Re: [Área] Treinamento para Soldados

por **ADM Hayate** Qui 10 maio 2012, 12:49 am

@Phyress

Silmeria teve que esperar do lado de fora. Claro, seria meio estranho se entrevistassem as duas ao mesmo tempo. Não era exatamente uma oferta de emprego, ali iriam testar as duas para torná-las soldados que lutam pela própria pátria, arriscando sua vida. Algo bastante honrado para muitos.

Enquanto esperava a garota distraiu-se com a luta de espadas. Os dois homens pareciam empatar em habilidade, ambos eram formidáveis, e Silmeria poderia se perguntar se era o treinamento do lugar que os fazia ser assim. Talvez fosse, afinal pelo que é visto ali, os treinamentos de Hilydrus não são moles. A garota só poderia tentar imaginar se aguentaria o tranco.

- Ei, novata. - Um dos rapazes que assistia à luta parou para chamar Silmeria. Ele estava despido da cintura para cima, tinha algumas marcas de barro e arranhões já cicatrizados pelo corpo. Parecia estar descansando do treinamento. - Vi você preenchendo o formulário. A outra mulher tudo bem, mas... não acha que você é meio "quebrável" para estar aqui?

- Haha! Você é um poço de sutileza, Ryan. - Falou um outro rapaz, um pouco mais velho, com a barba por fazer. Porém seu estado era o mesmo do colega. - Desculpe meu amigo, ele apenas quis dizer que você parece delicada e bela demais para querer puxar peso e se enfiar na lama, se é que me entende.

@Luthica

Camille entrou na cabana, deixando o tecido que cobria a entrada cair por trás de si. O lugar não era muito grande, mas o suficiente para ter um ar agradável, nem muito quente e nem muito frio. Havia ali uma mesa de escritório, à esquerda um armário que parecia pesado, e à direita uma cama de peles. Sentado à mesa estava um homem que aparentava entre 25 e 30 anos, cabelos escuros e traje militar característico de Hilydrus.

Ele lia o formulário de Camille com interesse quando ela entrou. A fitou e fez apenas um gesto com a mão.

- Sente-se. - Aguardou que ela obedecesse. Em frente à mesa do homem havia uma cadeira simples. Assim que ela se acomodou, ele ainda ficou um bom tempo lendo o papel em suas mãos. Parecia que tinha esquecido da presença da garota. Mas logo colocou o papel sobre a mesa. - Muito bem, Senhorita Lockwood. Creio que você levou um bom tempo para preencher o formulário, mas não se preocupe, serei breve.

Sem pressa ele pegou uma caneca ali próxima e deu alguns goles no que parecia ser simplesmente água.

- Sabe, fazer algumas marcas num papel pode até falar sobre você, mas não tanto quanto falar cara-a-cara. Não me entenda mal, não quero assustá-la, só quero saber mais sobre alguém que quer fazer parte de nosso exército. Bem, Srta. Lockwood, estou curioso: de onde você veio e o que te faz querer fazer parte do exército de Hilydrus?

por Luthica Qui 10 maio 2012, 2:09 am

Camille não quis parecer rude ao dar os primeiros passos dentro da tenda, mas não pôde deixar de lançar um rápido olhar breve para reconhecer cada canto. Concordou com a cabeça ao ver o gesto e adquiriu um ar mais duro.

Após acomodar-se, em postura ereta, atentou-se praticamente imóvel os movimentos do homem, apenas acompanhando-o com o olhar. Seu coração estava acelerado e achava bom que ele estivesse concentrado no papel. Assim, teria tempo de disfarçar seu nervosismo com uma respiração mais pausada. Procurava sinais de desagrado sobre qualquer item sobre aquela ficha. Mas poderia explicar sobre cada item, com certeza.

- Bem, senhor, meu pai também lutou por nossa pátria e fui instruída a compreender o caminho de um guerreiro e admirar aqueles que dão suas próprias vidas em troca de outras tantas. Eu vim de Hirt, onde aprendi as simplicidades que a paz pode trazer. Porém, meus pais morreram e me deixaram nada mais do que uma espada e ensinamentos os quais pretendo honrar. Eles amavam muito essa terra - terminou, mas não sorriu. Também evitou questionar-se sobre cada frase sua. Tinha acabado de decidir que diria tudo com sinceridade.

por Phyress Qui 10 maio 2012, 8:29 am

Quando o homem lhe dirigiu a palavra, Silmeria imediatamente virou a atenção para o rapaz, Ryan. Vendo que ele estava despido da cintura para cima, a meia-elfa não conseguiu evitar de passar os olhos pelos dois que se aproximaram, de cima a baixo. O olhar, provavelmente, seria mal interpretado, mas ela os pensamentos que ela teve enquanto fez isso foram de como os treinos pareciam duros... Ou eles já teriam participado de alguma batalha?

Instintivamente, ela passou a mão pelo cabelo, certificando-se de que suas orelhas estavam ocultas. Não sabia o que aqueles dois achavam de mestiços.

- Bem, - abriu um sorriso discreto e misterioso – Dizem que as aparências enganam, não é? Eu posso não ter muita força bruta, mas eu posso ser útil de outra forma. – e indicou o arco em suas costas - Vocês já participaram de alguma batalha real? - perguntou.

por **ADM Hayate** Seg 14 maio 2012, 3:51 pm

@Luthica

Por um instante parecia que o general não a tinha ouvido, pois enquanto Camille falava ele ainda olhava para o pedaço de papel em suas mãos. Assim que ela terminou de falar, ele ainda continuou algum tempo em silêncio.

– Vejo que você realmente tem um senso de justiça bem forte, e seus olhos não mentem. Mas me diga, cara Lockwood: O que pretende se alistando no exército? Apenas seguir os passos do seu pai? Acha que você seria um bom soldado e aguentaria o tranco? Deve saber que não é fácil viver para seguir ordens e sempre erguer sua espada em nome de seu rei.

@Phyress

A pergunta de Silmeria foi bem recebida, e os dois rapazes sorriram um tanto sem graça, já que a resposta tinha desbancado eles.

– Bom – Ryan começou a responder – fomos convocados depois da guerra, então não tivemos a chance. Sabe, muita gente morreu e o exército perdeu um grande número de soldados, e meu velho estava entre eles.

– Mas não se engane, senhorita – Falou o outro rapaz –. O reino é justo, e não te obriga a fazer parte do exército. Estamos aqui porque queremos, amamos nosso reino e daríamos nossa vida para protegê-lo. Eu não aguentaria pensar o que aconteceria se Takaras nos dominasse. Eu diria que seria uma era de trevas.

por Luthica Ter 15 maio 2012, 12:21 am

Camille ficou um pouco nervosa enquanto ninguém a respondia. Teria falado alguma bobagem? Mas seus olhos engoliam a insegurança com orgulho. Assim, tendo a oportunidade de falar, iniciou seu discurso de paixão ideológica.

- Não me entenda mal, senhor. O meu pai me treinou e me educou o suficiente para que eu quisesse segui-lo. Mas não é só isso. Meu desejo é trazer a paz! Quero que as crianças possam brincar como se morassem no campo. Nasci em Hirt. Conheci uma bela vida tranquila e espero que todos os nossos possam descansar protegidos, com a certeza de que há alguém lutando por eles. Tanto temor tem o povo de estar desamparado pela família real. Não devem se sentir assim! Eu carrego comigo uma espada poderosa, protegida pelos conhecimentos milenares dos elfos e seria uma afronta se eu não a empunhasse pelo bem-estar comum. Tive a oportunidade de ser treinada e ainda recebi este presente! Se por um momento acabo de me ver sem família, com exceção de minha irmã, percebo que meu futuro pode contribuir para uma geração pacífica. E assim eu quero oferecer a minha espada, a minha força em tudo aquilo que for útil para defender nossa pátria e trazer o conforto aos lares - levou a mão fechada ao peito e fez uma breve mesura. Ergueu o rosto e o observou. Estava mais segura agora. Tinha sido sincera, mesmo que tivesse que carregar peso como viu os homens lá fora fazendo, se fosse essa sua obrigação para ficar mais forte, então ela se esforçaria para cumprir.

por Phyress Ter 15 maio 2012, 8:23 am

Silmeria apenas arregalou um pouco os olhos, surpresa com aquelas palavras. No fundo, achou bom que tivesse ficado surpresa, assim sua expressão enojada por aquelas palavras não apareceria. “Me pergunto se realmente estou no lugar certo...” pensou, mas logo chegou a conclusão de que seria um desafio a enfrentar para subir.

- Eu também perdi alguém na guerra. – comentou – Bem... Takaras é mesmo sombria, não consigo imaginar o que aconteceria se eles nos dominassem. – e abriu um sorriso cordial – Mas a guerra foi vencida, acredito que levará tempo até que outra se iniciem, afinal, exércitos precisam ser treinados. Caso aconteça outra, o ideal é eliminar o inimigo de uma vez por todas... Ou teremos inúmeras guerras através dos anos. Ao menos, é o que eu acho.

por **ADM Hayate** Sáb 19 maio 2012, 2:43 am

@Luthica

Desta vez o general fitou Camille enquanto ela falava, ouvindo com atenção. Ele apoiava os cotovelos em sua mesa e unia suas mãos, portanto o nível de interesse não parecia tão alto, mas seus olhos estavam atentos. Quando ela terminou, ele se encostou novamente em sua cadeira.

– Isso que você diz é o que todo soldado aqui sonha: um mundo sem preocupações, onde possamos viver seguros, livres. Você quer portar uma espada pelo seu reino e fazer o que acha certo, porém o reino não é uma pessoa: mas regido por uma. Reis se erguem e caem com o tempo, podem durar décadas ou apenas alguns meses, e você será obrigada a manter-se leal e firme. Hilydrus tem se mantido firme desde que foi fundada a 1500 anos atrás, tendo a sorte de possuir reis justos e nobres, e por isso somos uma potência e referência no mundo todo.

Ele coçou o queixo por um momento, olhando pro nada, depois voltou a fitar Camille.

– Você irá jurar lealdade ao seu rei assim que fizer parte de seu exército. Poderá virar um cavaleiro de honra e ser nomeado pelo próprio, e fazer parte de sua guarda real, isso dependerá de você. Porém vou te fazer uma última pergunta, e você irá responder com uma simples ação: você irá sair da tenda e esperar lá fora enquanto entrevisto sua irmã. Se você pretende jurar sua lealdade e espada ao seu reino e ao seu rei, independente de suas ações e seguindo suas ordens fielmente, fique. Agora se você tem dúvidas e acha que vai hesitar diante de ordens mais radicais e se não tem certeza de que pretende servir ao seu rei, você deverá partir.

Assim que terminou, apoiou o cotovelo no braço da cadeira e a cabeça em sua mão. Apenas esperava a recruta se retirar.

– Assim que sair, peça para sua irmã entrar.

@Phyress

– Aí que está, eliminar Takaras é como tentar eliminar um câncer: você pode até cortar a carne fora, mas ele volta. – comentou Ryan. – O rei deles, Hellger, sempre parece conseguir um exército. Eu não participei da guerra, mas quando ela terminou fui procurar pelo meu pai. O enorme campo verde de Hirt onde aconteceu a guerra tornou-se um cemitério com milhares de corpos. Eram homens, dragões, grifos, demônios, ghols, minotauros, necromantes e tudo que mais você pode imaginar: todos mortos e apodrecendo ali. Você olhava à sua volta e só via cadáveres e a fumaça da terra queimada pelos dragões.

– Não tive a coragem de ir até lá – o outro rapaz completou –, eu não sei se aguentaria ver isso.

– Eu entrei em choque, acabei não sentindo nada na hora, só depois – explicou. – Sei que o príncipe participou da guerra, e que o dragão dele foi morto em batalha. Dentre tantos corpos eu não consegui encontrá-lo, mas se procurar hoje só deve ter restado os ossos.

– Acho que foi uma burrice. Tá certo que ninguém gosta daquele príncipe bastardo, mas ele sabe governar. Se ele morresse na guerra e o Rei fosse morto agora, quem iria tomar seu lugar? Estaríamos encrencados. Não acha? – Perguntou para Silmeria.

por Luthica Sáb 19 maio 2012, 1:52 pm

Camille ficava satisfeita que seu sonho fosse realmente um ideal do exército, porém, compreendeu que o restante do discurso significava que talvez lhe dessem ordens desagradáveis. Algo que talvez não fizesse sentido no início, mas que teria um propósito maior. Como matar as 5 pessoas para salvar uma.

Ela não sabia exatamente em que estava se metendo ao aceitar servir cegamente uma pessoa do reino. Mas se não fosse isso, a que se dedicaria? Se não fosse capaz de seguir ordens, como chegaria o dia em que seria ela mesma uma comandante?

"Tudo que estiver ao alance do meu conhecimento, tentarei seguir com bondade", jurou para si mesma. E isso incluía recusar-se a seguir ordens de alguém que certamente deveria viver em Takara, mas que por conveniência utilizava uma coroa. Por sorte, confiava nos governantes e acreditava que não seria necessário desobedecer a nada.

Além disso, Camille não tinha ideia, mas ela certamente não seria o tipo de pessoa a conseguir prever uma traição, devido a seu bom coação e por acreditar de verdade nas pessoas. Precisava fortalecer-se, mas apenas o tempo se encarregaria disso.

Como resposta, a loira concordou com a cabeça, fazendo uma nova reverência e recuou até estar perto da porta, quando finalmente virou-se e se retirou da tenda.

- É sua vez, irmã. Boa sorte. - Viu os homens com quem ela conversava e apenas os cumprimentou com a cabeça, aguardando do lado de fora tentando esconder sua ansiedade.

por Phyress Sáb 19 maio 2012, 2:54 pm

- Takaras deve conseguir seu exercito atraves de magia ou algo assim... - comentou, pensativa.

Silmeria nao sabia o que comentar sobre as frases seguintes. Nao chegou a ver os campos de batalhas, mas viu o corpo de sua mae, cheio de ferimentos graves. Nao conseguiu sentir nada alem de desprezo por aquela cena, nao se sentiu, de modo algum, em choque, ate mesmo porque nao houve tempo... Logo depois, sua "familia" de elfos a expulsou e ela foi obrigada ir morar com seu pai.

- Bem... - voltou a fita-los - Teremos que aguentar esse tipo de cena, nao? Afinal, nossos proprios corpos podem apodrecer no campo de batalha. Bem, estariamos encrencados mesmo. Provavelmente possiveis parentes e herdeiros lutariam para ficar com o trono... Isso so traria mais problemas a cidade, entao e melhor que o Rei tenha um herdeiro vivo. Com Takaras sempre tao proxima seria um problema se o Reino ficasse instavel e dividido.

Assim que terminou sua frase, ouviu a voz da irmã atrás de si.

- Ah, é minha vez? Bem, até mais. - acenou para os homens e foi em direção a tenda, entrando para encontrar o comandante - Com licença.

por **ADM Hayate** Ter 22 maio 2012, 11:45 am

@Phyress

Os dois ficaram surpresos pelo que Silmeria falou, ela parecia carregar uma estranha frieza em suas palavras. Porém eles concordavam com ela. Iam continuar a conversa quando a recruta foi chamada para a entrevista.

– Boa sorte – falaram os dois.

Silmeria entrou na tenda do general, e apesar de tudo o lugar não era muito grande, mas o suficiente para ter um ambiente agradável. Havia ali uma mesa de escritório, à esquerda um armário que parecia pesado, e à direita uma cama de peles. Sentado à mesa estava um homem que aparentava entre 25 e 30 anos, cabelos escuros e traje militar característico de Hilydrus.

Ele olha para a meio-elfa e ergue uma sobrancelha.

– Ora ora, entre sem medo! Não gostaria de tomar uma xícara de chá? – Zombou mesmo mantendo sua seriedade, indicando a cadeira em sua frente. Ele deixou o formulário de Silmeria sobre a mesa. – Espero que não se ofenda, estes móveis são de madeira pura das melhores árvores do reino. Não chore por seus ancestrais, ok? Não fica bem em uma recruta.

Ele apoiou o cotovelo em sua mesa, encarando Silméria com um olhar sério.

– A delicadeza frágil de um humano e o amor pela natureza de um elfo. Me diga, meio-elfa, seria seu pai um louco de buscar compreensão em uma humana ou sua mãe que foi extremamente encantadora, o suficiente para atrair um elfo?

@Lutchica

Camille ficou do lado de fora, perdida em pensamentos. Deveria decidir se aceitaria entrar para o exército ou não, e a única forma de responder isso seria simplesmente ficando onde está ou indo embora. Sabia que deveria jurar lealdade ao seu rei, que sua espada pertenceria a ele, não importando seus ideais. Teria de confiar em seu reino, pois dedicar sua vida ao exército é uma escolha arriscada. Não poderia simplesmente se recusar a seguir uma ordem, seria expulsa com desonra e dificilmente encontraria algum trabalho digno em Lodoss.

O campo de treinamento contribuía com a distração de seus pensamentos, pois o barulho de espadas se chocando, homens disciplinados fazendo contagens em seus exercícios e o constante som do grito de seus superiores enchiam o ar do lugar. Era difícil de imaginar o porquê da tenda do General ser tão silenciosa por dentro.

por Phyress Ter 22 maio 2012, 12:43 pm

Silmeria, ao ouvir palavras daquele homem, arregalou os olhos brevemente, surpresa, estreitando-os em seguida com agressividade. Como ele havia notado que ela era meia-elfa? Fez questão de esconder isso para evitar esse tipo de incômodo. Sentiu-se enojada pelas palavras dele, provavelmente mais um que odiava mestiços, como a maior parte da população. Logo voltou a expressão neutra de antes, o olhar tão sério quanto o daquele homem.

Confiante, ela andou até a cadeira e sentou-se ali. Não se sentiria intimidada por aquele homem.

- Meus ancestrais não significam nada para mim. – respondeu, em um tom gélido – E essa pergunta, eu jamais saberia responder. Meu pai era apenas um humano estúpido sem coragem para lutar pelo que queria e minha mãe uma elfa tola por chorar por um humano que a abandonou. Mas nenhum deles está aqui tentando se alistar, não é? Que importância tem a história deles? – e sentiu a liberdade de empurrar o cabelo para trás, revelando suas orelhas pontudas.

por Luthica Qua 23 maio 2012, 12:35 am

Camille sabia que se fosse embora não teria para onde ir. Poderia arranjar um emprego qualquer na cidade e sabia que acabaria morrendo daquele jeito. Sem fazer parte do exército, ela seria no máximo uma aventureira despreparada e inconsequente e aquilo não fazia o estilo dela, combinava mais com Silmeria. Ela entendia que deveria abrir mão de todos os seus ideais e isso a assustava um pouco. Especialmente por não conhecer quem mandaria nela. Mas achava estúpida essa dúvida. Afinal, quem mandava nela era nada mais do que o Estado. A pátria. Nisso ela tinha que acreditar. E se um dia fosse atrevida para desobedecer uma ordem, que fosse morta ou caísse em desgraça. Se tivesse que abandonar sua irmã para seguir aquele caminho, então certamente alguém possuia um plano maior para que isso acontecesse. Se ordenassem que elas travassem uma batalha, então teria que provar algo. Isso não era nem de longe o que ela consideraria ideal, justo ou com sentido, mas se fosse obrigada a responder àquele tipo de teste, sabia que não bastava tentar explicar. Talvez tivesse que tomar decisões difíceis e contra suas vontades. Mas assim foi seu pai, que teve duas mulheres e nem sempre estava em casa.

Respirou fundo e aguardou pacientemente, agora um pouco menos ansiosa. No fundo, esperava que sua irmã desistisse. Não achava que era uma boa ideia estarem na mesma "equipe" pois poderia fraquejar em algum momento e não gostava disso. Também não queria ser arrogante com Silmeria, mas seria necessário em alguma ocasião e ela estava decidida.

por **ADM Hayate** Seg 28 maio 2012, 2:45 pm

<Perdoem-me pela demora>

@Phyress

O general riu e voltou a apoiar as costas no encosto de sua cadeira. O ar sádico já havia desaparecido de seu rosto.

– Segure as rédeas, minha jovem. Isso foi apenas um teste. – Ele pegou em mãos o formulário de Silmeria. – Se eu fosse um tolo preconceituoso, sequer estaria vestindo esta farda, concorda? Todo mestiço passa por um teste assim, pois temos plena ciência de como são tratados e bem, alguns são estourados. Bem estourados. Não é o que procuramos. Precisamos de soldados que saibam manter sua mente sã e que não percam a razão independente do que aconteça.

Ele deu uma pausa enquanto lia o formulário. Logo fitou Silmeria com mais atenção.

– Você quer entrar pra força de arqueiros, correto? Mas me diga, o que procura exatamente ao se juntar ao exército? Sabe que, assim que receber uma ordem, deverá completá-la independente do que você achar certo ou errado.

@Luthica

Depois de algum tempo esperando, Camille notou um garoto vindo correndo, parando logo ao lado dela. Ofegou por algum tempo, olhou para os lados e imitou a posição da recruta. Ele parecia ter apenas 16 anos, era um pouco mais baixo que Camille, vestia apenas calças simples, botas de couro e uma túnica sem mangas. O estranho era que, apesar da sua idade, o rapaz tinha pêlos expessos e brancos em seus antebraços, algo que se visto sem atenção poderia parecer que faziam parte de sua roupa. Além disso seu cabelo era negro e não muito curto, bem desgrenhado e cobria em parte suas orelhas ligeiramente pontudas.

Ele parecia bastante inquieto, e enfim olhou para Camille. Os olhos dele eram profundos, irís cor-de-mel e se Camille já tivesse encarado um lobo, teve exatamente a mesma sensação.

– Desculpe incomodar, moça, mas... ele já saiu? – Engoliu em seco e olhou em volta – Ele te falou a mesma coisa, não é? Que tinha que ficar esperando aqui pra dizer que aceita ficar e tudo mais... Eu estava incerto e fugi, mas... decidi voltar. Espero que ainda esteja valendo...

por Luthica Ter 29 maio 2012, 1:00 am

<Off: Não se preocupe. Vale super a pena!>

A loira não foi discreta o bastante em seu olhar. Surpresa, ela realmente o mediu dos pés a cabeça e seus olhos se prenderam aos pêlos no momento em que percebera que não se tratava de nenhum tecido.

Nunca havia entrado em contato com um "menino lobo". Estava acostumada a animais simples, da fazenda, e com seu pai já havia saído para procurar os cães vadios que gostavam de roubar suas galinhas. Preferia treinar nas dependências rurais, com o próprio pai ou objetos estáticos, evitando abater animais se não fosse para consumo. Lembrou-se de tudo aquilo apenas de olhar para aquela expressão selvagem.

Piscou, pigarreando de leve e lançando um breve olhar para a tenda.

- Você fugiu. E agora voltou... Por que fez isso? - perguntou, com aquela reflexão demorada enquanto tornava a fitá-lo. - Por que voltou? Está aqui obrigado? Isso é estranho, menino. Fuja. Não deve se comprometer a algo que já começa afligindo seu coração. Por que veio até aqui? - insistiu, confusa, mas internamente inconformada.

por Phyress Ter 29 maio 2012, 8:53 am

<Vale super a pena mesmo >_<, o RPG tá muito legal!>

Silmeria piscou, um pouco surpresa pelas palavras do general. Fez uma expressão de desconforto, pois jamais imaginaria que aquilo seria um teste, já que a maioria das pessoas odiava mestiços. A postura da meia-elfa, porém, não mudou. Ela continuou sentada com uma postura confiante.

- É possível que você seja um tolo preconceituoso se o seu superior ou até mesmo o Rei também for. - respondeu, com certo desagrado.

Ela o observou com atenção e assentiu com a primeira pergunta. Ao ouvir a segunda, porém, Silmeria ficou em silêncio durante alguns instantes. Aquele era um dos momentos em que não tinha certeza se deveria dizer a verdade ou mentir, parecendo ser apenas alguém que lutaria a qualquer custo pelo Reino, disposta a arriscar sua vida.

- Eu procuro prestígio, reconhecimento. Quero provar que mestiços podem ser tão bons ou melhores do que alguns de "raça pura". - optou por parte da verdade - Eu sei que terei que começar como um soldado base antes de ascender nessa carreira, sei que terei que provar que sou útil e cumprir todas as missões. Seguir uma ordem independente de achar certo ou errado não será um problema para mim. Porém, eu também não sou tola. - e o olhar dela se tornou um pouco mais estreito, carregando uma frieza estranha - Embora eu deva seguir ordens, sei que se a situação se provar diferente do esperado, talvez os planos precisem ser mudados. E se não tiver ninguém para "dar ordens" por perto para se adaptar a nova situação, eu terei que fazer o que achar mais prudente para atingir o objetivo, mesmo que tenha que usar meios diferentes do ordenado.

por **ADM Hayate** Qua 30 maio 2012, 4:40 pm

<Fico feliz que estejam gostando ^^)

@Luthica

O garoto ficou visivelmente desconfortável com a forma nada discreta com a qual fora medido. Ele engoliu em seco, e logo ficou surpreso pela avalanche de perguntas que vieram da garota. Apesar disso ele apenas respirou fundo, dando um tempo para responder.

– Fugi a minha vida toda, mas não posso continuar assim. Tenho que ficar forte, e sei que preciso de disciplina. Aqui vou conseguir isso... não posso desistir mais, preciso ficar com o pé firme. – Parecia que falava isso para ele mesmo, tentando se convencer de suas próprias palavras. – Além disso... me disseram que aqui no exército eles não querem saber se você é um orc ou um humano, e sim se você consegue aguentar os treinos e erguer sua espada pelo reino. Então... estou aqui para treinar.

Ele coçou demoradamente a lateral da cabeça, em movimentos rápidos e repetidos.

– Ham, me chamo Rio Ligeiro, mas pode me chamar de Lobo, todos chamam.

@Phyress

– Temos sorte por ter um reino justo então, certo? – Ele ouviu atentamente as palavras da meio-elfa, porém não pareceu muito interessado. Assim que ela terminou, ele apoiou os braços cruzados em sua mesa. – Palavras bonitas. Mas não ache que vai entrar no exército, lançar algumas flechas e ir pra guerra. Os treinos são puxados, você deverá suar como um soldado, não pense que irá ficar apenas com seu arco nas suas missões. Quando um inimigo estiver cara a cara com você, o que fará? Vai fugir? Não, você irá sacar sua espada e defender sua vida e seu rei. Aqui não diferenciamos homens de mulheres, nem raças, todos são tratados igualmente e treinam até cair. Vai aguentar o tranco, meio-elfa?

Ele suspirou e se levantou, indo até seu armário.

– Não me responda aqui. Vá lá fora e espere com sua irmã. Pense bem sobre suas palavras e sobre as minhas. Daqui algum tempo irei até lá. Se você ainda estiver esperando, entenderei que você vai servir ao seu rei cegamente e está apta a treinos rigorosos que testarão seu caráter e resistência. Do contrário, recomendo que parta.

Pegou um dos livros e o abriu. Não escutaria mais nenhuma palavra de Silmeria.

por Phyress Sex 01 Jun 2012, 12:04 am

Silmeria apenas assentiu. Não tinha, também, nenhum interesse em falar mais com aquele homem. Ela deu as costas e passou a caminhar em direção à saída.

Servir cegamente o rei não era algo que ela tinha em mente. Detestava a idéia de fazer algo cegamente, principalmente se fosse algo totalmente estúpido. A idéia de fazer parte do exército parecia cada vez menos atrativa. Um soldado que se especializava em tudo não se tornava excepcional em nada, era o que ela pensava... E, além disso, teria que se tornar uma soldada base... Entendia a necessidade disso, mas o caminho que ela havia escolhido se tornava cada vez mais atrativo.

Ela saiu da tenda e, com o olhar, tentou procurar os dois com quem conversava antes, ou até mesmo Camille. Viu a irmã conversando com alguém e apenas lhe lançou um olhar desconfiado.

por Luthica Sex 01 Jun 2012, 1:26 am

- Respeito a sua coragem, "Rio Ligeiro", - reforçou o nome original, pois achava que seria mais respeitoso dessa forma. Também não se sentia íntima dele. - Sou Camille Lockwood. - Cumprimentou de leve com a cabeça e refletiu um pouco a situação. Não podia expressar que simplesmente achava um absurdo a forma como ele fugia e voltava quase sem embaraço. Sentia que precisava ser dócil e encorajadora, dando-lhe uma lição para que pensasse. - Penso que evoluir é um desejo nobre, mas não acredito que o exército seja um lugar meramente para aprimorar suas habilidades, com treinos em benefício próprio. É um lugar para servir. Claro, enquanto isso, para atingir esse objetivo você precisa se esforçar, refinar suas habilidades, mas o objetivo principal não deve ser egoísta. Ou pelo menos, não deveria... - murmurou a última parte, um pouco preocupada sobre as intenções do rapaz e da própria irmã, que surgia pela tenda.

- Irmã, você voltou... - ela a observou atentamente, na expectativa se a meio-elfa ficaria com eles.

por **ADM Hayate** Ter 05 Jun 2012, 1:24 pm

O garoto engoliu em seco, era fácil notar que ele ainda não tinha certeza do que fazia. Na verdade, parecia que ele sempre foi assim, desconfiado e sem ter certeza do seu próximo passo. Era difícil definir o que ele pensava.

– Eu posso aprender isso... digo, sobre servir e ser leal. Eu preciso, sabe? Bom, ao menos... aqui me aceitaram, então posso lutar em nome deles. Não entenda mal, eu posso lutar quando é preciso, covarde não sou, apenas... inseguro.

Então Silmeria apareceu após sua conversa com o general. Teria que decidir, assim como os três, se era aquela a vida que queria. Se desejava tornar-se um soldado real e receber ordens diariamente, estar vestindo o símbolo do reino e lutando pelo seu rei. Não sabia quanto tempo teria de esperar, mas também não sabia de sua decisão.

Assim que o estranho garoto avistou Silmeria, ele engoliu em seco e desviou o olhar. A meio-elfa pôde notar que ele, de fato, era bastante diferente dos demais. Além de vestir roupas simples de couro e uma túnica sem mangas, o excesso de pelagem branca em seus antebraços colocavam em pauta sua raça. Ao ver pelas orelhas levemente pontudas e olhos lupinos, talvez a resposta não estivesse tão longe.

– Ham, prazer, irmã de Camille... – falou sem jeito, ainda sem fitá-la.

<Vocês podem conversar entre si. Terão 3 turnos para chegarem a uma decisão>

por Shoout Sex 08 Jun 2012, 1:18 pm

Finalmente, após horas de viagem ele chegava na área de treinamento do exercito, Zhao estampou um sorriso no rosto ao mesmo tempo em que sua expressão se aliviava, ele suspirou e avançou para um filha de pergaminhos que estava próximo, em cima de um balcão, pegou um.

" E agora, como devo seguir ? "

Dando uma boa olhada no documento, percebeu que se tratava de um teste para ingressar, resolveu preencher um e seguiu para um pequena fila que havia perto dali, aproveitou e perguntou para o sujeito a frente dele:

- Com licença, poderia me dizer para onde está fila vai ?

- Até aquela barraca, lá acontece as inscrições. E apontou para a barraca a qual falava.

Zhao Yun então se calou e permaneceu na fila até que chegava a sua vez, com ele estava o pergaminho, e a duvida se era aquilo mesmo que queria pra sua vida.

Nome completo: Zhao Yun
Sexo: Masculino
Idade: 15
Opção Sexual: Masculino
Fuma: [X] Não [] Sim
Bebe: [X] Não [] Sim [] Socialmente
Filhos: [X] Não [] Sim, menos de 4 [] Sim, mais de 4
Estado civil: Solteiro
Filiação: Não Possui
Arma que possui afinidade: [] Espada leve/pesada [] Arco [X] Lança [] Arma de Fogo [] Adagas [] Nenhuma
Porque deseja entrar no exército:
Eu fui criado em Takaras, e sei o lixo que aquela cidade é, acho que aquele reino tem que acabar o mais rápido possível, e por isso estou aqui, tentando ajudar para que aconteça.
Assinale as alternativas que mais te identificam:

[] Uma espada banhada de sangue inimigo é uma arma honrosa!
[X] Prefiro lutar até a morte do que permitir que um companheiro morra em meio à batalha.
[X] Me sacrificaria pelo meu reino.
[] Se houver um meio de terminar a guerra vitorioso e em consequência matar meus companheiros, assim farei.
[] Torturaria sem hesitar um companheiro que pode ser um espião de outro exército.
[] Não hesitarei diante de dois minotauros e um dragão.
[] Dragões? Não são nada, apenas largatixas voadoras!
[] A lei acima de tudo!
[X] Se descobrir que um amigo muito próximo cometeu algo grave contra a lei, farei meu dever e o prenderei.
[] Cumprir uma missão a QUALQUER custo...!
[] Se a missão dada for impossível para mim, passarei a alguém capaz.
[X] Se arrancarem meus braços, chutarei até a morte!
[] Não nutro o sentimento amor, pois só irá me atrapalhar nos campos de batalha.
[X] Sinto-me melhor sabendo que alguém espera minha volta em casa.
[X] Luto com honra, e não perco a chance de arrancar a cabeça de um inimigo!
[X] Em uma batalha, ao notar que o inimigo à minha frente é uma pessoa com quem cresci, o matarei da mesma forma.
[] Maldições não me afetam.
[X] Luto para que um dia as terras fiquem em paz.
[X] Luto para proteger alguém ou algo.
[] Não tenho motivo específico para lutar, apenas quero sentir-me útil.
[] Assassinar uma criança que no futuro venha a ser alguém extremamente hostil não é uma má idéia.
[] Matar animais para que não atrapalhem uma operação é essencial.
[] Mataria 1 pessoa para salvar outras 5.
[] Mataria 1 milhão de pessoas para salvar outras 5 milhões.
[X] Recuar não é vergonha, e sim uma nova chance de voltar e fazer ainda melhor!
[] Se fosse preciso matar meu próprio superior, assim o faria.
[] Se fosse preciso matar quem amo, assim o faria.
[] Montarias inimigas são um belo prato quando bem assado.
[] Dezenas de noites de vigia não me afetam: só me deixam faminto!
[X] Mutilaria minhas próprias mãos para retirar um companheiro caído sobre arame farpado.
[] Passaria com segurança sobre o companheiro caído no arame farpado.

por Luthica Sáb 09 Jun 2012, 9:40 pm

- Acho que vai aprender bastante... - reforçou a palavra visto que não acreditava naquilo como uma mera academia e não concordava com a entrega da vida das pessoas simplesmente para crescimento pessoal. Mas então, ao menos, pensava que ele estaria de fato evoluindo. - Irmã, você irá ficar? - a única dúvida que tinha era em relação a SIlmeria, pois tinha a certeza de que ficaria ali quanto fosse necessário. Tinha um pouco de receio e ansiedade. Mas se não fosse forte o bastante, se falhasse nos testes, então seria descartada. Seria uma vergonha para sempre, mas recomeçaria com humildade. Porém, isso tudo passou somente de forma rápida em sua cabeça bem resolvida. - E você, Ligeiro? Você teve uma chance de desistir...

por **ADM Hayate** Sex 15 Jun 2012, 10:57 am

<Bom, como a Phyress não postou, terei que pulá-la, passou mais de 3 dias. Narrarei para o Shout por enquanto>

@Shoout

Zhao preencheu o formulário sem muitos problemas, afinal era só marcar algumas opções e ignorar outras, mesmo que até isso fosse avaliado. Basicamente uma avaliação de Verdadeiro e Falso.

Assim que ele terminou, notou que fora da cabana principal haviam 3 recrutas esperando. O homúnculo indagou se eles estavam na sua frente ou não, mas logo um soldado veio ao seu encontro.

– Se você terminou de preencher, pode entrar. O General irá te entrevistar – Falou e indicou a tal cabana. Zhao logo obedeceu, entrando no local.

Dentro não era muito grande, mas o suficiente para ter um ar agradável, nem muito quente e nem muito frio. Havia ali uma mesa de escritório, à esquerda um armário que parecia pesado, e à direita uma cama de peles. Sentado à mesa estava um homem que aparentava entre 25 e 30 anos, cabelos escuros e traje militar característico de Hilydrus.

– Sente-se – Anunciou, apenas estendendo a mão para que o recruta entregasse seu formulário. Uma vez feito, ele começou a ler. Chegava a ser desconfortável a demora, mas o general não parecia se importar. – Tem algo a dizer, "senhor Yun"? – Era uma pergunta estranha, de fato.

por Phyress Sex 15 Jun 2012, 2:56 pm

Silmeria saiu da tenda com um semblante pensativo e as suas orelhas já estavam devidamente cobertas pelo seu cabelo. No fundo, sentia que seu rumo ainda era incerto e que, se ficasse ali, estaria fixando algo que talvez não gostasse... Ela lançou um olhar mais demorado para o garoto que Silmeria chamou de ligeiro. Um mestiço, como ela. Mas era estranho que a postura dele parecia amedrontada... Ela acenou levemente com a cabeça, cumprimentando Camille e ele.

-... - ela lançou um olhar de duvida para Camille quando ouviu a pergunta dela - Talvez. - foi a resposta e, logo, ela olhou para ligeiro - Você não quer ficar? - perguntou, curiosa, já que Camille parecia estar incentivando-o a desistir.

por Shoout Sex 15 Jun 2012, 5:31 pm

@Hayate

Após preencher o questionário, e ficar aguardando na fila, foi guiado por um soldado para que entrasse em uma pequena tenda para que o general o entrevista-se, sem questionar o mesmo obedeceu, o local mediano e no mesmo havia um senhor sentado atrás de uma mesa, o mesmo aguardava pelo formulário com o braço esticado e pediu para que o mesmo senta-se, logo após receber os papeis, começou a ler, e Zhao se sentou, e aguardou, até que foi questionado.

- Tem algo a dizer, "senhor Yun"?

Um sorriso se abriu no rosto do mesmo, parecia feliz com a pergunta, mesmo ela sendo relativamente estranha, trato de responder logo de maneira rápida e objetiva.

- Se me permite dizer senhor, eu gostaria de declarar que para mim seria uma honra servir Hilydrus. Tenho este interesse, pois sei como Takaras é, e acho que a rivalidade deve ser acabada o mais rápido possível, porém isto estava escrito em meus documentos, mas o que não foi acrescentado, acho que poderia ser útil.

Nisto, Zhao se calou por um breve momento, parecia hesitar, porém não demorou muito, ele inspirou e soltou a respiração, estava tomando coragem, e se questionava se isso poderia ser vir a ser prejudicial para o mesmo futuramente, foi então que disse, de forma simples e confiante:

- Sou capaz de destruir tudo o que for necessário pelo bem do exercito, sem hesitar, confronto aquilo que se opor ao rei!

" Acho que essa não foi a melhor forma de dizer isto. " Pensava isto, enquanto passava a mão em sua cabeça e se espreguiçava, parecia com sono após o breve momento de euforia.

por **ADM Hayate** Sáb 16 Jun 2012, 3:52 pm

@Shoout

O general não parecia ouvir o que Zhao falava, pois enquanto as palavras saíam ele apenas lia o formulário do rapaz. Mas por algum motivo, era como se ele absorvesse muito mais informações do que aparentava.

– Belas palavras, mas pelo seu formulário você não parece um soldado, digamos, dedicado. Parece que você deixa o sentimentalismo te levar, e ao que parece não chegaria a nenhum extremo para garantir sua vida nem a dos demais. Estou certo?

Ele apenas deixou o formulário sobre a mesa e apoiou um braço sobre ela.

– Esse papel não é apenas uma brincadeira de marcar X. Ele acaba contando quem você é, mesmo que você não marque nenhuma opção. – Agora apenas fitava Zhao, esperando pela resposta.

@Phyress / Luthica

Rio Ligeiro assentiu, concordando com as palavras de Camille. Pareceu ficar um tanto inquieto quando a meio-elfa se aproximou, mas manteve-se firme. Então as duas perguntam a ele basicamente a mesma coisa. Ele coça o queixo por um momento.

– É como estava escrito naquele papel... "Recuar não é vergonha, e sim uma nova chance de voltar e fazer ainda melhor..." não é? – Ele pareceu um pouco mais decidido, cruzando os braços. – Posso lutar, sei disso. Vou ficar. – E sorriu, seus caninos avanjados se destacando entre os demais. Sem dúvidas não era humano.

<Mais 2 turnos>

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