Re: Cemitério

por Bluesday Dom 16 Jan 2011, 6:58 pm

O elfo que via um sujeito um tanto ousado, mas muito confiante se aproximando em um lugar como aquele na qual todos queriam seu sangue, ficou desconfiado e atento a qualquer movimento hostil.

Tenkai percebia os olhares sobre o pedaço de pau que em sua mao e em sua orelhas,
parecia ate que ele sabia que ele sobre sua verdadeira identidade sobre sua mascara demoniaca na qual enganou muitos tolos. Mas ouvindo tudo o que o tal de Kjeen, vampiro dizia, tentou se limitar a falar, mas resolveu dialogar com o mesmo.

— A noite e bela e curta, mas o som da tranquilidade dela é o que deixa ela tao atrativa para mim. Mas nao, eu nao estava a passeio e sim conhecendo o local e descansando ate essas criaturas aparecerem, mas enfim nao foi de todo ruim, foi bom fazer um exercicio, o tedio ja estava grande.

Tenkai se calou e abservava a aparencia do vampiro a sua frente, e notava suas presas tao brancas quanto seu cabelo, no que achou estranho, pois nunca viu uma criatura andar em locais como aquele e ter tal cuidado com si mesmo.

oFF - Assim entendi, irei por entao, desculpe ter mudado, vi a do Gin e achei que nao tinha problemas em mudar.

por Kazama Ter 18 Jan 2011, 12:37 am

Pelo visto, as coisas começariam a ficar mais perigosas. Logo após entrar em um lugar que parecia um templo, um grande pilar desceu, bloqueando a única passagem para fora daquele lugar. Isso de certa forma era um bom sinal, pois se existia alguma armadilha como aquela provavelmente o seu objetivo estava cada vez mais perto. O lugar onde estava era amplo, com duas grandes portas nas laterais. Ao vê-las mais detalhadamente, notou que não poderia forçar a sua passagem por ali somente com suas mãos nuas, pois pareciam ser sólidas. Foi andando até a mesa e notou o grande vaso em cima dela. Talvez existisse algo dentro dele que pudesse lhe ajudar, mas naquele momento ainda não era a hora para pensar em coisas deste tipo. Provavelmente deveria existir algum botão ou engrenagem que faria uma daquelas duas portas se moverem, porém Kazama estava com outra ideia na sua cabeça. – Seja quem for que está ai, saia de uma vez. Não quero perder tempo com coisas triviais como esta armadilha. – Parecia insano pensar em algo desde tipo, mas o Hanyou imaginava algo diferente. Primeiro as tochas que estavam acesas já lhe causavam certa suspeita, e após ver aquela sombra ele não duvidaria nada que algo assim fosse possível. Em resumo, ele estava blefando para ver se alguém realmente fosse aparecer. É claro, se ninguém aparecesse ele estaria novamente encurralado, necessitando achar algo que pudesse forçar a sua saída dali.

por **Shaorin** Sex 21 Jan 2011, 10:30 am

Off: Ah sim. Obrigada por me avisar, já resolvi com o GM essa situação. E obrigada por mudar ^^

@ Bluesday

Kjeen deu um sorriso de canto de boca, aparentemente gostando do jeito como respondeu sua pergunta. Olhou para onde as criaturas estavam e as viu recuar, ainda olhando para Tenkai e voltou seu olhar para ele, sem mover o rosto.

— As coisas por aqui não são mais as mesmas. Agora, eles estão a procura de mais comida, o que é natural uma vez que se perde o que tinha antes. — Seus olhos brilharam e ele contemplou a Lua no céu. — O que pretende fazer agora? Tem algum objetivo? — Perguntou, sustentando o olhar na estrela.

@ Kazama

Ninguém respondeu. Nem um sinal de que alguém pudesse estar ali Kazama pôde presenciar. As tochas bruxulearam de forma diferente, como alguém as tivesse conduzindo fazendo com que dançassem de forma distinta.

A aura daquele templo era forte. Em cada porta havia um tipo de aura. Na da esquerda, a aura era malígna; e a outra se seguia benígna. O tempo estava passando e nada no ambiente mudava a não ser o fogo que se movia. Mas, enquanto o fogo dançava, formou algumas figuras na parede, chamando a atenção de Kazama para ela. Ao chegar mais perto, pôde ver desenhado na parede cenas antigas:

Quatro Anúbis estavam envolta de um indivíduo que estava de frente para mesa. Ele segurava uma chave que tinha tirado de dentro do jarro. Este, por sua vez, estava caído sobre a mesa em pedaços. Nos fundos da cena, a porta da direita estava se abrindo, e haviam caudas, pernas e braços que se libertavam aos poucos. Os anúbis pareciam furiosos por causa disso, e tentavam matar quem quebrara o jarro.

por Bluesday Sex 21 Jan 2011, 5:49 pm

Tenkai sentia uma sutileza diferente naquele ser misterioso, mas se familiarizava com ele por gostar da tranquilidade da noite e da lua.

— Objetivos... — Tenkai parou de falar por um momento, mas continuou em seguida... — Bom, desculpe o que direi agora, mas qual seu interesse em mim?

Tenkai por mais pode-se ter algum gosto por aquele ser tao calmo, nao podia de forma alguma deixar ser levado por conversas e ser enganado novamente, sua atenção se dobrava a cada instante da conversa, o elfo apesar de tudo tambem tinha interesse em Kjeen.

por Kazama Seg 24 Jan 2011, 9:53 pm

Realmente, as coisas já estavam deixando aquele Hanyou irritado. A sua conclusão precipitada fora em vão e ninguém respondeu ao seu chamado, além dele não conseguir sentir a presença de nenhum indivíduo. Foi então que seus olhos, atraídos pelas chamas, viu aquele misterioso desenho. De início, ele achou que fosse apenas mais alguma parte da decoração daquele templo ridículo, porém logo ele viu algo interessante. Se os seus pensamentos estivessem certos desta vez, talvez aquilo indicasse uma maneira de sair daquela irritante armadilha. É claro, se tudo seguisse fielmente como estava desenhado, talvez Kazama tivesse que passar por alguns problemas. Mas aquele perverso homem apenas riu, achando normal que uma tumba com tantos tesouros interessantes fosse recheada de coisas daquele tipo. Em um só movimento, o Hanyou pegou o grande jarro e o jogou diante de seus pés com força. Se aquele desenho não fosse uma mera decoração, dentro daquele vazo deveria existir a chave para a sua saída, e logo após algo mais interessante deveria acontecer.

por **Shaorin** Qui 27 Jan 2011, 9:05 am

@ Tenkai

Por fim ele entrou no assunto e foi direto. Era o que Kjeen esperava de um Elfo, afinal, seu cheiro era inconfundível mesmo que tivesse roupas sujas pelo corpo para camuflar. Ele sorri canto e mantem-se no mesmo lugar, voltando seu olhar para Tenkai.

— Gosto de pessoas como você: diretas. E, por assim dizer, sou do mesmo jeito. — Começou, logo tratando de continuar, num tom mais sério. — Observei seu jeito de luta e particularmente gostei, por isso, venho lhe fazer uma proposta: Mate um monstro para mim, que lhe darei algo em troca. — Disse por fim, seus olhos brilhando, sagazes.

@ Kazama

Fora dito e feito. O jarro fez um barulho alto ao estilhaçar e provocar uma breve poeira que se extinguiu rapidamente exibindo uma chave feito em ouro do tamanho da palma da mão de um adulto. No instante seguinte, duas fechaduras surgiram em ambas portas ao mesmo tempo, exatamente do tamanho da chave e na altura certa para Kazama, como se soubesse corretamente seu tamanho.

A principio nada aconteceu. Tudo ficou em silêncio absoluto e pareceu, por um breve momento, que nada aconteceria. Entretanto, não demorou para tudo acontecer ao mesmo tempo.

A tumba começou a tremer e areia despencar do teto. As portas tremeram brevemente, e tão logo quanto no desenho mostrava, quatro Anúbis que estavam nas portas, viraram os rostos ao mesmo tempo para a direção de Kazama e ganharam vida. Eles tinham o tamanho de um lobisomem adulto, eram feitos de pedra, mas suas lâminas eram puramente verdadeiras.

Eles se aproximaram rapidamente apesar de serem feitos de pedra e ficaram envolta de Kazama. Olharam para baixo e viram o jarro estilhaçado, e soltaram um urro de dor, e dois que estavam às suas costas avançaram sem dó nem piedade com a lanças, afim de cravá-las de uma vez só, sem deixar que Kazama tocasse na chave.

por Bluesday Qui 27 Jan 2011, 12:32 pm

O elfo via aquilo como uma oportunidade para seus objetivos, e nao demorou muito para responder...

— Hm... Interessante. Que tipo de monstro seria e quem ele é? E aonde ele esta atualmente? — Tenkai queria saber aonde iria se meter, mas demostrava querer fazer o pedido — Mas se eu for fazer isso mesmo, preciso de pelo menos uma espada, pois como ve, estou desarmado apenas com esse pedaço de madeira que nao sera tao efeitvo contra alguem mais resistente.

por Kazama Sáb 29 Jan 2011, 12:19 am

Após ter jogado aquele vazo no chão e um breve momento de silêncio, o templo onde estava começou a tremer. Logo, os quatro anubis perto das portas ganharam vida, assim como aquele desenho. Apesar de serem feitos de pedra, eram rápidos e ao perceber Kazama viu que já estava encurralado. A chave estava diante de seus pés, sendo que para pegá-la ele não precisava de mais alguns milésimos de segundo. Precisava esperar uma oportunidade para agir, pois ele ainda pretendia chegar sem muitos problemas ao seu destino final, e de preferência primeiro que aquela mulher, pois a última coisa que ele queria ouvir era mais provocações e besteiras de sua boca. Ao verem o jarro quebrado, os anubis rugiram e pelo desenho, era mais do que óbvio o que eles iriam tentar fazer em seguida. Sem esperar um segundo a mais, o Hanyou reuniu suas forças em seu pé direito e pulou para o lado, tentando desviar do ataque. No entanto, o mesmo pé que dera impulso também serviu para uma outra coisa. Como a chave estava diante de seus pés, Kazama ao dar impulso deixou que seu pé direito arrastasse de leve no chão, atingindo a chave e jogando-a na mesma direção que pulou para assim poder pegá-la. Após atingir o chão do templo e se levantar, rapidamente recuperando seu equilíbrio, o Hanyou pegou a chave que carregou junto de si e a toda velocidade correu contra os dois anubis que tentaram o atingir. Independe se tivessem outras armas, por terem arremessado aquelas lanças eles ao menos teriam menos de um meio de lhe atacar, ao contrário dos dois a sua frente.

— Não tenho tempo para perder com coisas estúpidas como essa! — Disse. Aquelas bestas podiam ser rápidas para seu tamanho e por serem feitas de pedras, mas elas não deveriam ser tão rápidas quando Kazama. Curvado, ao se encontrar com aqueles dois anubis o Hanyou atingiu a perna de cada um deles, para desequilibrá-los. Apesar de não aparentar, Kazama possuía uma grande força bruta portanto mesmo criaturas feitas de pedra deveriam sofrer algo. Caso seu objetivo fosse atingido, ele teria segundos preciosos para correr até a porta da direita e usar a chave, que estava em suas mãos. É claro, ele não se esqueceu dos outros dois anubis e, provavelmente, eles atacariam do mesmo modo. Portanto, Kazama tomava cuidado para correr na mesma linha que um daqueles anubis. Por serem guardiões, provavelmente eles não se importariam em destruir um ao outro para parar um invasor, mas caso jogassem uma daquelas lanças, elas seriam paradas ao atingir um daqules anubis e, com sorte, destruindo-o e livrando o Hanyou de mais trabalho.

por **Shaorin** Ter 01 Fev 2011, 9:31 am

@ Tenkai

— Ele fica atualmente em Ruff. — Respondeu num sorriso — Seu nome é Cracks. Ele é um demônio de pedra que se juntou com os piratas para matar e saquear Ruff. Quando o matar, dele cairá uma pedra vermelha arredondada. Quero que traga-a para mim. O restante que conseguir não me interessa.

Virou o corpo afim de ficar de frente para Tenkai e observá-lo melhor, dando um passo à frente. — A arma é a parte mais fácil. Vá para a estalagem e fale com o estalajadeiro. Diga que está ali para lutar contra Cracks e os piratas, que ele lhe entregará uma arma. Te esperarei aqui na mesma hora em que estamos agora para receber a jóia. — Levou a mão ao bolso e dali tirou um colar em forma de caveira e jogou-o para tenkai. — Leve-o e mostre ao estalajadeiro, ele saberá que deverá te dar uma das melhores armas.

Dito isto ele começou a caminhar na direção das criaturas. — é melhor ir rápido, pois seu prêmio já está pronto e logo logo será entregue à você. — Assim que o disse, desapareceu num velocidade incrível e surgiu totalmente no meio dos zumbis e começou a exterminá-los.

[ Sua missão foi dada: Matar Cracks nas praias de Ruff. Pode postar sua continuação e saída daqui. Não precisa esperar post meu, pode postar direto lá em Ruff e dar continuidade à sua aventura. ]

@ Kazama

Os Anúbis olharam-no saltar e levar a chave consigo sem serem rápidos o suficiente para bloquear tal movimento. Irados, os dois anúbis andaram em sua direção e um jogou a lança no mesmo instante em que se curvara, fazendo a lança passar direto num silvo e cravando na parede. Quando a lança se prende, o Hanyou ataca e quebra as pernas dos Anúbis e eles caem no chão, destroçando-se mutuamente.

Como já se era previsto, agora com menos dois, as outras duas criaturas avançaram deliberadamente. Porém elas pareciam bem mais espertas que os outros dois: Separaram-se para não haver aquele choque brutal entre si e, ao ver Kazama chegando à porta, uma delas lançou a lança num movimento rápido e sua ponta se cravou bem na fechadura da porta direita, acabando com seus planos de fuga.

Neste mesmo instante, o outro Anúbis, ao ver que o rapaz teria trabalho ao tirar a lança, avançou com mais rapidez, enquanto o outro ficava parado esperando sua vez de lutar. Com a lança em mãos, o Anúbis avançou em Kazama e tentou fincá-la em suas costas num movimento único, soltando um rugido.

por Bluesday Qua 02 Fev 2011, 12:51 am

Tenkai escuta tudo atentamente, e logo recebe um colar. Logo ve apenas o vulto de Kjeen sumindo e reaparecendo em meio as criaturas. Surpreendido com a movimentação do mesmo. em um tom de susurro ah si mesmo.

— Ruff, hu? Parece que terei uma lonja jornada.

O elfo entusiasmado com sua missão, nao perde tempo e logo vira as costas e desaparece do cemiterio como um fantasma some da visão dos humanos.

oFF - Perguntinha... Os bichos que enfrentei no cemiterio, eles dao xp mesmo sendo criaturas simples de vencer?
Pode deixar a resposta aqui mesmo, ou se preferir por pm. Vlw shaorin!
^^

por Kazama Qui 03 Fev 2011, 9:26 pm

Apesar de seu ataque ter sido um completo sucesso, Kazama se irritava com aqueles anubis cada vez mais. Faltando apenas poucos para chegar a porta e conseguir sair daquela maldita armadilha, um daqueles monstros lançou a sua lança contra a fechadura da porta, destruindo literalmente o plano improvisado que o Hanyou fez para escapar, que pensou que daria certo por alguns segundos. Os dois que restaram pareciam ser mais inteligentes do que aqueles que acabara de destruir e um deles rapidamente se aproximava de Kazama. Ele estava ainda mais encurralado, sendo que a sua maior sorte era somente um deles estar vindo para enfrentá-lo. Se ele não fosse rápido, seria morto ali e todas as suas ambições seriam encerradas. Foi então que uma ideia apareceu em sua mente. Era arriscada, mas parecia ser a sua única saída. Imediatamente o Hanyou foi até a lança na fechadura e começou a puxá-la, mesmo sabendo que o Anubis estava se aproximando. Ele continuou tentando a mesma ação inútil até o último momento quando o monstro estivesse pronto para atacá-lo. Neste exato segundo, entretanto, seria o momento em que o seu plano entraria em ação. No exato segundo que aquela criatura tentasse lhe atacar, Kazama usaria a lança como uma espécie de alavanca. Sendo assim usando toda a força de seu braço, ele se impulsionaria para cima escapando mais uma vez de um golpe fatal, porém este era só o começo, pois as tentativas de tirar a lança da fechadura foram só uma encenação para enganar o seu oponente.

Como estava rente a parede, em pleno ar Kazama apoiaria a suas duas pernas contra aquela parede e novamente toda a sua força, pegou o máximo possível de impulso e então fora contra aquele Anubis. Girou seu corpo e com o calcanhar, atingiria com força total a cabeça daquela criatura em cheio. Se com um ataque praticamente "normal" fora capaz de quebrar as pernas de dois Anubis e destruí-los, um ataque com tamanha força e velocidade provavelmente partiria aquela criatura em dois. Caso seu plano funcionasse, só haveria mais um único obstáculo para Kazama destruir e então sair daquele buraco. Caso não, ele tentaria se esquivar de qualquer outro ataque e tentaria recuar para um espaço mais aberto, para poder pensar em um novo plano contra seus dois inimigos.

por **Shaorin** Seg 07 Fev 2011, 3:11 pm

O Anúbis pareceu não acreditar no que acontecera. Seu sorriso triunfante se desfez no momento em que Kazama saltou com a ajuda a lança e deu um giro direto contra seu corpo, estilhaçando-o sem dar chance alguma de esquiva. O terceiro Anúbis estava liquidado.

Com isso agora só faltava um. E este, ao ver o ataque de Kazama, sabia que deveria tomar mais cuidado. Por mais inteligente que fosse, ver seus companheiros mortos irritaria qualquer um. Por isso, ignorou o raciocínio e avançou para Kazama jogando a lança contra ele, fazendo cravar-se ao lado da outra que estava dentro da chave, zunindo os ouvidos de o Hanyou. Ele agora atacaria de criatura para criatura, punho contra punho.

Rapidamente, já estava na frente de Kazama, dando-lhe golpes fortes em zigue-zague, querendo acertá-lo no rosto e empurrá-lo contra a parede e estraçalhá-lo.

por Kazama Ter 08 Fev 2011, 9:28 pm

Novamente sua estratégia havia funcionado como bem planejara. Mais uma daquelas criaturas irritantes havia sido completamente destruída, restando apenas mais uma. Esta, porém, era diferente das que enfrentou até agora. Usando a sua lança com maestria, ela acertou a outra lança que bloqueava a passagem do Hanyou e fez um pesado barulho ecoar pelo templo. Como estava perto, o alto som fez os ouvidos de Kazama zumbirem. Aquilo o fez ficar ainda mais irritado. No entanto, antes que pudesse ao menos pensar sobre o que fazer ele se viu em um combate direto contra o último dos Anubis. Pelo visto, este percebera que o combate armado contra o Hanyou era desfavorável, então optou por um meio diferente. De certa forma, Kazama se viu em uma situação um pouco mais complicada comparada as que enfrentou anteriormente. Sem muitas alternativas, ele tentava esquivar e bloquear o máximo possível de socos, pois sabia que mesmo sua força sendo maior, caso acertado por um soco daqueles provavelmente estaria em grandes problemas - fora o fato que ele não admitia ser ferido por ninguém. Em poucos segundos Kazama estava novamente sem lugar para fugir. Estava apenas alguns centímetros afastado da parede e o Anubis continuaria atacar até que aquele homem fosse completamente aniquilado. Desta vez ele não tinha um plano elaborado - ou improvisado - como das outras vezes... Mas ainda sim, ele não via motivos para se preocupar.

Se ele não possuía tempo para criar uma estratégia decente, deixaria o seu próximo movimento a cargo de toda a experiência de combate que adquiriu ao longo dos anos. Quando recuou pela última vez e finalmente estava contra a parede, Kazama aguardou o Anubis realizar seu próximo ataque. Neste momento, usando toda a velocidade que possuía o Hanyou se curvaria o mais rápido que pudesse. Caso tivesse sucesso, ele estaria embaixo do braço daquela criatura, criando uma oportunidade perfeita para atacar. Para recuperar o equilíbrio, apoiou a sua mão esquerda no chão e pegando impulso tanto com ela quanto com seus dois pés, aquele homem atingira o Anubis de baixo para cima com um poderoso e rápido gancho de direita. Ele sabia que precisava ser rápido antes que aquela criatura atacasse novamente, ou seria o seu fim, por isso ele contava com a sua velocidade e força impecável para causar um ataque devastador, que reduziria aquele obstáculo a nada mais que pó, igual fizera com os outros.

por **Shaorin** Sex 11 Fev 2011, 10:09 am

Kazama já sabia que sairia vitorioso da luta; apenas o Anúbis não sabia. O ataque fora de repente, sem quase ser elaborado, e isso pegou o guardião de surpresa. Quando percebeu, não tinha como se esquivar do ataque. Sua morte era certa, e ele não poderia fazer nada para impedi-la. E então, tão logo quanto surgiu, a criatura virou pó. Deixando Kazama livre da presença dos três. Sua roupa estava suja da poeira do corpo do Anúbis e um leve cansaço o possuiu. Nada mais. Agora, a porta estava à sua mercê, pronta para ser aberta.

Assim que Kazama tirasse a lança, colocasse a chave no lugar e girasse, tudo começaria a tremer. Areia cairia do teto enquanto que aos poucos a parede de pedra ia subindo, revelando o que guardava.

Assim que a porta se abriu por completo e o barulho cessou; mas, para a irritação de Kazama, era mais um túnel. Foi quando um urro alto e forte ecoou da outra porta, revelando ao Hanyou o que poderia tê-lo esperado caso a abrisse.

Este túnel tinha uma diferença: Suas paredes brilhavam. E isso só resultaria em uma coisa: O que procurava estava perto. O caminho não era iluminado; precisaria de uma tocha para seguir. E caso Kazama começasse a segui-lo, veria que este túnel era mais precário que o primeiro. Parecia a ponto de desabar; havia madeira nos cantos para segurar a terra que poderia cair instantes. Aqui também era mais úmido e mais gotas pingavam no chão em poças grandes; kazama estava abaixo de algum rio, ou senão, perto de um.

Mas o que mais chamava a atenção ali eram as pedras preciosas que estavam presas nas paredes. Até no chão havia! Como poderia dizer que não estava a poucos passos do tesouro? A única coisa que o fazia ter receio sobre esta afirmação era a longitude que o caminho tinha. Não demorou e fez a primeira curva; depois, seguiu um longo caminho reto para então fazer uma segunda curva e então, se depara saindo de uma bifurcação.

Kazama saira de uma bifurcação ao contrário. Afinal, se pegasse o segundo caminho ao seu lado, estaria voltando. O jeito, era seguir o caminho da frente. Foi quando algo aconteceu:

— Ah...Olha o que vejo aqui. Mas se não é meu companheiro! — Uma voz feminina surgiu ao mesmo tempo que o cheiro de Saphira explodiu nas narinas de Kazama, denunciando sua saída do caminho secundário. Sairam ao mesmo tempo da bifurcação. Ela estava com poeira nos cabelos e alguns fios de aranha nos braços, coisa que tentava tirar no momento, e dava um sorriso sensual para Kazama, penetrando-o com seu olhar.

— Nossa, o que aconteceu? Está com areia até os fios do cabelo! — Olhou para frente, sem nem se importar se o Hanyou continuaria ou não a caminhar. — É melhor andarmos, vi algumas pedras pelo caminho, acho que estamos chegando.

por Kazama Dom 13 Fev 2011, 10:33 pm

Após seus obstáculos serem completamente removidos, Kazama finalmente pode seguir seu caminho e sair daquela ridícula armadilha. Para seu desgosto aquela porta o levava a outro túnel. Este, mais escuro que os demais, necessitava de uma tocha caso ele quisesse prosseguir sem dificuldades. Por sorte - e ao mesmo tempo irônico - o Hanyou ainda estava naquele templo que era extremamente bem iluminado, então achar alguma tocha ali não seria problemático. Apesar daquele túnel estar imensamente danificado pelo tempo e ameçar de cair a qualquer segundo, Kazama podia ver que a cada passo o seu destino se aproximava. Pedras preciosas cobriam todo aquele chão. Realmente, se ele precisasse de dinheiro para continuar seus planos no futuro, ele poderia voltar ali e recolher todo aquele material. Após algum tempo andando, eis a sua surpresa: Saphira. Era um pouco desconfortável saber que aquela mulher chegou ao mesmo tempo que ele, mas se olhar os problemas que ele teve era bem compreensível o porque de se atrasar. Passava a mão por suas roupas e cabelo para tirar toda aquela poeira. Não estava envergonhado pelas falas da mulher, mas sim porque detestava qualquer tipo de sujeira em suas roupas, algo que estimava muito. — Pelo seu bom-humor acredito que chegaste aqui sem problemas algum, correto? —

Sem esperar uma resposta, já tomou a frente e continuou o seu caminho. Sua irritação era bem visível, afinal, fora obrigado a andar horas dentro de túneis, enfrentar criaturas desnecessariamente e que não lhe trouxeram benefício algum e, ainda por cima, acabar naquele estado. Provavelmente se ele soubesse que teria tantos problemas para atingir somente um tesouro, provavelmente teria ido adiantar outra parte de seu plano e deixar esta somente para o futuro ou, quem sabe, procurar outro tesouro. Enquanto caminhava lembrou da sombra que vira antes de entrar naquele templo, o que fez aquele sorriso irônico e malicioso voltar a sugir na face fechada pela raiva de Kazama. Era melhor não contar a Saphira sobre aquilo ainda, ou talvez ela até já soubesse... Enfim, tudo em seu tempo. — E Saphira, se pretende seguir o mesmo caminho junto a mim, tome cuidado antes de garantir algumas coisas... — Disse, rindo levemente. Talvez ela entendesse o que ele disse, talvez não. Não importava, na verdade, mas sim que a cada passo Kazama estava mais e mais perto de seu objetivo.

por **Shaorin** Qui 17 Fev 2011, 2:07 pm

— Encontrei alguns esqueletos de samurais que tive que combater, por isso as teias de aranha e a roupa empoeirada. — Apontou para a roupa e o cabelo, suspirando. Logo tratou de ir atrás dele até que o alcansasse, ficando em seu encalço. Deixá-lo na frente poderia ser algo bom para o Hanyou, daria um certo poder a ele, o que ela não queria ou precisava.

Seu próximo comentário fez Saphira sorrir também; era a primeira vez que vira Kazama sorrir e achou bonito. Deu de ombros quanto as suas palavras, olhando para frente. — Bom disse que não havia ninguém aqui dentro, de ser vivo, não posso garantir fantasmas ou criaturas mortas também! — Disse sorrindo, curtindo o momento.

Continuando a andar, Kazama o sentiu novamente. O ar ficou mais frio e uma presença foi sentida. Saphira pareceu notar um tempo depois e olhou para seu companheiro, levando as mãos aos braços, massageando-os. — Alguma coisa não está bem aqui. — Comentou, andando um pouco mais rápido e passando de Kazama.

O túnel estava no final, e quando Saphira passou a dianteira viraram uma curva e saíram em outro templo. Este era diferente do anterior. Era completamente escuro, sorte que a visão noturna dos dois ajudava um pouco, mas só um pouco. Podiam ver pilares cilíndricos segurando o teto alto; as paredes eram rachadas e sem desenho algum e sujas de poeira. O centro estava limpo, não havia nada.

Na frente havia uma parede larga com dois buracos onde seriam os caminhos. Eram ainda mais escuros e não conseguiam enxergar completamente nada. Saphira entrou no ambiente sem nem prestar atenção se havia alguma armadilha. Caminhou até o centro, colocou as mãos na cintura e deu um inspirou profundamente, mostrando sinais de satisfação.

— Ótimo! Que eu me lembre, este é o último obstáculo até que cheguemos ao tesouro. — Confirmou o que dizia com um aceno de cabeça, olhando Kazama. — Porém, a única coisa chata que temos que fazer aqui é espantar o bichinho. — Disse a mulher, no exato momento em que tudo começou a tremer.

E a criatura surgiu.

Vinda do túnel da esquerda, vinha a toda velocidade uma luz esverdeada. Saphira saiu donde estava e correu até o canto direito do lugar, já que era enorme. E então a criatura saiu, era uma centopéia gigante esverdeada. Seus pés eram alaranjados e de sua boca afiada saíam dois dentes em forma de foices. Seus olhos, totalmente negros como uma bola, eram guiados por duas antenas grandes. Seu corpo inteiro coube dentro do templo. Ela ficou com parte do compo erguido e fitou Kazama e Saphira e urrou na direção de ambos.

Saphira sorriu.

— Olá Snaks. A centopéia do inferno. — Apresentou Saphira, levando a mão à sua espada e lançado um olhar zombeteiro para a criatura.

por Kazama Qui 17 Fev 2011, 10:34 pm

— Ótimo. Primeiro Anubis, agora uma Centopéia. Os templos desse lugar ficam cada vez melhores. — Suas palavras poderiam ser interpretadas como uma reclamação, porém o tom irônico e o leve sorriso em sua face eram contraditórios a essa afirmação. Apesar de tudo, com a sua velocidade Kazama talvez pudesse passar sem muitos problemas e continuar o seu caminho, chegando a um dos túneis que o aguardavam do outro lado da sala. Conhecendo a mentalidade do Hanyou, isso era a coisa mais provável que ele faria, no entanto, desta vez havias algumas coisas que não lhe permitiram seguir tal pensamento. Caso ele agisse de tal maneira, caberia a Saphira enfrentar aquela besta sozinha. Não, Kazama não tinha pena ou havia desenvolvido qualquer sentimento - independente de qual fosse - por aquela mulher. Ele ainda a via como um meio de ajudá-lo a alcançar os seus objetivos, e o motivo de não poder abandoná-la começava justamente ai. Sem perder mais tempo, avançou com velocidade contra a criatura. Ela já o fitava, então isso facilitava ainda mais os seus novos planos. Tentando atingir um forte golpe em suas extremidades, Kazama sabia que um golpe ali provavelmente não surtiria efeito algum contra a criatura, causando no máximo dor e irritando-a. E este era o seu objetivo. Ao contrário de Saphira que possuía duas armas - a espada que carregava e os afiados fios -, o Hanyou estava completamente desarmado naquele momento e, desta vez, não havia nada que ele pudesse usar como arma.

Por isso, eis o seu plano: Servir de isca enquanto a sua "parceira" finalizava o trabalho. A velocidade daquele homem era igual ou quem sabe um pouco menor que a da mulher, portando não haveria tanta diferença. O espaço a sua frente era amplo, então mesmo que ele tivesse que usar os pilares e a paredes para facilitar a sua esquiva e armar alguma emboscada para a Centopéia, ele faria. Torcendo que seu golpe tenha no mínimo feito aquela criatura a lhe considerar seu alvo principal, Kazama se movimentava pela sala totalmente na defensiva. Nenhuma palavra de seu plano fora dita para Saphira, mas ele esperava que ela entendesse rápido, pois uma aliada que não era capaz de tal não teria usos mais a frente.

por **Shaorin** Sex 18 Fev 2011, 8:32 am

O plano de Kazama surgiu efeito. Tinha toda a atenção de Snaks. Saphira percebeu o plano na hora e saiu de fininho para o outro extremo da sala, deixando que ambos se movimentassem livremente. A centopéia foi para cima de Kazama sem pestanejar ou ligar para os pilares. Simplesmente, atravessava-os, quebrando-os fazendo o teto tremer e pedras caírem. Se continuasse assim, o teto cederia sobre suas cabeças.

Saphira não demorou para agir. Correu para um ponto onde Kazama passaria e ali fincou uma de suas facas maiores, para caso a criatura chegue perto demais e ele pudesse se defender. Então, foi para trás da criatura e posicionou-se, oferecendo as mãos na direção do corpo da criatura e controu-se. Quase que instantaneamente começaram a sair fios de suas mãos e seguiram direto para o corpo da criatura, pegando-a por trás. Aquilo exigir certo esforço e força, e em pouco tempo gotas de suor brotavam de suas têmporas. Mas aquilo era fácil para alguém que era experiente.

A criatura começou a sentir que estava sendo envolta por uma espécie de casulo, virou-se para Saphira. Pelo jeito se conheciam, pois ela já tinha feito algo parecido uma vez. Talvez, tenha sido desta forma que ela a derrotava. A criatura queria sair vitoriosa desta vez, e tentou se desvenciliar dos fios, mas eles eram muito fortes e começaram a cortá-la, fazendo um líquido esverdeado sair de seu corpo. Grunhindo, caiu com brutalidade no chão - já com quase todo corpo coberto por fios -, e fez várias grandes pedras caírem do teto, provocando um terremoto.

— Agora Kazama! Monte nela e acerte o centro de sua cabeça! — Gritou, apontando para a faca que tinha fincado no chão. Era óbvio que não aguentaria por muito tempo segurar a criatura, afinal sabia que seria morta em pouco tempo e já se debaia loucamente, dando trabalho à moça.

A subida ia ser difícil. Snaks era separada em gomos largos e compridos de gordura. Pelos pequenos e esbranquiçados revestiam seu corpo e o deixavam escorregadio, o que dificultaria sua subida; a única coisa que poderia ajudá-lo eram os fios de Saphira, porém eram afiados. O jeito como Kazama subiria seria um mistério, só se sabia que ele deveria ser muito rápido, senão a criatura se soltaria com ele lá em cima.

por Kazama Sex 18 Fev 2011, 8:39 pm

Como esperado da mulher que escolhera! Em alguns segundos a mesma já possuía a criatura em sua armadilha, totalmente vulnerável para Kazama. O Hanyou tinha que ser rápido, muito mais do que fora até aquele momento. Saphira era forte, mas não ao ponto de segurar aquele monstro por muito tempo. Sem perder mais um segundo, Kazama partiu como um raio em direção a faca deixada pela mulher. Era a primeira vez que ele tinha uma arma a mão desde que entrou ali, portanto deveria fazer um bom uso do objeto. Ao olhar para a Centopéia procurando um jeito de subir, viu que somente opções complicadas o esperavam e justamente naquele momento onde cada segundo era importante. Era praticamente impossível subir rapidamente pelo seu corpo devido a vários obstáculos que conseguiu identificar, fora que caso tentasse usar os fios de Saphira como uma "ponte" até a cabeça daquele monstro provavelmente acabaria se cortando e se ferir era algo que ele repudiava e não admitia, mesmo em um momento como aquele. Então, o que fazer? Foi então que os olhos de Kazama encontraram a solução. A poucos metros de onde a Centopéia estava presa, um dos pilares que segurava o teto ainda estava, felizmente, de pé e ainda por cima às costas da criatura. Não precisou de meio segundo para que o Hanyou entendesse o que fazer e então traçar um plano que o levaria ao sucesso, como fizera até agora.

Concentrou sua força em suas duas pernas e com um grande impulso, disparou contra o pilar. Ao se aproximar outro pulo alto e veloz, permitindo que Kazama começasse a escalá-lo. Em segundos ele já havia alcançado o teto e então, ao atingir o melhor ângulo e trajetória possíveis, tomou impulso contra o pilar e se jogou contra o topo da cabeça da Centopéia. Seu pulo, velocidade e força usada foram completamente calculadas pelo Hanyou, tomando cuidado para não passar de seu alvo ou por engano ir contra as suas presas e acabar sendo fatiado. Além disso, caso ele errasse provavelmente não haveria uma segunda chance. Finalmente ao atingir o topo da cabeça da criatura, rapidamente se moveu até o centro e utilizando toda a sua força, tentaria cravar a faca o mais profundo possível. Tudo que Kazama podia torcer era que Saphira conseguisse segurar a criatura por mais alguns segundos até que seu movimento fosse terminado, ou ele poderia acabar em uma situação ainda mais grave.

por **Shaorin** Seg 21 Fev 2011, 9:56 am

Saphira não esperava pela manobra de Kazama, e percebeu que, se ele conseguisse chegar a um combate frente à frente com Hellger, rei de Takaras, ele se sairia vitorioso. O suor brotava ainda mais da testa da Hanyou e ela gritou em fúria, numa tentativa de aumentar seu poder e força. Seu grito fez várias pedras cairem nos cantos do templo e acabar outros dois pilares, restando apenas um para sustentar o teto, tamanho fora a expansão de seu poder.

Kazama pôde ver nesta hora que os fios ficaram mais grossos, potencializando seu poder. Fazendo-o ver que se algum dia fosse lutar contra Saphira, que a luta seria mortal. Ao entrar nesta possivel conclusão, sentiu o medo que a criatura estava sentindo, afinal ela era a inimiga de sua companheira.

A criatura era escorregadia e mole, foi difícil chegar até sua cabeça, ainda mais com ela se debatendo. Saphira não tinha prendido a cabeça, só do pescoço para baixo, e isso dificultava as coisas. Mesmo assim, Kazama conseguiu subir e fincar a faca no centro da cabeça da critura. Neste instante, um jato de sangue jorra para cima como se fosse água saindo de uma baleia, e a centopéia começa a ter espasmos. Fincando cada vez mais e mais fundo, deixando-a sem força.

A esta altura a criatura não mais resistia, apenas esperava seu destino, e quando Saphira viu que seria necessário apenas mas um golpe liquidá-la, gritou novamente e puxou seus braços com tudo para trás, firmando os pés no chão, num puxão brutal e forte. Assim que este movimento é feito, os fios apertando a criatura e se juntam, cortando enfim a centopéia em inúmeros pedaços.

Saphira foi pra trás e bateu as costas na parede com força, o rosto pingando em suor e palidez. Arquejou muito tentando recuperar o fôlego enquanto olhava seus fios voltarem para seu corpo. Os fios raspavam nas palmas das mãos da mulher mas pareciam seda, reconhecendo a mão que passavam sem machucá-la, como se a acariciasse. Quando o último pedaço de fio entrou em seu corpo os olhos da mulher se arregalaram e ela respirou profundamente, passando a mão no rosto.

Olhou para o lugar que estava prestes à ruir e procurou Kazama nos destroços, e assim que o achou, apontou para a saída onde a criatura tinha vindo e começou a andar até lá devagar apoiando-se na parede.

por Kazama Ter 22 Fev 2011, 10:34 pm

Apesar de tudo, o encontro com a centopéia durou menos do que a sua batalha contra os Anubis. É claro, Kazama tinha que reconhecer que isto só fora possível graças a uma pessoa: Saphira. Por um momento, até o próprio Hanyou se surpreendeu com a extrema força e poder que aquela mulher possuía, algo acima de suas expectativas. Ali ficou óbvio que se um dia fosse enfrentá-la, era melhor estar bem preparado e muito mais forte, porque os misteriosos fios que saiam de seu corpo mostraram ser uma arma praticamente mortal somado a força e maestria da mulher. Sua roupa estava suja de ainda mais poeira e quase que completamente manchada pelo sangue daquela criatura, o que fazia Kazama suspirar irritado. Odiava ver as roupas das quais se orgulhava, que demonstravam a sua elegância e poder sujas como um mendigo. No entanto, era um preço justo a se pagar para sair de uma batalha daquelas sem qualquer arranhão, no máximo uma leve fadiga. Enquanto caminhava para a saída daquele templo, notou o estado de Saphira. Ela poderia ser forte, mas não tanto a ponto de estar bem após segurar sozinha um monstro daqueles. Durante o caminho até a saída, nada falou pois aquele lugar parecia estar pronto para desabar a qualquer segundo, porém assim que chegassem ao buraco de onde a Centopéia saiu, Kazama parou e de relance, olhou para a Hanyou.

— Fique aqui e descanse, Saphira. Se você me seguir neste estado, será apenas um estorvo caso haja mais "obstáculos" a frente. Não se preocupe, o nosso acordo sobre os tesouros ainda está de pé. — Apesar de ser verdade e até um pouco grosseiro com a pessoa que mais o ajudou, era possível notar um pouco de preocupação na voz de Kazama, algo raro. Também, após ver uma demonstração magnífica como aquela, a última coisa que ele queria era perder um aliado tão poderoso como Saphira. Sem olhar para trás, continuou a andar rapidamente rumo a escuridão daquele túnel. Ele esperava que a mulher entendesse seu recado e aceitasse descansar até recuperar a força perdida na batalha. A ansiedade em terminar aquela "caça ao tesouro" era grande em Kazama, e ele esperava finalmente estar a poucos passos de sua tão amada e aguardada espada.

por **Shaorin** Seg 28 Fev 2011, 10:57 am

Saphira nada disse, apenas aquiesceu num movimento leve de cabeça e ficou sentada no túnel, um pouco afastada dos destroços. Viu Kazama se distanciar um pouco relutante, queria ir com ele para terminar tudo, mas tinha usado quase todas as suas forças e teria de esperar algum tempo para recobrá-las e ajudá-lo. Esperava que seu sangue Youkai a ajudasse nisso.

Kazama seguiu. O túnel era reto e tinha uma curva para a direita no final, metros depois. Podia ainda sentir os olhos de Saphira em suas costas antes de virar, e se olhasse para ela, veria que ela o fitava fixamente.

Assim que virou, conseguiu ver algo brilhante no final à medida que a luz de sua tocha iluminava o caminho. Podia sentir o cheiro de coisa velha e mofo. Mas uma coisa o Hanyou já podia saber, e até sorrir por isso: era ali que estava seu tesouro. A recompensa por tudo que passou e pelo estado em que se encontra. Sentia-se cansado, mais cansado do que já ficava em todos estes anos; sua roupa estava suja e seu rosto, todo cheio de poeira.

Então cruzou a entrada do templo final. Nas duas paredes ao seu lado que faziam a porta tinha dois fios de cipó cobertos por pólvora. Não precisou Kazama aproximar muito a tocha dos dois pontos para que eles pegassem fogo e uma corrente em chamas ir ao encontro de outras milhares de tochas, iluminando completamente o ambiente.

Era um templo muito maior do que os outros. Kazama contemplou o lugar mais lindo de todos ali dentro. Pratos de ouro grudado nas paredes suportavam as tochas, e abaixo deles haviam inscrições antigas e hieróglifos diversos.

Mas o mais importante não estava nas paredes, nem mesmo no teto alto e chão de areia, mas sim, no centro do templo: O ouro. Muito, mas muito ouro. Uma quantia inimaginável em L$ estava ali diante dos olhos de Kazama, e ainda mais importante, segurada por um cavaleiro em armadura, estava a espada tão desejada do Hanyou.

O cavaleiro estava em cima do ouro segurando a espada virada para baixo. Ela reluzia ainda, assim como todo o ouro junto com o corpo inerte e sem vida do cavaleiro. Seu rosto era oculto. Restava apenas Kazama ir até lá, pegar seu premio e sair vitorioso.

Spoiler:

por Kazama Ter 08 Mar 2011, 1:26 pm

Ao chegar em seu tão aguardado destino, os olhos de Kazama brilharam devido a exuberante visão que tivera. Toneladas de ouro a sua frente. Por um curto momento lamentou ter deixado tudo exceto a espada para Saphira, mas logo outra coisa chamou a sua atenção: O item no qual mais desejara em tudo ali, a sua arma. Caso aquela mulher conseguisse retirar todo aquele ouro dali, talvez ele pudesse tentar persuadi-la a gastá-lo em coisas mais úteis para seus objetivos, mas isso ele deixaria para outra hora. Seus passos eram lentos porém transbordavam de ansiedade. O Hanyou levou poucos minutos para atravessar todo aquele templo e enfim chegar ao seu destino, frente a estátua que segurava a sua espada. Kazama estava a apenas alguns metros dela e finalmente alcançaria seu objetivo após enfrentar tantos problemas. Respirou fundo. Apesar de ser improvável que isto aconteça, ele torcia para que ao pegar aquela espada novas armadilhas ou criaturas não aparecessem como das outras vezes. Ele estava exausto de ficar enfrentando lixos que só serviam para cansá-lo, não servindo para nada em seus planos. Então, esticou a sua mão pronto para pegar a sua Katana e enfim ir embora daquele lugar antes que mais problemas aparecessem.

Spoiler:

por **Shaorin** Ter 15 Mar 2011, 9:06 am

[Off: Desculpe minha demora, esqueci de postar aqui >< ]

Kazama enfim estava no lugar certo. Desde que entrara por aquela cabana em ruínas havia traçado seu destino e por mais que fosse ruim e inesperado, ele conseguira obter a jóia que tanto almejou. Ela estava lá, diante de seus olhos, em pé segura pelas mãos de uma estátua de um soldado forte. A única coisa que o Hanyou podia fazer - e devia - era pegar a arma e sair o mais rápido dali, deixando o restante do ouro para sua parceira.

Porém não foi o que aconteceu.

Quando Kazama aproximou a mão para tocar a arma, o soldado ganhou vida. E esta, foi a ruína do Hanyou. Em um movimento ágil, o guerreiro firmou o pé esquerdo no chão e girou a espada esquivando-a das mãos de seu pegador. O único espaço que tinha no elmo do guerreiro para que ele pudesse enxergar seu caminho estava avermelhado, pulsando como sangue. Ele se mantém firme no lugar e sua cabeça inclina para frente, encarando Kazama, e este podia sentir seu poder colossal tomar o lugar.

— O que fazes aqui em meu santuário, mestiço? — Falou o guerreiro, sua voz branda e forte ricocheteando pelas paredes. Era claro que não estava ali para brincadeira, esperava uma resposta rápida e sincera do Hanyou, antes de acabar com sua vida.

por Kazama Ter 15 Mar 2011, 2:43 pm

OFF: De boa. o/

Ótimo, novamente a história clichê que tanto estava acostumado voltou a acontecer. Durante suas viagens rumo à Takaras, por pura falta do que fazer o Hanyou leu alguns livros que tratavam de diversos enredos. Alguns deles, principalmente de aventuras e terror, sempre retratavam a mesma coisa: Faltando um único e maldito passo para chegar ao seu objetivo, algo acontecia para atrapalhar ainda mais a vida do protagonista. Cerrou os dentes. Estava com raiva por algo daquele tipo acontecer com ele, estava com raiva de todo o trabalho que estava tendo para pôr suas mãos em uma única arma e, principalmente, com raiva daquele guardião. Não somente porque ele entrou em seu caminho, mas sim por chamá-lo de mestiço. Kazama sentia ódio de sua parte humana, a parte que considerava ser a única coisa que o enfraquecia. Até aquele dia não houve uma única pessoa, criatura ou seja lá o que fosse que sobreviveu após tê-lo chamado de mestiço, e aquele guardião não seria excessão. No entanto, cerrou os punhos para tentar controlar a sua raiva, pois ele sabia que aquele ser a sua frente era mais forte do que qualquer outro obstáculo que já havia enfrentado desde sua entrada na tumba do Mago. Um movimento mal calculado poderia resultar em um grave resultado, talvez tão grave quanto a própria morte. — Ora, não é muita prepotência de uma estátua condenada a proteger um buraco deste por toda a eternidade chamar alguém de mestiço? — Disse, rindo levemente de sua provocação. Aquilo havia ajudado bastante a diminuir a raiva que sentia, permitindo que Kazama pudesse se concentrar mais em seu objetivo e não somente na destruição daquele ser. — Acho que já sabes o porque de minha presença aqui, guardião. — Disse em um tom calmo e vago, com seus olhos já atentos para se esquivar de qualquer ataque daquele ser, ou quem sabe procurar uma abertura para pegar a espada. — Vim levar esta espada que proteges. Acredito ser um desperdício algo tão poderoso quanto ela ficar neste lugar, acumulando poeira e teias de aranha, enquanto pode ser usada para propósitos que valem o seu nome e criação. —

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