Continente Shane

Uma cabeçada, perfuração no corpo. O chão. Foi tudo rapido demais para o garoto, não teve tempo de reagir, aquele gato super-desenvolvido estava lutando serio agora. Não parecia que a batalha ia terminar até que matasse ou fosse morto.

Zato se encontrava em uma situação perigosa. Mal teve tempo para entender o que acontecia e quando deu por si percebeu que estava de baixo do animal. Havia levado uma sequencia impressionante de golpes, Tinha que lutar. Tentou não se abalar pela situação mas não dava.

Seu ferimento no rosto. Talvez o pior, ainda doía absurdamente. Infelizmente para Zato pareceu que isso não seria mais verdade. Algo muito pior estava por vir. A pata do monstro posicionada em seu peito, Pronta para quebrar suas costelas a qualquer momento. A cauda se preparava para chicotear e Zato agiu.

Não pensou duas vezes. Pegou a espada com sua mão direita no cabo e a outra posicionou por baixo da lamina que vinha deitada numa estocada em direção ao felino. A largura da lamina seria um escudo, sua mão por baixo impediria que ela tivesse o curso desviado pela cauda.

O golpe pode ter parecido desesperado, mas foi bem elaborado. Seguiria um rumo fixo até um ponto certo no oponente. Sua barriga. Bloquearia o chicote da cauda e o acertaria com toda força para perfurá-lo. Só restava rezar para que desse certo.

@ Zato

O ataque por parte do ser gigantesco veio sem hesitação, mas fora facilmente reprimido mais uma vez. Zato usou de sua formosa habilidade com a espada para desviar do ataque e ainda por cima, contra atacar com uma esplêndida performance. E não teve outra, o ataque rumou para a barriga do monstro e tentando desviar, acabou por fincar em outro local... No peito.

Mesmo assim, ainda não era letal. A cauda em forma de chicote do monstro se enrolou no braço de Zato, impedindo que o mesmo terminasse a ação, e ao mesmo tempo o peso em seu peito e costela aumentou, fazendo a dor subir drasticamente. Zato se viu então, entre uma crucial escolha.

Matar o monstro e ter suas costelas esmagadas, porém, ainda permanecendo vivo ou simplesmente retirar a espada do local, e não ter garantia do que poderia ocorrer em seguida. Estava nas mãos do garoto. Seria um sacrifício válido? Estaria pronto para agüentar toda a dor que possivelmente iria sentir? A cauda não o segurava com força, devido a fraqueza com que o monstro já estava.

Sangue pingava da espada, clamando por vitória. E então, que decisão tomar?

Zato tinha completado seu golpe, sentiu a arma entrar no peito do animal, era o cheiro de sangue escorrendo o que ele sentia agora. A adrenalina continuava a subir. O garoto parecia ter mudado o rumo da batalha, mas essa alegria durou pouco. Logo o menino estava com outro problema e não tinha como ter certeza do que fazer.

Infelizmente para o meio-elfo ele não tinha tempo para refletir, e por azar do felino Zato estava em um dia onde piorar parecia impossível. Se o garoto tivesse uma misera chance de acabar com aquela batalha ele a agarraria. Zato voltou a sorrir.

Não importava o que fizesse, na posição que estava de algum modo seria gravemente ferido. Zato quis dar o fim aquela luta. Se aquilo era apenas o guardião ainda teria mais por vir? O preço de perder algumas costelas seria até barato.

Não soltou a espada por um segundo sequer. Agora a batalha estava finalizada. A espada já estava fincada no peito do animal e Zato pressionou ela até o fim, não ia para até que sua arma estivesse toda manchada de sangue. Em um dia, já não se importava mais em tirar vidas.

@ Zato.

Aquilo não demorara, contudo, os danos foram bem fortes... Em ambos. Sem piedade, Zato com força e de forma lenta, terminou sua ação enfiando toda a espada, desde o inicio da lâmina até o cabo, no peito do animal. O felino grunhiu de dor e rugiu alto, como nunca naquela batalha. Os olhos amarelos encaram Zato cheios de fúria. Ainda estavam vivos.

Era impressionante a resistência do animal. Mesmo com uma espada do peito, ainda tinha fôlego para continuar por pelo menos alguns minutos e foram esse fôlego e perseverança que custaram a Zato algumas costelas. Antes de sucumbir, o animal apertou as costelas de Zato com uma força descomunal, quebrando-as que nem palito. Agora era a vez de Zato gritar.

Logo após o ato, o animal, sem forças, tombou para o lado e já com dificuldades em respirar, foi fechando os olhos lentamente, até não exibir mais nenhum movimento em seu corpo: Estava morto. Segundos depois, os gloriosos portões de gelo do castelo, se abriram lentamente, jogando uma brisa gelada na direção do rosto do Meio-Elfo, e a voz já conhecida, soou em sua mente mais uma vez.

"Entre, limpe os pés...Sinta-se a vontade em minha humilde casa... Sente-se e tome esta taça de vinho comigo. Não admito uma desfeita destas, não em minha casa..."

[ - 18% de HP. Tem três costelas quebradas e mais duas trincadas. O animal deixou uma perfuração não tão séria em seu corpo, mas que se continuar sangrando, dará problemas. Algo para estancar, resolve. Congratulations! Now, the final boss!]

Zato urrou com vontade de matar, estava com um apetite insano para matar aquele animal. Talvez tivesse errado na escolha que fez, pois seu próximo urro não foi de vitória. Foi de dor. O garoto ficava cada vez mais auto-destrutivo naquela missão suicida e a consequências de seus atos estava cada vez exigindo mais dele.

Como se não bastasse as mordidas na perna, o ombro perfurado, a maldição em seu peito, entre outros vários machucados agora seu corpo sangrava como nunca. Zato cortou a perna direita de sua calça do joelho para baixo, precisava de algo do tipo, amarrou-na em seu ferimento com intuito de parar o sangramento.

O meio-elfo sentia que logo enfrentaria a ultima ameaça, cada vez estava mais perto de terminar. Meio manco, encravando a espada na neve a cada passo para suporte Zato andou até o castelo. Com uma mão para suporte na arma, a outra em cima do ferimento, ele estava tão machucado quanto poderia. Foi assim que se aproximou da porta, e ela se abriu.

"Entre, limpe os pés...Sinta-se a vontade em minha humilde casa... Sente-se e tome esta taça de vinho comigo. Não admito uma desfeita destas, não em minha casa..."

Zato sorriu, apesar de tudo o inimigo ainda parecia subestimá-lo, ao mesmo tempo, devia respeitar de certa forma. Ele sentia que não tinha escolha, era uma opção? Não estava com medo, depois de tudo que acontecera até ali.

-Quanta generosidade...- Havia um tom de sarcasmo muito leve na voz do garoto, mas mesmo nas condições que estava, sem ter visto quem falava com ele o garoto se esforçava para manter a postura -Obrigado pelo convite, eu não recusarei, nem penso nisso.-

Entrou rezando para qualquer deus que estivesse disposto a ajudar, agora estava pronto para encarar seu desafio final.

@ Zato

Se o castelo era imenso por fora, quiçá por dentro. Cheio de adornos, tais como cortinas de seda, peças de ouro e janela de cristais, o castelo brilhava por dentro. Assim que subiu um pequeno degrau de escadas – com um pouco de esforço, diga-se de passagem – deu de cara com um salão central. Um magnífico piano estava disposto na diagonal do salão. Além disso, mais de quatro sofás estavam no local, sendo que no centro, uma mesa de cristal amparava peças de ouro.

Logo que chegou, alguém o recebeu. Era o mordomo da casa. Cabelos brancos, e idade jovial. Não mais que 40 anos de boa forma. Zato, contudo, podia ver além. Seu peito começou a doer e o sangue escorrer: Ele era um demônio. Sua face verdadeira estava totalmente cheia de cicatrizes, e muito deformada.

Subiam outra escada, para um andar superior do castelo e quanto mais perto chegava do homem, ou melhor, demônio, mais seu peito doía.

- Algum problema senhor? – Disse sem olhar para Zato.

Quando finalmente chegaram, Zato deu-se conta que estavam no andar do Salão de Jantar. Uma mesa de cristal enorme se encontrava a sua frente e diversas cadeiras vazias em sua lateral. Na extremidade oposta a sua, outro homem. Não aparentava ter mais de 30 anos. Tinha a pela branca, bem branca e olhos azuis profundos. Cabelos negros e lisos que iam até o ombro.

Vestia uma calça preta de linho fino e uma camisa social branca. Ainda não tinha nada em seu prato, mas em seu copo, um líquido rubro podia ser visto.

- Bem vindo rapaz. Sente-se. Precisamos conversar... Ah, antes de tudo, deixe eu me apresentar. Vladmir Stock Heick III, mas pode me chamar de... Drácula.

Zato ficou boquiaberto com o castelo. Era impressionante, grande, majestoso. Digno de um rei. Seu oponente definitivamente não era qualquer um, tinha tudo, tudo que qualquer homem jamais sonharia em ter. Agora ficava ainda mais claro para Zato que ele tinha entrado numa fria, mas não foi o suficiente, entrou com vontade.

Olhou o mordomo, a principio viu seu disfarce, por´m seu peito começou a arder, e Zato sabia exatamente do que se tratava. A verdadeira face do demonio apareceu aos olhos de Zato. Ao ser questionado tentou desviar o olhar, fingiu não ser nada.

-Hmm, não, nada demais...

Subiu as escadas degrau por degrau até que viu ele, era definitivamente o dono daquele castelo. Todas as batalha de Zato naquele dia, os ferimentos, as dores, tudo por causa daquele homem. Mas o garoto não era burro, iria evitar ao máximo o combate. Podia ser esquentado, mas burro não.

-Falar comigo? Bom, então tudo bem, Me chamo Zato, quero dizer, Henry Van Zatoichi, mas todos me chamam de Zato.

O garoto estava a frente de um monstro, um demonio que lhe convidava para se sentar junto a ele e jantar, nada comum. Os bons modos do homem não agradavam o garoto, afinal, ambos ali sabiam bem qual seria a consequencia daquele encontro, talvez a causa não, mas a consequencia eles sabiam bem. Sentou-se e aguardou para ouvir o que o homem tinha a dizer, mas nenhum segundo ficou distraido, sabia o que podia ocorrer ali.

@ Zato.

O garoto estava desconfiado. Mesmo assim, sentou-se a mesa e se prontificou a escutar o que o Drácula tinha a dizer. O vampiro, calmamente tomou um gole de sua bebida e bateu palmas logo em seguida. Rapidamente, um grupo de serviçais, apareceu com bandejas que cheiravam a comida muito bem feita.

Serviram para Zato um copo de vinho e purê, com alguns pedaços de frango. Salada e fruta também estavam no cardápio. O Drácula iniciou a sua refeição e esperou que o garoto fizesse o mesmo.

- Você sabia que... Acho que morrerei hoje? Muitas pessoas tem a ganhar com minha morte. É irônico não é? O destino de uma ilha, em suas mãos. Nas mãos de um "humano". Mas... Você realmente não vai parar. Belkior deve ter instruído você bem. Desculpe pelas suas perdas. Meus soldados, que você matou... Eles ficaram com medo de alguém descobrir esse portal, a minha existência. Mas no fim, não adiantou de nada. Espero que entenda.

Falava em intervalos, sempre que engolia um pedaço ou outro de sua refeição.

- Me diga, além de querer a minha cabeça. O que mais deseja?

Zatoichi ouvia calmamente Drácula falar, ele mesmo não acreditava no que o vampiro dizia. Ficou meio nervoso, não tinha idéia do que fazer. O homem sentado a sua frente tinha poder de controlar cada um dos monstros que foi seu oponente e isso deixava o meio-elfo muito espantado.

Demorou para responder. Pegou a taça de vinho e levantou-a até perto de seu rosto para ter certeza se era vinho mesmo. Cheirou a bebida levemente e conseguiu perceber, ali havia um teor de alcool, mesmo que não fosse dos mais fortes. Bebeu um gole e apoiou a taça na mesa. Depois estranhamente o garoto sorriu.

-É estranho você pensar que vai morrer hoje, principalmente vendo a condição em que me encontro- Mudou sua expressão, ficou sério, o garoto tentava se manter no mesmo tom da conversa que o vampiro. -Bom, acho que pelo potencial que você mostrou apenas em seus soldados está longe de ser fraco como diz...- Parou um poco para comer e após engolir continuou - Sabe que não sei responder a sua pergunta.

O garoto realmente não fazia idéia do que faria dali para frente. Foi do exército para Calm num tentativa de ter um calmo passeio pelo vilarejo e se meteu em toda aquela confusão. Mas agora não sabia ao certo nem por que ainda não havia fugido. Estava determinado, mas sem ter conhecimento sobre o que era essa determinação.

-Sabe Drácula, Nunca fui de ficar parado em um lugar só, minha vida inteira foi cheia de mudanças. O tempo todo eu só me ferrei, é até engraçado pensar nisso. Porém isso não importa. Apenas estou aqui pelo que soube através de Belkior. Pela sua expressão ele não parecia estar muito errado não é? Não me importo mais com os que se foram, é impossível mudar o passado. A questão é que nós moldamos nosso futuro e o das pessoas a nossa volta.-

Se sentiu filosófico. realmente estava, era estranho pensar em tudo aquilo, mas continuou comendo e conversando. -Acho que a única causa de eu ainda estar aqui, é que ainda existem, nesse mundo, pessoas importantes para mim.- Suspirou -Já desisti de fugir da morte, sei que quando ela quiser virá me pegar, essa é minha única certeza.-

O sol banhava de luz e calor o solo arenoso e tudo que nele havia. A caminhar com trajes de seda, vestido de branco e vermelho, um garoto chamado Victor. — 'Interessante... Continente Shane, minha intuição me diz que aqui se desenrolará uma boa aventura...' — Deu uma olhada para o céu e prosseguia com o pensamento.

— 'Acho que eu poderia dar uma olhada em templos antigos feitos de pedra ou talvez ficar perto de algum oásis seria mais razoável, mas não posso ir despreparado... lembro-me bem que meu irmão disse sobre a importância de preparar-se para um combate... ele disse que eu era mais hábil com facas, talvez seja razoável arrumar uma adaga primeiro.' — Alisava o queixo com a mão como de quem está pensando.

Caminhava na direção do que parecia ser um lugar onde as pessoas se reunião para trocas, um ponto de comércio. — 'Ficar pensando nesse calor pode fazer alguém passar mal, acho melhor ficar debaixo de alguma cobertura.' — Colocou a mão na cabeça para ver se estava realmente quente enquanto ia para o tal ponto de comércio.

Depois de um longo tempo, Red Aburame vai despertando, lentamente, sem saber, ao certo, como viera parar ali.O sol era escaldante e ele precisa procurar abrigo para não ter o risco de morrer de desidratação.

Logo após encontrar uma especie de caverna, esculpida nas rochas pelos fortes ventos, Red Aburame teve a sombra e a tranquilidade de que precisa para pensar em alguma coisa.

—Droga! com sera eu vim parar aqui? nem ao menos com uma pista, um bilhete ou uma espada, que forneça alguma informação sobre essa pergunta— pensava ele procurando nos bolsos e ao redor de onde se encontrara.

Mas com um estranho sorriso e com um espirito aventureiro, logo pensou —Bem que graça teria se fosse fácil?— E com essa frase continuava a pensar como viera para ali.

Foi quando o elfo teve o bom senso e sentiu, já que ele utiliza uma venda nos olhos, que o lugar onde estava seria o mais próximo de um deserto, como tinha o conhecimento o suficiente para deduzir que os dias no deserto são um calor infernal e noites são congelantes, se pôs a caminhar, a procura de aventuras.

@ Zato

O jantar continuava sem problemas. Foi então que Vladmir interrompeu novamente.

- Bem, só há duas coisas que desejo lhe falar: Se me matar, você causará uma revolução nunca vista nesse continente. Se não me matar... Bem, Calm corre perigo e toda sua viagem será em vão. De qualquer modo, seja qual for sua escolha, peço primeiro que termine o jantar.

Novamente voltou-se para seu prato, quase completo. Naquele tempo, só havia comido poucos pedaços para acompanhar Zato, já que vampiros não se alimentam de comida comum. Entretanto, já estava na quinta taça com liquido viscoso.

Zato, porém, se sentia mais revigorado e... Tonto. Nunca provara um vinho tão forte e bom como aquele. Por um lado, era bom provar diferentes gostos, por outro... Bem, na hora da luta não ia ser legal. Pelo menos Drácula era o típico cavalheiro e Zato não poderia esperar justiça maior em suas atitudes. Apesar do clima calmo, a tensão estava constante e tudo iria explodir em segundos.

- E então, que escolha fará?

@ Victor

Tava muito quente. Victor podia sentir ao tocar em sua própria cabeça, enquanto espremido entre os trausentes do local, tentava conseguir um pouco de sombra, de baixo de uma pequena construção feita de pedra, a mais ou menos 3 metros de altura. Estava em um comércio de alguma das diversas cidades daquele continente misterioso. E como todo comércio, muito barulho, falação, mau cheiro e calor. Incomodo aos montes para o garoto.

A situação se seguiu por certo tempo, até que estranhamente, aquela confusão começou a diminuir. As pessoas começaram a se calar, e o meio da rua, começou a ficar limpo. Ao longe, o barulho de cavalos que galopavam fortemente, podia ser escutado por Victor.

No fim de tudo, muitos estavam escorados nas paredes, e aos poucos, começaram a se ajoelhar. O garoto era o único que ainda estava de pé. Sentiu então um puxão em suas vestes de seda.

- Você é novo aqui não é? Se ajoelhe, rápido, se não quiser sofrer caso algum Skorata lhe veja.

Quem eram os Skoratas? Porque toda aquela reverência? Estaria algo de importante acontecendo? Difícil saber.

@ Red Aburame

Para a surpresa de Red, a caverna, dava um declive não muito acentuado. Por azar acabou escorregando, mas tornou-se divertido, tal qual um escorrega bunda. Fora bom sentir o vento em seu rosto, refrescando o calor do deserto. Aos poucos, começou a ouvir vozes. Parecia estar entrando em alguma cidade, ou vilarejo, não sabia ao certo. Mas podia ouvir vozes distintas.

- Você vai participar?

- Eu não, acho muito perigoso.

- Vamos lá, a vaga é para duplas, aposto que nem são perigosos assim.

- Eu duvido. Ainda gosto da minha vida.

E não eram somente essas. Muitas outras tratavam sobre um assunto que Red não tinha menor conhecimento. Algumas dizendo que não conseguiriam, outras eufóricas, querendo logo terminar aquele “serviço”.

O alvoroço só ficava maior, e nem sequer notaram o jovem que adentrava o local.

Alguém parou sobre uma rocha plana de onde se via algo semelhante a uma pequena civilização, no momento o vento levou para o lado uma capa rocha e os cabelos longos e ruivos, era uma mulher. Levantou com parte da mão o chapéu pontudo que atrapalhava a visão. — Que fim de mundo, hum!

Desceu a ladeira até a civilização, foi entrado sem hesitação observando o movimento. Onde tinha entrado era bastante movimentado parecendo algum tipo de feira. — Agora que estou fora da sociedade dos magos, preciso arrumar um cajado para poder usar minha magia. Eu não sobreviveria por uma semana sem usar magia. — As pessoas faziam confusão, mas não eram idiotas, estão sempre de olho uns nos outros. Seria difícil conserguir um cajado sem dinheiro.

Ainda caminhando Sorceress percebeu que no outro lado do comércio não estava tão barulhento e movimentado, que teria acontecido? Foi naquela direção.

OFF: Não achei que fosse realmente postar aqui, Sorceress...

ON:

Ficou atento, algo estava acontecendo, olhou para trás e assim que ouviu o conselho tratou de agachar-se, não para se ajoelhar, mas, para não se destacar na multidão, Victor não se curva para outros em sinal de submissão, apenas para reverenciar alguém. — 'Que está havendo? Skorata... como todos se curvaram, deve ser algum senhor importante... talvez de cargo de governador ou algo do gênero...'

Estava curioso e tratou de perguntar sussurrando ao mesmo homem que lhe deu o aviso. — Que ser isso, Skorata... e que está havendo? — Esperava conseguir descobrir antes que fizesse alguma besteira e acabasse sofrendo.

Red Aburame se levantara lentamente, tirando a poeira de suas roupas se estapeando inteiro, ao final disso, percebeu em sua volta um forte burburinho, vindo de um aglomerado de pessoas, logo a sua frente.

Embora as pessoas apenas sussurrassem, o elfo pode ouvir muito bem, algo sobre um serviço muito perigoso, o que deixava Red Aburame muito alegre, pois a tempos não tinha nada a fazer.

Então, ele se colocou a andar em direção as pessoas, e a cada passo que dava imaginava, qual seria aquele serviço? e as muitas batalhas que nele poderia vim.—aaa!Posso sentir a adrenalina desse trabalho, mal posso esperar para logo aceita-lo.— Pensava ele com um sorriso maquiavélico no rosto.

Quando, enfim, chegou la logo perguntou para qualquer uma daquelas pessoas — Ei! vocês poderiam me dar alguma informação sobre esse tal serviço de que tanto falam? — Assim ele aguardava ansiosamente para ter uma resposta.

O vinho desceu forte para o estomago. O teor alcoólico devia ser bem alto, Zato não era resistente para bebidas, porém, não ficava embriagado com facilidade. Estava num estagio intermediario, ainda conseguia controlar perfeitamente o que fazia, mas acabava perdendo um pouco a noção.

-Sabe, acho você muito legal. É gente boa, sério. Qualquer pessoa do mal não me convidaria para jantar e me recuperar.- Parou de falar por um breve momento, como se tivesse se tocado que não devia estar falando aquilo, mas ficou claro que a parada foi apenas para pensar no que ia dizer.

-Por que você quer brigar com todo mundo?- coçou a bochecha que não estava ferida. -Não que você tenha que ser bonzinho, isso ia ser muito chato pra alguém poderoso como você.- Tinha um certo tom de entusiasmo na voz. felizmente se deu conta que estava falando demais e mudou de assunto rapidamente, ou tentou. -Caraca! essa comida é ótima. Ta ai, Você devia abrir uma taverna ou restaurante, algo do tipo com serviço de entregas. Será que alguém já pensou nisso?-

Enquanto jantava e conversava Zato foi voltando ao normal, mas não em perfeito estado. Acabou deixando as boas maneira um pouco de lado. Não chegava a ser um gorila, mas era meio selvagem comendo, Atacava tudo que lhe davam sem se preocupar com o gosto.

@ Zato

O vampiro olhou para o estado do garoto e não conseguiu deixar de dar um sorriso simpático. Contudo, Zato tinha razão. Se não fosse por seus atos passados e bem, ser o que era. Vladmir era uma boa pessoa. Um vilão um tanto quanto diferente.

- Não é que eu queira brigar com todo mundo. Mas eu preciso das pessoas como alimento. É natural. E isso gera um ciclo de ódio, do qual eu tenho que me defender, afinal, viver é o que nos interessa.

Continuou apreciando sua bebida sem dizer mais nenhuma palavra, apenas observando Zato em suas ações. Passado um tempo, estalou os dedos e um garçom passou recolhendo os pratos e copos sujos, e ainda por cima retirando os copos e o vinho da mesa, para a infelicidade do Meio-Elfo.

Vladmir levantou-se e olhou para Zato, esperando pela resposta da qual já tinha conhecimento.

- Pronto?

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@ Victor

Obedeceu o conselho, mas não porque estava se submetendo a alguém e sim para saber mais sobre o ocorrido naquele comércio.
- Odeio novatos. – Sussurrou - Bem, Skoratas são os governadores das cidades. Em cada cidade, que são cinco no total neste continente, governam seis Skoratas.

Deu uma pausa e prosseguiu, olhando para os lados, desconfiado.
- E uma vez a cada semestre, eles se reúnem em um local sagrado e misterioso para discussões políticas e militares. São extremamente respeitados aqui e suas mãos alcançam muito além do que lhes é permitido, por isso também são temidos. Muitos mistérios rondam os Skoratas...

Logo que acabara de falar, uma espécie de caravana passou. Em cima, no topo, dez pessoas vestindo mantos negros que lhe cobriam todo o corpo. O silêncio era absoluto e um clima de tensão e medo era presente nos habitantes do local.

Passados dez minutos, a caravana já ia bem mais adiante e os comerciantes e consumidores locais já começavam a se levantar. O pior já havia passado. O homem do lado de Victor levantou também e completou.

- Existe outro transporte nos portões da cidade. É uma carroça de dois compartimentos. O primeiro, todo fechado, leva os Skoratas e o segundo, alguns comerciantes que vão para o Mar Baylen, viajar para Lodoss em busca de uma vida melhor. Se quiser se manter vivo, lhe aconselho ficar longe deles... São sábios enciclopedistas, muito inteligentes. Mas perigosos.

Quando terminou, voltou aos seus afazeres e Victor novamente estava sozinho, apenas aproveitando a sombra, apesar de que... Aquilo deixou o garoto curioso. Era uma lenda e tanto, que poucos ousaram tentar se aventurar.

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@ Red Aburame.

Um rapaz que estava perto ouviu o apelo do jovem e tratou de informar-lhe.

- Se trata de uma recompensa. O governo local está pagando 1,500 L$ para quem conseguir exterminar cinco feras que assolam a cidade. Nossa cidade é a mais botânica de todas apesar do clima seco, o que abre certas brechas.

Parou, analisando bem Red e depois continuou.

- Se quiser participar, é só se inscrever e comparecer ao reino de pedra, seguindo esta rua. Lá irá haver uma seleção e cinco candidatos serão escolhidos. Vai entrar?

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@ Sorceress

Andava não muito contente pelas ruas da Cidade de Maznung. O local de algum modo não a deixava confortável. Contudo, algo chamou a sua atenção. Apesar de naquele local estar um barulho infernal, na outra ala comercial, tudo estava em silêncio o que era bastante incomum. Curiosa, depois de alguns minutos, acabava por dobrar no local.

Viu todas as pessoas no chão, ajoelhadas, como se estivessem se prostrando a algum Deus, mas Sorceress não via nenhum resquício de santidade ali. Ao fundo somente uma espécie de caravana e no topo do veículo, diversos homens com roupas negras que lhe cobriam o corpo completamente.

Deu mais alguns passos e aos poucos a multidão foi se levantando. Todos com roupas pesadas e de um material bem resistente. Apenas um ser se destacava ali. Vestia roupas de seda, seus cabelos eram loiros e os olhos de um verde chamativo e atraente. Conversava com um homem, mas logo este fora embora o deixando sozinho. Antes de chegar, algo estava ocorrendo, algo muito estranho.

OFF: Akira tu não especificou onde é para inscrição ! Irei postar que a inscrição é feita no ato, no reino de pedra mesmo. E Victor dessa vez eu fui mais rápido a postar! Raa! na sua cara.

ON: Red Aburame deu-lhe um sorriso sarcástico e completou — você acha mesmo que iria perder meu tempo perguntando a qualquer um se não estivesse interessado em me inscrever? — Responde muito irônico. — Afinal 5 bestas não irão embora sozinhas... — Dizia ele olhando para o nada enquanto o vento fazia seus cabelos se mexerem um pouco.

Apenas uma coisa lhe incomodava naquela hora — Sera que o governo disponibiliza armas? — Alem do que são 5 feras que o elfo teria que matar — Não importa! — Pensava ele muito otimista — Essas feras serão exterminadas de qualquer jeito e a qualquer custo... — Foi nessa hora que o jovem começou a correr para realizar sua inscrição, deixando o rapaz, que havia lhe dado a informação, para traz.

Enquanto corria, Red Aburame tinha uma expressão facial de quem estava possuído, não parava de dar risadas macabras seguido de algumas palavras — HAHAHA! não vou deixar nada para os outros 4, as feras são todas minhas. HAHAHA! — E quanto mais ria, mais seus passos iam ficando rápidos.

Ao chegar no mais perto, a situação era bastante diferente de onde estava, e com certeza incomum. Todos agachados de frente para alguma coisa. Tentou enxergar o que era e ela notou alguns homens todos cobertos de preto, eles certamente eram importantes. Ficou um pouco confusa com o que aconteceu, mas mesmo assim permaneceu no local.

Após a caravana passar, as pessoas iam se levantando aos poucos, isso só confirmava que era realmente aos homens de preto que eles se ajoelharam. Mesmo depois que todos se eles levantaram ainda havia uma figura incomum e diferente naquele lugar. Era um rapaz de certa forma esquisito, mas parecia ser o mais amigável no local, aproximou-se dele para saber o que tinha acontecido a pouco. — Oi, pode me explicar o que acabou de acontecer? Afinal você também estava ajoelhado, não é?

Foi um momento de tensão quando os dez senhores de negro estavam passando. Perguntas do tipo: Como serão eles? O que vão fazer? Como eram suas técnicas? Que mistérios os rondam? Mas, esse tipo de pergunta nunca costuma costuma ter uma resposta direta assim. De alguma forma Victor gostava de quando alguém sabia ter estilo, a curiosidade dele só foi aumentando gradualmente enquanto refletia.

Posteriormente depois disso Victor ainda tinha o ocorrido na cabeça e, enquanto ouvia o homem informa-lhe, se sentia ainda mais empolgado. — 'Mal posso esperar para encontrar esse tal veículo que vai para Lodoss!' — Quando ia já saindo dali, uma garota se aproximou e também estava um tanto curiosa.

— Não, eu não estava ajoelhado, mas, posso sim lhe responder... eram Skoratas. — Olhou para ver se a garota estava prestando atenção e pois-se a explicar. — Skoratas são governantes dessa região, existem seis para cada cidade que são cinco no total, pelo menos foi isso que me contaram... — Ficou com uma cara de idiota como se não soubesse o que estava falando.

— Mas não importa... não importa o que eram, nem o que houve ou se eu estava realmente ajoelhado... nada importa... eu achou que vou viajar e me aventurar por ai, talvez o transporte vá demorar para partir... mas, eu não me importo, não me importo com nada! — Victor estava sem expressão no rosto, parecia esperar a reação dela.

[Desculpem a demora ]

@ Victor e Sorceress

Sorceress se aproximou de Victor e iniciou um diálogo rápido sobre o acontecimento de poucos minutos atrás. Victor, da mesma forma, respondeu para a maga com certa seriedade e confiança em suas palavras, mesmo que estive confiando nas palavras de um homem desconhecido. Enquanto isso, o fluxo do comércio voltava ao normal e aos poucos aumentava.

Foi então que uma carroça passou pelos dois. Tinha dois compartimentos. O primeiro era de tamanho médio, com uma madeira brilhante e duradoura, conhecida como Stukyr naquelas bandas. Vinham de árvores mui anciãs e resistentes. Sem falar é claro, nos adornos com prata e bronze, tais como escrituras e desenhos místicos.

O segundo compartimento era maior que o primeiro e a parte e trás era totalmente aberta, com apenas uma pequena cortina. Mesmo assim, dentro, viam-se alguns bancos largos e diversas bugigangas, desde armas até roupas e livros desconhecidos. Enquanto a carroça passava, algumas pessoas simplesmente pulavam para dentro, com algumas sacolas. Eram comerciantes, que com certeza usavam o transporte para se locomover.

O que realmente chamou a atenção de Victor e Sorceress fora a primeira cabine e o garoto já sabia do que se tratava. Pelo visto, tivera sorte já que o meio de transporte se atrasara um pouco para chegar ao seu destino final.

< Podem entrar na carroça, ou simplesmente ignorá-la... O que espero que não façam... Mas é isso ai. To gostando da interpretação =3 >

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@ Red Aburame.

- Você só precisa...

Não ouviu o resto. Apenas saiu gritando pelas ruas, dando suas risadas macabras, fazendo com que as pessoas o olhassem e sentissem até um pouco de medo. Continuou correndo, até que esbarrou em um rapaz. Tinha uma grossa armadura de ferro toda empoeirada e uma lança em suas mãos.

Era extremamente alto, beirando os dois metros. Um olhar firme e expressão mais assustadora que a ação de Red na rua a poucos minutos atrás. O rapaz o encarou e o empurrou de leve para trás, erguendo sua lança contra o invasor.

- O que deseja? – Disse com uma voz grave.

Logo atrás do homem, um castelo de pedra. Muito, mas muito grande. Red já estava dentro da propriedade, contudo, a área era permitida aos trausentes. O problema é que estavas prestes a entrar na área privada e por isso fora barrado. Pelo visto, encontrou rápido seu objetivo.

Ficou um pouco contente de ter compreendido facilmente o acontecido. O garoto falou de um transporte, e logo surgiu uma carroça relativamente grande e de fina categoria, talvez algo disponível apenas para poucos, era mesmo um ótimo veículo.

Porém Sorceress não pode dar muita atenção à carroça devido a algo que o garoto havia falado que despertou um sentimento de raiva. — Não se importa?! — Apertou a mão e mordeu os lábios. — Meus pais não se importavam... Eles me abandonaram e graças a eles eu demorei muito tempo para aprender as palavras “pai”, “mãe” e “família”. Vivi sem eles e foi muito solitário porque eles não se importaram. Uma vez eu quando era pequena, escorreguei e caí em um rio onde havia várias pessoas... Eu estava me afogando, mas ninguém se importava... — Olhou bem para o garoto e disse-lhe. — Gente como você deve morrer!

[Mal a demora pra postar, tava esperando resultados da escola.]

Zato terminou de comer, com o tempo voltou a ficar sobrio. Esperou ao máximo para ver se seria possível adiar a luta, mas não parecia ter muito jeito, iria para o confronto machucado, ferido, totalmente desgastado de três ou quatro lutas pelas quais tinha acabado e passar e sobrevivido milagrosamente.

-É, acho que estou pronto. Satisfeito.- Sabia que agora passaria por uma das lutas mais difíceis que já teve, tentou desviar o assunto para o que haviam acabado de comer, mas dificilmente conseguiria mais de alguns minutos, agora, era só rezar.

Zato há muito tempo não se via numa situação como essa, poucas vezes ficou frente a frente com alguém que logo enfrentaria, não sabia muito bem o que fazer. Na realidade, não tinha idéia.

Algo semelhante a descrição do comerciante estava se aproximando, sem dúvidas era a carroça, e de fato era muito bonita. Um rebuscamento singular e escrituras místicas chamavam a atenção de Victor, mesmo se não fosse a carroça certa ele pularia para dentro dela.

Mas, como esperado da reação da garota, os sentimentos dela estavam claros como água cristalina e ele a compreendia muito bem. — 'Droga, pensei que ia demorar mais tempo... eu não quero deixar a carruagem passar, mas, tenho de fazer isso...' — Victor estava o tempo todo encarando a garota e fitando com os olhos caso ela retorna-se o mesmo ato.

Ao fazer a afirmação impressionante e já esperada por Victor, ele naturalmente devolveria uma outra afirmação impressionante. — Então tente! Vamos, mate-me se for capaz!

Red Aburame olhou o tal homem de cima a baixo e logo retrucou — Hum! um guarda? HAHAHA! saia da minha frente! tenho trabalho muito grande referente aquelas feras de que tanto assombra este reino! não tenho tempo para falar com um medíocre como você! — com um ar de insolência e marra falou na lata para o suposto guarda.

Mas depois de lhe ter dito este desacato, o elfo pensou meio arrependido — Droga! que otimo, agora vou ter que lhe perguntar onde é o maldito local da inscrição,aaa! depois raciocinar com uma certa frieza perguntou ao guarda com a maior cara de pau — Bem! tu esta aqui e eu também, o que acha de você me liberar e dizer logo onde fica o local da inscrição para aniquilar as tais feras? olhando diretamente nos olhos enfurecidos do suposto guarda que ali estava com uma cara de que tinha poucos amigos.

O jovem não percebeu que já havia adentrado o tal castelo de pedra e enquanto aguardava uma resposta do guerreiro que lhe barrava, começou a deduzir que era um local muito grande, pois a cada palavra que ele pronunciava fazia ecos medonhos....