De alguma forma desconhecida um antigo amigo de Rotciv apareceu no local pronto para ajudá-lo. Se as coisas viraram de ponta a cabeça naquele momento, o próximo movimento de Sorceress faria tudo ir pelos ares. Literalmente. O desespero tomou conta dos dois amigos quando os esqueletos estavam se aproximando e preparando-se para atacar, quando...

BOOOOM

De um momento para outro, uma explosão os jogou longe dali, dando um fim naqueles dois esqueletos que se aproximaram. A massa de ar quente que gerou fogo pelas mãos de Sorceress, acabara em contato com gases tóxicos e inflamáveis daquele pântano. Tudo isso ocasionou em uma explosão desordenada que por sorte os livrou, deixando-os apenas com algumas escoriações.

Não teria muito tempo para pensar, porém. Quatro esqueletos já se levantavam. Dois com adagas e dois com lanças, avançando para cima dos três lutadores com estocadas ferozes.

<-2 de HP para todos com leves escoriações. Sorceress adquire alguns arranhões mais fortes>

@ Zato

O sangue dado naquela batalha não seria em vão, não para nenhum dos dois. Drácula avançou ferozmente. Zato movimentou-se para o lado na tentativa de uma esquiva, contudo, sua longa espada ficava para tentar acertá-lo. Dando uma pequena freiada com a sola dos pés, mudou a direção e suas unhas foram contra a forte e sólida prata da espada de Zatoichi que foi repelida com violência.

Mesmo assim, o garoto não deixou barato e avançou com mais dois ataques, um por cima e um por baixo. Drácula franziu o cenho e recuou para defender os dois ataques com êxito, avançando logo em seguida para cima de Zato com as unhas afiadas que penetraram no ombro recém-colocado, varando do outro lado.

Zato fora cravado na parede. De uma vez por todas, seu braço perdera a utilidade naquela batalha mortal. Só restava o braço que segurava a espada. Drácula estava um tanto cansado. Como a espada de Zato era de um material que lhe era fatal, os cortes em seu peito não cicatrizavam e uma infecção já se espalhava pelo corpo de Vladmir. A luta já se mostrava em sua reta final e o senhor das trevas pretendia finalizá-la naquele momento.

Ergueu a outra mão e preparou-se para degolar o homem a sua frente. A morte diante dos olhos, poderia ser evitada?

De uma hora para outra as chamas tornaram-se explosões, aconteceu tão rápido que talvez só fosse percebido depois que ela se dissipasse. A força das explosões foi capaz de desloca-los dali, mas com algumas queimaduras em troca, que por sinal foi um preço muito baixo embora Sorceress discordasse através da dor.

Quando coseguiu recompor-se, os dois esqueletos haviam sumido, porém levantaram-se mais dois para cada um que caiu, a situação estava ainda pior. Também não deixou de notar a garota que uma figura nova havia aparecido, usava capa e aparentava ser humano, parecia não ser inimigo.

— “O que aconteceu?! Minhas chamas saíram foram de controle? Mas, isso já não acontece a anos... talvez algo esteja influenciando minha mágica. Não, não senti nenhuma alteração em minha mana, então algo está influenciando as chamas, talvez haja materiais inflamáveis aqui.” — Começou a ficar nervosa. — “Droga! Se eu usar as chamas novamente quem sabe o que pode acontecer... Além de que já estou ficando sem mana, o que vou fazer?!” — Começou a olhar em volta na tentativa de analisar mais opções, mas só percebia que haviam inúmeros cadáveres.

Tocou o ombro dos dois rapazes a frente para chama-lhes a atenção. — Tenho certeza que gostam de uma boa luta, mas não adianta lutar! Olhem em volta, se continuam assim iremos morrer! Devemos seguir em frente e evitar que esses malditos nos matem. — Em seguida procurou a trilha novamente para continuar o caminho.

Quando finalmente terminou de retirar a jovem daquela situação, ficou animado em rever seu antigo amigo, reparou como ele havia mudado fisicamente, pois a muitos anos não se encontravam. Porém, quando Admiral iria começar um tão aguardado dialogo, não houve tempo, uma forte explosão o interrompeu bruscamente.

O jovem foi jogado longe, e levantou rapidamente, temendo que os esqueletos pudessem ter escapado ilesos da explosão. Olhou para os lados, mas nenhum sinal de mortos-vivos, colocou rapidamente as mãos sobre as orelhas, pois seus ouvidos o incomodavam com um zunido irritante. Com isso nem intendeu as palavras que Roticiv havia dito. Levantou um pouco as sobrancelhas, não acreditando no que esta vendo, 4 esqueletos estavam se levando e prontos para atacar de imediato.

—Seus malditos! Vou acabar com a raça de vocês!— Pensou ele já se colocando em posição de batalha. Mas a jovem o alertou de algo que ele teimava e não queria acreditar, lutar era realmente inútil, o campo de batalha era totalmente favorável ao inimigo. Contrariado, e já um pouco recuperado do zunido, escutou o que Roticiv disse e com um gesto positivo com a cabeça, rapidamente se recompôs de sua posição de batalha, e esticando o braço com a mão aberta, fez um gesto para que os dois saíssem na frente.

Ao ser novamente prensado contra a parede gritou. Não por causa da desvantagem de ficar ali, era apenas mais um dos grandes erros que cometeu durante a luta e sabia que podia concertá-lo, ou tirar proveito dele. Gritou por que o golpe aplicado fora tão forte que a sensação que teve foi de ter quebrado seu ombro, talvez isso realmente tivesse acontecido. Ao ser atingido o garoto tossiu sangue e esse foi diretamente na face do vampiro, que mesmo vencendo não parecia muito feliz aos olhos do rapaz. O golpe não apenas parecia ter destruído seus ossos como também deixou seu braço coberto de sangue, vermelho, e quente.

Mesmo com a dor imensurável que o novo ferimento estava lhe provocando Zato ainda foi capaz de sentir o seu próprio sangue passando por entre os dedos de sua mão sem movimento. O suor misturado com o sangue em sua face pouco atrapalhava a visão que tinha de seu oponente ali, na verdade intensificavam a expressão de raiva e ferocidade que ele transmitia. Queria matar, queria poder dizer ao fim daquela luta, para si mesmo, que era capaz, para ser grande precisava vencer os mais fortes, não importava o custo.

Inclinou a cabeça para baixo deixando a franja cair e criar uma sombra sobre seu rosto. fechou o olhos com força e urrou novamente por causa da dor. Não tinha como definir o que o rapaz estava pensando. Apenas durante aquela luta ele tinha mudado, era outra pessoa, e com certeza, quem saísse andando dali não seria o mesmo jovem meio-elfo que entrou. Se vencesse não seria mais o mesmo, não o mesmo sonhador ingênuo. Se perdesse morreria com certeza. A mudança não foi repentina, aquilo já estava dentro dele há muito tempo, e os acontecimentos dali junto as palavras de Dracula foram suficientes para alavancar toda sua raiva.

Ao abrir os olhos pode ver que Dracula já tinha trazido seus braço pra trás, e estava pronto para desferir o golpe final. Zato não tinha tempo para pensar. Naquela situação tinha que ir com vontade, não adiantava ser calculista, não durante o segundo em que se encontrava. Tentou se debater para se soltar, mas seria em vão. Precisava a todo custo escapar, e algo lhe dizia que se o fizesse venceria.

Ao ver os cortes cruzados no peito de Vladmir se infeccionando soube o que fazer, o cansaço de seu inimigo chegou no momento certo, e ficou muito claro que aquela luta não duraria muito mais. Se conseguisse aplicar um golpe ali seria muito mais efetivo, mas o espaço era curto para girar a arma, e o tempo de sua espada alcançar o peito do inimigo seria muito maior do que o necessário para que ele fosse finalizado primeiro.

A idéia veio a cabeça de Zato em uma fração de segundo, tudo teria que acontecer rápido demais para dar certo, mas tentaria mesmo assim. Viu sua chance de vencer mais uma vez. Estava preso na parede pelo ombro e já sabia que sua perna era mais longa que o braço do vampiro, assim tudo ficou claro. Trocou seu modo se segurar a espada, virou a mão com a lamina ficando do lado oposto ao polegar. Com todas as forças levantou as duas pernas e chutou o peito de seu oponente, bem na ferida, e a sequência do golpe veio a mente do rapaz de novo. Ele cairia, e Zato pisaria sobre seu corpo, a espada já na posição correta faria seu trabalho, para vencer o modo era perfurar o peito do do Dracula. Ao que tudo indicava daria um fim na luta ali, ou morreria.

@ Sorceress, Rotciv e Skulley

Pretendiam lutar, mas foram mais sensatos devido à ajuda de Sorceress e simplesmente resolveram correr. Sorceress começou a andar em um ritmo acelerado, mas que foi rapidamente ultrapassado por Rotciv que vinha logo atrás correndo. Skulley ficou para cuidar da retaguarda. Os esqueletos davam algum trabalho, mas eram lentos se comparado aos três garotos.

Continuaram correndo, até que um incidente um tanto infeliz e cômico aconteceu. Rotciv deu de contra com uma espécie de parede. Por um momento, no ar, uma espécie de barreira surgiu. Cintilou em um azul profundo que aos poucos fora diminuindo de intensidade até desaparecer. O que era aquilo? Estavam presos? Ao menos era o que parecia.

Aos poucos, aquele campo de batalha parecia estar renascendo. Esqueletos começavam a se levantar ao longe e correr para a briga. Foi então que Sorceress e Rotciv puderam perceber um brilho azulado vindo de baixo. Tratava-se de uma estranha pedra azul que emanava um brilho mágico. Perto dela, desenhos feitos no chão lamacento a interligavam com outras 5 pedras ao redor do ambiente.

Aquilo era muito estranho. Pelo que podiam observar, o campo era feito da energia daquelas pedras. Ao se levantar, Rotciv sentiu novamente a vida por um fio. Ao seu lado, levando uma mecha de seus cabelos loiros, uma flecha ricocheteou na parede indo para o lado contrário. Um esqueleto a havia arremessado. Precisavam se apressar, já que o mesmo esqueleto preparava outra flecha.

Enquanto isso, mais atrás, Skulley estava cercado. Quatro contra um e seus companheiros estavam relativamente longe. Hora de lutar.

@ Zato.

[ Zato, chegamos ao fim. 1700 de EXP e mais 300 pela narração. Por tudo pelo que você passou até agora, você realmente merece isso. Para uma leitura mais introsada, peço que escute Tale of the East e Dream of a Whale na Soundtrack da Lodoss]

Aquele momento seria o último. Era inevitável. Um dos dois morreria. Zatoichi ou Vladmir. O ataque de Zato era ousado e inconseqüente, mas era a única carta na manga que poderia possuir naquele momento. O braço de Vladmir desceu e cortou, sem chance de defesa. O sangue fino e vermelho esguichou em seu rosto, ainda quente e ele sorriu. De alguma forma, sorriu. Sorriu antes da morte.

Zatoichi ainda estava vivo.

O chute funcionou, a mão de Drácula saiu rasgando o pescoço de Zato, contudo, fora apenas de raspão levando uma fina linha de sangue quente em seu rosto. Aquilo deu espaço suficiente para Zatoichi atacar a fincar a espada prateada sem nenhum remorso no peito de Vladmir que nem sequer estremeceu. Ficou ali, parado, com um sorriso no rosto. Estava derrotado, afinal.

A espada de Zato tingia-se de um sangue negro. Estava ofegante, mas os olhos semicerrados mostravam confiança, sagacidade e nenhuma hesitação. A besta infernal que residia ali dentro finalmente estava liberta e fora essencial na vitória. Drácula caiu de joelhos e aos poucos retirava a espada de seu peito enquanto mais sangue jorrava. Tossia, tremia, mas o sorriso não saia de seu rosto.

Levantou-se. Incrivelmente ainda tinha forças. Aproximou-se de Zato, cambaleante e se apoiando na parede. Aquilo não assustou o meio-elfo. Incrivelmente convencido, sabia que tinha acertado um ponto vital e que o homem ao seu lado não duraria muito tempo. Encostou-se na parede, ao seu lado e olhou para o céu. Nem parecia mais seu inimigo. Nas ultimas palavras que pode desferir, disse a Zato.

- Nunca se esqueça da verdade. Seja justo, mas seja firme, não abra exceções. Saiba quem você realmente é... Esse é o seu verdadeiro eu. Tudo muda, mas o que deve permanecer é o seu legado.

Já ao chão, enquanto o vento batia, seu corpo se desfazia como uma poeira negra, sendo levada ao longe.

- Não tenha medo de errar, mas não erre mais de uma vez. Quebre as regras e faça seu caminho. Espero que o vinho tenha sido bom. Meu grande aluno, e professor... Hei de encontrar-lhe em um mundo mais além...

Assim como ele, suas últimas palavras esvoaçaram e se perderam no azul do céu daquele local. Naquele momento, uma imensa alegria acompanhou o rapaz. Ele tinha vencido, tinha derrotado uma lenda, tinha colocado seu pé no legado daquele continente. Sorriu, mas as lágrimas caiam de seu rosto. O homem que matou fora o homem com que aprendeu.

Sentiu-se vazio, culpado, injustiçado. Matou a troco de que? Sofreu por quem? Seu íntimo caótico pulsava e doía. Agora ele queria gritar bem alto um grito de amargura e dor. Não física, mas sim sentimental. Sentia ódio. Sentia do porque fora transformado, sentia dor por ter sido cego tanto tempo.

Ali ficou. O vento agora se tornara gelado e as lágrimas cristalizavam em um final fúnebre onde ele mais uma vez perdeu.

[ - 12 de HP da rodada passada e - 3 de HP da rodada atual ~ 42 de HP restante se não me engano. ]

Zato conseguiu. Não pode crer no que seus olhos lhe mostravam, tinham vencido, tinha conseguido derrotar Dracula, por um fim em uma lenda. Naquele instante o meio-elfo se sentiu feliz e não sabia o porque, mas a felicidade foi acompanhada de raiva e tristeza, de algum modo ele tinha as duas dentro de si. Feliz talvez por que tivesse simplesmente acabado, ao menos agora já tinha histórias para contar, Zato pela primeira vez sentiu ter feito algo grande com as próprias mãos. Não se sentia bem por ter se tornado herói, aquele não era ele, estava feliz por ter se provado, e esboçava todo em um pequeno sorriso de lado, acompanhado de lagrimas essas não de felicidade.

Após algum tempo imóvel Zato ergue sua espada, a ergueu para poder embainhá-la finalmente. Suspirou, tinha acabado, e agora precisava voltar para casa, ver Plue. Perdido em suas reflexões começou a sentir o ombro mais do que em qualquer momento anterior, o sangue estava esfriando e o meio-elfo tentou colocar o braço no lugar novamente para ver se a dor diminuía, mas não tinha força para fazê-lo. Deu um passo para trás e caiu no chão, sentado com a cabeça pro alto e ficou ali.

Durante algum tempo refletiu sobre o que tinha passado para chegar ali, o que tinha sofrido para completar um simples objetivo, e demorou a descobrir que seu tal objetivo era vazio. Re-passou toda a luta em sua mente. Seu corpo estava dolorido e então ele sozinho dentro daquele enorme castelo chorou, não pelas feridas, ao menos não foi apenas por elas, mas chorou por que sabia que para conseguir entender quem era teve que matar aquele que o mostrou verdade.

Urrou sabendo que ninguém escutaria, com todas as suas forças restantes deu um apenas um grito. Estava revoltado com ele mesmo, irritado demais com o mundo, mas de algo sabia, estava mais forte, e sua força não vinha de nenhum outro lugar que não fosse ele mesmo. Agora podia sair dali. Seus amigos estavam mortos, mortos pelas mãos do destino e o garoto caído no chão sem ter ideia do que fazer.

-Suas palavras- começou a falar, mas teve que parar para tomar fôlego, estava cansado demais e sentia dores por todo corpo -As levarei comigo...- Falou ao vento sabendo que algum dia ainda se encontrariam, mas esse dia ainda iria custar a chegar, e quando chegasse iriam lutar novamente,

Admiral Skulley seguia seus companheiros ainda revoltado, mas em um determinado ponto do tragéto, teve uma perigosa ideia, deixou-se ficar para trás, diminuindo constantemente sua velocidade, afim de que os inimigos pudessem se aproximar. A cada metro que percorria, seus amigos começavam a ficar cada vez mais distante dele. Esta atitude irresponsável, só podia dar errado, quando menos esperava foi surpreendido por quatro esqueletos que impediam sua passagem ate seus companheiros.

Aquelas criaturas eram totalmente horríveis, levantando-se do chão, fazendo vários movimentos estranhos que faziam som de ossos quebrando. Logo, ele ficou sem ação diante desse fato, e não tinha outra alternativa a não ser lutar. Ficou alegre, ao ponto de esboçar um pequeno sorriso no rosto, algo tão banal como uma luta, conseguiu arrancar um sorriso daquele jovem que quase sempre se encontrava num estado de seriedade imenso.

—finalmente, um confronto é inevitável diante desta situação, HAHAHAHA! vou acabar com todos... — pensou ele abrindo um sorriso. Instantaneamente ele flexionou um pouco os joelhos, e com a mão esquerda, abaixou a aba de seus chapéu, de forma a cobrir seus olhos. Então, deu o primeiro ataque, correndo em direção a uma falha na formação de seus inimigos, ficou entre dois esqueletos, rapidamente ele abriu bem as mãos e pegou os crânios, dos mesmos, e violentamente chocou-os um contra o outro, tendo a intenção de estoura-los.

Depois desta ação, voltou seus olhos para os que sobraram, tomando o cuidado de ficar de frente para não ser surpreendido pelas criaturas que restaram, e logo refletiu —Então! sobrou apenas vocês!— Olhando diretamente nas orbitas oculares ocas de um dos esqueletos.

Dito e feito, Rotciv agiu como pronunciado, porém ficou questionado com Skulley quando percebeu que se afastava gradualmente, e como de costume, naquele lugar, as coisas começavam a se desdobrar em surpresas. Mas, Rotciv por si mesmo, não demonstrava-se muito surpreso com o que viria. Pois para não atrapalha-lo ele tornou a consideração de coisas repentinas, apenas instintivas.

Tiveram de desacelerar ao notar uma parede azul surgir em sua frente, até pararem por completo. Não tratava-se de uma parede normal, sua consistência era de um material fora do comum. O fato mais relevante era que o caminho estava selado por hora e, assim como imaginado mais inimigos se levantavam contra os três descendentes de humanos. Seu número não foi contado em vista de haver pouco tempo, porém, passavam de onde a vista alcançava.

Rotciv sentiu um arrepiar que subiu aos pelos de cabeça, não de medo, mas sim, de adrenalina. Quanto mais inimigos encarasse-o mais retubante tornava-se um espirito, por algum motivo exércitos provocaram um clamor dentro do garoto.

Uma luminescência azulada de tom claro, chamou sua atenção ao chão, encontrava-se abaixo dele próxima a Sorceress também. Era uma pedra relativamente grande. Nela contia inscrições de um idioma que embora despertasse interesse de Rotciv, o mesmo não tomou tempo para analisa-las. Em seguida se revelaram mais pedras regularmente semelhante aquela, totalizando seis pedra.

De alguma forma tudo aquilo parecia estar "interligado", trabalhando como um só corpo. O garoto olhava para Sorceress e a pedra sem diz uma palavra, um ar de tensão aumentava, o tempo passava e gradualmente esqueletos levantavam-se. Rotciv virou-se aonde havia surgido uma parede notando mais semelhanças entre o azul luminante, e o modo como isso favoreceu os esqueletos.

Estava óbvio aquilo era de suma importância naquele lugar. Com isso Rotciv desenvolveu uma nova teoria, os esqueletos não voltaram a vida, apenas seus corpos decompostos estavam sendo usados como marionetes com a energia das pedras, que se mostrou poderosa ao selar o caminho. Caso fosse verdade, a questão que restava era: "Quem está controlando as marionetes?", mesmo sendo muitas, tem que ter alguém ou algo, qualquer coisa que tenha força de vontade para dar comandos, nem mesmo que as pedras tivessem que ter essa tal força de vontade, Rotciv não conseguia ficar sem acreditar que algo não funcionaria sem força de vontade.

Enquanto olhava na direção da parede a pouco se levantou, flecha passou velozmente tão próximo de sua cabeça que tocou a ponta de seus cabelos. O garoto já a notou daí, mas, só foi ter certeza ao ser ricochetada na parede, nesse momento ele se virou rapidamente contra o atirador, era uma esqueleto arqueiro que aprontava o arco com outra flecha. Rotciv a uma certeza distância que estava havia virado de fora acelerada, como de um guerreiro que se move velozmente em batalha deslizando-se sobre a poeira do chão, aproximou-se do esqueleto em poucos instantes a julgar pela velocidade de recarregar um arco.

Estava com o braço erguido, paralelo ao solo, de mão totalmente aberta e rígida indo de encontro a arma do esqueleto. Segurou a crista do arco forçando o polegar contra a lateral da flecha afim de curvar sua mira para cima e, desalinha-la do fio que seria esticado. Terminando o movimento em cadeia, puxaria o que conseguiu segurar com força, não importando a resistência como que o esqueleto segurava-o, se possível para quebrar o material, faria isso saltando para trás para tomar certa distância de um possível contra-ataque.