Continente Shane

@ Victor e Sorceress

[Bem, criaturas. Habilidades aprovadas, podem cair no pau, só lembro-vos de uma coisa. A caravana está passando e ela realmente vai embora. Eu já to com boa parte do plano programado, se perdem a carroça, não sei o que faço mais com vocês u.u ~ ]

Ali o clima esquentou. Sentimentos foram colocados em jogo e Victor só fez atiçar aquela moça para um nível que não deveria. As pessoas ao redor pararam de fazer seus afazeres e começaram a olhar para os dois indivíduos.

Muitos balançavam a cabeça em forma de negação e voltavam para o trabalho, os poucos, torciam por um embate ali no meio da rua. O povo pelo visto tinha uma ética um tanto correta demais... Ou era a presença e o medo dos Skoratas que faziam aquilo ocorrer? Difícil saber.

Naquele momento de tensão, até a carroça diminui a velocidade. Os comerciantes dentro dela colocavam as tímidas cabeças para fora, em sua intrínseca vontade de saber dos pormenores. A questão estava nas mãos da dupla. O que fariam?

@ Zato

O vampiro sorriu em relação ao garoto. Dentre anos, em sua solitária vida, era bom receber alguém um tanto humorado. Esticou-se e se alongou enquanto Zato sentia os efeitos da bebida. Estava um tanto tonto por causa do vinho, contudo, lutaria assim mesmo.

[color=darkred]- Realmente, a comida estava boa. Espero que esteja tudo bem para você.

Já estava de frente para o garoto. Lutariam ali mesmo, na sala de jantar. Era grande, havia um bom espaço para ambos se digladiarem sem problemas maiores.

- Como anfitrião, meu caro amigo. Deixo-vos que comece esta decisiva batalha.

O Drácula ainda continuava parado. Não tinha preocupação alguma. Sempre calmo, até parecia já saber que este fatídico dia chegaria.

@ Red Aburame

O guarda apenas bufou com a insolência de Red.

- Garoto, sua sorte que estou em um bom dia hoje, senão, eu juro que acabava com sua raça aqui mesmo. – Disse trovejando. – As inscrições já acabaram, e os cinco lutadores já foram selecionados. Se quiseres algo mais, tenta na próxima viela. Ali, geralmente existem alguns trabalhos menores.

Dito isso, deu meia volta ignorando o rapaz e entrou pelo imenso portal de pedra, ou melhor, o Palácio. Naquele momento, um leve tremor de terra se seguiu e uma fina camada de areia surgiu. Era constante e ainda distante, pôde ouvir o guarda.

- Droga... Mais uma dessas tempestades de areia...

Pelo visto ainda estava no começo. A tempestade era incômoda, mas ainda dava pra ver claramente a viela indicada pelo guarda. Porém, a decisão ficava por conta de Aburame.

@ Todos – Menos o Zato porque ele é preto.

Uma leve sensação de tremor foi sentida e ao mesmo tempo uma camada de areia subia. Fina e irritante, porém, de nada atrapalhava a visão por enquanto. Pelo visto, uma onde de tempestade de areia estava por vir e Victor e Sorceress com suas vestimentas, estavam um tanto quanto despreparados, assim como Red Aburame.

Estava de cabeça baixa com os cabelos e o chapéu cobrindo seus olhos, parecia estar tremula com a maneira que o garoto retrucou. Mas, em segundos soltou um sorriso, levantou o rosto com o chapéu não escondendo mais a face, mas parte do cabelo cobria seu olho direito. — Que desperdício, matar um rapaz tão bonito como você... — Fitou o garoto nos olhos a fim de ver o que tinha de mais profundo por trás daqueles olhos. — Pelo menos lhe darei um beijo antes que morra.

Na posição em que os dois se encontravam a carroça iria passar por trás do garoto. Sorceress não queria que a carroça passasse e arrumou uma solução fácil para resolver todos os problemas de uma só vez. Trouxe sua mão para perto da boca e tocou os lábios com a parte superior dos dedos, depois como que um beijo, removeu a mão suavemente para frente enquanto deu um assopro flamejante. Uma língua de fogo formou uma rajada na direção do garoto. O plano seria muito efetivo, porque mesmo se o garoto desviasse a carroça que passaria atrás dele seria forçada a parar quando vissem as chamas em seu caminho.

Um ar quente estava se formando diante de Victor, mais quente do que o calor original do deserto. Era algo que a garota tinha provocado. — 'O poder mágico dela é maior que o dobro do meu!' — Dava para sentir isso através do oponente. — 'Isso é realmente perigoso!' — Não conseguiu raciocinar mais do que isso, além de que tinha de escapar, é claro.

Assim que percebeu o ataque, se virou quarenta graus a direita saltando, ou melhor jogando-se no chão com o corpo esticado, de forma que quando os braços tocassem o chão ele os puxaria inclinando a cabeça para poder rolar. O movimento como um todo descreveria um salto longe para a direita, seguido de uma rolagem que o faria ir mais longe e, ainda aumentaria a chance de se proteger.

–Mas que droga! isso ta ficando cada vez pior, hum! pelo menos ele me disse algo sobre alguns serviços – Pensou ele, resmungando meio decepcionado. Mesmo sem poder matar as tais feras, prestou muita atenção no que o guarda havia dito, então decidiu procurar abrigo na viela que o homem tinha lhe falado.
Porem, ouviu um alvoroço não muito perto dali, como tinha o sentido da audição mais apurado que um humano, logo suas enormes orelhas se mexeram, como que tivesse vibrando, e simplismente ignorou o aviso do guarda, e começou a correr em direção, ao que parecia, uma confusão.
Quando chegou no local, percebeu a presença de dois humanos, o primeiro um garoto caído no chão, o segundo uma jovem fervendo, uma carruagem parada, pois tinha fogo em seu caminho. Era o cenário perfeito para o entretenimento de Red Aburame e logo disse para o garoto caído – Como é? vai ficar ai mesmo?Da pra sentir o ódio dela daqui! senão se levantar a garota eira te tostar vivo, e isso não vai ser nada divertido – Disse como se fosse a coisa mais natural do mundo. Logo se agachou e ficou apenas sorrindo para o nada pensando como aquilo seria divertido.

@ Victor, Sorceress e Red Aburame.

O ataque de Sorceress fora de uma surpresa total, além de ser muito forte. A força mágica embutida naquele golpe era extremamente excepcional. Contudo, o que Sorceress tinha em poder de ataque, Victor tinha em velocidade. Não fora muito difícil para o rapaz desviar da labareda. Chegou a sentir somente um leve ardor, antes de cair no chão.

E bem, qual não foi o susto de Victor quando ao cair, deu de cara com um ser totalmente estranho. Também não tinha roupas pesadas, logo, não era dali, assim como ele e a garota pirômaniaca. Com os olhos vendados, dava um incentivo um tanto... Jocoso para o rapaz.

Com o efeito da labareda a carroça parou por completo. Estancou de uma vez e balançou toda o ultimo compartimento. O segundo e mais importante - compartimento onde seriam levados os Skoratas - nada sofreu. Estava impecável. Alguns xingamentos por parte do condutor da caravana foram ouvidos enquanto ele descia e tentava acalmar os belos cavalos de cor marrom que relinchavam totalmente afoitos.

@ Zato

Decidido e focado na luta, correu. Pulou em cima da mesa e simplesmente correu. O seu algoz o fitava com o olhar calmo e imparcial de sempre. Parecia esperar o momento certo e realmente, foi o que fez. Zato, com seu ataque horizontal, nada conseguiu obter, o Drácula simplesmente se abaixou, enquanto a espada levada algumas finas mechas de seu cabelo negro.

Contudo, o Meio-Elfo parecia ter previsto isso e agora a intenção era se defender. Pulou para trás e já levantava a espada, até que o "solo" onde se encontrava, tremeu e arredou para trás, desequilibrando-o. O drácula havia chutado a borda da mesa com certa violência, o que ocasionara o desequilibrio do garoto. Sem defesas, apenas caiu de costas na mesa. O preocupante veio depois. Onde estava Drácula?

Não precisou de muito. Ele aparecia no ar, em cima do garoto. Desceu com um potente soco em seu peito, que lhe fez cuspir sangue na mesma hora. A mesa rachou-se no meio, e Zato , com tanta força do golpe, quicou a bater no chão e sentiu uma mão gelada em seu pescoço. Vladmir segurou forte, e girou o rapaz duas vezes antes de o arremessar brutalmente contra a parede do recinto.

O castelo tremeu levente com o impacto do corpo do garoto com a parede, e Zato caia no chão, sem forças, dolorido e provavelmente com mais alguns ossos quebrados. Tinha dificuldade em respirar por conta do soco, e toda vez que tossia, sangue era expelido de sua boca. Sua visão se resumia a um belo borrão e só conseguia definir melhor algumas coisas. Dentre elas, seu oponente que vinha até seu encontro lentamente, um brilho metálico ao seu lado e um pouco mais frente, um brilho esverdeado que oscilava em movimentos suaves.

Mesmo com uma certa dificuldade de raciocionio, concluiu: Era a poção que Belkior havia lhe dado a um tempo atrás. Não sabia pra que servia e quando deveria ser usada, mas essa parecia uma boa hora.

[ Zato, -22 de HP. Esta totalmente dolorido e só consegue se mexer a custa de muita dor. Está com uma severa hemorragia interna, e somente com 2% de HP. Sua visão está muito turva e está perto de ficar inconsciente]

Off: Removi 30% de mana pelo uso de habilidade no turno passado.

— Desviou hein?! — Estava encarando-o como quem estava com vantagem. Sendo o campo de batalha um deserto quente, fogo lhe daria a vantagem, com a tempestade de areia fraca o fogo poderia ficar ainda mais forte, por outro lado caso a tempestade piorasse o fogo enfraqueceria deixando-a em total desvantagem.

Algo que chamou e muito sua atenção era a velocidade do garoto, com certeza era uma alvo difícil. — “Esse moleque é bem escorregadio...” — Notou que a caravana havia parado assim como seu plano, tudo estava sobre seu controle. Mesmo assim a velocidade do garoto era uma dificuldade a se lidar.

— “Você pode ser bem vivo, mas eu vou ganhar!” — O sorriso só aumentava cada vez mais. — “Já arranjei uma maneira de te matar...” — Virou o braço na intenção de controlar as chamas, fez algo semelhante a um movimento circular para que as chamas envolvessem o garoto em um circulo, uma parede de chamas ao seu redor que não daria para escapar devido a estar cercado pelas chamas. Sorceress de inicio apenas iria prendê-lo, mas iria ir fechando o circulo ao seu redor devagar para ir queimando-o gradualmente, se ele ficar no círculo será uma morte lenta e dolorosa.

Ouviu o que um individuo de pele azulada falou, de onde teria saído esse cara, uma pergunta sem resposta. Ficou em posição de pensar. — 'Talvez esse estranho saiba.' — Virou para seu oponente enquanto raciocinava. — 'Há dois tipos de batalha: física e mental. Toda batalha física contém certo nível mental, assim como toda batalha mental contém certo nível físico... E eu ganharei pela minha mente!' — Olhou para os lados afim de avaliar sua situação, percebendo que a garota conseguiu fazer a caravana parar.

— 'Tenho de dizer que os movimentos dela foram planejados, ela viu os efeitos que ocorreriam depois de suas ações. Ela está usando um bom nível mental, o que prova que ela já entendeu quarenta por cento do meu pensamento. Ela é boa, se parece muito comigo...' — Neste momento a labareda lhe circulou formando as paredes de chamas. Victor permaneceu intacto sem se surpreender ou assustar-se visivelmente em sua expressão.

— 'Parece que ela tem um certo controle sobre as chamas que ela mesmo incinera e, também consegue formular armadilhas com esse controle. Muito engenhoso! Estou admirado, há poucas opções para a vítima, eu posso ir por cima saltando, mas, é um salto de altura impossível para mim, ou ir por baixo cavando, mas, não dá tempo. Neste caso... a minha única alternativa é enfrentar as chamas!' — Tirou o manto de seda e o pôs em sua dianteira quase cobrindo o corpo.

— 'Fogo, és muito mal compreendido pelo homem, não é material, nem tem peso, mas, pode ser visto e sentido mesmo sendo atravessado, sim atravessado facilmente. Quando um objeto atravessa o fogo, o calor passa para o objeto e depois abre-se uma passagem de ar onde havia o fogo, essa passagem dura por apenas uns fragmentos de segundo.' — Levantou um pouco a manta. — 'Para abrir uma passagem do tamanho de um ser humano é necessário um objeto grande, minha manta é a única coisa que tenho capaz de ocupar tal área. Mas, não posso arremessar o tecido, se não ele ira descrever uma trajetória desgovernada e se incinerará não abrindo nenhuma passagem. Então eu terei que pressiona-lo contra a parede.' — Esticou o tecido de forma que ele cobrisse todo seu corpo.

— 'Mas, tem algo que me preocupa, se o tecido não for de fibras naturais ele irá derreter e grudar na minha pele, e isso seria muito desagradável! Vou ter de arriscar!' — Era o momento de executar o plano, pois o tempo estava acabando, se corresse poderia se queimar, mas, se ficasse morreria. Deu um impulso para frente saltando e se encolhendo para o manto cobrir seu corpo, a única coisa que separava as paredes de fogo de Victor era um fino tecido. O impulso foi forte, deveria ser o bastante para atravessar a parede rapidamente. Ainda sim atravessar a parede não era o objetivo, mas sim, sair de lá sem maiores problemas. Preocupado o calor que entrou em contato com o fino tecido, Victor iria jogar a manta para o lado assim que saísse do circulo de fogo.

Red Aburame, a uma certa distancia, apenas observava a luta muito intrigado com as habilidades da jovem que, ate agora, mostrou que tem mais "músculos" do que o garoto que apenas se esquivava dos ataques feitos por ela. O elfo podia analisar, não muito precisamente, alguns movimentos dos adversários.

Porém quando percebeu que jovem havia encurralado o garoto em meio a suas chamas, ficou meio surpreso, mas animado com a situação, a luta começara a lhe trazer entusiasmo para assisti-la e aprender um pouco mais sobre os dois que ali se enfrentavam.

—Com essas chamas em volta dele acho que a luta ja esta perto do fim, que pena, achei que iria ficar mais animado— Pensava Red Aburame meio decepcionado, porem uma coisa lhe chamou atenção, parecia que alguma coisa seria lançada ou projeta para fora do circulo de fogo, —Anh? esse garoto, vai.... não.... — Surpreso com o possível movimento que o garoto iria fazer, e logo veio seu lema na cabeça — Seja forte e sera valorizado!— e o elfo pode fazer outra conclusão a respeito do fato que estava prestes a acontecer eu me enganei! esta luta não esta nem perto do final com um sorriso no rosto muito alegre, pois a batalha iria ser mais longa do que esperava

@ Victor, Sorceress e Red Aburame.

[Como eu disse a Sorceress, somente agora será descontado MP dela. Contudo, repensei, e vi que mesmo sendo um ataque pequeno, consume mana, então, irei retirar apenas 15%, uma vez que levava em consideração que era interpretativo. Como ela usou novamente, gasta-se mais 30% - Lhe resta agora, apenas 55% ]

A garota pelo visto, além de bonita e poderosa, era um tanto inteligente. Rapidamente cercou Victor com um círculo de fogo poderso. Esperava diminuir o diâmetro do círculo e seguir até fazer Victor nada mais que pó. Ele, porém, se mostrava mais esperto a cada cartada. Pensamentos passaram por sua mente em frações de segundo a medida que o fogo o ia encurralando e então ele agiu.

Retirou sua manta de um tecido não tão fino, colocou na sua frente, correu e pulou se encolhendo, para que sua capa lhe protegesse. Quando passava pela parede de fogo, sentia um calor extremamente potente, o que mostrava a superioridade mágica de Sorceress. Victor, contudo, saiu daquele circulo e rolou do chão, rapidamente jogando sua manta, que agora pegava fogo, para o outro lado. Com as roupas pesadas, ninguém ali se importava muito com fogo, já que estavam "protegidos".

O garoto saiu sem muitos problemas, mas sofreu mínimas consequências. A pele do seu braço ardia levemente. O fogo lhe pegara ali. Mas era ingnorável, ainda poderia lutar sem mais... Decepções por assim dizer. O elfo azul e desconhecido, apenas observava a luta exprimindo em sua mente algumas expectativas para a batalha. Fora ele também, que observou que os cavalos começaram a se acalmar e dentro poucos minutos, a caravana partiria novamente.

Os outros dois estavam muito entretidos para prestar atenção nesse fato.

[Sorceress: 100% de HP e 55% de MP - Victor: 98% de HP e 100% de MP]


@ Zato.

A única esperança ali era o frasco. A cada movimento, seu corpo doia mais e mais. Parecia que estava todo dilacerado, e bem, não faltava muito para isso. Entretanto, todo o esforço valeu apena, e por sorte, seu algoz ainda andava muito lento. Segurou o vidro e com dificuldade, colocou na boca. A cada gota, a cada gole, conseguia sentir a energia fluindo de volta. Conhecida no mundo da magia como Vita e pelos terrenos como Vida. E assim ela voltava.

No último gole, Zato podia sentir que era novo. Viu que os buraco em seu corpo se fecharam, deixando uma longa e grande cicatriz. Suas costelas estavam de volta em seus locais e bem unidadas. Seu corpo não doia e seu coração batia com força novamente. Agora sim, estava pronto para lutar.

- Nada mais justo, garoto. Agora é minha vez.

Parou subitamente. Sorriu e com um pé, levantou uma tora de madeira afiada. Jogou-a para cima e esperou ela cair, depois de atingir seu ponto máximo. No exato momento que a ponta afiada apontava para Zato, um feroz chute foi desferido e a ação se repetia mais três vezes. Agora eram três pedaços de madeira afiados, querendo perfurar Zato. Um em cada perna e o último em seu peito.

Não podia desperdiçar a chance que lhe fora dada. Não novamente. Pois certamente, aquela era a última.

Tudo deu certo, ao menos agora teria alguma chance de contra atacar, a luta poderia ficar mais equilibrada a partir de então. O rapaz sorria como nunca, nunca em sua vida devia ter sentido um alivio tão grande quanto aquele. Tinha que se concentrar a batalha não estava nem perto do fim e tudo poderia acontecer.

Se levantou num salto e sentiu que agora, com toda sua força ia conseguir, tinha que fazê-lo. Segurava a espada com a mão direita, com a outra tocou o rosto e o ombro direito. Sentiu que tinha adquirido algumas cicatrizes e seu sorriso fechou. Olhou para dracula durante um curto periodo de tempo e assumiu a postura de combate.

-Realmente, mas espero que como eu você também esteja em seu 100 por cento, caso não de tudo de sí a partir de agora-

A sensação era incrível, novamente se sentia leve e disposto, conseguia se mover livremente sem restrição das feridas que anteriormente tinha. Não estava apenas vivo, a energia fluía nele junto a seu sangue e seu oponente já estava pronto para atacar. Viu as toras vindo em sua direção e tinha total noção do problema que elas lhe causariam. Tinha que ser muito rapido para conseguir vencer.

-Million Suns- Falou num sussurro levantando a espada a sua frente e ela começou a brilhar. aquela era a forma abençoada da espada do garoto.

Uma energia pura e positiva emanava da arma e do rapaz. Não estava feliz de estar ali, mas sabia que estava fazendo a coisa certa. Já observava as toras vindo e correu contra elas. Impulsionou os pés no chão jogando o corpo para esquerda para desviar com a espada ainda tentando bloquear os golpes caso desviar não fosse o suficiente.

Continuaria correndo, e atacaria, primeiro um golpe vertical no peito passando se possível pelo rosto. Logo após emendaria com um corte horizontal da esquerda para direita finalizando com uma estocada no coração ou ombro de seu oponente se ele se vira-se. Manteria a sequência caso errasse algum ataque, e se acertasse não ia para de golpear. Tudo que queria é que aquilo acabasse logo

O dissipar da labareda se deu ao momento que tocou o chão, uma leve batida com o joelho e braço no solo para amortecer a queda, ignorou a dor no braço, pôs o braço esquerdo sobre os olhos para protege-los da areia que o vento espalhava, que era mais intensa perto do chão. — 'Argh! Consegui!' — Estava um pouco ofegante, o movimento anterior exigia muito cuidado, mas, logo estabilizou a respiração. — 'Hora da minha jogada.' — Inclinou-se para trás erguendo a cabeça, ainda agachado sendo apoiado pelo joelho.

— 'Há algo importante a considerar, qual o preço para invocar essas chamas? Se por acaso ela só tiver energia para mais uma carga, então se eu desviar mais uma vez irei ganhar. Mas, essa hipótese é muito empírica, devo cogitar o pior dos casos, onde ela teria capacidade ilimitada. Isso torna as coisas bem complicadas... Posso usar minha arte ancestral, mas eu não uso desde que Vincent... Não, eu não irei usar minha arte ancestral de forma alguma!' — Parecia refletir a respeito de algo, seu braço tapava o rosto deixando apenas os olhos fixos para vigiar a garota. — 'Eu já consegui o que queria, agora acho justo dar o que ela quer... afinal eu sou um cretino, brincar com os sentimentos dos outros é cruel. Isso acaba aqui.'

Victor lembrou de uma vez quando seu irmão lhe consolou no passado. — Se você magoar alguém, uma das melhores formas de endireitar as coisas é pedir desculpas. — Vincent.

— 'Certo, vamos lá irmão...' — Se levantou ficando frente a frente com a garota. — Me desculpe se lhe causei alguma ofensa. — Abriu as mãos deixando-as a mostra. — Se quiser pode me atacar com todo seu poder dessa vez, eu prometo que não vou fujir. — A voz de Victor era firme e confiante, uma coisa estava certa, ele não estava com medo do que a garota fosse fazer.

Os dentes de Sorceress trincaram, ela se encontrou em uma situação nervosa que nunca tinha passado antes e a primeira coisa que pensava era: — “É um truque! Mas ele deu sua palavra... Por que ele fez isso?!” — Sorceress o atacaria livremente se ele corresse dela, ou parasse por estar encurralado ou declarar desistência, mas não se tratava de nada disso. Atacar uma pessoa que está lutando para salvar sua vida e uma que lhe da ajudaria a fazer isso se assim o assassino quisesse, era algo totalmente diferente.

Ela ficou mais nervosa ao ver como o garoto estava calmo. — “Moleque, sua calma me irrita! Como ele pode ficar calmo em uma situação dessas?! É a vida dele que está em jogo.” — Os olhos do garoto não tinham mudado desde o começo do confronto, ele ainda estava confiante, a essa altura saber o que se passava em sua cabeça era algo praticamente impossível. — “Será que ele descobriu algo? Será que a técnica dele é superior a minha?! Não pode ser! Esse moleque não pode ser superior a mim, eu sou uma pessoa melhor que ele!” — Estendeu a mão para cima para invocar novamente as chamas. — “Eu vou provar que sou melhor.” — Porém paralisava no ponto de finalizar o movimento, ainda havia hesitação. — “Só mais um pouco, e tudo vai mudar!”

Red Aburame apenas observava a frieza do garoto, colocando sua vida em risco, parecia que ele queria deixa-la com remorso por atacar um inimigo que não iria se defender. Atitude corajosa, porém muito perigosa e naquela altura do campeonato, não valia a pena correr esse risco todo, mas mesmo assim, o garoto o fez. O elfo reparou que a jovem ficou visivelmente alterada, mas mesmo com o inimigo indefeso, ela se colocou a fazer o movimento de ataque.

O elfo não admitiu isso e pensou — Covardia! mesmo adorando uma boa luta, odeio pessoas que se mostram covardes! irei ficar preparado! — Assim pensou o elfo que ia levantando lentamente e ficando numa posição, em que seu corpo ficasse inclinado, não totalmente, afim de que pudesse pegar impulso para poder defender o ataque covarde da jovem.

— Mesmo eu não o conhecendo, esse garoto me fez refletir um pouco sobre o modo de lutar, estou aprendendo muito com essa luta! — e também raciocinou — Esse fogo que ela controla, não tem nenhum gasto? bom se tiver, tomara que seja minimo, pois se ela lançar este ataque contra aquele garoto não a perdoarei jamais!— pensava Red Aburame fechando violentamente os punhos e com os dentes a mostra.

@ Sorceress, Victor e Red.

A ação de Victor pelo visto, causou uma bela confusão na mente da garota e ela acabou levando tudo para o lado errado. Suas sinceras desculpas foram confudidas com um ato arrogante de superioridade. Levou as mãos para cima e se preparava para o atacar sem hesitar.

Do outro lado, porém, Red Aburame estava pronto para uma investida. O elfo que observou o combate todo, repudiou a atitude covarde de Sorceress e estava pronto para interrompe-lo caso ela pretendesse continuar. Naquela altura do campeonato, todos na rua já tinham parado seus afazeres. Estavam de olhos fixos na luta e no possivel seguimento dela.

Até o condutor da caravana parou alguns segundos, contudo, lembrou-se que tinha algo mais importante para fazer e as pessoas que exigiam dele àquele trabalho, com certeza eram mais crueis e perversos do que os garotos que estavam se enfrentando. Bateus as rédeas dos cavalos e preparou-se para sair. A tempestade de areia apenas aumentava e o caminho só seria mais dificultoso se ele demorasse.

Victor estava parado, sem medo e com a vida por um fio. Sorceress achava a atitude repugnante e queria acabar logo com isso. Seu subconsciente, entretanto, gritava em dizer que aquilo não deveria ser feito. E por fim, Red. O elfo estava pronto para agir na pior das circunstâncias.

@ Zato

Assim que o Meio-Elfo invocou o poder de sua espada, o Vampiro estancou. Foi a primeira vez que Zato viu o Drácula hesitante. O ser de linhagem pura simplesmente ficou para e esperou Zato atacar. Era visivel que sentia medo do poder daquela espada. Podia até não ser medo, mas era uma ponta de preocupação... Uma bem irritante.

Desviar dos ataques de Zato não foi tão dificil. Parecia que o oponente estava bailando. Seus movimentos eram leves e simples. No corte vertical, deu um passo para trás e em sequida, para desviar do corte na horizontal, girou em torno do proprio eixo, fazendo com que a espada passasse direito. Para finalizar, antecipou um passo para a direita e com um giro de 180° escapou da perigosa estocada do garoto.

Zato não pôde acreditar. Seus movimentos haviam sido praticamente perfeitos, mas não conectou nenhum golpe. Nada! Estava incrédulo. O drácula, porém, não parou. Avançou e colocou a sua mão esquerda no rosto do rapaz o levantando do chão, dando-lhe um soco potente no rosto. O desbravador, contudo, não sofreu tanto assim.

Fora fácil dar um giro no ar e ainda cair em pé com a espada em mãos, fitando seu algoz, que agora erguia uma sobrancelha, mostrando uma centelha de dúvida em suas palavras:

- Esse soco deveria acabar com você... Então é a sua espada não é? Me diga garoto. O que pode fazer sem ela?

Naquele momento, um gélido choque na espinha fora sentido por Zato. Não podia esperar menos da inteligêncida daquele ser. Sabia que de onde vinha a força que lhe ajudava e com certeza seu objetivo agora seria retirar aquela espada de suas mãos. Aquele, com certeza, era o seu mais árduo oponente.

- Serei sincero. A única coisa que pode lhe levar a derrota nesse combate, é sua falta de experiência. Espero poder lhe ensinar em algo. Venha...

Million suns:
Uma espada que brilha com uma luz muito poderosa, não tem nenhuma vantagem contra inimigos normais apenas contra zumbis mortos-vivos, demônios e outros tipo de inimigos sombrios.
Bônus:+3 Força física +3 em vitalidade contra zumbis mortos-vivos demônios e etc.

Resistência = 7 / Força Física = 7 - Gasto: 50% de MP e - 3% de HP // Total: 50% de MP e 97% de HP

Durante o tempo de decisões, Victor observou toda a situação. Dava para notar como a garota estava confusa, toda a situação estava por um fio e nada indicava o que iria acontecer, os pensamentos de todos ali presentes poderiam estar indo para um caminho errado. Resolveu escolher uma frase aleatória para consertar isso. — Nada irá mudar. — Afirmou em voz alta para que cessasse o antigo raciocínio e acompanhasse o novo. — Me matar não vai mudar o que seus pais fizeram com você, eu sinto muito pelo o que aconteceu, mas, se matar outras pessoas por isso não vai estar se importando com a vida delas. Essa vingança não é sinal de força, mas sim de fraqueza, então seja forte é faça o que tem que fazer!

Já não estava mais gostando de atrasar o condutor. — Eu vou entrar no compartimento daquela carroça, se quiser vá em frente e atire fogo em mim, ou pode vir junto comigo. — Também tinha notado as ações do elfo. — Eu sugiro que não faça isso, acabou, se quiser pode vir comigo também. — Ao dizer essas palavras, olharia para o rosto dos dois questionando o que iriam fazer e depois daria meia volta indo em direção da caravana, caminharia não muito rápido, o suficiente para chegar lá a tempo. Faria dessa maneira para dar oportunidade para a garota fazer o que quisesse com ele pelo caminho.

Red Aburame se espantou com a atitude do garoto, para não dizer decepcionado, porem não demonstrou o que pensava sobre o que o jovem tinha feito. Logo se desfez de sua posição de ataque tirou a fina areia que cobria seus ombros e seguiu em direção a carruagem que logo iria partir, aceitando a proposta do garoto.

Quanto a jovem que carregava seu ataque, passou pela mesma apenas a encarando com um olhar de desprezo e ao mesmo tempo pena, porem não demonstrou nada alem de frieza, naquele momento de tensão para todos. — Essa garota apesar de ter um temperamento explosivo poderia ser bem útil em situações de combate, seria realmente um desperdício de poder — Mas tentou encoraja-la a segui-lo para a carruajem — Se você continuar com esse tipo de comportamento terá apenas dois caminhos: o primeiro a cadeia e o segundo um cemitério — e completou — Porém se andar em grupo terá uma maior chance de conseguir alguns de seus objetivos, se é que tem algum— disse em um tom firme .

Continuou a caminhar para o transporte, afim de que não deixasse o mesmo partir sem o ele.

@ Zato

Drácula estava simplesmente parado. Esperava a ação do jovem com quem lutava e essa não demorou muito. Zato invadiu o espaço do seu oponente com ferocidade. Apesar de serem golpes simples, eram bem calculados, contudo, por serem simples era mais fácil de seu oponente esquivar. Em um movimento rápido, pegou um pedaço fino de madeira que estava no chão e pulou para trás.

A madeira era um tanto flexível. Parecia ser mogno e dos bons. A cada investida de Zato, o meio-elfo era recebido com uma “chicotada” vinda daquele pedaço de madeira, e isso sempre lhe fazia recuar no mínimo um passo. As pancadas velozes e muito dolorosas acertavam seu rosto e aquilo já começava a irritar além de sangrar e deixar sua face inchada. Mas por fim, conseguiu o que queria, sem perceber Drácula estava entre duas paredes e sem saída, mas pareceu não se desesperar com aquilo.

Quando Zatoichi investiu em um soco, suas mãos arderam e assim ocorreu pela segunda vez. A mão que não segurava a espada estava vermelha e as veias saltavam. O mogno tinha lhe acertado com força. Mesmo assim, não desistiu e investiu com a espada em um movimento diagonal. Realmente não tinha como escapar, mas diminuir o dano da espada era algo que podia ser feito. Sendo assim, Drácula agiu e dando um passo para trás “colando-se” à parede, virou o rosto e colocou o mogno em posição de ataque ao lado de seu corpo.

A espada passou com velocidade e precisão suficiente para lhe fazer um corte superficial no peito. Mas o guerreiro não imaginava que teria um contra-ataque. Sentiu uma forte dor na mão que segurava a espada. Suas juntas doíam e isso o distraiu. Fora acertado no rosto novamente e mais uma vez na mão onde tinha a espada. Por pouco não a largou. O que sentiu em seguida, fora uma mão gélida em seu ombro, lhe puxando.

Quando se deu conta, os papeis estavam invertidos. Zato estava entre as paredes e Vladmir se colocava na sua frente. Mas Drácula não atacava. Apenas colocava o pequeno pedaço de madeira flexível no peito do garoto.

- Não é preciso retirar a espada das mãos de alguém para que ele não a use... Quer desistir?

[Status: - 4 de HP e -10 de MP ~ 40% de MP e 93% de HP]

@ Victor, Sorceress e Red.

Pelo visto aquele combate sem sentido havia terminado. Dando suas últimas palavras, Victor seguiu para a caravana e logo em seguida Red. Acomodaram-se e aos poucos a caravana começou a partir, em ritmo bem lento. Pensaram então que Sorceress ficaria para trás, mas ela rapidamente apressou o passo e entrou no local. O clima ficou pesado e ninguém falava nada. Pelo menos, ali eram protegido da tempestade de areia que começava a aumentar.

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A viagem durou mais ou menos uma hora e estranhamente, a carroça parou no meio de uma região seca e montanhosa. O sol castigava e a tempestade de areia já se mostrava forte o suficiente. Victor, Red e Sorceress, podiam ouvir algumas palavras sendo ditas para o homem que conduzia a caravana. Algum pagamento. Logo concluíam que alguém também estava deixando a carroça, devido a alguns barulhos bruscos. Ninguém dentro da caravana, porém, se não eles, expressava alguma surpresa. Parecia algo completamente normal e isso era anormal.

Se saíssem, poderiam ver com muita dificuldade, um grupo de seis homens de túnicas pretas que escondiam todo o corpo. Saiam lentamente e dobravam a montanha.

A principio tudo tinha dado certo, a sensação de vitória brotou no coração do garoto, que agora já estava entusiasmado e elaborando o próximo passo. Porém as dores pareceram falar mais alto. Novamente o jóvem pareceu se distrair, levando mais um serie de golpes de seu oponente sem poder se defender muito bem, apenas contava com o curto tempo de sua resistencia elevada para aguentar de pé.

Talvez agora estivesse agindo certo, usava seu poder para distrair seu oponente. Enquanto se garantia de forma minima nisso e parecia se mover com tudo para a luta, estava elaborando um plano. Estratégia seria o caminho pra vitória, isso já tinha ficado claro, enfiar a espada no peito de seu oponente seria apenas a conseqüência, mas de algo estava certo: podia ganhar.

Se via agora em uma situação delicada, preso na parede pelo seu oponente. O plano de luta se inverteu. Aquilo, aos olhos de Zato parecia uma luta de xadrez contra box, porém o boxeador também era inteligente, e agora tinha o garoto onde ele que deveria estar, encrencado, preso e imóvel entre duas paredes, sem possibilidade nenhuma aparente.

Aquela quina talvez passasse a ser então a marca do duelo e o garoto olhou para Dracula, inexpressivo, sem revelar o que faria a seguir, nenhum dos dois tinha a intenção de perder, mas o que Dracula havia lhe dito antes de tudo ainda dava ao garoto ainda mais vontade de continuar. "Você sabia que... Acho que morrerei hoje?" As palavras ecoavam na cabeça do rapaz que agora fitava seu oponente.

Por que sempre que tinha que ser assim, sofrido, quase morrendo a cada segundo, se ferindo em cada luta que entrava, vitorioso ou não, nunca saia bem, tinha virado quase uma regra. Isso irritava o rapaz, que via tantos escolhendo o caminho errado e saindo vitoriosos em tudo o que faziam, talvez tal caminho não fosse tão errado. Era algo para realmente ficar irritado e foi quando veio a resposta para tudo.

-Dracula, você me perguntou antes de lutarmos...- Parou e tossiu de leve -O que eu mais desejava não é?- O garoto abaixou a cabeça, ainda preso na parede, deixando a franja cair na frente de seus olhos. -Quero viver, mas não quero sua misericórdia.- Ele sorriu, de uma maneira até um pouco assustadora. Sabia que tinha conseguido algo na luta, havia aprendido alguma coisa então, agora era hora de terminar para batalha.

Tudo aquilo já estava nos planos do garoto. Sabia que conseguiria um golpe, mas seu oponente não seria tolo de perder apenas ali. A verdade é que Zato já havia pensado a frente, e o tempo todo estava calculando. Dracula foi quem tinha dado a pista e ele entendeu seu significado até bem demais. Criou, da única possível falha de seu golpe, a chance para a vitória.

Sua arma não tinha sido inutilizada, pelo contrario. Não contou com os golpes que havia levado, mas estava exatamente onde e como queria. Sua arma ocupava a mão direta, enquanto a esquerda estava muito ferida, mas ainda tinha seus pés, e a certeza de que aquele movimento daria certo.

Apoiou a arma no chão, e a mão esquerda na parede. O inicio de seu golpe estava ali. Pegou impulso e levantou os dois pés juntos no ar acertando o peito de Vladmir com a sola. O efeito que o golpe causaria era obvio, ele no minino recuaria dando espaço para Zato girar a espada e cortar seu peito, mas a esperança de Zato não estava ali.

Torcia para que com o golpe, o vampiro caisse no chão, e o meio-elfo de pé em cima dele, então sua estratégia seria concluída, fincar a espada no peito do inimigo e sair vivo dali. Caso não funcionasse o garoto já tentava prever os próximos movimentos, tinha calculado alguns a frente já e visualizado as possibilidades, mas tinha que ter cautela, muita coisa podia ocorrer.

Parecia muito nervosa, Sorceress não sabia como lidar em uma situação daquelas. Ela ficava orgulhosa em ficar brava, afinal o garoto a irritou, porém sentia que não era isso que realmente queria. Também não parecia ser uma coisa sensata a que estava fazendo. Um elfo se aproximou falou de um modo um tanto grotesco. — “De onde ele saiu? Será que também quer morrer?!” — Foi o primeiro pensamento de Sorceress, mas logo ela pensou que poderia estar falando de uma maneira ainda mais agressiva que a do elfo. Mesmo com todas essas morais, Sorceress só parou totalmente ao refletir no que o garoto loiro disse.

— Nada irá mudar. Me matar não vai mudar o que seus pais fizeram com você.

— “Nada vai realmente mudar? Será de eu não cresci nada?!... Olhe para si mesma, essa mágica de fogo, quem me ensinou foi minha mestra. Ela me acolheu se importou e ensinou essa mágica a sua aluna Sorceress, e eu sou Sorceress! “— A caravana já estava de partida, ela se apreçou e se juntou na viagem.

— A propósito, prazer em conhecê-los, chamo-me Sorceress! — Se apresentou sorrindo amigavelmente. —... E... — Socou o garoto loiro no rosto com força. — Nunca mais diga que não se importa com alguém!

A viagem seguiu quietamente por um tempo. Até que a caravana parou e era possível ouvir o condutor conversando com alguém, ficou imaginando quem seria, mas nada conseguiu. Ficou curiosa e resolveu colocar a cabeça para fora e observar melhor, eram seis homens todos de preto. — “Eles passam uma sensação tensa”

A entrada na carava em segurança comprovaria a teoria: "Ela não sabe o que realmente quer." Não há escapatória, o garoto loiro pode ver através das ações das pessoas e avaliar que tipo de pessoa elas são. Além de cessar o ataque, a garota também se juntou na viagem, algo inesperado, ou nem tanto assim. Também não esqueceu das apresentações, seu nome era Sorceress, uma verdadeira feiticeira.

Ainda sim, ela devia ter um pouco de rancor, foi o bastante para socar o garoto desprecavido, que logicamente deveria ter indo ao chão. — Essa doeu. — Informava enquanto amaciava o queixo. Rapidamente deu um sorriso e se apoiou para ficar ereto novamente. — Sou Rotciv.

A viagem já estava se desenvolvendo com um ar de quietude, algo um tanto agradável para Rotciv, o silêncio não fazia mal. Tempos depois houve uma parada, algo como passageiros desembarcando, eram homens de preto, Skoratas. — Tá ai um pessoal que sabe ter estilo, espero um dia lutar contra eles, afinal para ficar forte tem que lutar contra os fortes... — Iria cobrir-se com sua manta de seda quando percebeu que não estava mais com ela. — Ei, Sorceress, você queimou minha manta. — Disse isso dando uma leve olhada para ela e depois voltando a atenção para os homens de preto.

@ Zato

A estratégia do elfo fora bem sucedida. Antes do golpe, porém, podia-se ver um sorriso de felicidade vindo do rosto de seu algoz. Parecia feliz com aquela batalha por algum motivo. O golpe de Zato não fora o suficiente para colocar o Rei abaixo. Mas abriu espaço para um ataque poderoso e que acertou seu peito em cheio. O corte agora era profundo, mas Vladmir não parecia se preocupar e Zato sabia o porque.

- Apenas um ataque no direto no coração... A não ser que tenha alho com você.

Em um movimento rápido, não deixou que o ataque do meio elfo passasse em branco. Segurou seu pulso e avançou com soco no meio do peito do garoto, puxando violentamente o braço para frente. O que Zato escutou a seguir fora um estalo e uma dor excruciante, mas infelizmente não podia soltar nem um grito, pois estava sem ar.

Com o impacto do soco lhe jogando para trás e o puxão de seu braço para frente, o mesmo fora facilmente deslocado do seu lugar. Zato não conseguia mexê-lo, a espada, todavia, ainda estava sendo segurada pela sua mão que estava se esforçando até o limite. Feito isso, Zato caiu no chão. Não doía tanto agora, devido sua habilidade. Ainda poderia lutar sem problemas, mas tem um braço fora da jogada, era difícil. Poderia tentar colocá-lo de volta, mas Drácula não daria espaço. O que fazer?

- Vamos lá. Sua vez...

[Edit: = 17 de HP e - 10% de MP ~ 76% de HP e 30% de MP restante]

@ Sorceress e Victor.

Apesar dos entendimentos – e socos – todos estavam bem e decidiram sair para verificar do que aquilo se tratava. Assim que desceram, muitos vendedores ficaram olhando para eles com uma cara de incredulidade. Eles realmente ficariam no meio daquele “deserto” quente e árido? Bem, pelo visto sim.

Assim que se puseram a investigar, viram que os dois Skoratas seguiam sem olhar na direção de uma cadeia de montanhas a uns 500 metros à frente. O deserto era cheio de montanhas ou pedras, como preferirem. Algumas altas e grandes. Outras pequenas. Uma espécie de vale seco com elevações antigas, de uma beleza bem natural.

Não era difícil se esconder por entre as pedras e segui-los aos poucos. Assim que chegaram nas montanhas eles pararam e um deles estendeu a mão, colocando-a sobre a imensa cadeia. Um brilho azul e muito peculiar se fez aparecer e um leve tremor fora sentido pelos dois. Incrivelmente uma parte da montanha se ergueu, abrindo uma passagem. Sem demorar os Skoratas passaram por ela, sumindo na escuridão de um túnel logo em seguida.

Minutos depois, o tremor se iniciou novamente. A passagem estava se fechando e se isso ocorresse, perderiam o rastro dos mesmos para sempre. Era correr e tentar segurar a única chance que possuíam, ou simplesmente ficar e se arrepender.

Por algum motivo estava curiosa, decidiu seguir os Skoratas para ver se descobria mais. O garoto, Rotciv, também parecia estar de acordo com a ideia, mesmo reclamando que seu manto havia se queimado. — Eu não me importo. — Disse Sorceress em resposta.

Seguia por um caminho quente e o chão estava ficando cada vez mais irregular e seco. A frente era possível ver rochas de vários tamanhos, e os Skoratas nem mesmo se preocupavam com o caminho, como se estivessem andando a mercê do destino, ou conheciam muito bem a rota.

Mesmo com um chapéu largo para lhe fazer sombra, Sorceress ainda assim estava ficando com um calor que lhe deixava com dor de cabeça. Mais na frente os Skoratas haviam entrado em uma espécie de cordilheira, e um deles estendeu a mão fazendo uma passagem se abrir e um tremor se alastrar pelo chão. — “Magia?!” — Pensou Sorceress.

Os Skoratas entraram na escuridão, desaparecendo onde a vista não alcançava. Quem assistia com certeza estava admirada, e insatisfeita ela queria investigar mais. Quando a passagem começou a se fechar Sorceres saiu detrás de uma pedra e apressou-se em entra na passagem.