Praça Central de Comércio

@ Gin

A luta não estava sendo fácil, e Gin não estava reclamando. O desafio aumentou de nível, o que de forma bastante peculiar, provocava uma sensação de excitação no garoto que almejava a vitória. E claro, se desejava a vitória, não ia perder ali e agora, com uma morte patética.

Rapidamente colocou ambas as pernas livres, em cima dos joelhos do adversário e usando de sua força – que não foi pouca – empurrou o corpo para trás. Como Gin havia imaginado, as pernas, muito menos os joelhos daquele humano, havia se mexido.

Contudo, naquele momento estava livre para realizar qualquer ação. Mas não o fez. Como já tinha percebido, a luta se baseava em “turnos”. Cada um tinha a sua chance de atacar e agora era a vez do monstruoso Rion. O grandalhão se ergueu calmamente e fitou Gin com um sorriso no rosto.

- Há tempos não recebo um lutador que nem você... Pro Kaen pedir desistência, você deve realmente ser forte. Estou animado moleque...

Rion colocou então o pé direito à frente, e bem devagar começou a deslizar o mesmo para frente. Segundos depois arrancou em uma corrida contra Gin. O chão ia rachando a cada passo rápido que Rion fazia. Primeiramente, parou de forma brusca na frente de Gin e lhe desferiu um soco nas laterais do corpo. O golpe foi fácil de se perceber e por isso Gin, usando de experiência em batalhas, apenas deu um passo para trás desviando do golpe, para logo em seguida desferir um golpe em algum ponto desprevenido de Rion, que dessa vez não aconteceu.

O braço do oponente subiu na vertical, bloqueando as chances de ataque no tórax. Rion não parou por ai, aproveitando o braço direito, cujo qual havia errado o soco, desceu contra Gin uma potente cotovelada, que também não funcionou. O garoto apenas pulou para o lado desviando do golpe e dessa vez a chance veio. Da lateral do corpo até a cabeça, toda a área estava desprotegida. Aproveitando a brecha e correndo contra o inimigo, Gin desferiu com todas as suas forças, um chute no meio do peito de Rion, que saiu do chão por alguns segundos e caiu alguns centímetros para trás.

Gin sentiu em sua perna, a mesma dor que sentiu em suas mãos. Aquilo definitivamente não era comum. Enquanto isso, Rion levantava com um sorriso largo. Porém, sem nenhum sinal de que havia se machucado. Estava bem até demais. Realmente o oponente era difícil. Quase não deixava brechas e quando deixava, seu corpo tratava de “preencher” essa falha. Se Gin não pensasse em algo, estaria em grande desvantagem.

- Não pense que um golpe de sorte desses irá me afetar... É sua vez garoto.

Retornando para aquele lugar mais rápido o que eu pude, mal parei para descansar no caminho entre Takaras e Paramet, só parei quando finalmente estava alguns quilômetros do castelo... Ali eu percebi a sorte que me aguardava. Segui viagem mais tranquilamente após o meio do caminho e assim eu cheguei a Paramet. Cansado, exausto, mas em Paramet, e o que é melhor: inteiro e com os dois chifres da cria do Senhor de Takaras.

-Eu mal acredito em mim mesmo... Embora eu me sinta melhor, ainda estou me sentindo dolorido... E eu matei uma das crias do senhor de Takaras... Uma das crias!!! Caraca, eu não sou tão forte assim... Mas que seja, o que importa foi que eu consegui, e eu tenho que entregar os chifres para a mulher para que ela me entregue a pedra, assim eu posso voltar para o bar... Mas eu ainda acho que não vou ter pra onde voltar depois dessa... - disse eu, falando comigo mesmo. Claro que não falei alto, mas os que chegaram perto demais de mim não acreditaram - ainda bem, só acharam que eu era doido de falar sozinho e ficar contando vantagem.

Fui andando calmamente, claro que olhando para todos os lados, e assim eu cheguei na velha salinha fétida que a mulher atendia - isso se era isso mesmo que ela fazia.

Andei pelos corredores, prestando atenção no que vinha em meu caminho. Claro que eu iluminei o corredor, e vendo que só estava ela ali - sua presença era gritante e eu conseguia sentir melhor a presença dela do que antes..

Cheguei na sala e ela estava junto com outra pessoa, que eu não fiz questão de sentir...

-Depois quero falar contigo, mulher - disse eu, não interrompendo muito o assunto que ela tinha com a outra pessoa.

Gin conseguiu perceber uma vantagem com seus ataques padrão. FInalmente estava ali uma forma de acabar com aquela luta que a tanto se estendia e já começava a deixar o rapaz com dor de tantos ataques falhos. Deu um pulo para trás, afastando-se de Kaen.

— Aaah, o grandão tá com raiva agora, tá? — Disse, ainda mantendo-se afastado. Estava provocando, novamente, para que seu oponente viesse para cima como da outra vez. Dessa vez seu plano podia acabar com a luta de uma vez por todas. Preparou-se, dobrando seus joelhos sutilmente.

— Você não consegue nem bater nem em um pedaço de madeira parado, seu lerdo. — Dessa vez sorriu, estalando os dedos.

No momento em que viesse loucamente na direção de Gin, o mesmo pularia por cima de Kaen. Assim que estivesse atrás dele, miraria seu Lei-Gun diretamente no meio do círculos giratórios. Estava curioso com o que poderia ser aquilo, mas não queria estender a luta para descobrir.

— Guenta essa então. — Gritou, mirando seu dedo no meio das costas. Uma fina aura azul já envolvia o rapaz e concentrava-se no seu dedo indicador.

— Leeei-Gun!! — Soltou seu tiro, mirando cuidadosamente.


Off: O Lei-Gun só descontando o MP. Não vou usar HP adicional.

Assim que cheguei logo percebi alguns cartazes colados na parede e pensei comigo:

Pois é... não importa aonde for, sempre tem alguém sendo procurado por algum motivo...

Mas minha atenção logo foi desviada para a praça em si, um amplo lugar com tantas pessoas, tantas cores, tantos aromas, tantos sabores.

OFF: desculpe a rimazinha xD

Após algum tempo andando de um lado para outro apenas namorando os item à venda lembrei-me que não tinha nada nos bolsos e já estava ficando com fome e cansado.
Resolvi então perguntar a algum transeunte.

Fazendo uma cara de cachorro pidão, pergunto à primeira pessoa com jeito amigável que passa próximo à mim.

- Com licença, onde posso arranjar algum tipo de serviço em troca de um dinheiro ou comida e abrigo para a noite?

@ Argaios.

E um novo visitante chegava a Paramet. Argaios chegava naquela cidade movimentada – até demais – recheada de gritos e passos acelerados. Pessoas iam e vinham e o mais interessante: Nunca paravam. A não ser, claro, os caçadores que vez ou outra, “estacionavam” para verificar se existia algum meliante ao seu gosto para ser caçado. E resposta era sim, sempre existia.

O rapaz estava em uma alegria só. Observava, cheirava e provava de quase tudo. Distraiu-se com tantas coisas, que quando percebeu, sua barriga estava roncando alto. Verdade, Argaios ainda não tinha se alimentado desde que havia chego à cidade. Procurou então alguém para lhe pedir ajuda.

No exato momento em que Argaios se virou um homem de aproximadamente 20 anos, apareceu no local. Não vendo outra pessoa por perto, o indagou sobre algum local onde pudesse trabalhar apara conseguir algum alimento. O homem que era alto, olhou Argaios de cima a baixo e sorriu.

Tinha cabelos loiros e olhos curiosamente amarelos. Vestia um casaco cinza de mangas compridas e por dentro uma blusa branca. Uma calça azul com cinto, sendo que na parte do joelho estava rasgada. Ao redor da cintura também carregava uma espécie de bolsa que possivelmente serviria para guardar alguns utensílios. Por sobre um pescoço, um colar e um óculos de proteção.

- Há! Deve ser novo na cidade não é? Bem... Emprego por aqui é difícil, em Hilydrus deve ser uma boa opção. Mas não vou deixar você com fome, venha, eu te pago um lanche.

Após falar com Argaios, deu meia volta e seguiu para uma barraca próxima, esperando que o rapaz fizesse o mesmo.

Spoiler:

@ Gin

Rion vinha loucamente para cima de Gin com um urro de raiva estrondoso. E Gin, para piorar a situação, não cessava as provocações. O oponente de Gin mal sabia que estava caindo em uma armadilha e que corria certamente para seu provável fim.

Gin também não podia ver, mas Kaen, seu adversário anterior, olhava a luta de uma forma séria. Parecia que analisa a luta e sabia que o Gin estava fazendo, não poderia dar muito certo. Esperando o momento certo para o ataque, pulou usando o joelho de Rion como apoio quando este chegou bem perto.

O impulso fora forte e efetivo. Preparou sua mão com seu Lei – Gun e já mirava nos círculos mágicos, quando sentiu algo lhe puxar para baixo, seguido de uma grande dor. No último instante, Rion agarrou Gin, como se estivesse abrançando-o. O que sentiu naquele momento foi um dor imediata.Tal movimento feio por Rion, juntado ao que sentia naquele momento, fizeram seu Lei-Gun acertar o solo, fazendo um buraco no chão do templo.

O “abraço de urso” dado por Rion era algo extremamente forte. Suas mãos e pernas podiam estar livres, contudo, parecia que uma pedra tentava quebrar sua coluna de uma forma que só restasse o pó. Parecia que a força de Rio não tinha limites. Era realmente um oponente formidável.

- E ENTÃO SEU VERME, O QUE ACHA DISSO!? – Gritava aos ouvidos de Gin.

@ Seishirou

Estava feliz, claro, como não poderia estar? Invadiu o Castelo DeaphLocker e roubou dois chifres do poderoso Rei de Takaras! Seishirou comemorava enquanto andava pelas ruas de Paramet. Algumas pessoas que passavam ao seu lado, o olhavam com uma cara estranha, provavelmente pensando que ele era doido ao ressaltar tal fato. Bem, ele não ligava.

Ainda eufórico, se dirigiu até a casa onde a mulher se encontrava. Novamente ela estava com um cliente. Seishirou anunciou sua chegada e sentou em um banco próximo. A mulher o olhou rapidamente e voltou à conversa que estava tendo com um rapaz de aproximadamente 35 anos.

Passaram-se aproximadamente dez minutos e a conversa chegava ao fim. O homem saia com uma pedra negra brilhante nas mãos e com um sorriso faceiro. É, existe gente de todos os tipos. A mulher colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e indicou a cadeira em frente a escrivaninha para que Seishirou se sentasse.

- Vejo que conseguiu mais do que o esperado não é mesmo?

- Há! Deve ser novo na cidade não é? Bem... Emprego por aqui é difícil, em Hilydrus deve ser uma boa opção. Mas não vou deixar você com fome, venha, eu te pago um lanche.

Foi fácil demais! - pensei -Deve ter caroço nesse angú, mas no momento não posso recusar uma oferta dessas... É só me manter atento!

A abordagem e o jeito dele eram estranhos mas eu o segui até a barraca mantendo no rosto uma expressão de alívio para disfarçar minha prontidão.

- Muito obrigado, depois te pagarei, aliás,,, nem sei seu nome ainda, o meu é Argaios, prazer!

- Vejo que conseguiu mais do que o esperado não é mesmo?

-Sim, consegui, veja. Dois chifres, o dobro do que você pediu. E o que eu pedi, onde está?

E fiquei aguardando ansiosamente. Tudo pelo que eu passei, justamente para entregar o que eu tinha que entregar para o cara que estava na Taverna, me esperando.

@ Argaios

O rapaz parecia alegre. Sentou-se no banco de uma barraca de guloseimas e salgados bem arrumada e destacada. Puxou do bolso alguns L$ e pediu diversos tipos de lanche. Parecia ser bem conhecido pela região, as pessoas que o viam, o saudavam de uma forma muito bonita, prestando reverência.

Enquanto alguns utensílios da comida ficavam prontos, virou-se e ouviu o rapaz puxar assunto. Coçou a cabeça e deu um sorriso cansado.

- Desculpe-me, também esqueci de me apresentar. Estou um pouco exausto do trabalho. Meu nome é Hytsu. Prazer.

Quando as apresentações terminaram, um cheiro delicioso de comida quentinha invadiu o local. Ambos os lanches para os rapazes estavam com um gosto e aparência ótimas. Hytsu não perdeu tempo. Logo abocanhou aquela tentação, querendo saciar sua fome. Esperou terminar aquela primeira parte da comida e se dirigiu ao companheiro.

- E você, o que faz? Digo... Pra sobreviver.

@ Seishirou

A mulher sorriu e calmamente recolheu os chifres, colocando-os em um pote, com uma substância azul dentro. Guardou aquele recipiente e ajeitou uma mecha do cabelo que lhe caia por sobre o rosto.

Em seguida, abriu uma das gavetas de sua escrivaninha e retirou de lá, um pote conhecido por Seishirou. Ela empurrou o pote que continha o sangue do elfo para perto do mesmo e logo após, fez um sinal no ar com sua mão. A gema que o rapaz tanto queria, ainda estava sobre a mesa e depois do sinal feito pela mulher, ela levitou e parou em frente à face de Seishirou.

- Foi ótimo trabalhar com você.

Pego a pedra no alto de meu rosto e a coloco em minha bolsa. Eu precisava voltar à taverna, porque eu já tinha a gema verde, e agora, a gema vermelha. Era hora de receber minha recompensa.

-Sim, concordo, foi muito bom trabalhar contigo.

Me levanto e saio em direção à porta, e passando calmamente pelo corredor de acesso à sala dela... E vendo todo tipo de pessoa que entrava ali... Era isso que tornava aquele lugar interessante...

OFF: Estou seguindo para a Taberna do Macaco Caolho.

Ao me ver em uma barraca de lanches, o observo retirar algumas moedas do bolso e pedir alguns quitutes.

Percebendo que ele é bem conhecido pela região e que as pessoas o tratam de forma cortês penso:

É...talvez eu tenha exagerado...ele pode ser alguém de boa índole...

- Desculpe-me, também esqueci de me apresentar. Estou um pouco exausto do trabalho. Meu nome é Hytsu. Prazer.

Hum, então ele não é mais um viajante qualquer, pelo visto ele é trabalhador fixo por aqui.

Assim que decidi abaixar um pouco a guarda a comida chegou. Um banquete para os olhos e olfato. Assim como ele começo a comer forazmente me deliciando com o sabor até ele perguntar:

- E você, o que faz? Digo... Pra sobreviver.

- Bom, de onde eu vim, eu era um dos guerreiros de minha tribo, lá nós nos especializávamos em algum elemento da natureza porque não havia muitos guerreiros. Tivemos que nos especializar na magia pois não havia como lutar mano-a-mano com nossos inimigos que eram muitos.

- Eu me especializei nas sombras, pois acredito que não há um só lugar em que as sombras não estejam presentes.

E dizendo isso coloco a mão direita sobre uma parte do balcão que esteja coberto por uma sombra. A sombra então começa a praticamente escorrer do balcão para minha mão a envolvendo completamente. Então a sombra começa a se materializar e ganhar forma e textura, se transformando em uma adaga toda negra. Logo após a adaga começa a se transformar em uma pequena estátua na forma de um gato sentado, em seguida as sombras na minha mão ganham a forma de talheres com o qual termino de comer e me viro para Hytsu e digo:

- Bom, é isso, posso fazer o que eu quiser com as sombras, mas meus poderes não são muito evoluídos ainda, preciso de um treinamento melhor. Tudo que consegui até hoje foi com muito esforço e treinamento sem nenhum tipo de instrução.

- Não sei como posso utilizar meus talentos neste local, mal sei como cheguei a esta terra, só me lembro de estar pescando com minha canoa e me ver muito longe da praia de Daru. E de repente fui arrastado por uma tromba d'agua para muito longe. Quando dei por mim estava em uma praia e comecei a caminhar até encontrar esta cidade.

OFF: acho que ficou meio estranho o post mas é que to usando o pc da faculdade. rsrs

@ Argaios

Hytsu escutava atentamente tudo o que Argaios falava, apesar de não lhe olhar nos olhos. Estava deveras entretido com sua comida, parecia que o tal trabalho o havia lhe consumido até por demais. Bem, talvez por coincidência, Hytsu olhou para Argaios, no momento em que ele exiba suas habilidades. Com a boca cheia e bastante impressionado ele arregalou os olhos.

- Qui leal! (Que legal!)

Hytsu mais parecia uma criança que acabara de ver alguma nova utilidade em seu brinquedo, do que um adulto que era bastante respeitado. Quando engoliu o pedaço de comida que estava na boca, soltou uma gargalhada por causa da situação e virou-se animado para Argaios.

- Você deveria ser um incrivel guerreiro! Por sinal, minha habilidade é quase igual a sua.

Dito isso, Hytsu levantou sua mão e Argaios pôde perceber uma estranha luva. Era branca com um símbolo esquisito no centro. Enquanto Hystu exibia um sorriso bobo, aquele simbolo brilhou e um círculo mágico surgiu acima da mão do rapaz. Ele calmamente colocou a mão no circulo e em poucos segundos, um palito se materializou em suas mãos.

- A diferença é que posso invocar qualquer coisa.

Pegou o palitou e usou para limpar os dentes. Dentre poucos minutos, se retiraria do local.

Me surpreendi com a reação de Hytsu, principalmente porque até mesmo algumas pessoas de minha própria tribo não viam com bons olhos minhas habilidades.

Assim que Hytsu demonstrava como suas habilidades eram parecidas com as minhas eu me alegrei pois havia encontrado alguém que pudesse me ajudar a evoluir mais ainda meus poderes.

- Nossa! Que enorme coincidência então foi nosso encontro, hehe.
- Se puder me ensinar algumas coisas eu seria muito grato, ou senão, ao menos me mostre como ou onde posso melhorar minhas habilidades.

E dizendo isso já ia me preparando para o seguir aonde ele fosse.

@ Argaios.

Hytsu e Argaios sorriam, enquanto finalmente terminava suas refeições. Talvez com sorte, Argaios havia acabado de conhecer um alquimista que poderia lhe dar umas dicas de como evoluir seu poder mágico. Hytsu se levantou e encarou o novo amigo, com uma cara indiferente.

- Você tem sorte, estarei de férias do meu trabalho por um tempo. Caçar dragões é cansativo demais.

Ah, era verdade. Ele não havia mencionado sua profissão... E que profissão. Com certeza – agora absoluta – ele não era um Zé ninguém naquele local. Talvez por isso fosse tão reconhecido e agraciado pelas outras pessoas. Admiração e respeito eram coisas que se conseguiam com tempo, dessa forma, Hytsu impressionava pela idade.

- Tudo bem, te aceito como pupilo. Pelo menos temporariamente. Mas pra isso, você terá que provar que merece.

É, nada na vida era dado de mão beijada.

- Preciso que você aprenda a controlar um dragão, ou pelo menos se manter em cima de um. Siga para o Rancho Fireball, lá você poderá receber boas instruções. Quando achar que está bom o suficiente, volte aqui comigo, vou esperar.

- Tudo bem, te aceito como pupilo. Pelo menos temporariamente. Mas pra isso, você terá que provar que merece.

Enquanto estufava o peito de orgulho ele completou:

- Preciso que você aprenda a controlar um dragão, ou pelo menos se manter em cima de um. Siga para o Rancho Fireball, lá você poderá receber boas instruções. Quando achar que está bom o suficiente, volte aqui comigo, vou esperar.

Na mesmo hora me levantei e já ia seguindo apressado dizendo por sobre o ombro:

- Muito obrigado, não o decepcionarei, voltarei logo espere e verás!

Rancho Fireball, aí vou eu!

E dizendo isso fui em direção à próxima aventura...

Off: oi ;D

Agora parecia estar em apuros. Gin fora pego por um brutamontes que parecia não sentir dor alguma em nenhuma parte do corpo. Estava envolto em seu abraço de urso após quase conseguir cumprir seu plano e acabar com seu oponente. Tinha que livrar-se dali logo, caso contrário sofreria um grande dano.

— O que eu acho, pequeno? — Respondeu com um dos olhos fechados e com os dentes serrilhados. Sorria. — Eu acho que você ta bem ferrado.

Dito isso usou ambas as suas pernas livres para acertar, o mais forte que podia, nas laterais do joelho do gigante. Talvez não tivesse o efeito que queria, o de quebrar ambos os joelhos, mas certamente teria algo de vantajoso nesse movimento. Caso não funcionasse, iria apelar: aplicaria uma joelhada na região sensível de seu inimigo.

Iria sair daquele abraço de qualquer jeito. Feito isso iria continuar com seu plano original: daria a volta nele e usaria seu Lei-Gun nos círculos mágicos. Talvez isso fosse a chave para derrotá-lo.

— e agora!? — Gritou antes de lançar seu tiro.

— Leeei-Gun!! —

@ Gin

Gin em um momento sentiu seu corpo estalar inteiro. Não poderia mais prolongar aquela batalha. Não naquele estado. Rion era muito forte fisicamente, mais do que Gin podia imaginar e isso afetava de forma crucial muitos planos do humano que queria se ver livre dali o mais rápido possível.

Mesmo assim, não perdia sua pode brincalhona até naquelas situações dolorosas. Aquilo só fazia com que o seu oponente ficasse mais furioso, contudo, era um ponto positivo para Gin uma vez que quando a ira lhe subia a cabeça, Rion perdia muito o foco em batalha. E isso lhe levou a derrota.

Apelando totalmente, chutou as partes baixas do corpo de Rion que estavam bem desprotegidas. O grandalhão arregalou os olhos e afrouxou os braços o suficiente para Gin cair no chão e logo em seguida rodeá-lo. Sem pensar duas vezes, fez o que sabia fazer: Soltou o seu Lei-Gun. O golpe acertou em cheio, fazendo uma explosão que danificou dos dois círculos mágicos.

Rion urrou de dor e caiu de joelhos. Estava obvio. Sua força e resistência haviam partido dali o tempo todo e agora que sua técnica havia sido destruída, não lhe restava mais nada. Estava soando como nunca, e não conseguia se mexer. Para Gin, só restava dar o golpe final.

@ Gin

Rion não gostou muito de ser carregado. Mexeu-se o tempo inteiro durante a pequena trajetória até as escadas onde Gin o soltou. Kaen olhou para o estado do homem que outrora era um grande brutamonte. Não conseguiu acreditar. Ele havia perdido e pela primeira vez, havia alguém que poderia ir além do primeiro nível.

- E agora que ainda falta uma coisa...

Nesse momento Gin parou de olhar ao redor e fixou seus olhos em Kaen, mesmo assim, estava atento, provavelmente teria outro oponente, pelo menos era o que ele pensava. Mas não aconteceu, o que se sucedeu foram apenas as palavras duras de Kaen.

- Mate-o – Indicou Rion com o cigarro em mãos. – Ele fez o acordo e você aceitou. A partida só iria terminar se alguém não estivesse vivo.

Era exatamente o que ele estava ouvindo. Kaen estava ordenando que Gin exterminasse um de seus companheiros. A seriedade e frieza em suas palavras faziam o garoto saber que aquilo tudo era verdade.

- Se você não o fizer, ficará preso aqui. Apenas... Faça.

@ Gin

A intenção de Gin foi completamente falha. Ken podia estar com as pernas danificadas, mas sua mão não estava assim. Bloqueou com um pouco de dificuldade a cotovelada de Gin, e por precaução, moveu a cabeça para o lado, com o intuito de não ser acertado. Quando olhou para Rion, este não o encarava. Estava profundamente frustrado pela derrota.

Aquilo não demorou muito. Gin na verdade queria poupá-lo de todo o sofrimento. Mirou rápido em seu peito, buscando coração. Uma aura azul tomou conta de Gin naquele momento e o tiro, ao tocar o local destinado, fez um estrago considerável, abrindo um pequeno buraco no peito de Rion, que cravou na escada com a força do golpe.

Sangue foi espalhado, mas não tocou em Gin. Kaen ficou observando por um tempo o corpo de Rion e sorrindo, disse para Gin.

- Você tem chance... Se você chegar ao Nirvana, apenas dia uma coisa ao número 3. Diga que odeio aquela máscara. Agora temos de ir.

Desceu alguns degraus sem se levantar. A perna ainda doía. Chegou perto do corpo de Rion e assoprou fazendo uma enorme quantidade de fumaça cobri-lo. Em seguida acenou para Gin e pouco a pouco seu corpo fora ficando transparente e gasoso, assim como o de Rion. Em pouco tempo, o garoto estava sozinho naquele templo subterrâneo.

E então um ligeiro tremor.

Virou-se e atrás, um monumento de pedra em forma de arco. No meio, um infinito buraco negro. Apenas os relâmpagos azuis iluminavam as grossas nuvens negras existiam dentro do portal. A porta de saída tinha sido liberada.

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Eis que o dia ainda estava claro, o sol reinava soberano e pleno na imensidão celeste, enquanto as nuvens pincelavam sutilmente aquele cenário magnífico. O porto nunca esteve de fato tão movimentado, as embarcações iam e vinham com frequência espantosa, era como se os próprios navios mercantes compreendessem um ritmo próprio ditado pelas ondas que se movimentavam no cais.
Ao longe, aproximava-se uma embarcação deveras veloz, sua flâmula não esboçava qualquer patria a servir, içava suas cores em preto e branco, demonstrando que vinha a comércio, ou quem sabe pior. Todavia, um pirata não seria tolo o bastante de saquear o porto de Paramet, era sem sombra de dúvidas a maior burrice de todas. Um lugar onde se podia roubar facilmente e vender tudo a preços estimulantes, tornar este ato público a ponto de se tornar procurado era no mínimo ridículo. Compensador de fato era "roubar" do modo mais comum entre os mercadores, preços altos!
Dentro do navio encontrava-se toda a tripulação, acompanhada de um integrante convidado, um Youkai que fora recolhido das profundezas do inferno e sobrevivera à sombra da morte. Eis que este encontrava-se junto à tripulação, pendurado em uma das cordas laterais, enquanto sentia o vento soprar forte em seu rosto e carregar algumas penas de suas asas negras.

Ei, garoto!

Uma voz soava alto e claro, era alguém que de fato já se tornara um conhecido. O capitão do navio que direcionava suas falas para o que todos chamavam de Espectro Carmesim (Crimson Shade).

── Oe, Taichou! - sorria -

[Capitão] - Você serve pra esse trabalho imundo HAHAHA! Deveria se juntar à tripulação.

── Heh! E acabar definhando igual um cão sarnento? Eu prefiro ser preso que assim tenho três refeições diárias!

[Capitão] - Hahaha! - Cof cof cof - Esse chiqueiro vai voltar a ser a mesma espelunca de sempre sem você aqui. Pense na proposta moleque. Se mudar de idéia, sabe onde encontrar os bêbados mais decadentes desses mares! Hehehe!

Por fim o navio aportava. Não fora preciso muitas delongas para partir do navio, apenas um aceno com a cabeça e um leve sorriso esboçado no canto de seus lábios. Agora, o Youkai estava novamente a deriva de seus passos. Mesmo estando com as asas já restauradas, caminhava pelo local, como se apreciasse ou observasse cada aspecto daquele novo lugar. Afinal, não queria ser pego desprevenido por alguma surpresa indesejada. Aos poucos ia notando como as coisas funcionavam naquele lugar, mesmo sem ter chego na praça central, podia ver os comerciantes do porto chamando a atenção de turistas para ganhar alguma grana fácil.
Não tardava para presenciar a entrada da praça e obviamente notara o famoso quadro de procurados da região.

"Oe! Então esses são os infelizes que tem a cabeça em jogo hã?! Heh! Dinheiro fácil...esses palhaços vão acabar sendo soltos depois de capturados mesmo..."

Prosseguia com seu caminho, adentrando no epicentro do comércio. Buscava uma oportunidade de iniciar sua jornada, talvez um pequeno emprego provisório, apenas para levantar um dinheiro.

@ Crimson.

Lotado. Era o que definia aquele local. E já se podia imaginar que muito apertado também. Crimson chegara ali sem muitos problemas e atraia alguns – vale ressaltar que poucos – olhares curiosos, já que muitas pessoas, na correria do dia-a-dia, não ligavam uma para as outras. Apenas queria saber de si mesmas, assim como sempre fora, desde os primórdios.

A movimentação ali chegava a irritar. Pareciam pingüins andando desesperados de um lado para o outro por causa do calor. Ah, sim! O calor, e como estava quente naquele dia! Podia-se dizer que era quase um inferno... E Crimson sabia bem como era esse lugar. Ali, na praça central, o Youkai procurava algo para fazer, não tinha conhecimento ao certo do que, mas chutava que a procura de um emprego lhe caia bem.

Segui assim despreocupado por mais ou menos 5 minutos, até que gritos começaram a surgir da multidão.

- Ladrão! Pega ele! Não o deixem escapar.

Sentiu então um forte impacto em seu ombro, que o jogou no chão. Rapidamente aquele mar de pessoas se afastou para as laterais da rua, abrindo um longo corredor. As pessoas tinham certo medo e aos poucos um tumulto e empurra-empurra ia sendo formado. Atrás de Crimson, um homem corria veloz com um saco gordo, e desse saco um som característico de moedas podia ser ouvido: Um roubo.

As pessoas imploravam para que alguém o pudesse deter. Algumas palavras como “pão do dia”, “dinheiro de remédios” e “humilde” eram ouvidas por causa do cochicho alto dos trausentes. A questão ali era o que Crimson iria fazer.

@ Rosa.

A caminhada fora cansativa e o caminho realmente era muito, mas muito longo. Contudo, finalmente havia chego ao local. Era um lugar com diversas ruas de terra arenosa. O sol castigava de forma cruel as pessoas que andavam com passos rápidos para um lado e para o outro. E claro, nada poderia se fazer contra a aglomeração que se formava ali nas horas de pico.

Enquanto Rosa pensava em um lugar para ir, um grito foi-se ouvido vindo da multidão.

- Ladrão! Pega ele! Não o deixem escapar.

Aquilo no primeiro instante assustou a jovem, que se arredada para a parede pela massa popular da praça, que abria caminho para o homem ladrão passar correndo, já que não queriam se envolver de nenhuma forma nesse contexto. O desespero aumentou quando o homem começou a passa perto das pessoas onde Rosa estava prensada.

Algumas mulheres e crianças desesperadas tentavam correr e empurravam quem estivesse na frente. Rosa quase fora uma delas e por muito pouco na varou na rua, tentava de algum modo controlar o medo que sentia. Além do mais, era muito azar. Mal chegara na cidade e já era recebida desta forma! Mas não tinha tempo para pensar nisso agora. Precisava de um modo para sair daquela confusão, senão, as coisas podiam piorar para o lado da viajante.

< Só pra constar, Paramet é uma cidade . O porto fica em Ruff. Mas ignorei isso para dar continuidade a aventura. Vamo que vamo! >