Re: Rio Coldreams

por **Zatoichi** Sáb 12 Set 2009, 10:08 pm

Zatoichi saiu do exercito e foi direto em direção a cidade de Calm. Como sempre o garoto gostava de esfriar a cabeça bem longe de Hilydrus. O garoto achava graça que o pequeno cachorro ficava tremendo de frio sem nem conseguir latir direito. -Ok vejamos que roupas tenho aqui na mochila devo ter algo pra frio pra nós.-

Zatoichi tirou da mochila um casaco branco e um gorro azul marinho para ele e umas roupas de frio de bebê para Plue. Zatoichi voltou a andar até chegar no rio cold dreams. -Ca...ca...ca...caramba tá frio mesmo, ein?- Zatoichi olhou ao redor mas o frio era tanto que ele não sentiu nada de estranho.

por Ayame Dom 13 Set 2009, 7:52 pm

*Sentiu as pálpebras pesadas e fechou-as por um instante mas arqueou a cabeça e se endireitou sentada. O que estava acontecendo? Mal tinha acabado de acordar e já estava com sono?! Tentou não dormir, mas o sono estava a consumindo. Aos poucos foi pêga pelo sono e adormeceu sem perceber.*

*Acordou depois de um tempo e arqueou a sobrancelha com acena: estava deitada e com os braços largados. Piscou os olhos apertado e levou a mão na cabeça quando sentiu uma fisgada e rosnou baixo mostrando um canino. Atordoada, olhou para a cela de Haseo e viu que ele também acordava e suspirou, coçando a cabeça, quando escuta barulhos. Levantou-se rapidamente e cambaleou, tonta, vendo tudo girar. Ouviu gritos e colocou a mão na cabeça encostando o ombro para se firmar.*

Mas o que está acontecendo...? * Sua voz estava rouca e sentia a garganta seca. Os gritos aumentavam e as passadas que só conseguia ver por baixo da porta ficavam mais rápidas, até que quatro patas chamou a atenção da loba. Ela firmou o olhar e fixou naquelas patas e sentiu o cheiro de sangue.*

*O cheiro a golpeou de tal forma que Ayame sentou na beirada da cama com uma mão na boca e outra na testa, o sangue tinha dado enjoo na loba, que amaliçoou estar grávida. Amaldiçou estar com aquela criança* Essa cria... Me ajoando atoa... *Rosnou denovo, levantando a cabeça a tempo de ouvir um uivo do lado de fora e os gritos acabarem do nada. A preocupação dela com a cria fê-la esquecer-se da luta que estava acontecendo. O cheiro de sangue demorou pra acabar, e o enjoo da loba diminuia a medida que ela andava pela cela de um lado para o outro com a mão na barriga; seu rosto demonstrava irritação, angústica, raiva e, acima de tudo, um certo arrependimento. A loba sabia que a gravidez durava menos que a dos humanos, e que a forma com a qual ela dava a luz era completamente diferente e a última coisa que queria no mundo era libertar aquela criatura de quase quatro metros de altura.*

por **Shaorin** Qua 16 Set 2009, 4:22 pm

@ Ayame

Os trincos da porta começaram a se abrir. Um falatório entre duas criaturas estavam do outro lado enquanto a porta era destrancada. A porta se abre e um homem alto, coberto por uma armadura que lhe definia o corpo deixando aparente seus musculos que quase rompiam com a roupa, se aproxima e fecha a porta atrás de si; a encosta.

Ele não diz nada até então, a observa de cima a baixo com os olhos cerrados e lança uma olhada para a tijela que estava ainda cheia de comida, porém o copo com água não. Com uma carranca e mantendo certa distância de Ayame, a fita.

— Não se alimentou ainda, Youkai? Não vê que está grávida? Ou quer perder esse demônio que carrega? — Sua voz era rouca e sarcástica; não fazia questão de esconder seu desprezo pela raça da loba.

Ele se aproxima mais, encurtando mais os olhos, com uma feição irritada. — Só não a matei ainda porque está grávida e o rei a quer viva... Senão já a tinha matado com minhas próprias mãos. — E sorriu de forma prazerosa, gostando da cena. — Mas suas ordens foram claras, mas eu posso não as ouvir, afinal, só não pode perder a sua cria... Heh

O homem esboça outro sorriso e se aproxima de Ayame e segura seu pescoço com força, apertando com vontade, fazendo-a perder a respiração. Ele a ergue e a lança contra a parede onde estava a cama e a deixa jogada, mantendo o sorriso. Ayame não consegue se esquivar dos dois ataques por estar ainda sonolenta e, pela fome, lenta demais.

@ Zatoichi

A neve estava quieta em seu lugar, como já era de costume. Não nevava. Estava entardecendo e a lua estava rompendo o céu e ganhando-o rapidamente junto com a escuridão que engolia os últimos raios do Sol. O vento e o frio eram gélidos, fazendo com que a sensação térmica fosse horrorizante e gelada suficiente para matar um animal que não estivesse acostumado.

Zatoichi andara durante uma hora sem nenhum sinal de vida; via apenas a neve branca e algumas partes das montanhas, até que, logo mais a frente, no chão, vê uma mancha de sangue. Ao chegar mais perto, percebe que são patas de algum lobo ou cão que poderia estar gravemente ferido.

Mais alguns passos a frente, Zatoichi percebe, em cima de um montículo, um vulto negro deitado onde as patas ensanguentadas terminavam. Ao se aproximar, percebe que o animal era um cão e estava desmaiado. Suas patas dianteiras estavam com as pernas feridas e sua boca, que estava com a língua pendurada para fora, estava machucada.

por **Zatoichi** Qua 30 Set 2009, 10:54 pm

Zatoichi havia andado durante um bom tempo, e o exercicio da caminhada era a unica coisa que o mantia aquecido no frio de calm. Enquanto caminhava Zato ficava cantando para se distrair: "Eu sou um marinehiro de primeira viagem, morto de fome e de sede mas estou feliz por estar na minha primeira viagem, é por isso que sou um marinheiro de primeira viagem" Apesar da vóz completamente desafinada de Zato não havia problema, afinal não parecia haver ninguem por perto.

Enquanto caminhava Zato avistou algo no chão parecia um animal, ao chegar mais perto ele pode ver que era um cão todo ensanguentado e ferido -Ixi, que que eu faço agora?- Zatoichi procurou em sua mochila, mas ele só tinha um rolo de papel higienico(nunca se sabe quando se vai precisar) ele começou a juntar terra, neve, areia e tudo que desse pra ajudar a fazer alguma coisa parecida com um igloo.

Ao terminar Zato colocou o cachorro dentro da pequena casa pegou o rolo de papel higienico e enrolou-o nos ferimentos do cão como se fossem ataduras. -Acho que isso vai dar uma melhora, o que acha, plue?- Plue ficou sem responder nada só cheirando o outro cão. - Agora só resta esperar.-

por Ayame Sáb 03 Out 2009, 12:17 pm

*Levantou-se de um salto, e rosnou alto para o homem. Como um humano poderia ser mais forte que um ser da sua espécie? Encostada na parede, de cauda fofa, e ainda rosnando, ignorava o fato da cria.*

Isso não é da sua conta. *Falou indiferente, ouvindo seu estômago roncar pela fome.* O querem conosco?

*Esta era a única oportunidade que teria para perguntar, não estava mais aguentando a fome a vontade de sair dali. Sentia-se presa, e odiava isso. Queria arrancar uma boa quantia de sangue daquele homem, mas não podia pelo seu sangue e por estar fraca; teria de esperar o momento certo.*

por Haseo Dom 04 Out 2009, 3:09 pm

*Acordou meio atordoado, e toda a agitação fora das celas o deixou tão confuso quanto Ayame. A fitava enquanto ela parecia desnorteada e andava de um lado a outro com a mão na barriga. Haseo ficou receoso, era óbvio o que a atormentava. Foi quando o homem de armadura entrou na cela da loba, o que fez o rapaz se levantar num pulo e cerrar os punhos. Quando viu o homem jogar Ayame contra a parede, o sangue subiu à cabeça de Haseo no mesmo instante.*

*Se transformou em demônio quase que num instante, se jogando contra a parede de gelo rugindo alto. Socava, esmurrava com toda sua força, queria arrancar a cabeça daquele desgraçado, e não era uma parede de gelo que o impediria. Logo o gelo começava a se rachar pelos golpes poderosos e descontrolados, Haseo atacava em fúria*

por **Shaorin** Seg 05 Out 2009, 12:44 am

@ Haseo

A cada murro que dava na parede de gelo, ela se reconstituía; era impossível de ser quebrada. Enquanto socava as paredes, começou a sentir uma dor de cabeça intensa e sentia que seu raciocínio voltava aos poucos, igualmente a sua força que diminuía; Haseo, aos poucos, voltava ao normal.

Em menos de três minutos Haseo estava em pé em sua cela com sua forma humana de volta. Logicamente não entendia o porquê que isso acontecera. Uma fome e sede começa a tomar-lhe conta, e ao olhar para lado, em direção à porta, percebe que a comida e água foram repostas e o soldado ainda estava conversando com Ayame.

@ Ayame

Ao ver Ayame ficar na parede, o homem sorri divertido, gostando da cena. Deu um passo em sua direção com a mão erguida pronto para lhe dar outro murro quando escutou os murros de Haseo e olhou para sua cela; sua expressão mudou e uma preocupada tomou conta do homem. Saiu de perto de Ayame e manteve-se longe, observando Haseo bater na parede de gelo. Mas quando começou a voltar ao normal, o soldado esboçou um sorriso insano de orelha a orelha .

— Isso não é da minha conta e nem da sua. Fique agradecida de que estás viva, demônio, pois a única coisa que salva você e seu companheiro é esta cria que carrega.

Seu tom era sério e pretendia avançar em Ayame denovo, mas um segundo soldado bateu na porta da cela e o chamou. Pêgo de surpresa, apertou a mão que ainda estava no ar e saiu da cela lançando um último olhar para a barriga da loba e trancou-a novamente.

@ Zatoichi

Ao colocar o cão na armação que fizera, Zatoichi percebe que os rastros de sangue continuavam e que, três passos a frente, um homem alto com aparência de um caçador, estava deitado de bruços com neve por todo o corpo.

Ele não tinha tantos ferimentos, mas um único que estava nas duas mãos que se mantinham abertas sobre o gelo. O homem não parecia estar com frio nas outras partes do corpo por sua roupa ser quente, porém sua barba e parte do rosto estavam vermelhos e queimados pela neve. Sua respiração estava lenta e leve, tinha pouco tempo de vida se não o ajudasse.

por Ayame Seg 05 Out 2009, 1:34 pm

*Ignorou Haseo. Seus murros, por mais que estivesse irritado pelo que acontecera, a loba não poderia lhe dar atenção para não surgir uma nova agressão. O fitou sair e permaneceu a rosnar. Quando a porta se fechou, Ayame, socou a parede e rosnou mais alto*

GRR...!! MALDITO! Com quem pensa que está falando?! *Gritou, encostando a testa na parede socando-a, fora de si. Nunca pensou que um ser humano, vulnerável e inferior poderia a irritar tanto. Depois de alguns minutos suspirou e encostou as costas na parede com o pé encostado e colocou a mão na barriga e a fitou com um dente à mostra. Fez com que sua franja cobrisse seus olhos, deixando apenas a boca que ainda rosnava, enquanto tentava tomar fôlego*

por **Zatoichi** Ter 06 Out 2009, 9:35 pm

Zatoichi acabara de cuidar do cão quando ele viu um homem, tambem ferido, não tanto quanto o cão, mas sangrava, Zatoichi com um pouco de dificuldade por cauza do frio, e do proprio peso do homem, levou-o até a "armação" o garoto colocou o homem deitado no chão de barriga para cima e começou a tentar cuidar do homem de alguma forma, passava papel para limpar a ferida e jogava água tambem.

-Meu Deus, daqui a pouco vou virar para-médico. Num é possivel, todo lugar que eu vou sempre tem gente machucada, ou macacos...- Zatovoltou a cuidar dos " pacientes" enquanto Plue olhava apreensivo.

por **Shaorin** Seg 12 Out 2009, 1:44 pm

@ Zatoichi

No momento em que Zatoichi colocou o pedaço de papel no rosto do caçador, a mão dele o segurou o punho e seus olhos se abriram. Ele se ergueu, com a mão livre segurando o colarinho de Zatoichi, ignorando os dois cães, e lhe disse com uma voz trêmula e bem grave.

— Onde estão os dois?! — Gritou o velho mas a voz falhou na metade da frase resultando em uma voz baixa e rouca. O lábio inferior do velho tremia e ele parecia estar usando todas as suas forças para conseguir se erguer. Seu cão ainda estava inconsciente.

@ Ayame

Tudo voltara ao silêncio. A noite estava indo embora e com ela vinha os primeiros raios alaranjados do Sol que iluminaram todas as celas. Um contraste surgiu na parede que dividia-a de Haseo e logo iluminou a água que estava perto.

Suas forças estavam se esvaindo aos poucos uma vez que não comia e sua barriga começava a reclamar, e com ela, o bebê que parecia faminto como a mãe.

por Ayame Seg 19 Out 2009, 10:45 pm

*Amanheceu e Ayame não tinha mudado de posição; os primeiros raios do Sol refletiram em seus olhos e chamaram sua atenção para o copo com água e passou a língua nos lábios. Ainda estava com as mãos na barriga pensando no filhote, sentindo a língua colada no céu da boca.*

*Faminta, sentia sua barriga roncar e a criaturinha reclamar de fome mas a ignorou. Uma grande vontade de vomitar surgiu e ela colocou a mão na boca, enjoada. Maldita Cria!*

*Não podia fazer nada a não ser esperar ser visitada novamente; não, tinha que fazer alguma coisa e rápido, mas não sabia o quê. Foi quando olhou para suas garras e sua canela. Isso. Olhou para as paredes e depois para a janela no alto. Foi até a parede onde a cama estava encostada e passou a mão devagar, sentindo sua textura.*

*Levou poucos segundos para que pudesse pensar em quantos buracos faria até a janela; pulava alto, então seriam poucos. Assim, subiu na cama e tirou da sua pantorrilha um canivete que por sorte não tinham achado e começou a cavocar o gelo para formar um apoio para os pés. Pretendia alternar entre as pares, o que claramente teria de cavocar a parede que a separava de Haseo, e pelo que aconteceu depois das tentativas inúteis dele, ficou receosa se conseguiria.*

por Haseo Sáb 24 Out 2009, 10:19 pm

*Estava completamente frustrado. Sua transformação nada podia fazer contra a parede que o separava de Ayame, seus golpes apenas faziam perder seu tempo e energia. Quando voltou ao normal, se revoltou mais ainda. Via a loba negar comer ou beber, o que o preocupava. Tentava lembrar que ela sabia se virar.*

*Ficou um bom tempo em pé olhando janela afora, sem um pensamento específico em mente. Até que notou a agitação da loba e a fitou. De primeira entendeu o que ela queria, e ao mesmo tempo, temeu pelo que poderia acontecer a ela se fosse pega. O que Haseo podia fazer? Assistir? Frustrou-se denovo. Se ao menos fosse forte o suficiente para arrebentar aquelas barras, seria de alguma ajuda. Mas agora não podia fazer barulho desnecessário e chamar atenção. Mas, dessa forma, o barulho de Ayame perfurando o gelo, apesar de baixo, era repetitivo e constante. Para evitar que isso chamasse atenção de algum guarda, Haseo se transformou novamente, ficando em pé em frente à porta, rosnando. Ficava numa posição em que se a portinhola fosse aberta o guarda não poderia ver a loba. Esperava que funcionasse*

por **Zatoichi** Sáb 24 Out 2009, 11:24 pm

Zatoichi sentiu o homem segurar seu braço -OPA! acordou.- Zatoichi escutou a fala do homem, mas não conseguiu compreender o que ele queria dizer com aquilo, a quem ele se referia? -De que "dois" vocÊ tá falando? Alem de você só achei esse cachorro- Apontou para o cachorro inconciente enquanto falava.

Zatoichi saiu de sua armação por um segundo e olhou ao redor mas não viu ninguem do lado de fora - É serio, num tem ninguem aqui, vocÊ devia estar sonhando-

por **Shaorin** Ter 27 Out 2009, 6:59 pm

@ Ayame e Haseo

O barulho que Ayame fazia era contínuo e demorado, porém dava certo. Em pouco mais de meia hora conseguiu fazer o primeiro apoio. Mas a sede e a fome começou a afetá-la de tal modo que seu corpo não mais correspondia: suas pernas começaram a tremer assim como sua mão, e sua cabeça à latejar; se não alimentasse ou bebesse não conseguiria continuar e desmaiaria. O filhote dentro de sua barriga já reclamava e a loba não podia mais ignorar.

Os rosnados constantes de Haseo pareciam dar certo até certo ponto. Em menos de dez minutos que começara a rosnar, sua transformação cessou e voltou ao normal. Suas forças também já estavam por pouco esgotadas; o prato estava cheio e a água no copo, cristalina.

Um soldado mantinha guarda do lado de fora, entre as duas celas, e ouvira os rosnados de Haseo e parecia ter-se irritado. Bateu o calcanhar na porta com brutalidade, reclamando:

— Cale a boca! Senão entro aí e faço você se calar, demônio! — Não demorou para o silêncio voltar, e quando voltou, ouvia-se apenas o barulho de Ayame raspar o gelo mas no entanto, até agora, só Haseo que ouvia. Observando seu trabalho, podia ver que um deles já estava pronto e um novo era começado.

@ Zatoichi

O homem solta seu colarinho e volta para o chão sem forças. Depois de sugar o ar com força para respirar e ficar mais lúcido, continuou:

— Um casal... me salvou e agora estão presos, preciso salvá-los... — sussurrou, e jogou-se para o lado numa tentativa de se reerguer. Conseguiu apenas sentar-se, quando avistou seu cão e arrastou-se até ele, que rosnou com o carinho que recebera.

— Você quem fez o curativo? Obrigado... — disse, recebendo uma lambida do cão na palma da mão. — Agora precisamos ir, venha, eles nos esperam... — Balbuciou e se levantou com dificuldade assim como o cão que mancava de uma das pernas.

Era óbvio, à vista de Zatoichi, que o homem e o cão não estavam bem. Mas sua persistência em querer salvar os dois indivíduos era ainda maior e o fazia andar devagar na direção Norte mesmo que caísse ou tropeçasse no caminho.

por Ayame Dom 01 Nov 2009, 2:08 pm

* O primeiro de quatro espaços já foi feito. O frio que a parede da prisão proporcionava à loba era reconfortante uma vez que adorava isso, o que não tornava completamente satisfatória sua convivência ali pelo fato de ser prisioneira. Sua barriga tornou à roncar e Ayame rosnou com ira; Sua perna não correspondia-a mais, e isso estava tornando-se incômodo.*

Mais que droga... *Em um longo suspiro, caminhou até o copo com água e tomou dois grandes goles e molhou sua garganta; achava que isso acabaria com a reclamação do parasita em seu corpo. Mas quando viu, tinha bebido praticamente tudo e percebera que estava realmente com sede, até que Haseo chama sua atenção quando rosna e logo a reclamação. Olhou para Haseo com desaprovação quando acabara de voltar, e colocou no chão o copo ainda fitando-o.*

*Era claro ele ver o desgosto em seu rosto, e sabia que isso tinha dois motivos: seu barulho — por mais que tenha sido para ajudá-la — e claro, o fato daquela criatura em seu corpo a estar deixando esgotada. Não seria mais a mesma depois disso. Girou o canivete na mão e voltou ao trabalho, desta vez na parede que a separava de Haseo. No entanto, enquanto raspava o gelo, por mais que tivesse perto dele, se quer o olhava.*

por Haseo Seg 02 Nov 2009, 10:02 pm

*Estava esgotado. Transformar-se mais de uma vez em poucas horas, além do próprio desgaste da forma demoníaca, o deixava fraco. Mas o que mais lhe preocupava era a saúde de Ayame. A certo momento, sentou-se no chão, de frente para a porta. Sempre que fitava a loba e esta olhava com extremo desgosto para a própria barriga, Haseo sentia uma faca cravar-se no peito.*

*No breve momento em que a loba o fitou, cruzou um olhar sofrido ao dela. Foi por uma fração de segundo, pois Haseo voltou a olhar para um ponto qualuqer na porta. Não iria comer ou beber, poderia morrer de fome ou sede, mas ficaria sem colocar nada na boca*

por **Zatoichi** Qui 12 Nov 2009, 7:51 pm

Zatoichi viu a força que o homen fazia para tentar se levantar, mesmo mal se aguentando ele queria salavar "os dois." Zato não tinha outra escolha ele ajudou o homem a se erguer, estalou os dedos e plue foi para seu lado. Zatoichi começou a caminhar ao norte junto ao homem. ele estava interessado em conhecer essas pessoas.

-Se não lhe for incomodo você poderia me responder quem são esses dois com quem você se importa tanto? e o que aconteceu com eles?- Zato tentava ajudar o homem a não cair durante a caminhada, mesmo que o desconhecido estivesse quase desmaiando ele não desistia.

por **Shaorin** Qui 19 Nov 2009, 10:28 pm

@ Ayame/ Haseo

A raiva de Ayame contribuiu para que os buracos ficassem prontos; em pouco menos de uma hora já tinha feito o buraco no gelo que a separava de Haseo, só que, por mais que aprofundasse o buraco, ele ficava do mesmo tamanho.

Foi quando a porta se destrancou e abriu com força não dando tempo de Ayame parar o que fazia. Era o mesmo soldado da última vez. Ele encarou a cena incrédulo e seus olhos tornaram-se duas brasas de tanta raiva ao ver os dois buracos, notou rapidamente o que pretendia fazer.

— Mas o que significa isso?? — Não acreditava naquilo e pretendia agredi-la novamente, quando notou a presença de uma segunda pessoa. Cerrou o punho e os dentes.

— Guardas, levem-na daqui direto para o rei. — Ordenou com rispidez e dois soldados altos entraram na cela e seguraram cada braço. — E não a machuquem, o rei não pode ver nenhum arranhão nela. — Disse por fim e saiu da cela lançando um olhar para Haseo.

Haseo não sabia para onde estavam levando Ayame, só conseguia vê-la sendo levada por dois armários com marcas vermelhas onde seguravam, o que mostrava que não usavam delicadeza alguma com outras raças. A cela da loba ficou vazia, e o buraco que tinha feito na parede que os separava, não existia mais. Seu corpo estava fraco e necessitava de alimento, não poderia se dar ao luxo igual a ela de não comer.

@ Zatoichi

O caçador ficou grato pela ajuda e, com o cão ao lado, continuou a andar já sentindo-se melhor com a ajuda.

— É um casal que encontrei na floresta, eles estavam machucados e cuidei deles. Só que quando estavam indo embora, fui atacado por umas criaturas de gelo e eles me ajudaram. Fui preso junto com eles mas consegui escapar, estava indo atrás de ajuda quando não aguentei e caí no chão. — Ele parou de falar e respirou fundo, e olhou Zato.

— E você, que faz aqui?

por **Zatoichi** Seg 23 Nov 2009, 1:34 pm

Escutou atentamente a explicação do homem, e logo após sua pergunta, não sabia bem o que responder então resolveu falar a verdade. -Bom eu sou um tipo de, é... mais ou menos um, como eu diria isso? Uma especie de aventureiro ou um nomade, mas não um nomade de casa, um nomade de vida.- Zato não sabia explicar exatamente o por que de ele estar ali.

-Tipo, eu não tenho um emprego fixo, de vez enquando gosto de ir pro exercito, e asvezes para um rancho de dragões ou cavalos, mas quando eu num tenho nada pra fazer gosto de passear por lodoss inteira, dessa vez escolhi vir para calm- Realmente o homem ficaria pensando que Zato era um doido ou coisa do tipo, mas mesmo assim, o jovem ignorava o pensamento dos outros sobre ele.

- Se bem me lembro você não disse qual é o nome dessas pessoas.- Apesar de com muito frio e ajudando o homem ele continmuava a conversar, estava super curioso para saber quem eram as tais pessoas.

por Ayame Seg 23 Nov 2009, 11:26 pm

*Não teve tempo de pensar sobre o jeito de Haseo, ser flagrada foi mais importante, e rosnou alto por isso. Por mais que estivesse frágil, não conseguiria demonstrar com a presença do soldado que lhe dera um soco. Suas mãos chegavam a tremer só de vê-lo perto, tamanha era sua ansiedade de devolver tudo que fizera.*

*Quando saiu olhou-o de relance e debateu-se ao sair da cela, queria voltar para o soldado, mas estava mais fraca que os homens e não poderia se soltar tão facilmente, por isso, deixou-se ser levada. Um reino dentro de outro? Isso era intrigante e, ainda mais curioso. Como aquele príncipe mauricinho deixaria algo assim? Eram tantas perguntas que precisavam de respostas, que ao menos teria alguém para respondê-las. Porém o que mais preocupava era Haseo na cela, sozinho.*

por Haseo Ter 01 Dez 2009, 3:17 pm

*Levantou-se no mesmo instante em que os guardas entraram na cela para levar Ayame. Por quê iriam fazer isso? Já estava num lugar desconhecido, preso não sabia o motivo, e agora levavam sua amada para longe. Era demais.*

Voltem aqui, seus desgraçados!! *Gritava enquanto socava a parede. Aquilo era demais, não aceitaria ficar nem mais um minuto naquele lugar. Transformou-se em questão de segundos tamanho era sua ira, e seu raciocínio tornou-se novamente o de um animal selvagem. Trocaria isso por mais força que o faria sair dali. Rugia alto em sua forma demoníaca, saltando contra a porta com toda sua força, socando-a, a empurrando, querendo destruí-la para então acabar com qualquer soldado que visse pela frente*

por **Shaorin** Qui 03 Dez 2009, 10:30 pm

@ Zato

Escutou-o com o máximo de atenção que pôde dar naquelas condições suspirando vez ou outra pelo cansaço. Ao seu término e pergunta de Zatoichi, o caçador ficou pensativo. Só agora que se dera conta de que não tinha perguntado ao casal seus nomes e ficou confuso sobre isso. Seus olhos varreram a paisagem sem que permanecesse em um ponto fixo enquanto respondia.

— Na verdade não sei seus nomes, a única coisa que sei, e que deixaram bem aparente, eram a de que são um casal e que esperam um filho. Ouvi-los comentar na noite que dormiram em minha casa. — Respondeu com um sussurro, e olhou para Zatoichi estendendo a mão em forma de cumprimento.

— Sou Robert, prazer. E este é Negão. — Apontou para o cão que levantou a orelha ao ouvir seu nome. — E o seu é...? — Perguntou confuso, já avisando uma cadeia de montanhas.

@ Ayame

Os soldados ficaram satisfeitos por não haver nenhuma pergunta. A escuridão não durou muito e o túnel onde ficavam as celas foi substituído por um grande corredor branco e gelado. Os soldados estava vestidos com roupas quentes para que pudessem aguentar o frio que se comparava ao pico de uma montanha. Porém andavam sérios e mudos, como se os tecidos não fossem suficientes.

A riqueza era o ponto forte do palácio. O chão era assombrosamente polido que podiam ver seus reflexos perfeitamente. O teto era alto e rico em detalhes em ouro e prata e algumas criaturas de asas. Não haviam lustres, tudo era iluminado por tochas alaranjadas que se mantinham acesas por mais que o vento fosse rígido. Pilares com mais de dois metros de diâmetro desenhados por artesãos, próprias obras primas, enchiam os corredores.

Logo puderam avistar uma porta onde dois soldados faziam prontidão. Os dois que seguravam Ayame pararam na frente de um deles para que o General pudesse lhes dirigir a palavra.

— Avise ao rei que trouxemos a Youkai.
— Sim, senhor. — Aquiesceu um deles e abriu a porta e entrou. Minutos depois, a porta se abre para dentro e os soldados entram com a loba logo atrás do Soldado. A porta se fecha em seguida.

O cômodo onde estavam era ainda mais belo: Extremamente grande, guardava uma riqueza avassaladora, algo que não se comparava aos demais cômodos. O teto era de puro vidro e as núvens podiam ser vistas como se estivesse do lado de fora; os pilares que sustentavam o teto eram dourados e cada um tinha ao lado um soldado que tinha os olhos cravados em Ayame. Seguiam em um tapete vermelho largo que tinha seu término em uma escada de quatro degraus. Três cadeiras estavam no altar, e o Rei sentava-se na do meio.

— Soltem-na. — Ordenou o rei. Era um ser de altura mediana, tinha seus cabelos completamente prateados embora não aparentasse ter uma idade avançada; tinha olhos vivos de cor roxa fixados na loba. Seu rosto era gentil e amável, seus trajes eram finos e de boa qualidade, obviamente feitos com excessiva delicadeza. Apesar do cabelo ser um tanto longo, suas orelhas pontudas eram bem visíveis e combinavam com sua pele branca e lábios finos avermelhados pelo frio.

Os soldados soltaram Ayame com certa brutalidade empurrando-a ligeiramente para frente obrigando-a a dar um ou dois passos. O General abre a boca para começar a falar mas o homem ergueu a mão direita, silenciando-o.

— Onde está seu parceiro? Não pedi que trouxessem-no? — Sua voz suave deixou transparecer uma leve irritação que deixou o soldado com receio e o fez virar as costas e sair sem antes declarar que o traria. Saiu às pressas em busca de Haseo.

— Espero que a tenham tratado bem, pois pedi que os colocassem em quartos especiais. — Começou e, apontando para a mesa que estava ao seu lado, prosseguiu. — Parece faminta, um bom jantar cairia bem, afinal está carregando uma segunda vida, não? — Um brilho surgiu em seus olhos quando falou de seu filhote.

Aparentemente o Rei fizera apenas um pedido que poderia ser recusado facilmente se a loba quisesse, porém, ao olhar para os Soldados que a observavam e o modo como os olhos do homem brilharam além do seu modo de falar, sugeriram à garota de que não havia uma segunda opção.

A mesa em que estava sentado era longa e de madeira legítima. As cadeiras eram altas e ricamente moldadas e possuíam almofadas em seda na cor vermelha. O banquete era, ao longe, rico e suculento. Pernis, porcos, e carnes mal-passadas ocupavam uma parte especial da mesa além de verduras e iguarias como o vinho. O cheiro da carne invadia as narinas da loba e fazia sua barriga roncar por causa da criança e da fome.

Uma empregada se aproxima por trás de Ayame e coloca sobre ela um manto de seda branco com uma touca. Apesar de estar claro que ela não sente frio, parecia que o Rei queria que seus convidados estivessem bem vestidos.

@ Haseo

Por estar fraco e quase sem forças para lutar, sua habilidade não dura muito e em minutos volta a ser humano. Os minutos passaram lentamente e ninguém mais dava sinal de vida até que passadas largas e vozes roucas surgem.

— Abram a porta e certifiquem-se de que ele esteja bem preso. — Disse o Soldado antes da porta da cela de Haseo ser aberta. Ao abrirem a porta, dois soldados entraram e avançaram em Haseo antes que pudesse contra-atacar e o bateram contra a parede. Como estava fraco, não foi difícil segurá-lo pelos braços. Um terceiro ficava ao lado caso dois não fossem o suficiente.

Em seguida entra o soldado que machucou Ayame. Ele mantinha um sorriso desdenhoso nos lábios e levava em mãos um sobretudo de lã branco com uma touca de barra feupuda que serviria perfeitamente em Haseo. Ela era quente e o manteria aquecido no palácio.

Chegando bem perto, o homem o encara por alguns instantes antes de falar.

— O rei mandou levá-lo até aquela maldita Youkai. Terá de vestir isso e desmenti-la dizendo que ficaram juntos em um quarto com o maior conforto possível. Caso contrário, não poderei mantê-la longe dos meus três soldados caso eles a levem para algum dos quartos, vai saber o que eles podem fazer com ela, heh... — O homem empurra a vestimenta para Haseo e abre um sorriso amarelo. — Vista. Rápido! — Ordenou por fim, esperando que se vestisse para saírem.

por **Zatoichi** Sáb 12 Dez 2009, 11:49 pm

Zato estranhou o homem o homem se importar tanto com o casal sem saber seu nome, mas no momento q ele comentou que estavam esperando um filho ele entendeu perfeitamente, logo depois veio a pergunta do homem. - Eu sou Zato, Muito prazer em conhecelo, e esse meu companheirinho, apesar de parecer um pinguim é um cachorro seu nome é Plue. Zato queria ajudar o homem, ele realmente parecia ser alguem bom, e se o casal era amigo dele e estava esperando um bebe, Zato se sentia obrigado a ajudar.

por Ayame Ter 15 Dez 2009, 7:30 pm

*Escutou os urros de Haseo e baixou as orelhas tentando não ouvir. O frio era reconfortante para ela, ao contrário dos soldados que a puxavam sem pena, mas isso não era nada em vista do motivo pelo qual ela estaria ali, e era o mais interessava.*

*Ao ser empurrada na direção do Rei deu alguns passos até arrumar-se no lugar. Encarou-o de cima a baixo enquanto falava olhando os soldados pelas extremidades dos olhos. Sentiu a mão quente da garota lhe tocar seguido de um casaco e observou-a por um instante até voltar sua atenção ao baixinho. Seus olhos se abriram um pouco mais quando soube que Rei estava sendo enganado por seus homens, e resolveu falar, interrompendo-o.*

Seus soldados nos manteve presos em celas separadas comendo o pão que o diabo amassou. Deveria tomar tento do que seus generais fazem às suas costas. * Fez menção em dar um passo mas ao perceber a movimentação dos soldados, optou por ficar no lugar.*

*Só agora que falou que Ayame notou o banquete que os esperavam. Sua cria se remexeu na barriga, o que fez a loba rosnar de raiva e fome. A fome tinha aumentado ao ver principalmente a carne mal-passada. Com muito custo desviou sua atenção para o homem quando falou de sua cria, e sabia que todo aquele banquete e mordomia sairia caro. Se fosse para ela dar o fora e deixar a cria com eles, por que não? Mas Haseo a encheria pelo resto da vida e tratou de afastar tal ideia da mente.*

O que quer conosco?* Perguntou sem mais rodeios quando todos se silenciaram. O papo já não agradava-a mais, muito menos a distância entre o lado de fora e ela.*

por Haseo Qui 14 Jan 2010, 12:27 am

*Não teve muito tempo para reagir, e nem mesmo muita energia para tal. Os soldados o seguraram firme, por mais que Haseo resistisse. Cerrava os punhos, irritado, e o sangue subiu à cabeça quando viu o mesmo homem que surrara Ayame entrar na cela. Ia responder quando o homem começou a falar, o que irritou Haseo ainda mais, mas não poderia fazer nada além de assentir*

Feh... *Livrou-se dos soldados por fim, pegando a roupa que lhes ofereceram. Ainda mantinha o mesmo olhar irritado de antes, queria a qualquer custo matar aqueles desgraçados. Sem muita escolha, vestiu a roupa que lhe deram, ao menos era quente, e ainda relutante os seguiu.*

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