Taberna Allnight

Cassie só agora notava que Haviam Bardos na Taverna, sentia-se uma idiota pela sua atitude anterior.

Pediu desculpas meio que para ninguém.

Cassie (Pensando): Espero que ninguém tenha ouvido a minha falta de educação.

Após se recuperar da gafe, ela se aproxima da moça que está servindo as mesas, põe a mão no ombro da moça e pergunta:

Cassie (Falando): Com Licença, desculpe se lhe incomodo, mas você poderia me informar em que cidade eu estou?

@Sassa

– Compreendo. Bem, então espero que tenha um bom final de expediente. – Disse Leroy, fazendo um cumprimento com a cabeça.

Logo Sassa voltou para a cozinha, onde seus afazeres a aguardava. Na verdade estava um tanto encrencada: uma bela pilha de louça a aguardava.

– Onde esteve? – Perguntou o meio-lagarto, Deero. – Assim que acaba uma atuação a galera come feito porcos! Limpe isso senão não teremos mais pratos limpos!

Karui deu um olhar torto pro amigo.

– Não precisa falar assim, cara. Ela é nova, esqueceu? – O meio-centauro virou-se para Sabrina – Vamos, eu te ajudo.

Em dupla, o trabalho seria bem mais ágil. Porém enquanto lavavam teriam que revezar cuidando de alguns pratos.


@ Knock

O grupo de bardos sentaram-se em um círculo, comendo carne seca, pães e tomando belos goles de hidromel. Logo Leroy juntou-se ao grupo, sorrindo como de costume, servindo-se daqueles mantimentos tão comuns para eles.

– Fizemos um bom trabalho hoje – Comentou Palha, que já tinha terminado de comer e agora contava as moedas que haviam sido jogadas para eles no palco – O povo está mais generoso, com isso conseguiremos viver por semanas!

– Não exagere, Palha – comentou Leroy – Isso você gasta em apenas uma noitada.

Todos riram, deixando o anão sem graça.

– De qualquer forma, aqui está sua parte, novato. – Jogou um saco de moedas na mão de Knock, o que totalizava cerca de L$ 200. <Pode acrescentar o valor na sua ficha>


@ Ifskyden

A garota chegou na taberna um tanto desconsertada. Era um lugar diferente dos quais estava acostumada, e certamente mais animado. Haviam bardos tocando, mas logo eles se retiraram para um breve descanso.

Cassie perguntou para uma das garçonetes o nome da cidade.

– Você está em Hilydrus, querida. Nesta ilha não existem muitas cidades, se sabe o que quero dizer, não é? – Ela riu, certamente achou estranho a pergunta, e logo voltou aos seus afazeres.

– Está perdida, senhorita? – Perguntou um soldado que por acaso havia escutado a conversa. Ali, pelo que Cassie pôde notar, muitos soldados vinham se alimentar, se divertir e descansar depois de seu trabalho e treino árduos.

Cassie Entra em Desespero com as palavras do Soldado, ela deveria estar no Velho Mundo, e não em uma ilha, e ainda uma ilha que ela nem sabe se é perto do seu destino.

Cassie (Falando): Sim, estou perdida, na verdade completamente perdida, eu deveria ter chegado no Porto de Viron, e o Dr. nunca falou de uma cidade com o nome de Hylidrus.

Cassie (Pensando): E agora, não somente quase morri pra chegar aqui, como aqui é o lugar errado, só espero que algum deles saiba para onde eu devo ir)

Após alguns instantes Cassie se acalma, e tenta racionalizar a situação.

Cassie (Falando): Alguem sabe onde eu posso conseguir dinheiro, e também um lugar para dormir?

@Sassa

De fato o trabalho foi rápido, visto que Karui era bastante ágil e habilidoso, logo todos os pratos estavam limpos e devidamente secos.

– Não precisa agradecer, ajudamos uns aos outros aqui. – Respondeu o meio-centauro com um sorriso, e voltou a fazer comida com a mesma maestria de antes. Parecia que simplesmente não se cansava, enquanto Sabrina já estava chegando perto do seu limite. Deveria aguentar firme, ao menos receberia por dia e isso já era um grande feito. Logo logo todos iriam embora e a taberna ficaria aberta apenas para receber quem pernoitasse ali, afinal haviam muitos quartos para alugar.

– Sabrina, por favor – Chamou Roover. Assim que ela se aproximou, ele começou a falar. – Sei que você não foi contratada para isso, mas você será paga à parte. É que nossa camareira ficou doente, e preciso de alguém para arrumar os quartos antes que os clientes vão dormir. Tudo bem pra você?

O trabalho era simples. Bastava ela arrumar os 10 quartos que haviam na taberna, um trabalho de dez minutos em cada ou até menos.

<Sabrina, caso aceite, deverá narrar como arrumou os quartos. Não necessariamente cada um em separado, mas o geral. Caso não queira, poderá continuar cozinhando>

@ Knock

Todos comiam tranquilamente, mas logo teriam que voltar mais uma vez ao palco apenas para finalizar as apresentações. Nada além de músicas leves e tranquilas para o pessoal enfim se acalmar, ir pra casa ou, como de preferência da taberna, ficar e dormir em um dos quartos.

Leroy ouviu o combo de perguntas de Knock e riu.

– Hah, calma vamos por partes. Primeiro... não, eles não vão comigo, geralmente vou em lugares bastante perigosos como Takaras e sinceramente não quero que eles corram perigo. Geralmente estou sozinho contra o mundo, por assim dizer, haha! – Tomou um longo gole de hidromel – Em Paramet você vai achar ferreiros, lojistas, gente que vende e compra de tudo. Lá e seu lugar, meu amigo. Mas claro, pode ficar com este alaúde se quiser. Está bastante usado, mas em ótimas condições. Eu que o tocava quando fazia minhas apresentações sozinho, até que encontrei esses caras aí. É o que chamamos de uma família, sabe?

– Bardos são mais que apenas músicos, garoto – Falou Palha, o anão. – São aqueles que levam belas canções a todo lugar, alegria e tranquilidade caminham conosco, fora nossas histórias. Divertimos, encantamos e o melhor de tudo: gostamos do que fazemos. Não é vida pra qualquer um, sabe? Muitos preferem a cômoda vida na cidade. Passam a vida inteira sem fazer coisas diferentes, e morrem velhos e sem nenhuma história para contar.

– É como ele disse – Comentou Collorado, que tinha um olho de cada cor – O que você prefere, meu caro golem? Viver cem anos e sequer ter conquistado, visto ou experimentado o máximo que podia, ou apenas vinte ou trinta, e ter tido tudo isso?


@Ifskyden

O homem riu, facilmente reconhecendo o pânico da garota. De fato ela estava totalmente perdida, sequer era de Lodoss. Para alguém se perder em uma ilha tem que ter um grande talento.

– Oras, dinheiro se consegue com trabalho, minha querida. E assim que tiver dinheiro, poderá pagar por um lugar para dormir. Do contrário, a praça tem muitos bancos onde você pode dormir, apenas não vou garantir conforto, mas pelo menos logo cedo os guardas te acordam. Haha! – O soldado estava claramente bêbado, mas falava a verdade, conseguia ficar em pé e tudo mais.

Cassie Ouvia as palavras do Soldado, e suas palavras não faziam nada para conforta-la, pois não sabia fazer praticamente nada, até alguns meses, a unica coisa que fazia era pegar frascos para o Dr. no Laboratorio.

Cassie (Falando): Senhor, e o Senhor sabe onde consigo um trabalho?

Cassie (Pensando): Espero pegar um trabalho em um lugar que não me mande pro monte....

--- Depois de longos andares pela noite e pelo dia, finalmente chegava a um estabelecimento, meio cansado e caminhando lentamente , O Arauto da Desgraça entrava na taberna, acompanhado de seu fiel companheiro Erik, o corvo que estava no seu ombro , olhava para a todos a sua volta, existia alegria no ar, era algo que ele podia ver mas não sentia como todos ali naquele local, por isso sorria para todos ali e acenou tentando parecer amigável, apesar da aparência que estava, estava mais branco que o normal, magro, olheiras ainda mais fundas e roxas, cabelo liso estava meio sujo e seu cheiro lembrava um pouco um defunto, Illidan caminhou lentamente devido a sua leve fadiga até a bancada onde ficava o taberneiro---

___Erik acho que vamos conseguir informações, precisamos de informações Erik antes de seguir em frente, nada melhor que bom taberneiro nos informar melhor isso aqui mudou muito desde nosso ultimo passar por aqui eu quase nem reconheço as coisas...

---Ele parecia estar falando com alguém, na verdade era com seu corvo, que por sinal fazia alguns gruídos, parecia estar respondendo ao que ele dizia, uma cena um tanto estranha por sinal, mas em mundo como este quem podia falar alguma coisa, Illidan estava sem blusa por debaixo, apenas seu jaleco sujo, mostrando seu corpo nata preparado e magricelo, apenas um cachecol em seu pescoço, ao se aproximar da mesa do taberneiro ele mantinha o sorriso para o mesmo, querendo parecer educado para ela sinalizava para ele como que dizia : “ Ola”---

__Senhor não quero ocupar seu precioso tempo, mas se você puderes me ajudar adoraria, onde existe o cemitério mais próximo dessa região, fiquei sabendo que um forte guerreiro faleceu e gostaria de visitá-lo ele era meu amigo, não pode comparecer sem eu velório....

---Aquilo era um mentira deslavada, Illidan estava a procura de novos espíritos, para se unir a seu bando, assim como sua Amada Merian que estava sempre ao seu lado, ele já tinha o curandeiro, agora procurava a sua forma guerreira ---


Aparencia de Illidan Atual:

Spoiler:

[Desculpem a demora]

@lfskyden

O homem riu. Naturalmente a garota perdida fazia perguntas estranhas, ainda mais estranhas para um soldado veterano.

– Oras minha filha, fazer dinheiro é fácil, basta você ter vontade e saber o que fazer. Já tentou pequenos serviços como limpar casas ou apenas fazer companhia a velhos solitários. – Ele riu, tomando mais um gole de hidromel. – Claro, você pode tentar a sorte pedindo emprego em comércios, ou procurando pelo quadro de missões em Paramet, sempre estão precisando de alguém. Se bem que acabaram de contratar alguém aqui na taberna, não creio que existam vagas.


@Knock

– Haha, você tem um ponto – riu Collorado diante da resposta de Knock. Todos ali eram animados, e o golem pôde notar a determinação de cada um em viver o máximo de cada dia.

Leroy pegou a moeda que Knock lhe ofereceu.

– Não precisava mas agradeço – Ele sorriu, guardando o dinheiro – Quanto à sua proposta... depois da apresentação te responderei, certo?

Todos se levantaram, voltariam a tocar como o golem disse. Todos pareciam gostar do recém-chegado, e pareciam ansiosos para conversar mais. É sempre bom fazer novas e boas amizades.


@Sassa

Enfim havia terminado seu trabalho, o dia fora bastante puxado, mas foi ótimo para ela se sentir mais viva e ainda, acumular mais experiência de vida. Afinal em poucas horas havia feito tanta coisa que nem ela mesma se dera conta.

Quando ela voltou à cozinha, bastava lavar a louça que sobrou, guardar tudo e deixar o lugar em ordem, mas Deero e Karui já estavam dando conta do recado, logo a garota não precisou fazer muita coisa – o que mais tarde ela agradeceria.

<Sabrina recebeu 100 pontos de experiência pelo ótimo trabalho do dia>

@Illidan

Todos achavam estranho o homem – até demais. Ali era onde soldados reais e homens de lei costumavam descansar, comer, beber e se divertir, e nada mais óbvio que ficarem extremamente desconfiados com o novo freguês. O primeiro pensamento de todos era que tratava-se de alguém de Takaras, afinal parecia muito com um produto daquelas terras amaldiçoadas. Sem jamais baixar a guarda, todos voltaram ao que fazia, mas atentos.

O taberneiro, apesar de tudo, recebeu Illidan com a mesma expressão que recebia todos os demais – nenhuma.

– O cemitério de Hilydrus não é aberto ao público, meu caro. Muitos são queimados em fogueiras para atingir os céus, é uma crença local, dificilmente são enterrados. – Ele limpava uma caneca enquanto falava. – Mas em Takaras tem um cemitério enorme, pode tentar se aventurar por lá, mas é perigoso demais. Maldições, monstros que se alimentam dos cadáveres, sabe como é.


@Todos

A taberna ainda estava cheia, mas todos já terminavam seus pratos, bebidas e assuntos para ir dormir. Os bardos voltaram para tocar, o que fez com que todos tivessem vontade de simplesmente continuar por mais um tempo, pedindo mais uma rodada de bebidas. Tocavam músicas tranquilas, <The Bannered Mare, 17> e o pessoal apreciava da mesma forma que se aprecia um bom vinho envelhecido.

Conforme a música ia terminando, alguns começaram a se retirar, mas não sem antes jogar moedas aos bardos. Era um valor simbólico, mas que certamente os ajudavam.

Uma vez que as músicas terminaram, Leroy foi até a ponta do palco, erguendo sua voz.

– Agradeço a todos por esta recepção. É uma honra levar a alegria em forma de música, e as histórias em forma de versos. – Ele sorriu, baixando seu alaúde. – Sei que vamos enfrentar tempos difíceis, mas jamais podemos dar um passo atrás. Batam em seu peito e saibam que cada homem aqui faz sua diferença. Lutar para defender alguém ou algo é o primeiro passo para a vitória.

Ele respirou fundo, ciente de toda atenção que recebia.

– Mantenham sempre a cabeça erguida, meus caros, pois somos todos heróis de nossas próprias histórias.

Fez uma reverência ao público ao terminar, pois os repeitava e faziam parte da vida daquele bardo sonhador. Foi bastante aplaudido e mais moedas foram jogadas. O anão se encarregou de pegá-las, e logo os bardos deixaram o palco e saíram pela porta dos fundos.

A taberna agora se esvaziava mais rapidamente – uns iam para casa, outros para os quartos do lugar. Mais um dia de trabalho e treinos que fora recompensado na medida certa.


@Sabrina

Sabrina e os demais cozinheiros já haviam terminar de arrumar a cozinha, e apenas descansavam ouvindo a música dos bardos e assistindo à despedida deles. Agora poderiam enfim ir embora e descansar. Logo o taberneiro se aproximou dos três.

– Bom trabalho, meus caros. Aqui está a parte de vocês – Deu um saco de moedas para cada um, contendo L$ 400,00 enquanto o de Sabrina tinha um extra, totalizando L$ 500,00 para ela. – Podem ir para casa, amanhã é um dia cheio.

O trabalho de arrumar a taberna não era com eles – o trio apenas fazia a comida, então era a deixa para irem embora. Uma vez fora da taberna, Karui perguntou à garota.

– Ham, por acaso você tem onde passar a noite? Temos, bem, uma casa e você será bem vinda.


@Knock

Uma vez lá fora, o grupo novamente se agrupou perto da carroça, conversando e separando o dinheiro – exceto Leroy, mais uma vez sentado em uma das caixas e olhando o céu, agora com a lua mais alta, minguante. Esperava que o golem se aproximasse e, uma vez que ele o fez, o bardo se levantou.

– É, meu caro, você é realmente diferente dos demais. É muito difícil alguém querer se juntar a bardos. Sim, temos uma vida mais agitada, nunca sabemos o amanhã e existem dias de fome com certeza. Mas este não é o principal motivo. – Riu, logo voltando a fitar a lua. – Somos como ela, não temos uma luz própria. Refletimos a todos o que vemos e ouvimos, e o resultado é um espetáculo que muda de tempos em tempos. Não criamos histórias, apenas as entoamos aos ventos. Quanto às estrelas? São os brilhos de cada herói que cruzou nossas vidas.

Ele voltou a fitar Knock.

– Mas deve ter notado que sou diferente dos outros bardos. Isso porquê não espero as histórias e os acontecimentos chegarem até mim. Não sou como outros que só falam sobre algo quando já está esfregado na cara de todos. Não, eu busco, caço histórias, e é isso o que me faz vivo, ao mesmo tempo em que me faz quase morrer todos os dias. Arriscado? Sim, mas não me arrependo de cada passo que dou, pois faço aquilo que realmente quero. – Ele respirou fundo, realmente gostava de contar as cosias – É isso mesmo que você quer?

<Knock você recebeu 100 exp pela ótima narração e pelo seu trabalho, e mais L$ 100,00 pelas músicas finais>

Cassie saia da Taverna, Não sabia onde estava, e não tinha dinheiro, e esperava que a praça que o soldado falou, não fosse dificil de achar.

Cassie (Falando): Ok, qual o caminho para a Praça?

Cassie (Pensando): Espero que não tenha ladrões nessa praça.

Com isso, Cassie pegava a unica coisa que lhe restara, a caixa com seus pequenos amigos, que estavam muito quietos, com sorte todos estavam bem.

Cassie (Pensando): Espero que a Heidy possa me explicar como limpar uma casa...

*Cassie foi para a Praça da cidade dormir*

@Sassa

Karui ficou radiante. O meio centauro tinha notado de longe o preconceito da garota, mas ao invés de simplesmente baixar a cabeça, insistia em manter ao menos uma relação amigável. Apenas o fato de ela o agradecer pela ajuda anteriormente já o fizera ficar feliz..

– Ótimo! Não sei se vai gostar de lá, mas é bem confortável. – Comentou, colocando a mochila com seus pertences nas costas.

– É uma espelunca – Falou Deero coçando o nariz. – Não vendem casas boas para aberrações, então empurram o pior pelo maior preço.

– Ei, é um lar, ok? Ao invés de reclamar, agradeça pelo pouco que tem. – falou Karui, bufando. O meio-lagarto apenas deu de ombros.

Logo forma andando em direção à Praça Central.


@Knock

Leroy sorriu com a resposta, mas ainda assim parecia distante.

– De fato você tem coragem, meu caro. E isso é o primeiro passo para tornar-se um verdadeiro bardo, além de claro o desejo de espalhar a verdade. Porém vou ser sincero: para onde vou é extremamente perigoso, e desculpe mas você não é forte o bastante para me acompanhar... ainda. Talvez um dia possamos andar juntos por um tempo, mas entenda que eu trabalho sozinho boa parte do tempo.

Ele suspirou.

– Você ouviu o que falei, sobre a nuvem negra e os monstros. Logo esta terra estará coberta, mas algo me diz que irá ficar ainda pior. Você ficará mais seguro com eles – indicou os bardos –, treinando e ficando mais forte.

Logo Leroy apoiou uma mão no ombro de Knock, o encarando.

– Como eu disse, bardos são como a lua, nós não temos brilho próprio. Não somos nada sem história. Então cabe a você fazer a sua própria, caro golem.

Por um instante Knock podia jurar que Leroy o estava poupando de algo. Será que a vida de bardo era tão ruim assim? Ou, pelo jeito que ele havia dito, não havia tanto reconhecimento quanto gostaria. Quem ficava famoso eram os heróis das histórias, não o bardo. Leroy via potencial no golem, apenas não admitia de forma clara. Era um poeta afinal.

– Tenho certeza que sim, meu caro. – Respondeu Leroy, com seu sorriso costumeiro. Era um rapaz bastante animado e determinado, e passava isso para todos ao seu redor. De alguma forma, Knock se sentia inspirado apenas por ter tido esta curta conversa com o bardo.

Ele ouviu a pergunta do golem.

– Ah, Zaltar, nosso deus que está adormecido, mas cujos poderes mantêm a vida florescendo por todo o planeta. Não, ele não nos abandonou, e seu pai está certo em manter-se fiel. E bem, não pense que você vai encontrar um túmulo escrito "aqui jaz Zaltar", ele era um deus lobo bastante grande. Talvez ele repouse abaixo da ilha, ou talvez toda Lodoss descansa sobre seu corpo adormecido. Quem sabe? Mas temos um templo para cultuá-lo com certeza, fica aqui mesmo em Hilydrus, perto do castelo. Tinha tido problemas a uns dias, algumas pessoas foram presas por destruir o lugar, mas graças à magia que encanta o templo, tudo volta nos conformes. Não sei se já liberaram as visitas, mas você pode passar por lá quando quiser. Ao menos na teoria. – Riu.

– Bom, não posso te levar até lá pois já estou de partida, mas possote dizer como chegar. – ele riu da última pergunta. – A uns tempos atrás parece que houve uma luta feia dentro da catedral, envocaram monstros e tudo mais. Eu fico extremamente chateado de ter perdido essa aventura, mas não se pode ganhar todas, certo? Não se preocupe, o lugar já foi reformado pela magia da própria catedral.

O bardo, então, vestiu sua capa de viagem. Assim que o fez, passou a explicar como chegar primeiramente na Praça Central, e dali pegar a rua que levava diretamente à Catedral. Não tinha como errar, era uma construção imponente não muito distante do próprio castelo.

– Mais alguma dúvida?

Estava andando calmamente até parar em frente a um estabelecimento, "Taberna Allnight". Andentrei o local e com calma fui até o balcão, falando com algum atendente.

-Estou querendo o emprego de cozinheiro - Falei olhando friamente para o(a) atendente, tirei meu chapel e o coloquei perto do meu peito, deixando a amostra minhas orelhas pontudas, mas continuei com a minha calda enrolada na cintura como um cinto. Dei uma tragada forte no cigarro, baforando logo em seguida.

Logo que Aerandir chegou na taberna se dirigiu ao balcão. Sua presença passou despercebida pelos clientes do local. Não chamava atenção de ninguém. A calda do meio-demônio enrolada parecia ser um cinto bem discreto, e as orelhas dele estavam ocultas.

Ao ver a aproximação do meio-demônio o atendente sorriu, já estava para responder quando Aerandir tirou o chapéu revelando suas orelhas e com isso sua raça. A expressão de alegria do balconista desapareceu naquele exato momento. Um demônio trabalhar em Allnight seria algo complicado. Afinal aquele estabelecimento era conhecido por ser mais bem freqüentado do que outras tabernas e alguns viajantes poderiam demonstrar certo preconceito com outras raças.

-Garoto...- O atendente sussurrou para que apenas Aerandir escutasse -Coloque esse chapéu antes que alguém te veja! Ou melhor, antes que vejam suas orelhas...-

Coloquei novamente meu chapel, ocultando minhas orelhas. Logo retirei o cigarro da minha boca e o segurei entre os dedos e o apaguei no balcão. Olhei para os lados vendo se alguem havia notado minhas orelhas, e logo voltei a olhar pro atendente.

-Como quiser - Olhei de modo irritado para o homem, nunca gostei de receber ordens de alguem, principalmente um humano. - E então? Quero o emprego de cozinheiro, como faço para te-lo?