[Área] Treinamento para Soldados

Camille mal teve tempo para pensar sobre a raça do garoto. Olhou para trás para ver o novo recruta (Zhao) que saía da cabana. No início, até imaginou se ele não seria já um soldado, com alguma pendência a discutir com o general, mas ele estava ali fora, com eles, e no instante seguinte, veio o próprio.

Ela evitou medir o recém chegado (Uchio), estando mais ansiosa sobre o que o general diria. Ficou surpresa que ele não tivesse que se submeter a uma análise melhor da ficha, mas não se preocupou, pois acreditava que o treinamento os provaria. Mesmo assim, pela forma que ele estava calado, talvez fosse verdade que seu ego fosse maior do que tudo.

Ignorando isso, deu alguns passos para frente e colocou-se entre Silmeria e Rio Ligeiro na fila. A expressão casual deu lugar a uma seriedade quase ingênua - era aquela dedicação com ar sobrenatural.

Tinha herdado a honra, a coragem e a força de seu pai. O espírito, de sua mãe. Acreditar nisso lhe dava confiança. Acabara de fazer uma viagem e o cansaço de uma nova a preocupava um pouco. Quase que inconscientemente, tocou a espada em suas costas, com orgulho de tê-la. Era também sua segurança. Olhou em volta pelo canto do olho, prestes a dizer "Não, senhor", mas quis confirmar com o restante do grupo se estavam prontos.

Silmeria apenas soltou um breve suspiro quando o general saiu de sua tenda. O tempo para que ela pensasse se ficaria ou não havia sido desperdiçado naquela conversa com aqueles dois... Não dedicou nada além de um breve olhar para os outros membros que haviam formado a fila. O olhar, indiferente, se voltava para frente, sem realmente dedicá-lo ao general.

A meia-elfa ouviu tudo com atenção, achando completamente deselegante o comentário que ele havia feito sobre o outro mestiço que estaria no grupo. O teste, porém, que o general havia dito que os novos recrutas teriam que realizar a animaram um pouco... Caso mudasse de idéia, era uma boa oportunidade para desaparecer e, no fundo, Firewalk não parecia se importar com desistencias. O fato de não receberem nada também não a preocupou, afinal, Silmeria havia trazido seu arco e algumas flechas, já que gostava de explorar e caçar não lhe seria um problema, ao menos esperava que não.

- Não, Senhor. - respondeu, a voz alta e firme a última pergunta do general.

OFF:

Saindo da tenda, após conversar com o general, Zhao se deparou com um jovem que, que consigo tinha uma folha, ele então, passou a se perguntava se era o terceiro recruta ou se poderia ser um quito. Sem perder de vista os outros, ele ficou distante, até que todos foram chamado pelo general, que acabava de encontrar com o jovem que viu a pouco. Finalmente todos em formação, um lado a lado, passou a encarar todos por um longo tempo, logo após, ele se apresentou como General Firewalk, e explicou que todos ali passariam por um teste, e explicou que fazia parte do teste de admissão.

Logo após foram trazidas duas carroças puxadas por cavalo, Yun, passou a observar todos com atenção, ele focava sua atenção, principalmente nas garotas, que pareciam próximas, principalmente pelos traços do rosto. Sem questionar nada, voltou a prestar atenção no general, que perguntou a todos se havia alguma pergunta, assim como todos, o garoto apenas respondeu que não, e sem esperar uma ordem, se dirigiu a carroça, onde subiu sem ao menos questionar e se sentou, esperando para continuar.

- Ahhh! - Zhao suspirou aliviado e passou a pensar - " Pelo menos, eu não fui reprovado na primeira fase, resta resistir as outras. " - Então o garoto passou a mão na cabeça, enquanto seus companheiros se moviam, e rapidamente se apresentou a todos - Prazer, Zhao Yun.

<continua neste link>

Depois de um tempo caminhando, Niimai se depara com alguns soldados, talvez até alguns dos quais lhe algemaram e o levaram para a prisão anteriormente. Sem dizer nenhuma palavra, o jovem se dirige para perto dos soldados e lê um cartaz sobre o alistamento.

- Hum... não seria má ideia. Posso ganhar até alguns recursos que me ajudariam em minha busca! -

Sem pensar mais nada, Niimai pegou um dos pergaminhos de inscrição leu e resolveu se inscrever.

Spoiler:

Niimai olha para um dos que estão ali presente e lhe dirige a palavra.

A quem entrego o pergaminho de inscrição?

Ainda de pé, Niimai olhou para o homem que não parecia estar de brincadeira olhou em seus olhos e falou.

_ Bem senhor, acabo de ser inocentado na corte real com a leitora de mentes, Sieme, quanto a Takaras só conheço por nome! _

Em seguida continuando de pé e olhando para o homem que o interrogava Niimai pensou.

_ Nossa! Será que todo demônio é tratado assim por aqui? Que preconceito é esse e que espião seria estupido de parar na toca do lobo assim? _

_ Mesmo sendo um demônio, isso não quer dizer que sou pertencente a Takaras senhor!
Não sei se é de seu interesse, mas venho de uma terra distante conhecida como Sétimo Hades e busco encontrar uma garota religiosa que atende pelo nome de Marrie. _

O jovem demônio não demonstrava alguma expressão e olhava nos olhos de seu interrogador. Niimai queria falar mais, mas não mais que o necessário.

_ Algo mais senhor ? _

Enquanto Niimai falava, o general lia o formulário do demônio sem demonstrar muita surpresa. Afinal, que surpresa deveria demonstrar? Já havia lido aquelas opções centenas de vezes,. Na verdade sabia a ordem de cor, e apenas a posição dos X já revelava a ele o que o recruta à sua frente era capaz de fazer e o que havia em sua mente.

— Engano seu. — Respondeu quando o rapaz terminou. — Demônios apenas surgem de lugares empesteados e amaldiçoados. Aqui na ilha o único lugar assim é Takaras. A não ser que seus pais tenham fugido para outro lugar. Suponho que este Sétimo Hades não seja nenhum parque com flores e um lago cheio de peixes coloridos.

Ele se levantou, tirando a espada de sua mesa e a guardando na bainha em sua cintura.

—Demônios possuem instintos que vão contra sua vontade. Alguns são capazes de ocultar sua verdadeira intenção nos confins de sua mente, de forma que uma leitura feita por um mago pode não captar. E caso esteja se perguntando, sim já houveram seres como você tentar alistar-se no exército. Mas me corrija se eu estiver errado: não existe nenhuma mulher religiosa chamada Marrie em minhas tropas. Se seu objetivo é procurar por uma mulher, receio que esteja no lugar errado.

Niimai balançou a cabeça de forma negativa, voltou sua atenção para o homem que acabava de guardar a espada em sua bainha e falou.

_ Vejo que o senhor anda muito enganado sobre o conceito de demônios, mas tudo bem. Quem sou eu para o convencer do contrario?
Imaginei que os soldados daqui fossem pessoas de mente aberta, me enganei mais uma vez! _

Niimai com um olhar sério, estende suas mãos falando.

_ Eu quero estar do lado do reino e lutar por ele, mas o senhor me julga pela raça que nasci e não pelo que sou. Sendo assim, estou disposto a ir mais uma vez preso e provar minha inocência diante de todos! O senhor desconfia que eu seja um espião de Takaras então me prenda, estou aqui de mãos estendidas é só prender, aguardar e o senhor verá o quanto errado esta sobre minha pessoa! _

O general rio da resposta.

— Sabe o que o último demônio que chegou aqui fez? Foi exatamente como você, quis se alistar, mas assim que cravei a espada na mesa ele sacou duas adagas e tentou arrancar minha cabeça. Digamos que ele perdeu a dele antes. Outro, mais esperto, se disfarçou de humano e seu dano foi suficiente para fazer estourar a última guerra. Ainda acha pouco, recruta?

Levantou-se, dando a volta na mesa e parando em frente a Niimai, cruzando os braços. O general era mais alto que o rapaz.

— Isto não é um menosprezo de sua raça, meu rapaz. É um teste. Sua raça tem muitos nomes, mas acredito que são atitudes individuais que importam. Se quer realmente fazer sua diferença entre os humanos, faça valer a pena.

Ele coçou o queixo demoradamente.

— Geralmente eu mando o recruta e mais alguns sobreviverem na floresta Endless por um tempo, mas sendo sua sorte ou azar, não temos novos recrutas hoje. Logo seu teste será aqui mesmo. Siga-me.

O general saiu da sala, seguindo para uma cerca. No que parecia um curral, homens e rapazes lutavam com espada e escudos, porém desprovidos de qualquer outro tipo de proteção, inclusive não usando qualquer túnica ou camisa. Alguns deles possuíam cortes superficiais pelo corpo.

— Sabe usar uma espada? Tire seu equipamento e entre aí apenas com suas calças. Pegue uma espada e um escudo. Tente apenas ficar vivo.

<Carllos, você irá entrar em um curral de treinos. Assim que pegar a espada e o escudo, irá enfrentar um dos homens. Narre suas impressões e quais serão seus movimentos iniciais>

@Seishirou

O elfo acordou assustado no que parecia ser uma tenda. Tinha desmaiado devido ao impacto da calda de um dragão na invasão dos animais à praça central de Hilydrus. Mal abriu os olhos e pode escutar uma estranha voz. Era grave e potente, tinha um certo tom de autoridade e ao mesmo tempo era tranquila.

-Bem vindo ao Exército de Hilydrus. O senhor, elfo, foi movido para um tenda especial pela solicitação de um dos generais. Daqui a pouco ele irá falar com você.-

Parecia ser apenas um vigia comum. O homem se vestia com o uniforme azul padrão do exército e tinha em seu peito uma estampa de um cavalo branco logo ao lado do emblema da família real.

-Meu general logo virá, mas antes essas visitas fizeram questão de te ver.-

O homem deu um passo para o lado saindo da entrada da tenda e correndo chegaram as duas crianças que Seishirou tinha salvado antes. O garoto trazia consigo uma caixa de madeira e ao se aproximar ele abriu mostrando algumas peças de ouro e gesticulando de modo que fazia parecer que estava lhes dando ao elfo.

Se Seishirou olhasse ao seu redor poderia ver que havia mais algumas camas bagunçadas ao lado da sua, eram nove no total. Era uma tenda grande, parecia ser um local de repouso, dormitório ou algo do tipo. De qualquer modo, estava claro que se encontrava no exército.

Quando acordei de vez, completamente doído pelo golpe, era algo similar a uma tenda. Em seguida, escutei uma voz grave, parecida com a daquele soldado que encontrei na praça de Hilydrus... E ele me desejou boas vindas à sede do Exército e que eu tinha três pessoas à minha espera. Eu ainda estava grogue, não consegui prestar atenção a muita coisa, mas o essencial eu ouvi.

Quando finalmente foquei minha visão, ele vestia um uniforme azul padrão, parecido com aquele cara que eu tinha visto, mas parecia ter menos patentes. No peito, tinha um emblema de um cavalo branco e um que eu não conhecia (lembrando, Seishirou é um elfo da Floresta Endless, então sequer tinha conhecimento da família real). Ele falou que eu queria ser visto por outros dois antes do importante, e eram as crianças que eu tinha salvo.

Ele trazia consigo uma caixa de madeira, e ele me mostrou. Tinha algumas peças de ouro, e que ele, com gestos, dizia que eram minhas.

Ao meu redor, além da minha, tinham mais oito camas. Era algo parecido com a tenda médica, própria para repouso.

-Sério que é pra mim? - perguntei, ainda um bocado zonzo. O golpe tinha sido bastante forte, e eu precisava ainda bastante de descanso. Mas tendo a plena consciência de que eu estava na sede do exército, eu sabia que não estava mais em Hilydrus, ou ao menos não na praça central.

@Seishirou

-É claro que é, você salvou essas crianças-

Uma voz ainda mais potente e autoritária que a do guarda que se encontrava dentro da tenda pode ser ouvida e enquanto o garoto balançava a cabeça positivamente segurando a caixa, o guerreiro com quem Seishirou tinha se encontrado na praça central fez sua entrada.

-Acreditaria que eles quiseram voltar lá depois do ataque só para buscar isso? Não ouse recusar-

O homem agora se vestia com o uniforme clássico do exército de Hilydrus, não mais com uma armadura, porém azul do mesmo modo. Assim como as roupas do outro soldado, as vestes dele tinham o brasão da família real no peito e a estampa de um cavalo centralizada, porém a diferença era que em sua roupa os detalhes não eram brancos, eram dourados e a cima do brasão havia cinco estrelas.

-Você se encontra no exército de Hilydrus, área de treinamento da infantaria, não é minha área, mas tudo bem.- Apontava para estampa em seu peito indicando o cavalo branco. -Meu nome é Perceval, sou o general da cavalaria, servente da família real, respondendo diretamente ao príncipe.-

Para Seishirou aquilo que o homem dizia não tinha muito sentido. O elfo era da floresta e não sabia direito o por que de um exército ali. Até fazia sentido para proteção da cidade, mas o que diabos seria a família real que ele tanto falava. Aquele homem dizia servir o príncipe de Hilydrus, mas não explicou muito bem como nem o por que. Ao menos agora o elfo sabia quem ele era, pequenas duvidas ainda pairavam em sua mente.

-Sua atitude hoje foi digna do mais bravo cavaleiro, está de parabéns, se pudesse me mostrar o que sabe eu ficaria feliz de te recrutar.-

Dito isso o homem, esperou alguns segundos e se virando de costas ele saiu. Estava claro que ele esperava que o elfo da floresta o seguisse. Agora Seishirou estava descansado e já se sentia melhor. Não tinha nenhum dano aparente. O golpe do dragão que o apagou mais cedo não pareceu ter ferido de alguma maneira muito seria e o corte em seu braço estava enfaixado.

[Seishirou, 250 de Exp pela aventura, 100 pela narração e mais 50 pela paciência com meu atraso em alguns posts, total: 400. Também ganha 2000 L$ dados pelo garoto]
[Seu HP e MP estão novamente em 100% e você se sente totalmente regenerado. Está livre para tomar a ação que quiser]

Ao terminar de ouvir as palavra do general, balancei a cabeça de forma positiva e discreta e me dirigi para perto de uma bancada onde havia um pequeno arsenal de espadas e escudos. Pensei em pegar uma espada comum e uma outra pequena no lugar do escudo, eu estava acostumado a lutar no estilo dimachaeri, mas deveria lutar como os outros ali.

Despi meu equipamentos do corpo, ficando somente com as calças, prendi o cabelo para o desafio que estava por vir, em seguida escolhi um dos escudos e umas das espadas comum e fui me deslocando de forma atenta para curral de treinos.

Uma voz com mais poder apareceu enquanto o baixinho me respondia sem qualquer palavra.

Quando eu pude perceber, um pouco melhor, era o guerreiro com quem eu tinha me deparado na praça central de Hilydrus, o que significava que eu não estava muito longe de lá.


-Acreditaria que eles quiseram voltar lá depois do ataque só para buscar isso? Não ouse recusar-

Quando ele disse, eu fiquei pasmo. Os dois quiseram voltar lá só pra buscar o que me pagar. Fiquei surpreso, pegando a caixa em seguida.

-Muito obrigado, baixinho - disse eu.

Vestindo-se igualmente ao soldado que me atendera, os dois tinham o mesmo brasão. Fiquei intrigado. Havia uma ligeira diferença na roupa dos dois, ao passo que notei que ali era justamente a patente que fazia a diferença.

Foi quando ele me explicou onde eu estava - embora não fosse a área dele, já que ele era da cavalaria. Seu nome era Perceval.

-O meu é Seishirou, elfo da luz da Floresta Endless, ao seu dispor, general.

Respondi pela patente, mas eu mal sabia o que aquilo queria dizer. E porque teria algo a ver com uma família, que tinha tanto de 'real' nela? Faltava muita coisa ainda pra eu entender. As dúvidas geradas por sua aparição poderiam ser sanadas mais tarde, quando eu pudesse discutir amenidades com alguém menos ocupado.

-Sua atitude hoje foi digna do mais bravo cavaleiro, está de parabéns, se pudesse me mostrar o que sabe eu ficaria feliz de te recrutar.-

Como minha tontura já havia passado e me sentia melhor, e o corte causado pelo dragão em meu braço já estava em processo de cura permanente, mas não seria nenhum entrave. Com o convite, eu me levantei, peguei minhas coisas e o segui, pra ver no que daria. Se ele quisesse me recrutar para a cavalaria, não acharia nada ruim, ainda mais eu também como fazia pra ser cavaleiro de dragão, e queria ter o meu.

Ao ver um em combate, notei o quão poderosa a criatura era, e queria ter uma sob o meu controle.

[Off: Então caras, tô no meio da semana de provas ainda, mas voltando rapidinho, vamos dar um desfecho legal pra histórias de vocês, com uma serie rápida de posts, antes que o fórum feche. Por isso venho a vocês com a proposta de o prazo de um dia, assim que eu ver o post de um de vocês com o tempo de 24h ja postado postarei, mesmo que para isso pule o outro. OK por vocês?]

@Carllos
Firewalk balançou a cabeça negativamente de novo. Aquilo estava ficando interessante. Um demônio entrando em um curral do exercito de Hilydrus. Mas agora estava feito, o garoto pareceu estar disposto a encarar as consequências e enfrentar tal teste. Se ele realmente fosse capaz de sair vivo dali, seria o suficiente para entrar no exercito.

Mal deu um passo para dentro daquele cercado e alguns dos guerreiros que treinavam ali já o encararam. Mesmo que não tivessem reparado que era um demônio ficou claro que aquele ali era carne nova, um ambiente um tanto hostil.

Muitos guerreiros estavam em pares lutando um a um. Um deles ao bloquear o golpe de espada do oponente com seu escudo desviou o olhar para Niimai e nisso foi atingido por um chute na nuca, logo caindo apagado no chão. O homem que lhe acertou o chute era grande, devia ter uns dois metros de altura e ao apagar o companheiro urrou animado. Foi ignorado pela maioria, mas ficou claro que aquele homem era perigoso.

Até ali estava tudo tranquilo, apesar de parecer insano o treinamento era real e se o demônio fosse bom como dizia ele poderia driblar boa parte dele.

Ainda estava parado na entrada até que percebeu o brutamontes se dirigindo a ele. Não demorou muito para se aproximar e Niimai pode ver fúria no olhar daquele homem que parou a poucos centímetros dele o encarando com uma expressão de ódio, e ainda assim ofegante.

-Novato!- Rosnou. -Por que a bandana na cabeça?-

Aquele homem era surreal, mas o pior estava por vir. Foi então que o soldado fincou a espada no chão e botou a mão na cabeça de Niimai, apertando e empurrando para baixo com intuito de fazer pressão, mas escorregou a mão e puxou a bandana da cabeça dele revelando seu terceiro olho

-DEMONIO!- Rosnou de novo. -Você e eu agora! Vamos brincar!-

O homem soltou a banadana de Niimai e pisou nela como ato de ofensa. Em seguida agarrando a espada que estava ficada no chão deu um curto salto para trás.

Foi azar, mas agora não tinha muito jeito, a raça de Niimai tinha sido revelada e ele teria problemas ali.

@Seishirou

Ao sair da tenda Seishirou pode ver todo campo de treinamento de soldados. Era um grande campo e ele mal conseguia ver o fim, sua visão era limitada pela enorme quantidade de tendas a sua volta. Aquilo era meio confuso e provavelmente precisaria de um mapa para conseguir se localizar ali, mas isso não vinha ao caso,

Perceval estava logo na sua frente com algumas folhas de papel na mão e parecia ler interessado. Demorou um pouco mas se virou para falar com o elfo.

-Pelo que os registro constam você consegue usar de algum tipo de magia ao seu favor. Alguns soldados relataram que viram você soltando raios de luz por ali. Confirma?-

Continuou olhando os papeis mas não deu muito espaço para resposta, logo voltou a falar. Parecia ter total confiança no que lhe foi informado mais cedo.

-Com minha indicação você ja esta dentro, nem precisa de muitos teste. Temos uma área para usuários de magia se isso te interessar, mas se quiser faço de você um guerreiro o que diz?-

Esperou a resposta e assobiou chamando a atenção de um soldado que virou-se e bateu continência. O soldado entrou numa tenda e logo voltou para fora trazendo um Grifo com ele.

O animal era majestoso. Tinha penugem dourada e branca e um largo bico que balançava em sinal de irritação. Tinha uma calda longa e suas patas eram todas garras de águia. Parecia meio insatisfeito com o tratamento que o soldado que lhe guiava estava dando. Porém no momento que Perceval segurou suas rédeas ele se aquietou.

[Off: Por mim, tudo ótimo, mano!!]

---

Saindo da tenda atrás do general. Era uma grande campina, não conseguia ver direito o fim por causa do tanto de tendas ao redor. Não prestei atenção nisso mais do que cinco segundos. Eu estava focado.

Enquanto andávamos, Perceval lia alguns papéis interessadamente. Pouco depois se virou, me perguntando se eu disparava raios de luz. Deduzi que os papéis eram sobre mim.

-Confirmo, General. Uso conforme meu poder mágico me permite.

Continuando a leitura, ele voltou absorto. Talvez os papéis não fossem sobre mim, afinal de contas, que espécie de interesse eu causaria em um soldado de alta patente do exército monarca? Era absurdo pensar, ao menos que eu nem era conhecido ainda. Ao menos pensava que não era.

Depois ele falou da área de usuários de magia. Seria bom pra eu desenvolver o meu lado mágico. Disse que, com isso, me tornaria um guerreiro. Eu almejava ser um combatente arcano, usuário de magias e de técnicas de combate ao mesmo tempo. Eu ainda adicionava alguma coisa de élfico, como runas e também meu poder mágico, mas era só.

-Gostaria muito, especialmente se puder entrar na parte onde consiga me tornar bastante forte. - respondi, esperando ter uma resposta positiva. Eu adoraria ser mais forte, principalmente se isso me colocasse frente à frente aos assassinos de meus pais, aqueles orcs idiotas. Foi quando, depois de chamar um soldado, o mesmo voltou com um grifo. Eu já tinha visto algumas criaturas mágicas, e esta era uma delas. Mas nunca cansei de me olhar a elas... Sempre quis saber como as asas de um daqueles eram interligadas ao corpo felino, e então eu poderia ter a oportunidade.

O magnífico animal se aquietou no momento em que Perceval pegou as rédeas. Isso mostrava que ele era respeitado até por um animal mágico... O homem à minha frente era mais importante do que eu supunha.

Assim que o grandalhão saltou para trás me desafiando, eu me posicionei mais uma vez em posição de batalha, com meus equipamentos empunhados e me lembrei das palavras do general: Tente apenas ficar vivo.

Mantive o foco em meu auto intitulado oponente, em seguida falei em um tom alto e claro para que o general ouvisse.

_Senhor, parece que já me escolheram._

Mentalmente comecei a calcular os futuros movimentos de meu oponente, lhe olhei de cima a baixo de forma para poder calcular o que poderia ser feito.

_O cara é um brutamontes, deve possuir movimentos lentos, porém é astuto. Ele logo recuou com um salto quando percebeu a minha raça. Será que seus reflexos são bons? Só irei saber testando._

Segurei firme a espada que empunhava em minha mão e decidi avançar, não para atacar e sim para ver como são seus reflexos. Avancei com um pequeno salto ligeiro me mantendo na altura do joelho de meu oponente, de forma esguia procurei passar por ele e atacar a parte posterior de seu joelho com minha espada e empunhando meu escudo para o alto, para evitar algum ataque vindo de cima.

@Seishrou

O general arqueou uma sobrancelha ao ouvir a afirmação feita por Seishirou. O que ele dizia ali estava muito aberto. Perceval então logo virou a cara para o animal o acariciando um pouco e então passando as rédeas para Seishirou que não teve muita opção a não ser segurá-las.

O animal ainda parecia quieto mesmo sem conhecer o Elfo, o que foi algo a se estranhar, agora o ele podia o ver bem de perto e examinar bem.

-Eu não tenho certeza do que você quer dizer com isso- O general balançou a cabeça negativamente -Porém já decidi o que farei com você. Monte...-

Era diferente, mas Seishirou já devia saber que ali seu teste havia começado. Parecia simples, mas no momento em que o general proferiu a última palavra o animal se atiçou. Foi como se ele soubesse o que estava por vir. O grande animal se mexia muito agora, abria as asas alguns centímetros e sacudia a cabeça relutante.

-Cuidado, ele é orgulhoso.-

@Carllos

Niimai começou com uma investida rápida por baixo no intuito de testar seu oponente. O demônio contava com a agilidade dele para vencer ali então precisava calcular os pontos fortes e fracos de seu oponente.

Até que Niimai estava confiante, mas teve sua mente abalada após o primeiros golpes. Sua arma foi aparada pela do homem de maneira fácil e ele pode escutar uma risada. Ao menos estava certo de que o próximo golpe viria de cima. Ele tinha cobrindo bem a parte inferior se abaixando e limitando a área de ataque. Porém mesmo tendo acertado na teoria falhou na pratica.

O homem usou seu escudo para investir contra o escudo de Niimai, que por ser mais fraco estremeceu e foi repelido para trás. A defesa agora ficou aberta e antes que pudesse tomar qualquer tipo de ação o demônio levou um chute de bico direto na barriga caindo sendo atirado um metro para trás.

Agora podia ver que realmente tinha chamado atenção. Todos ali no curral haviam parado de treinar e estavam assistindo a luta dele, isso incluía o general que não esboçava nenhuma emoção, tinha um olhar totalmente imparcial, diferente dos outros soldados que comemoravam cada ação daquele grande guerreiro.

Em seguida, Perceval fez uma cara de quem não tinha entendido nada. Como não poderia? Mesmo sendo elfo, meu poder não era infinito (embora eu gostaria que fosse). Em seguida, ele jogou as rédeas do grifo em minhas mãos, ao qual eu peguei atabalhoadamente.

O estranho é que o bicho continuou quieto. Embora ele tenha confirmado que não tinha entendido nada, entendi rapidamente que meu teste começava ali. Como eu poderia entender o que fazer em seguida? Entendi logo em seguida.

Quando Perceval falou "Monte", veio a ruina. O bicho começou a se contorcer, como se tentasse tirar as rédeas de minha mão. O que percebi também foi que o soldado, quando trouxe o grifo, morria de medo do bicho, enquanto Perceval não. Ainda mais quando ele disse que o animal era orgulhoso, decidi fazer o que era mais simples pra mim: me mantive firme, e olhei dentro dos olhos do monstro, mostrando minha sinceridade e falta de medo.

Afinal de contas, o que era um grifo tentar me retalhar quando eu escapei vivo de um dragão?

Off: Zato você esqueceu de colocar a contagem de HP ou não terá dessa vez?
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Assim que senti o chão ao cair pude sentir o dano do ataque de meu oponente e me perguntei qual seria seu ponto fraco, o cara era imenso e como todo mundo teria que ter um ponto fraco. Me levantei com um impulso e me coloquei mais uma vez em posição de batalha, eu não queria mata-lo, somente achar seu ponto fraco q tirar proveito disso.

_Vamos Niimai pense, pense..._

Pensei que deveria avançar com alguns movimentos caóticos, mas achei melhor ficar parado e observar seus movimento de ataques, caso ele me atacasse eu procuraria me defender e me esquivar de seus ataques.

[Foi mal, demorei.]

@Seishirou

Seishrou e o grifo agora praticamente se encaravam. Nos olhos negros e escuros do animal o elfo podia ver seu reflexo, quase que como um espelho levemente distorcido. O animal aos poucos se aquietou. Agora Seishirou podia sentir que ele estava relutante quanto a ficar quieto, mas mesmo assim parecia estar respeitando aquela tentativa de doma.

-Começou bem...- Perceval esboçou um sorriso estranho, parecia estar gostando do que via. -Montar Grifos é um teste de inteligência, calma e ao mesmo tempo força, não recue e não avance, você logo entenderá. Mais importante: não me decepcione.-

O animal deu dois passos para trás e abrindo as asas totalmente empinou o corpo e sacudiu as patas da frente, por centímetros não acertando com suas garras o rosto do elfo que pode sentir quase que um vento cortante.

Porém Seshirou conseguiu se manter imóvel talvez realmente tivesse a coragem necessária, talvez o medo tivesse o imobilizado, afinal, aquelas asas aberta tinham no mínimo dois metros, tal como o animal quando sobre as patas trazeiras. O grifo respondeu bem a aquilo. Ficou sobre sua quatro patas novamente e virou o corpo de lado para Seishirou.

-Você pode subir. Agora, convencê-lo a voar é outra história, deixarei que você mesmo descubra um modo.-

Perceval falava como se estivesse se comunicando pelo animal, era até estranho.

@Carllos
[Não, pelo chute não teve nada]

Mesmo após receber o golpe Niimai se manteve calmo, tentou analisar todos os ângulos possíveis e ver por onde poderia ou não atacar, queria achar o ponto fraco do homem. Mas não atacou, esperou, ficou passivo apenas aguardando um golpe no qual pudesse contra atacar e sair vitorioso direto.

O homem correu direto para cima dele sem pensar duas vezes. Aquela parecia ser a chance de Niimai. Seu oponente colocou o escudo a frente do corpo como se fosse atropelar o demônio sem pensar duas vezes, parecia nem mesmo usar a espada. O lógico seria esperar um golpe surpresa ou um movimento elaborado dele, mas não.

O homem parecia querer humilhar o demônio, nem tinha usado a arma direito naquela luta, queria apenas bater no demônio com toda sua força e mostrar superioridade.

O escudo bateu direto contra o de Niimai, que foi repelido. Mais um chute. Agora no rosto. Nimai cuspiu sangue, teve o interior de sua boca aberto pelos próprio dentes. O chute foi forte, empurrando-o e jogando ele para trás, fazendo assim com que ficasse caído no chão mais uma vez. Instintivamente durante o golpe, Niimai, por sorte ou não, conseguiu tocar a lamina de sua espada no calcanhar do homem, abrindo um corte bem profundo.

O oponente do demônio, agora mancando, se virou furioso. Niimai tinha achado um ponto fraco, ou melhor, criado um. Mas tudo que é bom pode ter um lado ruim. Agora tinha conseguido levar seu oponente para outro nível. Com ele irritado ficaria mais complicado vencer ali.

[-15% de HP pra você brô, agora teve desconto xD]

Sem crise ^^

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Ele relutou um pouco, mas respeitou ao passo em que se aquietou. Perceval sorriu, de uma forma bastante estranha, mas gostei de saber que ele gostava do que via. Disse pra eu montar o grifo. Disse pra que eu não avançasse e não recuasse, me mantivesse firme. Não entendi logo de cara, mas me mantive como ele me ordenou.

Ao passo que o grifo deu dois passos pra trás e abriu as asas totalmente, fiquei maravilhado com a plumagem das asas dele. No momento seguinte sacudiu as patas da frente, quase me acertando no rosto. Me mantive imóvel, mantendo o mesmo olhar e aguardando a resposta do bicho. Ele respondeu bem, no qual virou o corpo de lado, voltando às quatro patas.

Perceval disse que eu poderia subir no grifo, mas convencê-lo a voar era outra história. E era mesmo. Se por respeito ele me deixou montar, eu talvez deveria mostrar força e ao mesmo tempo jeito para fazê-lo entender que eu é quem dava as ordens por ali.

Montei no grifo em seguida, sentindo a maciez de seus pelos - afinal, um grifo é um ser com cabeça de águia e corpo de felino - e me posicionando de maneira que pudesse ficar com os pés presos em seus flancos.

Com a maior firmeza que encontrei, disse, sem bradar ou sussurrar...

-Avante.

Meu oponente parecia estar irritado com o ocorrido, estranho, pois quem parecia estar em vantagem era ele.

_Agora que ele ficou irritado, pode ser que seus ataques fiquem mais fortes e violentos, porem ele não vai conseguir pensar direito e começará a agir por instinto... procurarei ter um pouco mais de cautela._

Me levantei mais uma vez, avançando contra meu oponente com a intenção dessa vez de acertar a dobra de seu braço em que empunhava a espada. Meu oponente parecia não ter vontade de me machucar seriamente, pois até agora só tinha me chutando e jogando para trás, algo estava me fazendo pensar "que razões eu teria para ferir seriamente um futuro companheiro de equipe, podendo deixa-lo inutilizado para combate?"