Re: [Extensão] Floresta Endless

por Neil Blaze Sex 10 Ago 2012, 9:15 pm

Os momentos que se seguiram foram de certa forma, o cúmulo para Neil. Não aguentava mais ficar naquele grupo, provavelmente, ele nascera para andar sozinho e simplesmente isso. Aceitar a solidão não seria problema, uma vez que sentia ela desde o seu nascimento. Era algum comum; algo de sua própria escolha. Antes de qualquer coisa, levantou-se e gritou à Aldarion. Procurou não se mover para que o ferimento em sua perna não voltasse a abrir e causar maiores problemas.

- Chega! Pensa que somos o que? Seus criados? Aprenda a pedir e não ordenar. Você não é dono deste grupo... Você não é MEU dono! Nada te dá o direito de racionar a nossa comida. Você faz tudo? Oras, porque quer! Aprende a pedir ajuda, PORQUE NENHUM SER HUMANO NASCEU PRA VIVER SÓ!

Bufava. Estava visivelmente irritado com aquelas circunstâncias. Apesar de aceitar a solidão, sabia que esta nunca seria algo para se vangloriar. Humanos foram criados para continuarem a sua geração. E aqueles que tentaram subir ao poder de forma brusca e violenta com ideais imbecis, caíram. Todos caíram. Mais cedo ou mais tarde, essa é a regra. Neil não era nenhum altruísta para falar do assunto, mas tinha conhecimento da história, afinal, vir de uma família nobre tinha suas vantagens. Andou e do bolso tirou suas coisas, duas adagas. Jogou as mesmas no chão, devolvendo-as e disse ainda mais.

- E em outra coisa você está enganado. Fraco é aquele que confia em suas próprias forças e não na força de uma nação. Cicatrizes? Eu também tenho! MUITAS! Cicatrizes não provam nada e sim seu valor como homem. O seu problema... É que você nunca caiu de fato. Mas um dia... Vão te ensinar o que é a verdadeira derrota.

Deu uma breve pausa e encarou todos os que estavam ali.

- Se vocês querem ficar e terem privada a liberdade de vocês... Fiquem. Ninguém vai colocar uma coleira em mim e me dizer o que fazer.

E começou a andar. Andava para sair da floresta e adquirir sua liberdade de volta. Não ficaria mais nenhum segundo ali. Que se dane! Estava de saco cheio daquela merda. Seus passos eram lentos porque mancava, mas sua determinação era insubstituível. Quando passou ao lado de Paracelsus, disse-lhe em bom tom:

- Seu maior erro, vai ser entrar nessa porra.

Dito isso, entrou na escuridão e não mais voltou.

Post de despedida, como eu havia mencionado.

por Paracelsus Simon Sáb 11 Ago 2012, 12:52 am

A pálida garota ria das palavras de Paracelsus, denunciando que estava mais enganado do que esperava. Aquilo não era um grupo real e sim um bando de aventureiros caminhando em uma jornada pela floresta. Ficou um pouco sem jeito pela risada da garota, deixando que o cabelo cobrisse um pouco seu rosto enquanto fazia uma linha dura com sua boca, sinal de desgosto em se sentir um pouco humilhado por seus próprios pensamentos. Chegava a ser estranho ela ser chamada de "princesa sem coroa" e ser chamada, assim, com tanta sinceridade de falta de utilidade. Não se fala assim com uma nobre, ou na maioria dos casos, com qualquer pessoa, mas especialmente com uma princesa. Estaria julgando a elfa de uma forma errada? Levando-a como uma aprendiz de rainha enquanto a mesma nada mais era do que uma delinquente? Olhou para ela com certa surpresa, não sabendo esconder realmente esse sentimento que o preencheu e deslocou-se um passo de distância.

Estava começando a se sentir mais acoado por ali, pensando se não adentrou em uma armadilha, cada um atuando a boa donzelo e o guerreiro protetor que deveriam ser. Talvez fossem um grupo de assassinos profissionais que usavam suas devidas máscaras. Sua comida poderia ser bem escassa e fora um golpe de sorte do destino aparecer um viajante perturbado pelos terrores da noite e com isso, poderia aumentar seus devidos lucros, assim como teriam um pouco mais de carne e bebida, isso, claro, se não tivessem problemas em beber o sangue alheio em tempos de dificuldades. Começava a suar frio enquanto observava o rosto de cada um deles, mas o que mais o amedrontou, de longe, fora os caninos do lobo, que baixava sua guarda, deitando-se. Seria aquilo uma afronta? demonstrando que o homunculus nada mais era do que um inseto em sua visão? Um perigo tão mínimo que mesmo deitado e com uma guarda tão cheia de furos seria mais que o suficiente para fazer com que o suposto inimigo não mais tivesse como recorrer à violência.

Sua paranoia fora cortada pela voz de Michelle, propriamente apresentada agora. Ela fazia uma mesura, que desconfiou se era ou não verdadeira, de qualquer forma, puxou com uma mão seu manto para o lado e abaixou a cabeça, curvando sua coluna e apresentando-se também formalmente para com ela, afinal, apesar de não ser mais uma duquesa, possivelmente corria sangue nobre em suas veias e pelo seu estilo, certamente recomendava a ela um pouco de Sol, pois ter a pele tão branca não era um sinal de saude.

A princesa agora anunciava uma alegria por vê-lo. Um filete de sorriso bobo formulou-se em seu rosto, mas logo colocou o capuz de volta e abaixou a cabeça por vergonha. Era um ato infantil esconder-se diante de momentos como esse, mas seria melhor que atuar um falso sentimento de disposição, pois afinal, não sabia nem como tratar uma jovem princesa, independente dela ser ou não, fora assim como fora apresentada. Seu jeito gentil de pronunciar que Paracelsus era mais merecedor que ela, deixava entendido que ela de fato era uma boa soberana, colocando o povo em primeiro lugar às famílias nobres, mesmo que fosse somente um mendigo viajante e com certeza, um forasteiro que nada tinha a ver com seu reino ou compatriotas. Abriu a boca e olhou para ela, que com o capuz, deixava somente um par de círculos dourados sendo notados pela grossura do tecido e os cabelos negros que davam a impressão de que ali embaixo era mais escuro do que deveria. Fechando então, sem encontrar palavras, fizera a mesma apresentação para com ela, sem saber se seria desrespeitoso ou não, colocar uma duquesa no mesmo nível que uma filha de rei, mas tinha um pouco de certeza que, pela personalidade que aparentava ter, não importar-se-ia com isso.

Entenda por minha posição que é difícil aceitar que encontrei uma princesa e de minha criação, nunca me foi dito como tratar alguém de sua posição, da mesma forma que nunca esperava encontrar-me com. Sou meramente um viajante em uma busca e farei o possível para não ser um estorvo, não só com você, mas também para seu grupo... Tsukihime - Falava o nome dela de forma relutante, com os olhos fechados, que de dentro do capuz, notava-se uma piscada mais longa, demonstrando que pensava ser restringido por causa de tamanha ousadia. Ela estava falando aquilo por educação e graça ou era realmente uma forma de chamá-la, colocando em equivalentes os pesos que cada um tinha em uma sociedade, apenas conversando como pessoas iguais, vizinhos, conhecidos.

Em súbto, o guerreiro explodiu em raiva. Deu um salto ao ouvir o jeito grosseiro que ele falava e preferiu calar-se no que parecia uma crítica para com todos ali, nada tinha a ver com tudo aquilo. O jeito dele falar era indignado e nada podia retrucar, mesmo quando ele falou de forma completamente desnecessária com a pessoa mais cativante dali. Contava sua história em um extremo resumo e preferiu tirar a parte de cima da armadura para demonstrar que falava sério e suas cicatrizes eram provas do que já tinha passado. Ele parecia ser um homem intolerante e experiente, mas acima de tudo, solitário, que dificilmente conseguiria conviver com opiniões contrárias a dele, sem ser num campo de batalha, claro.

O que achava ser um soldado, também indignado, era possível ver a raiva em seu rosto, sentia-se extremamente irritado com aquilo e logo retrucou com o espadachim. Era, de certa forma, engraçado vê-los brigando, pois enquanto o espadachim era um homem robusto e sobrevivente, o que tinha um olhar esperto parecia mais do tipo que reunia o grupo em bando sobrevivente, mesmo que lhe faltasse experiência. Enquanto um pensava de forma retílinea, não divergendo os poréns, formando soldados rígidos, o outro, mesmo não os conquistando pela amizade, fazia pelas necessidades aparentava não se preocupar com o futuro e sim com o que acontecia no momento. Talvez o espadachim fosse orgulhoso demais do que fazia e o outro, apenas inexperiente, afinal, não pareciam ter passado pelas mesmas dificuldades, o que fazia com que tivessem formas diferentes de fazer a mesma coisa e um se batia com o outro num posto de liderante. Se aquilo era um grupo antigo, eles se aguentaram demais e em algum momento, teriam discutido estratégias lado a lado. Ao que entendeu, o experiente esperava que os inexperientes fizessem algo para ajudá-lo, mas se eles não sabiam, como poderiam se mostrar úteis? Seriam mais problemáticos do que ajudantes, talvez ele esperasse iniciativa, mas claro, cada um tinha suas próprias ambições e como já sabia que ele poderia praticar tudo facilmente, pensaram que não seria necessário incomodá-lo e isso fora um erro. Com pouco tempo era quase fácil vê-los entendê-los.

No momento em que seu curioso olhar fora notado, sentiu uma vontade de replicar, dar seu ponto de vista naquilo, mas as palavras usadas o pegaram completamente desprevenido. O jeito como as pronunciou ou os ideais que protegia, não importava, aquilo era como dizer para Aldarion que ele restringia-os em prol de uma falsa segurança, mas nada podia se meter por diversos motivos. Manteve então um olhar firme para ele.

Ele se levantou e então começara a mancar para longe dali. Passando por Paracelsus, advertiou-o de que entrar naquilo seria um erro. Não recebera a água que esperava, mas assim mesmo se sentia, não só oprimido por ali no que seriam grandes pessoas, mas agora tinha o temor de que poderia ser um completo inútil para com eles. Talvez esperassem por pessoas que se entendiam com a natureza e de fato, o homunculus fazia seu melhor, mas não era exatamente o tipo de pessoa que vive no mato como um bom caçador ou rastreador. Não tinha um real significado para o mundo se não um combatente de mãos desarmadas ou empurrador de cargas, o que era um destino bem desprivilegiado para uma pessoa, mesmo uma artificial.

Ergueu-se e olhou para trás, onde fora o guerreiro e então observou os outros. A forma com a qual o espadachim franzia sua testa, o suor de tensão que lhe escorria e os olhos duros, pronto para reagir a qualquer tipo de ameaça ou falatório, talvez não fosse o melhor momento para se argumentar com ele, pois com certeza era uma pessoa "casca-dura" e não queria uma incomodação após o que era uma jornada desesperada por terrenos desconhecidos. Não precisava dar satisfação para com eles, então, meramente olhou para Aldarion de forma arrogante, não que quisesse demonstrar alguma coisa, mas deixava a entender que estava se sentindo mais amedrontado no meio deles do que sozinho na floresta. Enquanto caminhava atrás do guerreiro ferido, falou para que eles pudessem ouvir, sem se virar, apenas deixando que sua voz fosse ouvida para eles, mesmo que o grupo não quisesse ouvir ou o achassem igualmente ridículo, em um lampejo de coragem, teve de colocar seu ponto de exclamação para eles até sumir nas sombras.

Deveriam cuidar da tensão que há em meio de suas tropas antes de citar erros num grupo. Soldados cansados ou desmotivados só levam à derrota... Pensem que fazer um mero mendigo se sentir como um grande terrorista é uma coisa terrível, mesmo que não atinja diretamente vocês. Tenho comigo ainda o que vocês poderiam chamar de orgulho, mas agradeço o pouco que fizeram por mim. Que as estradas sejam boas para vocês.

Se afastando deles em passos largos, mas lentos o suficiente para ouvir uma súplica gritante, andava nos mesmos caminhos que vira o guerreiro mancando. Talvez ouvisse uma resposta ao invés do silêncio pensativo e caso respondessem, sentiria uma agonia irritada em seu peito por terem a presunção de não notar o clima pesado que se formou ou indiferença que era feita com um companheiro que poderia ser dito como "pessoas vêm e vão" da forma mais bruta de seu significado.

Suas ações poderiam ser vistas como impensadas ou dramáticas, pois de nada conhecia o que eles passaram, mas com um pouco de paciência sabia que muita coisa poderia ser resolvida sem um desgarramento, talvez o que faltasse ali fosse uma compreensão, uma intimidade, um conhecimento a mais da perosnalidade, jeito, costumes de cada um. Vê-los era como assistir diferentes raças, opostas em uma guerra civil discutindo quem fazia um nó da forma certa. Era imaturo em andar em grupos, já que todos seus "irmãos" eram basicamente a mesma coisa que Paracelsus, não em aparência, mas sim em forma de pensar, pois tiveram a mesma criação. Seus fundamentos viam mais pelo que tinha visto e ouvido do que passado diretamente na carne, pois afinal, não tinha cicatrizes no corpo e mesmo que tivesse, elas se camuflariam com a cor negra que envolvia os limites de seu corpo quando era sobrecarregado. Talvez justamente por não ter um pai e uma mãe, uma família comum, fosse impossível de entender os humanos que passaram por dificuldades e tinham laços afetivos com pessoas e mesmo que uma vez traídos, tornavam a se tornar mais afastados. Seria sinal de medo? Ou meramente uma defesa natural?

Seus passos eram levemente silenciosos, cuidando para não pisar em galhos ou folhas que estalassem e chamassem atenção de predadores, mas sabia que um alvo ferido era uma alvo fácil para qualquer que fosse a criatura e não deixaria que alguém em tal condição andasse assim por uma floresta sinistra como a que se encontrava. Seguia-o por conceitos morais e não aceitava os perigos com a qual se colocava para mostrar o que pensava. Era um homem corajoso, mas deveria controlar mais suas emoções e planejar mais os momentos mais oportunos.

Caso o visse, apenas o seguiria em silêncio, afinal, não se conheciam e se ele quisesse falar alguma coisa, deixaria-o desabafar e caso seu grupo viesse atrás, saberiam que ele não estaria sozinho, deixado para morrer, mas se por um acaso ninguém viesse, tentaria ser o mais amigável com ele, afinal, fora uma decisão difícil e ele com certeza estava transtornado.

por micdrk Dom 12 Ago 2012, 11:07 pm

O momento se desenrolava tranquilamente o homúnculo fora aceito ao pouco por cada membro desse estranho e diverso grupo, o lupino se permitiu voltar a descansar, a elfa mostrou sua incomum presteza a ajudar qualquer uma independente quem fosse ou que busca-se, Neil acatava as vontade da princesa como um serviçal, Aldarion deixava-se levar, já que o homúnculo não representava nenhum problema, até pelo contrario talvez seria mais um braço a ajudar e a mim desejava como poderia dizer deseja estudar um pouco mais esse espécime incomum.

Dessa maneira esperava que tudo terminarmos por ali e a viagem pudesse continuar assim que o lycan e o Neil pudesse andar, entretanto o Aldarion com uma expressão fria constatava o óbvio sobre a elfa e seu reino, o qual me envergonhava pois a mesma disse que o palácio era regido por um dos meus, um Methuselah, era uma nova mas o tempo foi capaz de mudar uma raça a esse ponto, não podia aceitar isso. Então logo Aldarion para o meio de todos do acampamento e falava em tom agressivo apontando a espada para todos, porem assim que a espada passava pela minha frente segurava a lateral da lamina forçando o movimento parar por um instante, logo meu olhar fulminava o Aldarion e assim soltava o deixando seguir, ouvia todas as reclamações e explicação do mesmo, então sacava e jogar a faca entre as pernas no Aldarion antes do mesmo deitar-se chamando a atenção e aproximando do mesmo.

-Plebeu! Primeiramente abaixe seu tom para falar comigo, não sou nenhuma nas meretrizes as quais você busca calor nas tavernas. Segundo não ouse ergue sua espada para mim ao menos que esteja disposto a colocar sua vida para isso.

Assim que acabava de falar o Neil bufava com ódio jogando farpas e faíscas contra Aldarion retirando as duas adagas que o mesmo havia lhe concedido anteriormente e jogando-as no chão e continuando seu discurso e assim encarando todos e partido para saída da floresta, determinado e vivente apesar de manco, logo sorria um tanto e me virava para o Neil.

-Cuidado, perneta ouvir boatos que tem sugadores de sangue nessa floresta.

Depois que falava pegava as facas no chão e a besta que estava próximo mantendo-as ambas sobre minha pose caminhando para uma arvore onde iria descansar enquanto ficava de vigia, então ouvias as palavras do Simon e logo em seguida via o mesmo começar a se afastando indo de direção do manco, mas que ele se afasta-se muito falava em tom bem audível para mesmo.

-Simon, volte peço que fique como meu convidado por essa noite, sempre a espaço a minha mesa para um braço forte e honrado, por gentileza fique e ceie com nos.

por Tsukihime Tasartir Ter 14 Ago 2012, 11:54 am

Tsukihime sorriu com a forma que o recém chegado lhe dirigiu as palavras, ele era muito curioso. Pensava a princesa que as pessoas daquele Continente eram variadas e bem diferentes, cada um com um jeito peculiar. Agora sua atenção voltou-se para Aldarion, ela não acreditava nas coisas que ele estava dizendo, como ele se atrevia a falar assim do povo de Tsukihime ? Tomada por um raiva visível até em seu jeito de portar o corpo, a princesa o olha com um olhar contrariado.

- Cale-se ! Não ouses blasfemar o meu povo, o meu reino ! Não nos julgue como fracos, não conheceu os bravos guerreiros que honraram e lutaram contra os Orcs, você não sabe nada ! Saibas que a gentileza e a caridade separam os valentes dos ímpios ! - Tsukihime toma um pouco de fôlego antes de continuar. - Já disse que irei te pagar a caridade que fez por mim, e não te preocupas, chegando na cidade não mais lhe causarei transtorno. Nem para você e nem para essa sangue-suga que deveria pensar duas vezes em destratar os outros, como se fosse melhor do que todos nós !

Tsukihime caminha até o lupino e fica ao lado dele, certificando-se de que ele estava realmente bem, agora a princesa ouvia Neil se manifestar insatisfeito e deixar o grupo, sendo seguido por Simon, mas antes que os dois se vão, Tsukihime pega as duas mãos dos rapazes.

- Irei ficar para cuidar do lobisomem, mas espero poder vê-los algum dia novamente...por favor, cuidem-se ! E Neil, por favor seja prudente com essa perna...

Ela por fim abraça os dois e segurava as lágrimas pela despedida. Passado aquela cena toda, Tsukihime caminha para próximo ao lobisomem e o afaga gentilmente.

- Vou cuidar de você, até que te recuperes...

Dizia gentilmente e com um belo sorriso em seu delicado rosto.

por Goldsilver Ironsteel Sex 17 Ago 2012, 3:09 pm

OFF: Desculpem a demora pra postar estou sem internet e tive que logar em uma lan house. Três reais a hora, argh!

Aldarion observava a reação de todos ao seu redor, viu o olhar da vampira contra ele mas mesmo assim não se intimidou, simplesmente devolveu o olhar dela assim como suas palavras com um sorriso. Então ouviu as palavras da princesa, olhou pra ela com indiferença e então apenas disse.

– Oras Tsukihime, não me leve a mal, mas o poder de um povo está na forma como ele é governado. Governantes fortes produzem reinos fortes. Você tem um espírito forte, eu admito isso, mas desculpe a sinceridade, você não está ápta a liderar nada enquanto não amadurecer. – Aldarion deu uma pausa, se sentou, ia continua a falar mas foi interrompido pela explosão de raiva de Neil seguida pela sua partida que fora acompanhada pelo recém chegado.

Aldarion observou aquilo calado, sua expressão permanecia imutável.

– Mas ora essa. – Apenas falou enquanto olhava pro lado e cuspia. – Certo então agora somo só nós quatro, não que aquele tarado e aquele estranho fizessem diferença, mas agora vamos ter que começar a agir como um grupo. – Dito isso tirou do seu cinto um pequeno frasco com um líquido viscoso e vermelho, depois abriu o frasco e o derramou em um pedaço de carne, colocou o pedaço em um prato e o entregou a Hayate..

– Eu não queria gastar isso ainda mas não quero perder mais tempo nesta floresta, coma rápido antes que perca o efeito. É uma poção de cura. – Falou, depois simplesmente ficou ali sentado, calado, de cabeça baixa, a espada apoiada em seu corpo. Aldarion ficou calado por um tempo, depois dividiu rapidamente os turnos de vigia com Michelle e Tsukihime.

Era óbvio que ele estava pensativo, seu rosto se mantinha fechado em uma expressão que deixava claro que ele tinha algo a dizer mas não diria, uma expressão que Michelle já conhecia. A verdade era que Aldarion se preocupava com todos daquele grupo apesar de não parecer, ele estava tentando ajudá-los a ficar mais forte mas a sua maneira, da mesma forma como seu mestre havia feito com ele no passado.

De qualquer forma Aldarion apenas permaneceu calado e no dia seguinte levantou acampamento e seguiu viagem com seu grupo sem falar nada mais que o necessário. Porém não deixou de avisar Tsukihime que agora sua comida não seria mais dividida por 3 pois o grupo havia tido uma diminuição no número de integrantes.

– Vamos, algo me diz que não podemos perder tempo. – Falou apessando o grupo.

por Hayate Ter 28 Ago 2012, 9:16 pm

O lobo desistiu de tentar entender o que estava acontecendo. Parece que a atitude do estranho guerreiro irritou alguns dali, e Hayate apenas não entendeu o porquê. Sua cabeça ainda estava nebulosa e entendia pouco do que era falado, mas notava facilmente as expressões de cada um. Por fim a elfa se aproximou novamente, afagando a cabeça do lobo, este soltando um grunhido baixo e rouco. Ela de fato o acalmava, tanto pelo seu carinho quanto pela voz tranquila. Se perguntava o que ela pensava sobre o lycan: animal ou pessoa? Descobriria mais tarde.

Logo o guerreiro despejou um líquido viscoso num pedaço de carne, a qual o lobo cheirou antes. Era uma poção de cura como ele dizia. Além das ervas usadas, havia um toque de magia para reparar ferimentos. Era o que precisava, mas suspeitou que deveria usar aquilo para uma emergência. Mas sentia seus ossos e músculos rangendo de dor a cada movimento, e certamente a poção aliviaria a dor. Engoliu a carne em uma dentada, e preferiu ficar deitado. Pela manhã estaria bem melhor. Já sentia aos poucos a energia voltando aos seus membros. Não demorou muito para adormecer.

----------------

Acordou mais cedo do que pretendia, mas sentia-se melhor do que esperava. Ainda faltava uma hora ou duas para o nascer do sol e a floresta já preparava-se para mais uma alvorada. Hayate sentou-se, coçando a cabeça demoradamente enquanto bocejava. Olhou para suas mãos. Estava em sua forma humana de novo. Levantou-se, e o movimento precisou de um esforço extra, era como se suas juntas fossem novas outra vez e precisasse de alguma prática.

Era um rapaz meio alto, corpo formado pela árdua sobrevivência em território hostil. Seu cabelo era de uma cor vinho quase negro e comprido, amarrados em um rabo-de-cavalo desajeitado. Os olhos cor-de-âmbar agora analisavam seu próprio corpo: braços, barriga, pernas. Não estava nu, já que sua forma lupina fazia com que as roupas fossem consumidas pelo corpo, mas o tecido havia se queimado nas mesmas áreas em que foi ferido. Sua túnica estava arruinada e terminou de rasgá-la. Seu peito ainda tinha marcas levas das queimaduras, mas com o tempo sumiriam. Nem queria saber o estado de suas costas. Por sorte as calças não haviam se queimado muito, mas Hayate preferiu rasgá-las do joelho para baixo. Precisava de roupas novas urgente.

Estava muito melhor do que a noite anterior, mas ainda precisava dar uma corrida para esticar os músculos atordoados. Olhou em volta, todos dormiam, exceto o guerreiro que naquele momento fazia a ronda. Hayate o fitou e assentiu com a cabeça. Não seria necessário conversarem agora, e temia acordar as duas mulheres. Ao invés disso correu em direção à floresta, tão silencioso quanto uma leve brisa, transformando-se em lobo e desaparecendo na escuridão. Voltaria quando o sol nascesse.

-------------

Assim que amanheceu Hayate já estava de volta. Novamente em sua forma humana, trouxe sobre o ombro um jovem cervo abatido. O rapaz ajoelhou-se em frente à Aldarion, deixando a presa aos pés do guerreiro.

— Agradeço por ter salvo minha vida. Não fosse por vocês eu estaria servindo de comida aos vermes. Esta caça é para vocês. Sempre aprendi que a melhor refeição do dia deve ser a primeira, então comam bem. E aliás, me chamo Hayate.

Ergueu-se, estendendo a mão para o guerreiro. Entre as pessoas da cidade sabia que o gesto de dois homens apertarem as mãos era um cumprimento e ao mesmo tempo selava um acordo. Apertou firme a mão de Aldarion, e logo sentou-se em um tronco caído próximo.

— Não são todos que ajudam um estranho, ainda mais um lobisomem. Agradeço isso. Se deixarem, eu queria seguir viagem com vocês. Não me importa para onde, apenas quero retribuir por me salvarem. Tenho uma enorme dívida com o grupo.

por Goldsilver Ironsteel Ter 28 Ago 2012, 10:30 pm

Aldarion fazia sua ronda matinal, o Sol ainda não havia nascido quando viu uma coisa interessante acontecer, o lobisomem que estava deitado ao chão ia diminuindo de tamanho e perdendo massa muscular na mesma medida em que os pelos do seu corpo também desapareciam. Ele havia finalmente assumido sua forma humana.

Aldarion o observou curioso por um tempo até que o viu acordar e se levantar. O rapaz apenas olhou o guerreiro que o observava com uma expressão vazia e então assentiu com a cabeça, Aldarion respondeu em igual. Então o rapaz simplesmente sumiu da vista do guerreiro entrando na mata ao mesmo tempo em que retornava para sua forma feral.

Confuso, o espadachim deu de ombros, pensou que o rapaz havia partido, não se importou. Pela manhã ao nascer do Sol o lobo retornou em sua forma humana e com uma presa abatida. Aldarion que naquele momento treinava duro como de costume, aproximou-se do jovem interrompendo seus exercícios para avaliar a comida que este trazia. Quando o guerreiro se abaixou para ver a caça o rapaz llevantou-se e lhe falou.

— Agradeço por ter salvo minha vida. Não fosse por vocês eu estaria servindo de comida aos vermes. Esta caça é para vocês. Sempre aprendi que a melhor refeição do dia deve ser a primeira, então comam bem. E aliás, me chamo Hayate.

O espadachim levantou-se, colocou a espada apoiada sobre o ombro direito e o comprimentou com a mão correta.

— Saudações, me chamo Aldarion Ironshield. E não me agradeça por nada do que eu fiz, se quer agradecer alguém você deve agradecer a ela. — Respondeu o espadachim apertando com igual firmeza a mão de seu novo companheiro de equipe enquanto usava o olhar para indicar Tsukihime.

— Sinceramente? Se fosse por mim eu teria te largado ai. Nada pessoal, é que da onde eu venho, lobisomens comem pessoas. — Completou agora indo em direção as duas garotas.

— Meninas, por gentileza, poderiam ter a bondade de preparar o café da manhã e ao mesmo tempo estocar um pouco de carne? Eu tenho um pouco de sal que podemos usar para conservar o alimento por pelo menos 3 dias. — Falou ao mesmo tempo em que retirava de seus pertences um pequeno saquinho de sal grosso.

— Bom pessoal vamos viajar um pouco por esta floresta depois de comer. Acho que Perseu não quer nos encontrar por enquanto, aquele mago misterioso é cheio de motivações que fogem do meu entendimento. — Comentou enquanto voltava aos seus exercícios. — E a propósito Hayate, é bom você não ter pulgas. Hahahahaha. — Falou sorrindo.

por micdrk Seg 03 Set 2012, 3:26 pm

[Off: DESCULPA A DEMORA PESSOAL EU TIVE UM PROBLEMA GRAVE TIVE QUE ME AUSENTAR POR UM BOM TEMPO, MAS AGORA TA RESOLVIDO DESCULPA MESMO A DEMORA, TENTAREI FAZER QUE NÃO SE REPITA MAIS]

Depois da pequena desavença do grupo o dia discorria em um pleno silencio ninguém se manifestava para falar nada a ninguém, de certa forma preferia esse silencio do que agitação demais já que sabia que esse grupo não foi formado com todos em comum acordo, muito menos com o mesmo objetivo.

Logo que Aldarion oferecia ao lycan com o liquido o qual dizia que era uma poção de cura , sem pensar muito o lupino abocanhava e engolia a mesma rapidamente, em pouco tempo o lycan começou voltar a sua forma humana, logo após de ter adormecido.Dessa maneira com tudo calmo já e meu turno de vigia já havia passado, dessa maneira poderia sair para caçar precisava de alimentar, assim saia e voltava ainda noite a caça havia sido fraca, nesse próximos dias não poderia me estender muito o peso de andar à luz do sol começava a cobrar seu preço estava beirando a exaustão e logo que voltava para o acampamento adormecia.

Nem sabia quanto tempo quando eu fiquei dormindo, apenas sentir o Aldarion me acordando pedindo para fazer o café da manha, mas ele podia perceber que estava com profundas orelhas no meu olhar que rasgava-o com ódio por dispersar-me do seu sono, mas me erguia não permitiria que qualquer um ali tivesse meias palavras para me criticar . Logo via o cervo morto no chão sacava uma das facas que estava em minha posse e abria o ventre do animal morto, então começava a tira as viceras do mesmo reservando apenas o coração, fígado e parte do intestino, em seguida começava a descarnar o cervo e tirava o couro do mesmo também poderia ser de bom uso alguma hora uma vez com as carne nobre retiradas, recolhia os femus.

Uma vez com todas as parte que julgava necessária do cervo, reserva as carne e descia para o rio próximo para lavar a parte do intestino que havia separado, uma vez lavado voltava para o acampamento após de colher algumas ervas e raízes que serviria como tempero. De volta para o acampamento picava uma parte da carne tempera com um pouco de sal e das ervas e refogava elas uma pouco, assim enchia unas das panelas de água e colocava sal, as raízes e as carnes para fazer uma grande ensopado, o resto das carnes salgava e enchia o intestino com elas, pois manteria a carne conservada por mais tempo.

- O ensopado ficara pronto em alguns minutos, continue mexendo por mais cinco minutos e estará pronto para servi, vou descansar quando tiver para seguir viagem me acordem.

Assim que fala ia colocava o couro e os femus cervo ao sol para secar e ia dormir já que meu corpo necessitava um pouco mais de descanso.

por Hayate Dom 16 Set 2012, 3:03 pm

<Acho que a Tsukihime está com alguns problemas também, vou pular ela mas deixarei aberto suas ações possíveis>

Não soube bem o que responder para Ironshield, ficou surpreso mas logo se deu conta de que ele tinha razão.

— Verdade, muitos lobisomens apenas querem saber de matar, não posso culpar vocês. Mas mesmo assim obrigado.

Se levantou assim que as duas garotas se aproximaram. Uma delas tinha um cheiro forte de sua raça, e Hayate imediatamente a identificou como vampira. Sabia que estas criaturas em geral não andavam de dia, mas aquela ali parecia tentar ignorar isso. A outra garota ele não conseguiu definir sua raça, mas decididamente não era humana. Seus traços eram mais acentuados e suas orelhas mais pontudas, sem contar o olhar profundo e corpo modelado. O lycan engoliu em seco, ela era bela, e se tocou que a voz que o acalmara antes veio dela.

— Ham, me chamo Hayate, prazer. — apresentou-se às duas, mas logo se dirigindo à elfa — Obrigado por me salvar, devo muito por isso. Não se preocupem com comida, caçar é o que faço melhor. Posso vigiar durante a noite sem problemas.

Ficou sem graça em encarar por muito tempo a elfa, por isso se propôs a ajudar a vampira em sua tarefa. Como o lycan não cresceu seguindo dogmas ou qualquer conhecimento "global", não se importava com Michelle ser uma vampira. O cheiro incomodava um pouco, mas não o bastante. Não tinha motivos para odiar alguém que não conhecia. A ajudou com a carne, tirando o couro do animal e separando os ossos da carne. Os cascos jogou na fogueira ainda em brasa. Em condições normais, utilizaria tudo que o animal tinha a oferecer, afinal ele deu sua vida para que o grupo se alimentasse. Para que os órgãos não fossem simplesmente descartados, os comeria mais tarde. Se prontificou a cortar a carne que não comeriam agora em tiras, colocou-as sobre uma pedra larga e usou uma menor para bater na carne e afiná-las. Isso facilitaria sua secagem e faria com que durassem muito mais tempo. Assim que terminou, pegou o estômago já seco do animal, o preencheu com algumas folhas verdes e em seguida colocou os cascos em brasa ali dentro, fechando num aperto.

— Isca de fogo. Vai continuar queimando por dias, então se precisarem fazer outra fogueira basta jogar um destes. — Entregou o pacote a Ironshield, visto que ele parecia ser o líder. — Se vamos andar nesta floresta, prefiro ir na frente. Acho que conheço aqui melhor do que vocês, e meu faro pode entregar um inimigo ao longe.

por Goldsilver Ironsteel Ter 18 Set 2012, 1:09 pm

Pela primeira vez todos ali paireciam agir como um grupo dando o que tinham de melhor para o funcionamento da equipe. Aldarion no entanto não pode deixar de notar o esforço que Michelle estava fazendo para acompanhá-los e por isso resolveu ajudá-la. Depois que todos haviam tido suas refeições e estavam prontos para partir, Aldarion aproximou-se de Michelle e falou.

— Você pode até tentar esconder, mas eu percebo seu esforço e seu sofrimento. Infelizmente não podemos viajar durante a noite, portanto se você quiser eu posso carregá-la em minhas costas. — Depois de falar isso, Aldarion tirou sua mochila, sua espada e uma de suas ombreiras com espinhos.

— Hayate por favor carregue minha espada e minha mochila. — Falou entregando a mochila, porém antes de entregar-lhe a espada o guerreiro aproximou sua boca próximo da lâmina e sussurrou.

— Permina que ele lhe carregue. — Depois entregou a arma para Hayate com um sorriso. — Esta espada é inteligente, ela tem um espírito e me escolheu como seu dono. Não se afaste muito de mim ou ela se tornará extremamente pesada.

Depois disso se posicionou de cócoras permitindo a Michelle subir em suas costas assumindo uma posição que a vampira ficaria deitada com a cabeça no ombro sem espinhos do guerreiro enquanto este a carregava passando as mãos pelos joelhos da mulher.

Se Michelle recusasse o convite ele simplesmente continuaria seguindo viagem sem apresentar protestos em relação ao fato de Hayate desejar seguir na frente.

por micdrk Seg 24 Set 2012, 5:45 pm

Após adormecer novamente perdia a noção do tempo que havia dormido até o Lupino me acordar quando todos estavam prontos para seguir viagem, dessa maneira levantava-me cama improvisada , estava com tanto amarrotada , os cabelos desarrumadas e a capa caindo pela lateral do ombro esquerdo deixando parte do meu colo a mostra, assim me espreguiçava um pouco ajeitava a capa a arrumando melhor e passava as mãos nos cabelos arrumando ele um tanto melhor, mas não me agradava um tanto e assim fazia um trança.
Enquanto fazia a trança em meu cabelo o Aldarion dizia que havia percebido minha exaustão, porem dizia que não poderiam viajar a noite e se oferecia para carregar-me e logo retirava parte dos seus pertences e pedia para o lupino carrega-los e assim se acocorava em minha frente para que subisse. Mesmo com esse descanso extra enquanto os outros se preparavam para sair meu corpo estava exausto, já tava mais ou menos a uma semana que meu sono estava curto e ainda forçava meu corpo andar durante o dia, o qual causava um estresse maior para todo meu corpo. Ponderava por um tempo, mas sempre terminaria atrasando o grupo, pois não conseguiria manter um ritmo de caminhada adequada por mais de 6 horas, dessa maneira aceitava ser carregada pelo humano, ajeitava melhor a minha capa,logo abraçava o pescoço do mesmo e assim subia nas costas do mesmo apoiando o rosto no ombro o qual o mesmo havia tirado a ombreiras, ao contrario do que o humano esperava o meu corpo não era completamente gélido, possuía um tanto de calor, aparentando uma pessoa em hipotermia e daquela distancia da jugular do Aldarion conseguia sentir o pulsar do sangue e até mesmo sentir cheiro , isso incitava meus instintos, abria a boca inconscientemente passava o dente pelo pescoço do mesmo, mas parava e virava o rosto para o outro lado e assim sussurrava

-Isso é um tanto tentador , mas seria um tanto problemático agora, mas não tira seu sangue ainda do meu prato , ainda mais sabendo que você possui o tipo de sangue que adoro.

por Hayate Qua 03 Out 2012, 9:28 pm

Enfim seguiriam viagem, por mais que o grupo não soubesse exatamente para onde. Na verdade, pelo que Aldarion havia dito, procuravam por uma pessoa que morava na orla da floresta. Porém sem lugar fixo. Ela apareceria quando precisassem, bastava que continuassem seguindo em frente. O que incomodava Hayate em parte. O vento soprava em direção ao coração da floresta, à direita da direção que seguiam, e levava junto o cheiro do grupo. Por sorte a floresta possuía muitos cheiros, mas qualquer predador bem adaptado poderia captar facilmente o rastro do grupo. Por via das dúvidas, Hayate preferiu seguir em sua forma lupina e ficaria atento ao seu redor. Antes de se transformar, Aldarion lhe entregou sua espada. Encantada, a arma só ficava leve para seu dono, mas o obedecia para deixar que o lycan a carregasse.

— Sim, senhor. — Confirmou, segurando a arma e a mochila. Logo transformou-se no lycan preto, em seguida ajeitou a alça da mochila sobre seu ombro, assim como a espada, que ficou pendurada em suas costas. Deveria andar sobre duas patas, ligeiramente curvado para frente, mas não havia problema. Deveria acompanhar o ritmo do grupo e isso era o ideal.

Seguia bem à frente, farejando atentamente ao redor. Seus olhos possuíam uma visão muito mais afiada na forma lupina, o que permitia que ele visse movimentos normalmente imperceptíveis para humanos. Como tinha a desvantagem de não estarem contra o vento, sua atenção estava redobrada. Sabia que por estar na forma de lobo, dificilmente algum predador seria de ameaça ou seria insano o suficiente para atacá-los. Mesmo assim, também sabia que seria difícil notar um potencial perigo à tempo. Estavam em desvantagem, mas não iria permitir que qualquer perigo ameaçasse o grupo. Haviam salvo sua vida, devia muito a eles.

<Próximo post na Floresta Endless [por ADM Hayate]>

por **ADM Hayate** Qui 08 Nov 2012, 1:16 pm

@Bluesday

<Blue, para uma melhor imersão, ouça a trilha Elwynn Forest da nossa lista>

<Você recebeu 400 pontos de experiência pela luta contra os Worgs. Sendo 200
pela aventura e 200 de bônus de narração>

Horx riu, porém não de deboche. Estava gostando da forma como o elfo havia se surpreendido com tudo aquilo.

— O mundo dos humanos é muito pequeno e delicado. Somos grandes demais para viver entre eles. Alguns de nós se aventuram por aí, mas com uma dificuldade imensa. Em hilydrus nos fazem dormir em estábulos, sabia? Haha! Não os culpo apesar de tudo. Eles têm seu lugar, e temos o nosso.

O elfo indagou, pedindo para conhecer mais do lugar. Horx sorriu, seus dentes eram amarelados, mas pareciam tão fortes que arrancariam facilmente a cabeça de alguém.

— Claro, não recebemos muitas visitas, se é que posso considerar você como uma.

Começou a andar colina abaixo, através de uma trilha já endurecida pelo tempo.

— Quanto à sua outra pergunta: algumas vezes abrigamos criaturas similares à nós. Sabe, vocês nos chamam de centauros achando que só existem os metade cavalo. Não é verdade. Existe um nome antigo que define criaturas como nós: tronco humano unido a um corpo animal. Mas a palavra foi esquecida, levada pelo vento, então não nos importamos com este nome. Mas existem centauros meio-cervos, meio-touros, e até mesmo meio-mamutes! Estes são raros, mas existem perto das Montanhas da Neve Eterna. Temperamentais eu diria, então se eu fosse você não tentaria puxar um papo amigável.

Enquanto andavam, o elfo pôde ver mais de perto os diferentes centauros. Os guerreiros eram realmente imponentes: fortes, braços e pernas espessas, rosto largo. Tenkai poderia jurar que apenas um deles poderia derrubar mais de 20 homens do exército de Hylidrus com facilidade. Por um momento imaginou como seria se eles tivessem um ferreiro e fizessem verdadeiras armaduras de metal para centauros. No mínimo, uma idéia assustadora.

Avistou também algumas crianças. Poderia julgar pela parte humana que eles tinham cerca de 10 anos de idade. A parte cavalo ainda era pequena de pernas finas, mas já corriam e brincavam. Eram 3, correndo por um campo verde e jogando o que parecia ser uma bola do tamanho de um punho. O objetivo, pelo jeito, era não deixar a bola tocar o chão.

— Incrível, não? Nem parece que eles têm apenas 3 dias de vida. — Falou Horx, rindo.

Então dois centauros se aproximavam. Eram jovens, pareciam ter cada um cerca de 18 anos de idade. Claro, julgando mais uma vez pela aparência da parte humana.

— Olha, o elfo sobreviveu! — Falou um deles. Este tinha cabelos longos e dourados, assim como a pelagem de sua parte animal. Apesar disso tinha um rosto robusto. — Não inteiro, mas ao menos está vivo para contar histórias.

— Olha, se eu fosse um pilantra, você taria lascado: me serviria até o fim dos seus dias, já que salvei sua vida! — O segundo tinha cabelos curtos desgrenhados de um castanho forte, barba rala já nascendo no rosto. — Você viu não é, Bolt? Vim correndo como um trovão e arrebentei aqueles worgs!

— Eles fugiram no susto, mas valeu pela valentia. — Riu o centauro dourado. Ambos tinham leves vestimentas de couro, principalmente sobre o dorso, onde carregavam algumas bolsas leves de caça. Em suas costas, arco e flecha preparados.

— Moleques, parem de tagarelar! — Rosnou Horx, mas os dois continuaram sorridentes. Parecia normal o velho curandeiro agir assim. — O nome dele é Tenkai. O tratem com respeito, lembrem-se de como os elfos nos ajudaram na guerra.

— Claro! — Respondeu o de cabelos castanhos rapidamente, logo se dirigindo ao elfo. — Me chamo Rubro. E aí, vai querer uma carona até a cidade? Já fui até Hilydrus, os guardas lá me conhecem!

@Shoout

Sua noite de sono não foi tranqula. Em seus sonhos, via-se em meio à escuridão da floresta. Porém constantemente tinha a sensação de algo o espreitando. E quando olhava, encarava olhos vazios e ao mesmo tempo ameaçadores. Quando isto acontecia, sentia como se seu corpo estivesse caindo, então acordava. Isso aconteceu algumas vezes durante a noite, até que ficou tão exausto que dormiu sem sonhar. Ou talvez, seja lá o que o incomodava, tenha permitido que ele descansasse.

Durante o dia seguinte, conseguiu realizar suas tarefas, apesar da notável dificuldade. Levou mais horas do que deveria, mas no meio da tarde já havia se alimentado. Enfim começou a andar rio abaixo, portando sua lança devidamente afiada. A pedra também poderia lhe ser útil contra algum animal.

O rio, naquela altura, era bastante largo. Deveria ter cerca de 10 metros de uma ponta à outra, e era difícil definir sua profundidade, mesmo a água sendo cristalina. A mente de Zhao se perdeu por um momento enquanto olhava para a água, até que com o canto do olho notou uma forma escura. Rapidamente focalizou o que se tratava, e preferiu não ter feito isso.

Do outro lado do rio havia, parado, um enorme urso de pelagem negra. Mesmo sobre as quatro patas, era maior do que um cavalo adulto. Com o susto, Zhao deu passos para trás, porém o urso não se movia. Apenas o encarava. Os mesmos olhos vazios que via em seus sonhos. O medo o preencheu, mas o rapaz não pôde deixar de notar: o urso era repleto de cicatrizes. Parte de seu rosto era queimado e sem pêlos, assim como boa parte de suas costas. Algumas flechas estavam cravadas em seu dorso. Ele parecia velho mas, ao mesmo tempo, poderoso.

Os dois ficaram se encarando por um longo tempo. Até que o urso virou-se e sumiu por entre as árvores, sem fazer um ruído sequer.

<Zhao, seu corpo ainda está dolorido pela noite mal dormida. Logo você sentirá fome de novo mas talvez, descendo o rio, você encontre algo. Pode tentar caçar outros animais como cervos, e eles costumam se aproximar do rio apenas para beber. Tempo suficiente para caçar ou rastreá-los, já que pela margem ser úmida é fácil ficarem marcas.>

por Bluesday Qui 08 Nov 2012, 2:58 pm

Tenkai caminhava ao lado de Horx enquanto observava tudo que poderia ver e escutava tudo o que o centauro dizia.

— Realmente é um lugar fantástico. Não sabia que existiam criaturas assim, talvez eu vá um dia olhar esses meio mamutes, talvez seja uma boa experiencia.

Mais a frente via pequenos centauros brincando, mas o que impressionou o elfo não foi eles em si, mas sim sua tempo de vida.

— Apenas três dias? Como é possível? Eu nem lembro de um dia ter sido pequeno. Certamente isso é nostálgico.

A verdade era que Tenkai nem sabia qual era sua idade, e s pequeninos deixava sua cabeça um pouco atordoada por não lembra de coisas assim.

Logo em seguida dois rapazes se apresentavam de forma brincalhona. Tenkai permaneceu sério. Mas enquanto os centauros brincavam, Tenkai se sentia na obrigação de agradecer, porém não sabia como, nunca precisou fazer isso, então apenas inclinou um pouco sua cabeça junto de seus ombros.

— Hantalë. Inyë tyë-suilantëa

Tradução

Spoiler:

Em seguida um dos rapazes fez uma pergunta para o elfo, que o deixou um pouco pensativo do que queria fazer agora.

— Ir para Hilyndrus... Não é esse o meu objetivo. Eu seguia para o encontro de um certo ferreiro que ouvi a muito tempo atrás, que ele forjava suas criações com magia mesclada. E eu atualmente necessito de uma armadura com certa magica nela. Diziam que esse ferreiro era como eu e que vivia na Floresta Endless no continente de Lodoss. Vocês sabem algo a respeito desse homem? — Tenkai então olhou para Horx e os demais — Mas antes disso sinto que preciso me fortalezar mais antes de peregrinar novamente. Cada passo que avanço, é mais um passo para algo pior, então não posso me acomodar mais. Agora entendo por que o General do Templo me envio para Lodoss. Ela sabia que no Templo já não existiam mais desafios para mim, mas por outro lado desde que cheguei a essa Terra, o que não falto foram diversidade de perigos que nunca imaginei — Olhava agora com uma expressão seria e de firmeza em seu olhar — Bravos centauros. Poderiam vocês me ajudar a amadurecer mais? Seria uma honra poder receber um treinamento mais adequado por vocês e descobrir os mistérios dessa misteriosa floresta. Eu teria a oportunidade também de aprender mais sobre vocês.

Tenkai estava bem decidido. Sentia que precisava fica mais forte e aprender mais sobre Lodoss. E os centauros pareciam ser valorosos guerreiros e de um grande conhecimento sobre diversas coisas.

por **ADM Hayate** Seg 26 Nov 2012, 2:38 pm

Os três ouviram atentamente o que Tenkai tinha a dizer, apesar de não terem entendido muito bem quando ele falou em élfico. Ou não entenderam nada.

— Ferreiro que forja com magia? Está falando do Gally? — Perguntou Bolt, que parecia pensativo. — Ele é um dos centauros mais velhos daqui, forja armas como ninguém!

— Acredito que seja mesmo ele — completou Horx —. Normalmente ele não forja armas ou armaduras para desconhecidos. Mesmo que você seja um elfo, caro Tenkai, vai precisar ganhar a confiança dele. E também a nossa.

— Com um braço só vai ser meio difícil ele trabalhar com a gente. — Comentou Rubro, o centauro ruivo. — E ele só tem duas pernas também. Tipo assim, ele tem exatamente metade dos nossos membros! Ha ha ha!

— Isso vai depender dele. — Horx tomou a dianteira. — Escute, Tenkai. Não temos magos poderosos para reaver seu braço. O melhor que temos é Gally, mas ele usa suas magias para armas e armaduras. Além disso, ele não é muito sociável. Mas se você nos ajudar e mostrar-se alguém de coração forte, certamente ele lhe dará ouvidos. Vamos considerar que isso também servirá de treinamento para você. Viver aqui transforma os que vêm de fora.

por Bluesday Seg 26 Nov 2012, 5:45 pm

— Então realmente é verdade sobre esse ferreiro fantástico.

Tenkai ficou a escutar o que os centauros tinham a falar sobre Gally, o ferreiro mágico. E o que tudo indicava era que não seria nada fácil conquista essa armadura. Mesmo o elfo tendo uma boa quantia em dinheiro guardado, parecia que o ferreiro não faria vista grossa para alguns trocados.

— Ganhar a confiança dele... — Tenkai ficou pensativo, não fazia a ideia de como faria tal façanha — Não sei como farei isso.

Tenkai pós a mão em seu colar, segurando com força o grande simbolo do concelho, não sabia o que estava sentindo novamente, apenas entendia que teria uma árdua tarefa pela frente. Foi então que os centauros começaram a brincar com o elfo, porém Tenkai não era o tipo de pessoa que entendia brincadeiras, mas sabia que os centauros não estavam falando por mal, era um verdade, embora engraçada.

— Lhes garanto que a falta de um braço não fará diferença para mim. Me viro até mesmo sem o que me resta.

Tenkai falava com convicção, parecia não mentir e de certa forma dava a entender que já tinha feito tais confronto sem os braços, o que era uma verdade, pois no Templo Tenkai viu de tudo e experimento tudo que o General do Templo tinha a ensinar a ele.

— Horx. Certamente não entendo essa confiança da qual vós diz. Não conheço esse mundo como deveria e nem seus ensinamentos. Mas me esforçarei para entender essas coisas da qual não compreendo. Talvez a única coisa parecida que tive, foi quando eu estava nas Ilhas Gêmeas de Ruff, la encontrei guerreiros e pessoas que passei a como é mesmo a palavra... Respeitar, acho que é isso.

Tenkai ficou pensativo agora e lembrou das palavras do sujeito que vivia com os dragões que conheceu quando se dirigia para a floresta e também de seus companheiros.

Agora com uma expressão mais seria do que antes, Tenkai falou olhando nos olhos de Horx.

— Senhor, preciso contar-lhes os últimos acontecimentos na qual estive envolvido. É de extrema importância para você e todos os centauros que aqui vivem.

por Conteúdo patrocinado