Re: Praia

por Ray Silent Qua 07 Dez 2011, 11:31 pm

E lá estava eu novamente, navegando para mais uma aventura incerta numa terra desconhecida. Estava navegando meu pequeno barco, refletindo sobre minha atual decisao e se aquilo realmente seria vantajoso para mim, pelo menos havia partido daquele continente infeliz onde estava.

Nao fazia a menor ideia do que me esperava em Lodoss, mas sabia que seria bem melhor que onde eu estava, ou pelo menos eu achava que seria. Nao demorou muito para a dona azar me encontrar novamente, e uma tempestade caiu sobre mim. As ondas aumentaram bruscamente a ponto de quase virar o barco, os ventos sopravam muito forte levantando muita maresia o que me dificultava muito a visao.

Peguei o remo e fiz o maximo que pude para nao deixar o barco virar, se virasse era morte na certa e eu nao podia morrer ali, nao depois de tudo que ja passei morrer afogado numa tempestade seria o cumulo do ridiculo.

Comecei a avistar terra entao, porem a visao ainda estava muita turva para dizer se era a Ilha de Lodoss ou nao, mas nao me importei, o fato de ser terra firme ja me dava esperança de sobreviver. Estava conseguindo me aproximar quando uma onda colossal me pegou puxou levando meu barco para o fundo. Na tentativa desesperada de me salvar percebi que ja estava bem proximo a terra, entao nadei o maxmo que pude com todas as minhas forças até chegar a praia.

Me levantei com dificuldade, meu corpo curvado para frente por falta de forças para me manter ereto, me afastei do mar e assim que percebi que estava seguro me joguei na areia exausto, acabando por desmaiar no local.

Ja de manha, ainda com as vestes ensopadas, o ceu ainda estava escuro, mas o calor me impedia de sentir frio mesmo tendo passado toda a noite na areia e encharcado. Me levantei, tirei a areia que estava grudada em mim, e comecei a procurar por meus pertences e minha katana, após alguns minutos admiti que haviam naufragado junto com o pequeno barco.

- Que ótimo, estou sem dinheiro e sem minha espada, nao podia ser melhor! - Resmunguei comigo mesmo.

- Tenho que encontrar um lugar pa ficar, e que tenha boa comida de preferencia...

Ainda nao fazia ideia de onde estava, se havia chegado a Lodoss ou nao, mas nao podia ficar ali, entao sai a procura de civilizaçao.

[off: Como nao sei qual local mais proximo, deixo que o Narrador decida pra onde eu vou. =) ]

por **Gin** Qui 08 Dez 2011, 10:34 am

Lentamente foi despertando, ainda muito cansado de sua noite cheia de aventuras. A única coisa que tinha consigo era sua roupa de corpo, que ao menos estava totalmente seca. Estava deitado em um banco de areia, protegido por duas imensas pedras que bloqueavam sua visão da praia que tinha acabado de perceber que estava.

Levantou-se, apoiando em uma palmeira curvada pelo vento do Norte. Sabia que havia algo errado com aquela terra: uma imensa nuvem preta estava estagnada por todo o território da praia, incluindo grandes Rochedos ao Oeste. Essa nuvem parecia de chuva, mas Ray tinha experiência suficiente para saber que se fosse uma nuvem comum já estaria chovendo torrencialmente bem na sua cabeça. Ao observar melhor, via raios crepitando por toda a nuvem, iluminando-a de segundo em segundo.

Será que havia fugido de um lugar ruim para chegar em um lugar pior ainda? Bateu em suas roupas, expulsando de si as últimas partículas de areia que ainda persistiam em grudar no seu corpo. Em seguida subiu na grande pedra ao seu lado, o que lhe deu uma ampla visão de praia.

Ao Leste via um imenso porto que estava abarrotado de pessoas e navios. Não só marinheiros, mas sim todo tipo de pessoas exóticas. Muitos pequenos barcos estavam atracados ali e um número menor de navios estava ancorado no mar, além da beira do porto.

Ao Oeste viu que a praia estendia-se por sobre uma pequena vila de casas simples de madeira até chegar a uma grande construção de mármore branco. Parecia uma espécie de Estalagem. Ainda ao Oeste via imensos Rochedos que, por não saber, era a divisão entre a Península de Ruff com outros territórios de Lodoss.

Ao Norte via as palmeiras juntarem-se para formarem uma mata densa e misteriosa que emitia uma névoa própria, que ficava ao pé das árvores de lá.

Tinha algumas opções por onde começar, só restava saber o que faria a seguir. Qualquer coisa que decidisse tinha certeza que aquela sensação de perigo crescente o acompanharia por toda a Península. Sensação, essa, que começou a associar com aquela misteriosa nuvem que pairava acima de suas cabeças.

por Letarius Qui 08 Dez 2011, 1:12 pm

*Assim que atingia um ponto onde conseguia ver a praia, coloco a garra acima dos olhos e observo o local, por um instante como quem tenta ver o que há a frente.*

-É parece que está no caminho certo.

*Depois de dito isso, avançava a passos largos até a areia, deveria ser a primeira vez que tocava areia da praia, em toda a vida e por isso acabo me distraido do que estava fazendo, para sentir a areia entre os pés.*

por Ray Silent Qui 08 Dez 2011, 5:30 pm

Eu estava na praia sem minha arma e nenhum pertence, precisava pelo menos de um lugar para ficar e comer algo, estava com fome e enfraquecido devido a chegada turbulenta que tive, subi numa pedra de onde pude ver toda volta. Avistei algo que parecia ser o Porto ao leste, tinha muitas pessoas ali era uma verdadeira confusao, nao era o lugar certo pra mim.

Continuei procurando até que avistei algumas cabanas de madeira e mais ao longe uma grande construçao de marmore braco, pensei comigo.** É para la que vou, devem ter pessoas que possam me informar onde estou e de quebra posso conseguir algo pra comer. **

Segui em direçao à grande construçao branca esperando encontrar la o que precisava.

por **Gin** Sex 09 Dez 2011, 4:04 pm

@Letarius

Após caminharem por um bom tempo, finalmente pôde ver a praia da Península de Ruff: suas areias estendiam-se até não conseguir ver mais e o cheiro do mar fazia o meio-dragão sorrir consigo mesmo. A visão seria magnífica se não fosse a sensação de perigo que rondava toda aquela terra. Uma nuvem negra pairava por todo o território. Nuvem essa que os dois ali sabiam não ser por causa de nenhum evento natural. Algo estava acontecendo naquelas terras, algo que nunca haviam visto antes.

— Há algo estranho fermentando nas terras daqui. — Disse Simmon, seu jeito arrogante e inflexível abandonando-o naquele momento. — Sinto seu epicientro, e é bem nas ilhas gêmeas.. por sorte nosso objetivo é em outro local.

Dito isso deu uma leve inclinada em sua cabeça para que Kiryu seguisse-no. Estavam começando a descer o caminho tortuoso da estrada para chegarem nas areias da praia. Apesar da crescente sensação tenebrosa, Kiryu pode dizer que ali seria um lugar magnífico em tempos anteriores. As pequenas cabanas ao longo da praia davam um ar simples e ingênuo para todo o território. O porto, bem mais a frente de onde estava, estaria abarrotada não só de pescadores, mas também de diversos outros povos por todos os cantos do mundo. Os imponentes Rochedos, por onde passava ao lado no momento, eram imponentes e misteriosos, algo misterioso e natural de Lodoss, sem precisar de intervenções de criaturas para torná-la assim.

Percebeu que o dragão liderava-no para o matagal que encontrava-se na parte Norte do território da Península. Sabia que aquela mata era totalmente inexplorada e ninguém tinha idéia onde ela dava. Era mais um dos mistérios da Península.

Chegaram na areia e foram imediatamente para a orla desse matagal. Suas árvores eram incomuns e pareciam palmeiras, só que com características diferentes. Sua mata era densa e sabia dizer que em poucos metros pouca claridade estaria disponível para quem quer que entrasse ali.

— Espero, mestiço. — Seu tom frio e desdenhoso havia voltado. Tinha parado um pouco antes de começarem a entrar na floresta. — Creio que precisarei mudar de forma para não ficar tão evidente minha descendência.

Dito isso fechou os olhos e concentrou-se. Imediatamente houve um flash de luz intenso que fez com que Kiryu tivesse que desviar os olhos. Quando recuperou sua visão viu que Simmon agora assemelhava-se com uma pessoa comum de cabelos escuros, do tamanho de Kiryu e vestes simples. Seu rosto parecia uma máscara de mármore de falta de emoções e somente seus olhos eram estranhos: vermelhos e amarelos. Talvez isso não pudesse disfarçar.

— Certo, o que está esperando? Pode ir. — Indicava que Kiryu teria que emaranhar no matagal primeiro, sem rumo definido e sem direção alguma.

@Ray

O rapaz saltou da pedra e caminhou na areia. Não sabia o motivo, mas seus passos eram apressados e sentia como se estivesse sendo observado. Realmente, ali talvez não fosse o melhor lugar para começar sua aventura. Independente disso caminhava rumo a Estalagem branca que tinha avistado de longe. Talvez lá pudesse definir o que fazer em seguida.

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Off: Ray, pode postar na Estalagem Stallion. Lembre-se de verificar como está a situação no local antes de fazer suas ações.

Off²: Aos dois: não gosto de posts curtos.. por favor queiram expressar melhor seus sentimentos, ações e pensamentos. Se postarem curto, minha resposta e a EXP no final será de acordo.

por Letarius Dom 11 Dez 2011, 12:23 am

*Parecia que o local passava por momentos ruins, o clima era tão pesado que mesmo eu era capaz de sentir que a tempestada que poderia vir não era meramente natural, apesar disso não sinto nenhum medo real, apenas uma incomoda insegurança mesclada com curiosidade, diversas vezes me vi abrindo as asas e me dirigindo para as ilhas gemêas ao longe. Quando o dragão indica o caminho, aceito o destino traçado e o sigo, antes de não conseguir mais ver as ilhas dou uma ultima virada para trás num ultimo esboço de curiosidade.*

"Algo que mesmo um dito puro sangue não está disposto a olhar? Deve ser realmente curioso."

*Dava pouca importância ao caminho, até chegarmos a orla do matagal onde imagino que precisariamos começar a abrir caminho a força. Porém quando Simon me chama, estalo as garras, pressionando uma contra as outra, com olhar insatisfeito e obviamente irritado. O único motivo por não pular na jugular dele ali mesmo era porque não era hora nem lugar para tanto. Quando ele se transforma dou pouco importância a sua atual mascara, embora a curiosa incapacidade de disfarçar seus olhos, quando dito para avançar, respondo de imeditado.*

-Se terminou de se trocar!

*Me aproximava do matagal, de inicio imagino que seria melhor usar a espada dos cetauros, porém um povo da floresta detestaria que eu utiliza-se uma arma criada por eles para destruir vegetação, mesmo vegetação de outro local, além disso por algum motivo sinto que era melhor apenas seguir em frente usando minhas proprias garras. Portanto assim que finalmente fico ao alcance da floresta mais dença descia a garra aberta cortando e puxando tudo que se encontrava em meu caminho.*

"O que será que estou procurando dessa vez?

*Estava cheio de duvida e suspeita, sabia que não poderia confiar em Simon mais ela agora se encontrava num terreno que parecia desfavoravel a ele, portanto tenho menos propensão em desconfiar dele e me mantenho focado em seguir o caminho que ele viesse a indicar enquanto abria o caminho para ambos.*

por **Gin** Qua 14 Dez 2011, 10:29 am

Kiryu começou a abrir caminho somente com suas próprias forças. Por sorte suas garras eram tão afiadas que pareciam dois facões para abrir uma trilha. Desse modo não teve dificuldade em cortar por onde quer que passasse.

Simmon, ao contrário, não esforçava-se nem um pouco. Somente ia ao encalço do meio dragão na trilha que o próprio abria. Ficava olhando em volta pela floresta que cada vez mais se estreitava até o ponto da claridade começar a falhar um pouco. Por sorte ambos ali não precisavam de muita iluminação para enxergarem perfeitamente.

— Ah agora estou sentindo. — Disse Simmon, inclinando sua cabeça para cima. — Sim, continue por esse caminho, mestiço.. — Apontou a Noroeste. — ..Creio que chegaremos em pouco tempo.

Kiryu olhou na direção apontada e não viu nada a não ser, talvez, uma névoa branca ao redor das copas das árvores. Olhou um tanto furioso para trás e viu algo um pouco perturbador: a trilha que ele tinha aberto com tanta dedicação estava se fechando logo atrás de Simmon, não deixando qualquer indício de trilha atrás de si. Ignorou esse fato e continuou em frente.

Depois de mais alguns minutos de trabalho intenso de corte finalmente ele teve uma visão que deixou-no feliz. Uma pequena trilha de caça abria-se bem na direção onde estavam querendo ir. Seguiram por ele, atentos agora pois sentiam que algo estava para acontecer. As árvores estavam mais juntas que nunca e pouca claridade passava por elas agora. O mato ao redor deles farfalhava e mexia-se com frequência. Era uma floresta muito viva.

— Huum.. — Disse Simmon depois de algum tempo na trilha. — Chegamos. — Completou, saindo em uma clareira extremamente silenciosa, opondo-se totalmente à floresta onde havia sempre algum tipo de barulho. O silêncio espontâneo foi um choque para Kiryu, que ficou sem saber.

Na beira da clareira, a direita, havia uma pequena casa de madeira. Essa casa parecia velha e desgastada pelo tempo: haviam vários buracos ao redor da estrutura e o mato já subia pelas suas paredes. Não conseguia ver, mas imaginava que o telhada estaria ainda de pior forma. De alguma forma sabia que seu objetivo estaria dentro da casa.

— Pode ir agora. — Simmon falou, sorrindo. Sua voz estava carregada de ironia e seu sorriso era tão mesquinho que Kiryu teve vontade de confrontá-lo ali mesmo. — Te espero por aqui. — Finalizou, olhando para a floresta em volta e saindo da clareira. Se não soubesse melhor poderia jurar que o dragão estava cauteloso.

Virou-se na direção da casa, com uma certa cautela ao seu lado também. O que faria?

por Letarius Qui 15 Dez 2011, 4:51 am

*O caminho era aberto sem complicações, não me importava de que Simmon me segui-se sem realizar qualquer esforço, afinal ele era como um contratante, portanto ele tinha o direito de economizar suas forças. Apesar de densa a mata, a luz ainda era capaz de penetrar em seu manto verde, portanto não iriamos precisar de fogo por hora. Simmon parecia ter sentido algo, até ai não havia problema algum porém ele insistiu em me chamar de mestiço e paciencia não era um traço que tenha herdado de qualquer um de meus lados. Virava na mesma hora lhe desferindo um soco falso parando diante de seu rosto.*

— Lagartixa! Se não quiser virar meu jantar melhor parar de me chamar de mestiço! Já devorei outros por menos que isso!

*Olhando em seguida para a direção apontada apenas via névoa branca ao redor das copas das árvores, ao me voltar para Simmon muito mais irritado com ele do que o caminho que se fechava, seguia enfrente indiferente a floresta. O caminho estranho leva a uma nova trilha, essa trilha mais estreita que a anterior, era bastante incomodo, até gostava da natureza, sempre foi um ambiente mais agradavel que as cidades. A floresta se tornava escura e isso dava uma nova perspectiva da situação, fazendo me lembrar vagamente da Floresta Endless na parte onde a propria floresta havia me atacado e via uma nova chance disso ocorrer novamente pois tudo a minha volta indicava que essa floresta estava viva. Novamente Simmon abre a boca apenas para dizer o obvio, mal me dou o trabalho de emitir algum som relevante. O novo ambiente que adentrava era silêncioso e isso era muito fora da realidade. Mesmo em meu grande orgulho havia me sentido desconfortavel por conta de um fato. Ignorava em parte o barraco, parecia abandonado ou ao menos fora de uso convenional, Simmon falava novamente.*

"Esquecendo alguma coisa!"

*Observo a casa com desconfiança, aquilo não parecia certo, porém o que mais evita minha primeira investida a casa é o mero fato de que o tolo dragão não havia me dito o que deveria procurar. Espero por alguns instantes para ver se Simmon lembrava-se de algo e quanto minha pouca paciencia acabasse me dirigiria a casa e tentaria entrar. Nesse meio tempo de espera ficava balançado a cauda impacientemente e fazendo desenhos no chão com as garras dos pés.*

por **Gin** Sex 16 Dez 2011, 2:06 pm

Simmon não disse nada antes de sumir de vista e, por isso, Kiryu resolveu que tomaria as ações por conta própria. Saiu pela clareira silenciosa na direção da cabana aparentemente abandonada. Não viu qualquer tipo de ameaça e, por isso, foi em frente sem pestanejar.

Agora conseguia enxergar o céu escuro novamente. Mesmo assim, a visibilidade tinha melhorado consideravelmente e conseguia ver muito melhor do que na floresta. Ao menos veria se fosse atacado.

Chegou até a porta da cabana surrada. Pensou se deveria bater ou não, visto que não havia ninguém por aquela casa em muito tempo. Quando resolveu que iria entrar por conta própria foi interrompido por uma voz.

— Pare. — Kiryu olhou para trás. Um homem saía da trilha de caça que tinha acabado de tomar. Carregava um pequeno machado de cortar madeira em sua mão direita e na outra algumas lenhas recém cortadas. Não conseguia decifrar quantos anos o homem tinha pois seu rosto era bastante enrugado com os olhos pretos afundados, porém suas mãos e braços continham peles macias e suaves, como as de um jovem. Além disso, era muito musculoso fazendo sua camiseta ficar colada em seu corpo. Tinha poucos cabelos grisalhos na cabeça que mal chegavam em sua orelha. Usava uma calça de pano com botas de couro.

— Não poderá entrar nessa cabana, nem que tente com todas as forças. — Falou calmamente, caminhando na direção de Kiryu. Olhou com alguma curiosidade para o rabo do meio dragão e também para suas garras. — O que quer aqui? — Perguntou, sem alterar seu tom de voz.

por Letarius Sáb 17 Dez 2011, 7:01 am

*Assim que me aproximava da cabana alguem me detia, surge então uma figura curiosa em muitos aspectos. Parecia um lenhador ou caçador que vivia pela floresta, mais levando em conta a natureza daquele local, poderia ser qualquer coisa. Porém não mudo meu olhar de curiosidade enquanto olhava para ele. E respondo da forma que conseguia.*

-Para ser bem sincero, eu não sei! Estive em uma jornada para coletar alguns "itens" e atualmente fui trazido para cá pelo meu empregador. Mais não recebi qualquer informação relevante do que deveria realmente fazer aqui. Portanto, se não quer que eu entre eu não entro, até que meu empregador diga o contrario.

*Tendo dito isso me afasto da cabana e passou a analizar o novo individuo.*

-Desculpe, incomodar sua pessoa, mais fiquei curioso, o que é você?

por **Gin** Qui 12 Jan 2012, 8:36 am

O homem ficou curioso quanto a resposta do meio dragão, apesar de não demonstrar isso. Seu rosto estava impassível como sempre, não demonstrando o que estaria passando dentro de sua cabeça. Novamente varreu o local com os olhos, sem encontrar qualquer anormalidade.

— Itens, hã? — Disse, ainda com sua voz calma e controlada. — Algumas criaturas já vieram por esses lados procurando um item raro que tenho em minha posse. — Parecia não se importar em divulgar essa informação. — Mas essa é o único item do qual não posso me desfazer.

O homem caminhou até a porta da casa e colocou as telhas recém cortadas ao lado da porta, enfincando seu machado em uma delas. Em seguida tocou com a mão na porta, murmurando algumas palavras desconhecidas. Nada aconteceu.

Ouviu a pergunta de Kiryu. Não olhou para o mesmo ao responder. — Sou um aposentado. — Em seguida endireitou-se, limpando a grama de suas calças. — O que fará agora? Certamente o seu empregador não deixará que parta sem o que ele quer e a única coisa que posso pensar seria esse item que tenho em minha posse.

O homem não parecia ameaçar ou, até mesmo, querer brigar. Sua voz ainda era tranquila como se tivesse tendo uma conversa agradável com algum amigo. Um homem muito curioso.

por Letarius Sex 13 Jan 2012, 12:41 pm

*Não fazia nada enquanto o homem ia até a casa e continuava a falar, aparentemente o último item era sempre algo de estimado valor ou de grande necessidade para o seu dono. Quando o homem finalmente chega ao ponto de perguntar o que eu faria eu respondo sem exitar com tom de voz calmo e tranquilo, porque não via problema em ter que lidar com aquele dragão mais cedo ou mais tarde.*

-Eu? Dou meu jeito não precisa se preocupar, mais eu gostaria de saber que objeto é esse! Se não for um encomodo, não precisa trazer ele até aqui, amenos que não saiba como descreve-lo.*Tinha uma expressão neutra no rosto ao dizer isso, mais sentava em seguida no chão e começava a balançar a cauda de um lado a outro como se tivesse esperando a resposta do homem.*-Sinceramente não vejo problemas em não concluir minha missão, mais de preferencia gostaria de saber que item é esse, acabei ficando verdadeiramente curioso com o item que ele busca.

*Tendo dito isso ficava lá parado esperando o que o "lenhador" aposentado iria dizer ou fazer.*

por **Gin** Sáb 14 Jan 2012, 5:20 pm

O homem não respondeu imediatamente às indagações do meio dragão, preferindo observar tudo à sua volta, vendo, aparentemente, a movimentação das folhas na densa floresta e o movimento dos arbustos e do mato mais alto. Curvou-se sobre a lenha e começou a empilha-las em grupos de 3 ou 4 para que o transporte fosse mais fácil quando precisasse. Deu um grande suspiro como Kiryu viu, estreitou seu corpo e olhou diretamente para o meio dragão.

— O item que procura é uma essência especial, uma essência de um maravilhoso poder. — Disse, sério. — Essa essência está fundida ao meu corpo, que é o que me mantém vivo e me dá um propósito em minha longa vida. — Completou, massageando seu peito com a mão direita.

— Desse modo, o único modo de conseguir essa essência seria dando um fim em minha vida. — Falou, abaixando suas mãos e sorrindo calmamente. — Se não for capaz desse ato, sugiro que retire-se daqui e leve sua missão para outro lugar.

Dito isso o homem misterioso retomou sua atividade de empilhar as lenhas. Pegou o machado e enfincou-no no solo ao seu lado. Em seguida, falou.

— Não se esqueça de levar esse dragão que viaja com você. Uma criatura dessas rondando por aí pode assustar os animais que tanto prezo. — Continuava com sua voz calma. Parecia não se importar com nada. — Se for me atacar, venha agora.. essa conversa já acabou.

O que faria o meio-dragão?

por Letarius Qua 18 Jan 2012, 10:07 am

-Ha,ha,ha,ha.... eu não quero matar um aposentado, desculpe lhe desapontar! Pode aproveitar sua "aposentadoria", não estou fazendo um serviço para me tornar assassino!

*Falava com um tom de voz mais arrogânte, dando a entender que para ele seria uma tarefa simples, mata-lo. Erguendo do solo e batendo com a cauda tirava a sujeira e abria as asas.*

-Bem, vou indo, se os animais prezam a propria vida vão ficar longe dele da mesma forma como ficaram longe de mim... porém temo dizer que talvez uma pequena parte de sua floresta seja incinerada em meu embate contra o dragão. Até provavelmente nunca!

*Com um aceno de mão e um sorriso enigmatico no rosto, batia as asas e erguia voo, agora deveria me preparar seu sorrriso era porque finalmente era chegada a hora, já havia aturado o dragão por muito tempo para seu proprio gosto, era finalmente hora de acabar com a existência dele. Saindo da clareira pertencente ao "lenhador", seguia para fora chamando o nome do dragão.*

por **Gin** Sex 20 Jan 2012, 9:11 am

Com um rápido movimento atirou-se ao ar, por sobre a floresta. Procurava por Simmon, o dragão de quem agora tinha uma raiva intensa, uma raiva da qual não seguraria mais. Enquanto isso o homem lá na clareira sorria consigo mesmo, algo que não fazia havia muitas luas. Viu o caráter do meio-dragão e isso deixou-no bem curioso. Talvez o mundo de hoje estivesse mudando, pensou.

Kiryu procurava freneticamente por seu contratante pela floresta. Não via-no e, tampouco, sentia a energia estranha que denunciava a sua presença. Expandiu sua visão para além da floresta, indo morrer por toda a praia da Península de Ruff. Aquele estranho clima do local, tão incomum para a praia, impedia-no de ver tão bem e atrapalhava um pouco os seus incríveis dons naturais.

Finalmente achou. Simmon havia retornado à sua forma original e estava em pleno voo. Parecia que ia em direção a Hirt. Impulsionado por sua crescente ira, o meio-dragão logo começou a caçá-lo pelos céus. As poucas pessoas da praia viam, dessa maneira, uma cena que não se repetiria por algum tempo: uma grande fuga de dragões em seus céus. Muitos dali iriam contar essa história para todos, algo que mexeria com a mente dos locais.

Enquanto isso Kiryu continuava perseguindo o dragão. Já tinham sobrevoado Ruff e pareciam aproximaram-se do Rio Kellsea novamente. Viu SImmon perder um pouco de altura e percebeu que o dragão iria pousar ali. Não pensou duas vezes e começou, também, a sua descida.

<Kiryu recebe 40 de exp pelos posts. Poste no Rio Kellsea direto agora, esperando a GM Shaorin postar antes lá para depois dar continuidade ao post>

por Sérpico Dom 02 Set 2012, 12:39 pm

Cogumelo Lágrima.

Sérpico estava de volta à Ruff. O bate-volta foi tão rápido que o rapaz até esqueceu de se alimentar em Calm. Com sorte encontrou um pé de fruta nas estradas e encheu a pança com aquela coisa redonda e cheia de sumo que mal sabia o nome. A principio, um gosto amargo, mas depois a língua se acostumou.

E agora alcançara as praias. Estava numa busca, e deveria encontrar o que queria por ali, brotando da areia, ou de alguma região cavernosa por perto.

Procurava um tal de Cogumelo Lágrima.

Então, caminhando a esmo e olhando para todo o lado, Sérpico tentava avistar algo que lembre uma lágrima mas que seja um cogumelo.

por **GM Akira** Seg 10 Set 2012, 10:08 pm

@ Sérpico.

Mais uma vez de volta a Ruff, dessa vez, com um objetivo bem diferente: Encontrar o tal Cogumelo Lágrima, mas como? Realmente não sabia. Não sabia onde, muito menos seu aspecto e isso tornava tudo mais e mais complicado. Mesmo assim, talvez pudesse ter alguma sorte no decorrer de sua viagem pela praia.

Caminhou mais alguns metros, talvez procurando alguma informação, mas nada encontrava. Até que um grito direcionado, provavelmente, à Sérpico, chamou sua atenção. Era um velho pescador. Calças até os joelhos, um colete simples de pano, ficando este aberto deixando o peitoral à mostra. A pele era queimada do sol e na cabeça, um pequeno chapéu de palha para se proteger do calor constante. Por sinal, o garoto estava pingando de suor.

- Hey! Garoto! Poderia me ajudar, por um momento?

O homem de meia idade pedia a ajuda de Sérpico para colocar um bote em alto mar. Era um tanto grande e pesado e ele sozinho, certamente não conseguiria.

por Sérpico Sáb 15 Set 2012, 1:04 pm

Sérpico secou a testa e estreitou os olhos pra cena. Decidiu ajudar. Arregaçou as mangas da casaca e fez força contra o barco, lhe jogando contra o mar. Nesse meio tempo:

– Por acaso você sabe onde posso encontrar um Cogumelo Lágrima? Tenho quase certeza que nessas praias eu posso acha-lo, mas não sei exatamente onde...

Tinha de ser um nativo, pescador, talvez. “Com sorte ele paga minha ajuda com essa informação”, pensou enquanto começava a se contorcer dentro do seu blusão, o tirando, dobrando e jogando sobre um ombro. “O perfeito contraste de Calm”. Calor demais. Não percebeu, mas já respirava com a boca aberta. A face estava torta por causa do sol que o encarava sem dó, praticamente determinado em tirar a aparência branquela do jovem. Com todo esse cenário, Sérpico imaginou um copo d’água.

Mas antes, o cogumelo:

– Então, já ouviu falar sobre?

por **GM Akira** Seg 17 Set 2012, 10:27 am

@ Sérpico

Empurrar o bote foi difícil. Era pesado e de fato, a maior parte da força ficou para aquele simples pescador, ou ao menos era o que aparentava. Mas no fim, conseguiram colocá-lo em águas marítimas. Em relação à pergunta de Sérpico, assim que pulou para dentro do bote, o rapaz abriu um largo sorriso e gargalhada. Sérpico não entendeu aquela reação, mas ficou curioso para saber o porquê de tudo aquilo e logo o pescador se pôs a explicar.

- Em nossa região, isso tudo não passa de uma lenda, segundo a mesma, existe nas profundezas desse mar um Cogumelo de Cristal, bem polido e brilhante, formado com as lágrimas da Deusa do Mar. Por isso o chamam de Cogumelo Lágrima. Na verdade, ninguém nunca tentou desbravar esses mares a procura de alguma coisa, mas dizem que fica bem no centro do mesmo.

Enquanto falava, o rapaz ajeitava algumas coisas dentro do bote. Cordas, arpões, algumas armas de pólvora, redes, e uma espécie de máscara de mergulho bem rústica. Uma simples proteção de artesanal de sílica transparente e bem polida para os olhos, com uma borracha que recobria o nariz. As alças deveriam ser amarradas atrás da cabeça para poder se ajustar ao rosto da pessoa.

- Porque está interessado nisso, afinal? Se quiser eu o levo ao local. Que acha?

[Desculpe a demora.]

por Sérpico Ter 18 Set 2012, 4:52 pm

Aquilo pegou Sérpico de surpresa. “Uma lenda? Droga. Estou atrás do fruto da imaginação de um marinheiro bêbado?”. Deprimente, revoltante, irônico. Interessante. Sérpico coçou a cabeça, como se fosse difícil decidir o que faria a seguir:

– Claro. Gostaria de ir até essa lenda.

Até porque, o que mais poderia fazer? Restava crer que na existência do Cogumelo, crer que a coisa não era só um mito. Antes de se convidar a subir no barco, Sérpico se explicou.

– Eu estou em busca de ingredientes para uma poção, digo, não sei se são exatamente ingredientes para uma poção, mas enfim; o Cogumelo Lágrima é um dos itens que devo coletar. Quem me mandou nesta busca disse que eu poderia encontra-lo por aqui. Se realmente não for um incomodo, agradeço a bondade em me guiar até o Cogumelo. – pausa básica, e: – Ah, sou Sérpico.

Estando combinado, subiria na embarcação para, uma vez mais, cruzar aquelas águas. Como que por instinto, olhou no horizonte infinito. “Nenhum navio pirata”, pensou, com alivio. Aquelas aventuras passadas ainda estavam bem coloridas em sua mente e Sérpico não queria rever certos elementos hostis.

Todo esse assunto de pirata lhe deixou só um pouco curioso em relação àquelas armas de fogo que o seu mais novo colega carregava. Mas Sérpico não tinha jeito para uma pergunta direta. Seu estilo era comer pelas beiradas:

– As águas estão tranquilas ultimamente? – perguntou, descontraído – Sabe, não tem tido mais tempestades ou, sei lá, criaturas do mal? Ou piratas?

[Akira, não esquenta a cabeça que estou num ritmo lento também. E tenho a impressão que é até melhor assim. Com o Gin as postagens eram lentas mas super criativas, nessa, eu acaba desenvolvendo posts melhores. Criativas que eu digo, tipo sugerir uma sombra de mitologia por trás do que, antes, era um mero cogumelo para Sérpico. Curti.]

por **GM Akira** Sex 21 Set 2012, 8:40 pm

@ Sérpico.

Assim que Sérpico entrou no barco, o pescador, depois de ouvir tudo o que rapaz falara, coçou a cabeça um tanto confuso, exibindo um sorriso desconcertado, como quem tivesse pouco conhecimento em relação a doenças e coisas semelhantes, mesmo assim, não deixou de se apresentar, respondendo ao menos a última pergunta do garoto.

- Me chamo Beremiz. É um prazer.

Sentou-se então, e começou a remar. Sérpico ia atrás, tranquilamente. As águas estavam calmas e a condução do bote era feita depressa, porém, de forma leve, o que demonstrava a tremenda experiência daquele homem. Enquanto isso, ele tratava de responder as perguntas do garoto.

- Rapaz... Ultimamente esse local anda meio perigoso. Sim, alguns piratas e criaturas estranhas. Por isso estou me prevenindo. Acho que deveria tomar cuidado em sua busca também, o mar não é brincadeira.

À medida que navegavam, continuavam a conversar. Sobre mar, peixes, a vida e tudo mais, até que o bote parou, depois de mais ou menos meia hora de navegação. O rapaz se levantou e entregou a Sérpico aquela máscara e o garoto percebeu que não existia mais terra a vista, somente água por todos os lados.

- Bem, aqui estamos. Espero que tenha sorte, como fiquei curioso, esperarei até que volte e irei pescar. Antes, porém, vou amarrar esta corda em um dos assentos do bote e deixar o resto submerso na água para que você tenha uma referência. Tudo bem?

por Sérpico Qua 26 Set 2012, 7:51 pm

– Certo. Volto logo.

E mergulhou.

Então os perigos nos mares ainda pairavam. Sérpico ponderou encima disso. “Mormont já recuperado, ou outros piratas menores?”, pensou e concordou em silêncio com o comentario de Beremiz, sobre andar por ai com cuidado, o que significava armado.

Antes, nem lhe ocorreu como fariam o negocio: como ele buscaria o cogumelo e o que seria depois. Beremiz garantiu esperar na superfície, e graças aos deuses amarrou Sérpico ao barco com uma longa corda. Com tudo isso, Sérpico não tinha porque desconfiar do colega. A vida é dura, e as pessoas mais ainda; é sempre bom ter prudência com um desconhecido. Mas Beremiz ganhou facilmente a confiança de Sérpico. Então: ajeitou a mascara estranha na cara, crente que aquilo deveria lhe dar um tempo de ar debaixo d’agua; olhou o azul envolta do barco, como que tentando achar o cogumelo dali, o que não deu certo; olhou para Beremiz, acenou e fez joinha.

E mergulhou.

Sérpico deixou suas botas e sua casaca verde (em um dos bolsos, a lista de itens que precisava apanhar). Deixou também suas aljavas com flechas, mas levou uma das setas consigo, em punho mesmo. E, claro, foi com o arco bem posto em volta do tronco. O precioso arco que salvara sua vida.

Arma que quase lhe matou.

Poderia precisar dele para empurrar uma pedra ou coisa do tipo. E a flecha seria útil para cutucar lugares apertados.

Agora, olhos bem abertos (a principio irritados com a salinidade, mas pouco depois já adaptados) e movimentos não muito precisos para afundar e afundar. Sérpico era um mau nadador, essa era a verdade. Mas ele não sabia. E seria melhor continuar não sabendo.

“Será que ele brilha? É pequeno, ou grande?” pensava, enquanto descia, “merda, o ancião poderia ter desenhado o cogumelo. Facilitaria toneladas”.

Mas ai não teria graça. A graça da aventura. A graça da aventura de uma busca a esmo. Maravilha. Só com Sérpico mesmo.

por Alafiz Qui 11 Out 2012, 11:38 pm

Alafiz estava meio machucado, mas nada de grave.Já sofrerá danos bem piores.Alafiz reconheceu que o homem realmente era forte, chegou a ficar assustado.Mas logo se acalmou, enfim teria a chance de falar com a xamã.O que você acha? claro quer quero.Deu um leve sorriso.Sua boca também lhe parecia machucada, mas era só impressão.Me chamo Alafiz.Venho de longe.E quanto a nossa luta, não se preocupe.Afinal estavamos lutando e não brincando certo?Estende a mão ao homem, que já estava calmo.E a propósito.Todos que quiserem falar com sua xamã devem lhe enfrentar?Sorri com uma voz cansada

por **GM Akira** Sex 12 Out 2012, 9:54 pm

@ Sérpico.

A busca enfim tinha começado. As várias sensações que passavam pelo corpo do rapaz o deixavam até mesmo confuso e isso era até um bom sinal para talvez não se arrepender depois. Em baixo da água, o tempo parecia acelerar, por alguma razão desconhecida. A falta de ar começava a incomodar e num impulso, sem querer, respirou brevemente e percebeu que uma área de borracha da máscara permitia sua livre respiração. Ótimo, assim poderia se sentir mais aliviado.

Continuou então a nadar. Nada de interessante, contudo, o mar de Ruff era algo belíssimo que Sérpico não tinha como imaginar. Corais multicoloridos, arraias, alguns tubarões bem ao longe que gelaram o sangue do garoto e uma diversidade muito grande de algas e peixe, sem falar de outros organismos vivos marítimos muito interessantes. Deveria ser um lugar muito bom de ser explorado, afinal, quem saberia de seus mistérios? Talvez Sérpico pudesse revelar o primeiro. Em suas “andanças”, porém, começou a vislumbrar locais mais perigosos. A biodiversidade se perdia e dava lugares a enormes algas, pelas quais Sérpico passava.

Até que o silêncio ali se tornou perturbador. Sérpico começou a adquirir a sensação de estar sendo constantemente vigiado. Começou a observar também uma movimentação mais abrupta das algas ao seu redor e quando se deu conta, sentiu o peso em sua cintura diminuir. Olhou para a corda e ela não conduzia mais ao barco. Tinha se desprendido... O desespero começou a assolar o jovem que não tinha – aparentemente – como voltar ao barco. Sobreviver em alto mar, ou melhor, dentro do mesmo, seria uma ótima e nova experiência.

@ Alafiz

- Sim, o Xamã não pode se encontrar com qualquer um. Desculpe qualquer coisa, meu rapaz. Venha, me siga.

Alafiz foi guiado através de um caminho bem rústico. Não sabia onde ficava ao certo aquele local, mas a areia branca lhe indicava que poderia ser bem perto de uma praia. Passaram-se dez minutos de caminhada e enfim, o mesmo chegou a uma tenda feita de palhas grossas e folhas exóticas nunca vistas. Dentro, no ambiente escuro, a fumaça poderia ser vista rodando o ambiente, enquanto uma voz já vencida pela idade, porém, com um tom de autoridade que Alafiz nunca viu igual lhe mandou entrar. Aquilo de primeira vista o assustou. Seria mesmo seguro entrar? Mas não tinha escolha, ou talvez tivesse como simplesmente dar o fora dali, mesmo que não fosse muito sensato.

Obs: Alafiz, divida suas falas e pensamentos para melhor entendimento do texto, tudo bem? Além de uma boa narrativa, também se preza por uma boa estética.

por Sérpico Dom 28 Out 2012, 11:57 am

Por um momento Sérpico se esqueceu de sua busca. A vista daquele mar e suas beldades entorpeceu o jovem, que tinha olhos apenas para interpretar as tantas formas e vidas que não sabia existir. O que poderia encontrar no coração daquela imensidão azul? Nem imaginar ele conseguia.

Mas foi só por um momento. Quando Sérpico viu o tubarão ─ que, graças aos deuses, o ignorou ─, raciocinou que deveria ser rápido, achar o cogumelo e retornar a superfície o quanto antes. Até porque, não sabia quanto tempo de ar aquela máscara lhe daria. Então, continuou afundando, ainda com certa tranquilidade.

E então, não mais.

“Oh não”, pensou ao ver que a corda havia se partido. Aquela corda amarrada em seu tronco que lhe guiaria de volta até o barco de Beremiz. Partida, arrebentada, cortada. Sentiu forças maiores conspirando contra sua vida.

Como se não bastasse, Sérpico adquiriu certo mau pressentimento: as algas, as pedras, o silencio; não sabia dizer, mas algo não estava certo ali. Sentia-se observado, talvez prevendo alguma hostilidade por parte do mar. Estranho, perturbador.

O sentimento de pressa cresceu. Sérpico poderia voltar à superfície, ver o que aconteceu com a corda ou com Beremiz. Mas decidiu que não; já estava ali, não poderia retornar de mãos vazias. Mesmo tenso, continuou mar adentro procurando algo parecido com uma lágrima.

Estava atento aos arredores, pois estava em pânico. Talvez fosse a experiência pioneira de mergulhar tão fundo; falta de habito, apenas. Ou não. Talvez fosse seu senso de perigo mesmo, se é que Sérpico tinha tal habilidade.

Tentava ouvir tudo com mais atenção. Em vão, pois estava surdo.

As batidas do coração eram altas demais.

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