[Campanha] - Insane Doubt

“Em um jogo, regras são imprescindíveis. Obedeça-as e siga fiel até o seu término, para conseguir a vitória. Mas quando o jogo se torna real e ao mesmo tempo um pesadelo, onde você tem de lutar pela sua vida, não se importe. Quebre as regras, avance as casas e dê o xeque-mate. Perder... Ou morrer, nunca é uma de nossas estratégias.”

Noite. O vento se pronunciava de forma fraca, quase como um sussurro. A lua cheia e prateada refletia seu brilho majestoso nas extensões do deserto do Continente Shane. O solo arenoso vez ou outra era agitado pelo vento, mas não se atrevia a chegar perto das imensas cadeias de montanhas ao leste e ao oeste.

O tempo estava como o de costume, bastante frio por causa da noite. Contudo, uma criatura de capuz negro, que lhe cobria totalmente o rosto, assim como o corpo andava pelas areias serenas do Continente, sem deixar nenhum rastro. Atrás dele, sete pessoas. Andavam de modo calmo e cauteloso. O homem andou por mais ou menos 20 minutos por entre aquelas areias. Nada falava, nem o som de suas pegadas se fazia audível.

Conduziu então o grupo até um imenso rochedo, do lado oeste. Ali o grupo teve que passar por uma estreita passagem que conduzia para o interior da montanha. O local era escuro, mal dava para ver um ao outro. Lá, o brilho da lua não alcançava. No centro daquela pequena circunferência feita naturalmente pelas rochas, havia sete cristais, um do lado do outro.

O homem se aproximou dos mesmos e colocou sua mão sobre um deles. O último da esquerda para a direita. À medida que o grupo ia se acostumando com aquela escuridão, todos percebiam que os cristais eram negros, por isso a dificuldade para identificá-los no início. A criatura que os levara até o local, ficou parada por alguns minutos. Virou então a cabeça lentamente para trás, como se estivesse confirmando todos os presentes.

Era impossível ver sua face. Nem no dia em que foram convidados a fazer parte do jogo, conseguiram identificar a pessoa que os falava. Contudo, ali estavam todos por suas próprias pernas, razões e objetivos. Virou-se completamente e falou sua primeira frase. Sua voz era limpa, jovial. Falava pausadamente e de forma educada, porém, a mesma tinha algo de misterioso. Hajime, um rapaz de cabelos lisos, pele branca e olhos castanhos claros que ficava atrás de um óculos de lente fina, foi o primeiro a perceber.

- Bem Vindos jovens... Ao meu criativo e emocionante jogo.

Gin, Ayame, Nym, Zatoichi, Dachi e Eiji se mantiveram com olhares firmes. Ainda estavam receosos, mas o misterioso artefato chamado “Brick” cujo qual poderia realizar qualquer desejo que o usuário quisesse a cada 10 anos, estava em jogo como prêmio absoluto. Todos tinham suas ambições, desejos, objetivo. Com “Brick” seria muito mais fácil de alcançá-los com certeza.

- Antes de partimos, deixe-me explicar as regras. Quando vocês chegarem ao local do jogo, terão todo seu ambiente livre. É um espaço enorme... Contudo, vocês ainda não sabem o propósito desse jogo todo não é?

Era verdade. Foram convidados, o prêmio fora revelado, contudo o propósito de tal jogo ainda era desconhecido. Não sabiam as regras, não sabiam o objetivo, não sabiam como o jogo iria se encerrar. Contudo, tudo estava prestes a se revelar.

- Quando chegarem no local do jogo, um de vocês, começará a sentir uma presença maligna muito forte. Incontrolável e assustadora, fora dos padrões humanos ou místicos. Sua ânsia por sangue será incontrolável e você sentirá vontade de matar todos... Contudo... Quem será o assassino entre vocês?

Os olhos arregalaram. Seria praticamente uma batalha contra os participantes. Agora a desconfiança era total. Todos se entreolhavam, confusos e ligeiramente preocupados. Se alguém começasse a ser possuído por tal força, com toda a certeza seria caçado pelos demais, todavia, se não fosse, seria uma vítima. Simplesmente, um beco sem saída.

- Estão prontos senhores? O jogo vai começar.

O solo então começou a tremer. Com o tremo, aos poucos aquele ser misterioso na frente de todos, se dissipava como uma fumaça negra ao vento. A areai do deserto então começou a se mover de forma violenta. Todos tentaram correr, mas não conseguiram. Seus pés estavam presos, atolados e quanto mais se fazia força, mais afundavam. Uma espécie de areia movediça os sugava para debaixo da terra de forma veloz.

Em poucos segundos, o desespero já subia na mente dos participantes. A areia envolvida todo o corpo, o ar começava a faltar, a agonia de não poder respirar somente acelerava o processo. Em poucos segundos, o que todos partilharam foi completa escuridão.

[Ayame] O primeiro sentido a voltar fora seu olfato. De imediato, poeira chegou ao seu nariz e boca de forma brusca, fazendo-a tossir abrir os olhos dando algumas piscadelas. De ambos os lados, paredes grossas, feitas de uma pedra incrivelmente polida e gelada. Tinha uma coloração próxima do acinzentado, podendo de longe parecer até uma parede de metal. A loba estava no meio de um imenso corredor. Não era possível ver o final. O ambiente escuro e aterrorizante, só dificultava mais. Só lhe restava andar e descobrir o que lhe aguardava.

[Gin] O animado garoto acordou de súbito. Seus olhos abriram como se tivesse acordado de um pesadelo. Arregalados. Sua respiração era forte e ofegante, contudo, não estava nem um pouco cansado. Levantou-se e deu uma olhada no ambiente... Quer dizer, tentou olhar. Não conseguia enxergar absolutamente nada. Não sabia em que lugar estava. Só sabia que estava que estava cercado pelo escuro. Teria de esperar sua visão se acostumar com aquela penumbra, para poder enxergar melhor e se localizar completamente.

[Dachi] Abria os olhos vagarosamente e via o chão. Estava sentado encostado em uma das paredes de um corredor. Sua costa doía um pouco por causa da posição em que estava: Totalmente curvo. Naquele terreno, as paredes eram irregulares, porém, de mesma altura e espessura. O Meio-Dragão estava à frente de uma bifurcação e atrás do mesmo um grande corredor. Silêncio total. Não via ninguém ao seu redor e não sabia onde estavam os outros participantes. Levantou-se com calma e respirou fundo. As decisões seriam o mais importante a partir de agora.

[Zatoichi] Em seu rosto, pequenos grãos de terra caiam lhe fazendo abrir os olhos e instintivamente se proteger. Estava deitado de costas com o solo, agora, olhando para cima. Impossível ver o teto, a escuridão e altura impossibilitavam tal ato. Levantou-se e ficou sentado. Zato agora estava olhando para os lados e percebeu quatro caminhos: Norte – a sua frente -, Sul, Leste, Oeste. Uma encruzilhada. Em ambos os caminhos,o final não podia ser visto, apenas um longo comprimento de pedras se estendia para Zato caminhar.

@ All

Quando todos os participantes acordaram, uma voz surgiu na cabeça de todos. Fria, escassa, velha e praticamente inacabada... Porém, estranhamente audível.

- “O Mentiroso, deve morrer...”

- Que comece... O jogo...

[Obs: Peço que iniciem com um post, relembrando como foi a abordagem do misterioso rapaz de capuz negro para com seus personagens. Podem esbanjar criatividade nesse aspecto e até mesmo controlar o NPC nesse momento, apenas. Bem, campanha iniciada. Boa Sorte. ]

Passamos por um inferno para participar de um jogo. Isso não era muito lógico, mais o premio era importante e bem raro, só havia porem nisso, havia um assassino que mataria todos os competidores e sendo assim ele o ganhador. Todos eram pessoas desconhecidas o que tornava o jogo ainda mais ameaçador.

Após a queda, acordei em um local entre um corredor e uma bifurcação, estava sentado em posição bem curva trazendo a mim dores nas costas, o que era ruim. Era para estar sentindo medo, mais não estava sentindo nenhuma emoção, estava com um sentimento de “to nem ai” só não sabia o por que. Como estava com dor nas costas, passei um tempo deitado para esticar um pouco. Passando esse tempo me levantei e fiquei na duvida “para qual lado ir?”, não sei ao certo mais a bifurcação não me era muito atrativa, girando meu corpo em direção ao corredor, fui andando devagar com a mão arrastando na parede já pronto para alguma surpresa.

Não demorou muito e começou a ficar muito chato ficar andando por ai, fui fazendo treinamentos que dessem para fazer enquanto caminhava, o que mais fiquei a treinar foi dar socos na parede, mais ainda estava muito atento a qualquer coisa que viesse em minha diferença e principalmente poderia fazer meu poder sem a menor dificuldade.

[off: mauz o poste, tava com um inspiração do capeta hoje de tarde, mais ai sai com meus pais e a perdi '-', valeu ai]

Acordou, sendo atingido por pequenos grãos de terra, sentou-se. Como havia chegado ali? O garoto demorou um pouco para lembrar, mas conseguiu. Tinha seguido um homem estranho, este o prometera um premio caso vencesse um certo jogo. Conforme ele acordava, aos poucos ia se lembrando mais.

estava seguindo o homem, este havia ditado regras, regras estranhas, o que parecia ser simples, em um piscar de olhos talvez tivesse se tornado uma das mais complicadas tarefas. Eles eram ao todo sete participando pela contagem de Zato, e nenhum parecia ser fraco, certamente aquilo não seria fácil.

Obviamente ficar parado ali não seria das melhores opções, tinha caminhos a ir, e pelo espírito do jogo cada caminho o levaria a algum oponente, ou não. O bom senso já era mais do que o suficiente para o jovem saber que não iria derrotar cada um e então ouviu a voz.

- “O Mentiroso, deve morrer...”

- Que comece... O jogo...

Seria como brincar de detetive, mas dessa vez errar um palpite, levaria à morte. Por sorte o meio-elfo havia observado bem todos os concorrentes. Tinha, ou pensava ter, uma noção de com quem estava lidando. Havia seres de varias raças ali. O pior foi que pensou ter reconhecido alguém. Infelizmente, já estava tão confuso de sua situação que não teve certeza de nada.

Começou a andar, seguiu para o caminho da sua frente. Não pensou muito nisso, afinal, era impossível saber quem estava atrás de cada porta. Botou as mãos atrás da cabeça e suspirou. Queria ter feito outra escolha, mas agora já era tarde não podia voltar atrás, não era um opção.

Cada passo fazia um barulho de pedras se chocando contra um solo de mármore, esse som ecoava, e por mais que andasse não encontrava nada nem ninguém. Dessa vez estava só, não tinha seu fiel escudeiro, Plue, ao seu lado.-To ferrado...- Continuou andando enquanto colocava as mãos no bolso e esperava para ver o que aconteceria.

Era engraçado como a parede era bem resistente, ainda mais com um braço igual ao meu era para desconfiar que houvesse algo de diferente na parede. Fui caminhando sem parar pelo corredor, ainda estava treinando mais depois de um tempo fico bem chato ficar socando paredes que não quebram ou pelo menos racham. Parei por um instante e peguei algumas pedras no caminho para ficar brincando com elas na minha mão enquanto não acho ninguém.

Demorei, mais cheguei, só não sabia onde havia chegado. Em minha frente uma porta, e essa porta era a saída do corredor em que me encontrava e a entrada para uma nova sala. Por ser um ato tão normal e até podia ser considerado por instinto, claramente abri a porta, pois não queria andar de volta para a bifurcação e demorar ainda mais para achar alguém. Era que nem estar com os olhos fechados, estava tudo escuro somente com uma leve diferença, havia um brilho azul no meio dessa grande escuridão.

A curiosidade é sempre maior, mais tinha que confirmar que estava tudo bem a minha entrada no recipiente, com as pedras em minha mão, pegando a maior em minha mão a arremesso com toda minha força em direção a estranha luz azul vendo o que poderia ser, se fosse uma pessoa pediria desculpa, mais se fosse algum outro ser irracional, estava pronto para ação.

A espera tinha acabado via uma sombra, alguém estava la. De longe já conseguiu sentir, emitia uma aura negra, era algo estranho, chegava a ser sombrio. Bastava Zato ameaçar se aproximar da pessoa que já sentia arrepios. Era como se o Meio-elfo tivesse um radar para demônios. Ninguém que estava no grupo tinha uma aura assim.

Desde que Ajudara Belkior conseguia sentir a presença de demônios e aquele de certo era um. Não conseguia ver muito perto mas não era muito alto. Não enxergava a face do mesmo e decidiu que teria que tentar a sorte. não podia simplesmente ficar parado. Tinha que chegar perto para ver quem era.

Foi se aproximando calmamente, dava cada passo devagar e preparado para sacar a arma caso fosse necessário. Sua respiração era contada e do jeito que as regras daquele jogo eram não tinha idéia de como agir. Poderia muito bem ser uma ajuda valiosa.

Sentia-se leve. Tudo estava calmo e pacífico. Escuro, silencioso.....

Suas pernas foram as primeiras a dar algum sinal de vida. Formigamento. Era estranho e bom, como uma prova de que estava tudo ok. Meio voluntariamente, e meio involuntariamente, seu dedo mexeu, como que protestando com aquela posição inerte.

Pesado...

Foi seu primeiro pensamento racional. Seu segundo pensamento e ato, foi abrir os olhos...Não deveria ter feito isso. Quando o fez, parecia que a realidade tinha lhe acertado com um bastão de baseball feito de titânio. Em um segundo Ree estava se debatendo para levantar-se, procurando por ar.

Emergiu abruptamente, fazendo barulho, e ofegando. Seus cabelos grudavam em seu rosto, e pesava, juntamente com suas roupas. Passou quase uns três minutos apenas recuperando o fôlego, antes de que qualquer outra atividade racional pudesse ocorrer.

... Mas que merda?

E este foi sua primeira atividade racional. Xingar.

A segunda foi olhar em volta, e se perguntar onde estava... como havia parado ali... e quem ela iria torturar por isso.

Aaw minha cabeça.... droga de água...

Tentou se mover, procurando por um lugar seco onde pudesse se sentar, e pelo menos retirar o excesso de água.

Clock Bunny, venha aqui

.....

Clock Bunny?

....

Merda²

Olhou em volta, um pouco exasperada, procurando por seu servo. Ele não estava a vista. Muito menos parecia reagir a seus chamados mentais. Isso significava que ele estava muito longe dela, e não podiam se conectar. O que era mais estranho ainda, pois Ree tecnicamente nãopoderia se separar de Clock Bunny...

E para pior tudo, sentia-se louca. Começava a ouvir vozes desconhecidas.

Desafio?...diversão??

A garota não sabia o que fazia ali. Nem como havia parado. Mas tinha certeza de que não serviria de diversão de ninguém. Procurou uma saída, determinada, seus olhos levemente pratas de raiva.

De um único brilho azul acabou se transformando em vários, de brilhos azuis viraram olhos e de olhos acabei vendo chifres. Essa situação estava ficando cada vez mais estranha e dando mais medo ainda, nem sei se com toda a calma que tenho poderia me ajudar nessas horas. Conforme os brilhos foram se movendo comecei a ter uma visão melhor no escuro e comecei a perceber melhor os chifres, quando finalmente comecei a ver o que seria o portador desses chifres senti um grande arrepio e um grande rugido veio em minha direção. Finalmente pude ver o que era em minha frente e o que continha na sala. EM minha frente estava um grande cachorro de três cabeças, mais conhecido como Cérbero.

Voltei a ficar calmo, mais o medo ainda não havia passado. Sempre temos medo do desconhecido e essa era uma delas, meu inimigo era um cão que só escutava em historias de alguns heróis, mais batalhar frente a frente é outra coisa.

-- Hum...

Comecei a pensar rapidamente no que faria só que o detalhe foi que eu mesmo estava me dando medo com uma idéia muito idiota e louca, mais tinha que fazer algo rápido antes que ele me atacasse. Comecei a tirar conclusão que esse local era grande, por caber um cão tão grande como aquele tinha que ser mesmo, sendo assim segui meu plano maluco.

*Corro rapidamente entrando na sala, se o cão atacar ou não viro a direita rapidamente invocando Adonio para levantar vôo e ajudar-me em meu plano. Quando pegar uma altitude boa, pessoa para Adônio dar um rasante mirando na boca do cão, com intenção de ser engolido.*

-- Perdão amigo, sei que você não gostou nem um pouco desse plano. Mais é o que tenho no momento.

Falava baixo com a expressão seria e preocupada.

Agora a situação piorava, criaturas das trevas surgiam a sua volta, como se não bastasse estar jogado num labirinto sombrio com um Youkai encarando-o, agora também teria que lidar com esses mortos vivos que vinham para, com toda certeza atacá-lo. Eram cinco, e o garoto não estava realmente disposto a lutar, numa luta com tamanha desvantagem é quase impossível vencer.

É, agora só podia ser encrenca. A marca em seu peito começou a doer mais, não olhou para ela, mas era a sensação de receber um corte parecia estar sangrando. Demorou um pouco para perceber Nym se afastando e foi fácil perceber que estava tentando se manter longe de combate por enquanto.

Se quisesse sobreviver teria que forçar o Youkai a lutar a seu lado. Essa, infelizmente para o meio-elfo parecia ser a melhor das opções, mais não era uma das mais viáveis. Era assim que teria que jogar, o próprio "mestre" colocaria os participantes uns contra os outros.

Colocou a mão no cabo de sua espada e começou a andar para trás devagar, a unica esperança de Zato era que alguns dos esqueletos decidissem atacar o outro participante e não a ele. Resumindo, estava ferrado. pronto para sacar a espada, esperando que seus reflexos fossem o suficiente para se defender. Rezava em sua mente para que saísse de lá vivo.

Praguejava enquanto torcia suas roupas e cabelo, andando pelo local. Estava escuro, mas graças a um pequeno feixe de luz, ela conseguia enxergar. E isso lhe chamou a atenção.

Terminou de torcer o cabelo, enrolando-o em um coque, e caminhou até a porta de onde vinha o feixe. Encarou ela, com suspeita. Antes de abrí-la, procurou em volta alguma pedra pontuda, só no caso. Ela sentia seu facão escondido em sua bota, mas não queria tira-lo.

Esconda seus trunfos, primeira lição...

Não que ela fosse habilidosa, mas em uma situação mais crítica, era sempre bom ter algo afiado ao seu lado...

Escolheu a pedra, verificando com a ponta do dedo se era pontuda. Era. Satisfeita, voltou-se para a porta, e a abriu. Ficou em silêncio, enquanto a madeira rangia, e esperou alguns segundos antes de cruzá-la.

Um corredor e uma escada. Ree olhou em volta, ainda suspeita.

Ótimo, uma trifurcação. Humph.

Se dirigiu a escada. Primeiro queria descobrir onde raios estava. E normalmente era para cima que se encontra um pouco de civilização. Mas antes de sua mão tocar na maçaneta da porta, ela ouviu a misteriosa voz. SUa nuca arrepiou, e ela não sabia dizer se era do frio, ou das palavras ditas.

Droga.... Assassino?? O que está acontecendo por aqui?!?.

Mas ela não teve muito tempo para pensar, pois logo em seguida, um enorme rugido, e um estrondo. As paredes de pedra vibraram, deixando cair pequenos fragmentos no chão. Ree protegeu a cabeça, encolhendo-se

MAS O QUE..?!?

TUdo voltou a ficar silencioso, e ela se levantou. O que foi aquilo? Seria o assassino?? Irritada e nervosa, tentou abrir a porta para o teto. Ela começava a perceber que a coisa estava ficando séria, seja la qual fosse.

Mas que droga, abre logo!

Tentou de tudo para abrir a porta. Forçar, quebrar, apedrejar, o que fosse. Se nada adiantasse, ela tentaria olhar por entre a fechadura, ou analisá-la, caso houvese traços de magia, para identificar o que acontecia.

[Ayame]

O garoto representava desconfiança para Ayame e para a loba, era melhor não ficar parada. Decidiu andar sozinha dali pra frente. Porém, um enorme estrondo fez com que ela interrompesse sua caminhada. O rapaz que estava atrás dela soltou uma risada baixa e logo passou a frente, sempre tragando com gosto o seu cigarro.

- Pelo visto já começou. Você tem razão, melhor não ficarmos parado. Vamos procurar pelos outros. Por sinal, nem me apresentei. Meu nome é Eiji e o seu?

Em momento algum virava para conversar com a loba frente a frente. Os dois apenas seguiam reto até dobrarem para a esquerda em um corredor na diagonal. De repente o ambiente começou a ficar frio. Eiji que não tragava mais o seu cigarro assopravam as mãos e as colocava no rosto, na tentativa de obter um pouco de calor.

- Sabe, eu nunca senti tanto medo na minha vida. Isso... Acho que esse é o último frio que eu vou sentir.

Dobraram novamente e já estava em outro corredor. Entretanto, diferente de outros, o final desse se apresentava muito mais escuro. Não conseguiam enxergar nada. Absolutamente nada. Eiji parou e respirou fundo. Apressou o passo e entrou na escuridão. Ayame olhou brevemente para trás. Agora que tinha conseguido companhia, ficar sozinha não era uma boa idéia. Pensando assim, hesitou no início, porém, entrou.

Não via nada. Não ouvia nada.

[Dachi]

O Cerberus era um animal imponente. Forte. E o Meio-Dragão sabia muito bem disso. Não seria fácil sair dali. Os olhos do animal brilhavam cada vez mais e uma imensa quantidade de uma mal cheirosa e grudenta baba pingava no chão toda hora. Ele, pelo visto, estava com muita fome.

Dachi por outro lado estava concentrado em derrotar Cerberus, o que se mostrava uma função impossível naquele momento. Mesmo assim, tentou colocar seu plano em prática. Correu para a direita, invocando Adônios, porém, algo deu muitíssimo errado. Cerberus colocou as imensas patas na frente, impedindo que Dachi pudesse fazer algo, a não ser pegar altitude.

E assim ele o fez. E quando estava bem posicionado, desceu com tudo para cima de seu algoz. O rasante era veloz e mirava de forma certeira a boca aberta de Cerberus. Porém, os planos de Dachi foram interrompidos mais uma vez. Uma das três cabeças, investiu contra a dupla e arremessou o Meio-Dragão longe.

Se não fosse por Adônios ter feito um escudo para seu mestre naquele momento, Dachi poderia ter tido sérios ferimentos. A queda de uma altura daquelas por si só já tinha machucado demais o mago, que agora não via alternativa a não ser correr. O imenso cão de três cabeças não ficou atrás. Avançou também destruindo as paredes – com dificuldade – . Dachi refez todo o caminho de volta e tomou um belo susto.

Quando chegou até a bifurcação onde estava alguns minutos atrás, a passagem da esquerda estava bloqueada. Diversas pedras enormes, não davam chance para o mago que seguiu rapidamente pela direita. Por um tempo, já não ouvia mais os rugidos e passos do enorme cão, mas queria tomar a maio distância possível. Correu, correu e quando cansou, olhou em volta: Tudo escuro.

Não enxergava nada. Nenhuma parede, nenhum teto. Só sabia que estava em algum lugar por causa do solo de pedra. Correu tanto que nem prestou atenção onde entrou. E bem... Isso podia ser um problema.

[Zato e Nym]

Ambos queriam evitar problemas e sabiam que lutar ali não valeria a pena. Nym foi o primeiro a se esgueirar calmamente para trás tentando evitar as ossadas malignas. Queria deixar todo o trabalho para Zato naquele momento, que na concepção de Nym, deveria era morrer.

Porém, a atitude do Meio-Elfo não foi diferente. Levou a mão até o cabo da espada e cautelosamente regrediu passo por passo. Se algum dos malditos esqueletos atacasse ele estaria pronto. Do mesmo modo, quando os dois começaram a andar, aqueles mortos-vivos deram seus primeiros passos em direção a dupla. Eram lentos, porém, em número eram superiores.

A medida que ia andando para trás, a situação ficava mais crítica. Novos buracos negros iam aparecendo no chão e mais criaturas iam surgindo. Já estava em dez, quando Zato esbarrou em algo sólido, feito totalmente de pedra. Virou-se, porém, nada viu. Ergueu a mão a frente e tocou. Tratava-se de um pilar. Porém, não o enxergava por causa da imensa escuridão. Olhou para trás novamente preocupado com os esqueletos, mas todos haviam desaparecido.

Zato não conseguia nem enxergar o caminho de volta. Nym também havia desaparecido e agora ele estava sozinho, no silêncio da escuridão.

[Ree]

Aquilo estava deixando a garota confusa. Primeiramente ela não sabia onde estava. Em segundo lugar ela podia escutar vozes e agora aquele imenso barulho. Algo de muito estranho estava acontecendo e ela queria saber o que era.

Rapidamente correu até a porta. Era uma porta dupla, completamente fechada. Nada podia ser visto pela fechadura. Tal fechadura tinha um sistema bastante arcaico. Eram três no total. Cada um com um tipo de encaixe diferente, ou seja, três tipos de chaves, uma diferente da outra.

Vendo que não adiantaria de nada tentar arrombar a porta, voltou para o corredor. A questão agora era: Que lado seguir? E então ela ouviu. Sim, o som passos. Para o lado esquerdo. Alguns passos. Para aquele lado, talvez pudesse existir algum rastro de civilização. Com passos largos se direcionou para a esquerda e andou por mais ou menos 15 minutos, dobrando uma vez apenas, para a direita.

Como já era de se esperar, na sua frente, tudo escuro. Aquele joguinho já estava ficando irritante. Andou rapidamente para aquela escuridão, até que um vento gélido lhe passou pelo corpo, arrepiando todos os pelos do mesmo. Olhou para trás e nenhum sinal de corredor.

Não tinha como voltar. E então, novamente a voz.

“Ao fim da música... A primeira gota de sangue será derramada...Hahaha”

@ All

À medida que cada pessoa ia chegando, algum barulho era ouvido. Passos, uma respiração ofegante, mais passos. Assim continuou por mais ou menos 20 minutos, até que tudo foi tomando por um silêncio total. Foi então que um barulho de pedra contra pedra foi ouvido. O chão tremeu levemente e para os mais sensíveis, puderam sentir uma leve poeira levantar. O que eles não esperavam, seria um barulho deveras peculiar ecoando pela sala: Um assobio*. Era uma canção rítmica e bem feita, porém assustadora.

E então, a música cessou.

[Obs: *Assobio: Clique para ouvir =3 ]

-- Maldição....
Era a única palavra que estava saindo com mais freqüência de minha boca, mais era a única coisa que conseguia pensar também. Minha respiração estava ofegante demais, o que só ajudava a doer mais meu corpo. Falava baixo pelo medo de ser atacado.

Tirando a dor, algo me dizia que devia tomar cuidado, havia corrido tanto que nem percebera onde estava indo e provavelmente nem lembrara em qual dos caminhos pegou para chegar ali. Achei que pressentia presenças ali perto, mais no escuro qualquer um pode sentir isso, mais só para garantir, fiquei sentado próximo a uma parede descansando o corpo já esperando o pior.

-- Calma, é só o que preciso no momento......e um pouco de descanso..ai
Pensava sentindo dor de cabeça, mais era bem leve e dava para aguentar. Respirei fundo e senti uma dor em minha costela, gemi baixo e coloquei minha mão em minha costela no ponto onde estava doendo.

Foi muito estranho tudo o que havia acontecido ali. de-repente o escuro, o rapaz havia desaparecido, não era algo comum, nem para Zato. Ele já sabia que o jogo era estranho, não era uma brincadeira e quanto mais ele pensava, mais duvidas lhe vinham a cabeça.

Era começar a se concentrar no que se passava não tinha percebido a presença daquela pilastra ali, mesmo a sala sendo escura. Ao bater de costas com ela levou um susto, que o provocou a sacar sua espada sem pensar duas vezes. não parecia ser nada demais.

Colocou a espada novamente nas costas e olhou a sua volta. Aquilo não podia ser uma ilusão. Deu mais dois passos a frente afim de ter certeza se era ou não.

Mexia a cabeça para os lados o tempo todo, queria alguma luz, porém não teve nenhum sinal. continuou aos poucos andando para onde estava anteriormente, tinha que ser cauteloso, poderia ser alguma armadilha ou coisa do tipo.

Bufou irritada, ao descobrir o sistema de abertura da porta... Foi obrigada a dar meia volta, e se dirigir ao corredor.

Ouviu passos, e aquilo chamou sua atenção. Primeiro sinal de vida de qualquer coisa a sua volta. Ponderou durante segundos, antes de seguir aquela direção. O som de suas botas ecoando pelas paredes de pedra.

Enquanto caminhava, usava a pedra pega anteriormente, para riscar pequenas flechas, indicando a direção de onde havia partido inicialmente. Teria que achar as benditas chaves, para então dar o fora dali...

Até que sentiu um vento gelado, que a fez arrepiar. Boa coisa não era. Resolveu voltar. Poderia pensar em outra estratégia. Mas não podia, pois se descobriu num beco sem saída. Só restava seguir em frente. E novamente aquela voz, comentando sobre música e sangue.

... Droga, o que está acontecendo?!?

Continou caminhando, devagar, atenta e com os nervos a flor da pele. Estava pronta para ativar sua habilidade. Seus olhos corriam rápido pelo local.

Ela não podia enxergar o corpo, mas a alma de qualquer ser vivo jamais lhe passaria desapercebida, seus olhos pratas pronto para entrar em ação.

E então a música começou. Melhor dizendo, um assobio. Ree parou durante segundos, olhando em volta. Era então aquela a música comentada...

Agachou-se, tateando por suas botas de couro, até encontrar uma protuberancia. Seus dedos finos se enfiaram por dentro dela, e em um instante voltavam segurando um cabo. Era velho, e possuia algumas mordidas de Clock Bunny. Sua ponta estava enrolada por um pano, que Ree logo tratou de desenrolar, revelando uma lamina velha, mas afiada, um antigo facão que Ree pegara uma vez de certos piratas que ousaram lhe ameaçar.

E quando a música parou, Ree também o fez, permanecendo quieta, seus olhos vasculhando em frente. Seus cabelos flutuavam um pouco, com a garota acumulando energia para o que viesse a seguir.

Se algum sangue seria derramado, Ree estava determinada a garantir que não fosse o dela.

@ All

O clima de tensão era alto. Ninguém ousava se mexer. E quando o assobio parou... Bem, nada aconteceu. O silêncio dominou o recinto de uma forma tão brutal que perturbava até o mais sensato de todos os presentes. Mas não durou muito. Alguns passos surgiram novamente. Eram distintos e vinham de duas pessoas diferentes.

Para Ree, era simples, até demais. No recinto podiam-se identificar cinco almas. Uma estava sentada e outras duas andavam pelo salão. Certamente os passos eram dos dois que estavam se movimentando. Não podia relaxar, ainda segurava o cabo do facão, pronta para qualquer intervenção que tivesse.

Para Nym aquilo soava natural. Era como se já estivesse habituado com todo aquele ambiente sombrio e bizarro colocado a sua frente. Seus passos eram sutis. Leves. Imperceptíveis. Seus olhos afiados não necessitavam enxergar para localizar seu alvo. O medo. Era com o medo exalado pelos humanos que ele podia se aproximar sorrateiramente e por um fim aquela vida miserável. E alguém ali, exalava esse medo em excesso.

Ayame preferiu ficar onde estava. Mas também não queria ficar ali parada o tempo todo. Chamou por Eiji, mas ele não respondeu. Provavelmente saíra andando, deixando Ayame sozinha por ali. A visão da loba também era boa, mas algo lhe atrapalhava. Não sabia ao certo, mas não conseguia ver perfeitamente. O que via era apenas vultos, sem conseguir distinguir que realmente era quem.

Zato não sabia para onde estava indo ao certo. Tentou voltar para onde estava, mas não teve muito sucesso em sua ação, uma vez que não achava mais o pilar. Sim, estava perdido. Virou-se e pensou ter visto um brilho prateado em algum lugar da sala, mas que rapidamente se perdeu. As coisas estavam começando a piorar.

Dachi era o único que estava machucado ali, porém, não muito diferente da situação dos outros. Entretanto, para ele as coisas foram bem mais rápidas. Iniciou ouvindo passos. Esses, porém, não paravam, apenas avançavam com tudo para cima do Meio-Dragão, que não via nada.

@ Ree

Observava cada movimento dos cinco participantes na sala. Nada incomum, apenas os mesmos movimentos. Exceto o que aconteceu logo em seguida. Uma força incomum empurrou a garota contra a parede violentamente, fazendo alguns resquícios de poeira caírem no chão por causa da estrutura velha. Se não bastasse, foi puxada logo em seguida e erguida no ar. Depois disso, mais nada aconteceu. Estava suspensa, levitando, a mercê de qualquer um que a localizasse. Entretanto, o mais estranho não era isso. Seus olhos percorreram a sala e ninguém, absolutamente ninguém, tinha feito algum movimento estranho naqueles mínimos segundos. Todos estavam nas mesmas posições anteriores. Então, o que/quem teria feito aquilo?

@ Nym

O demônio avançava silenciosamente. Já havia encontrado sua presa. A tal estava em certo desespero e chamava por alguém. Bem baixo, sussurrando, mas parecia que seu parceiro não estava nem ai. O ser estava sozinho, na escuridão. Muito provavelmente esperando alguém com alguma posição defensiva. Mas mesmo assim era inútil. Na visão de Nym, apenas mais um aperitivo a ser desfrutado.

Foi então que um grande barulho tirou a atenção da vítima e provavelmente de todo o resto... Menos de Nym. Ele estava focado em seu alvo e ainda deu sorte. O ser se movimentou para trás e parou exatamente na frente de Nym. Não podia ficar melhor...

@ Ayame

Assim que suas palavras para chamar Eiji foram completamente inúteis, desistiu. Mesmo assim, não baixou a guarda. Nem mesmo depois do que viu e ouviu. Um baque forte contra a parede daquele salão fez Ayame se assusta. Não fosse somente isso, um vulto negro, com um brilho prateado, passou riscando o ar a sua frente. Aquilo havia sido surreal e com receio de andar mais pelo local, recuou um passo... E naquele momento se arrependeu. Nenhum movimento brusco, nenhum ataque... Apenas uma respiração quente, forte e controlada em sua nuca.

< Desculpe a demora meus queridos, mas finalmente postei. Enjoy >
< Ree: - 3 % de HP e costas ligeiramente doloridas >

Não sou de sentir medo mesmo nessas situações, mais alguma coisa estava me dizendo que duas presenças estavam de olho em mim e qualquer um que estivesse ali. O único ruim é que uma delas estava com sede de sangue o que me deixava preocupado, a outra, acho eu, era somente uma observadora, podia estar enganado, mais era isso que eu queria acreditar.

Fiquei na minha mesma posição, sentado e encostado na parede com as pernas próximas ao meu tronco. Ficar se movimentando no escuro e não saber o que há nele é burrice, mais ficar parado da quase na mesma, mais é a melhor opção. Comecei a me arrumar em uma posição que eu pudesse dar um gancho ou qualquer outro golpe, mais que também eu pudesse me proteger.