Estrada

Enfim o sol começou a esquentar, cerca de uma hora depois de termos chegado às estradas. Um silêncio modorrento acompanhava a nós todos, os únicos ruídos que eram audíveis era o do coche, o dos pássaros e o som de impacto do chicote no lombo do cavalo. Foi quando Chris não aguentou e perguntou o que faríamos no cemitério. E Edward disse que eu fazia uma ideia... E fazia mesmo.

-Sim, uma bela ideia do que faremos, Edward... Depois de passar tudo o que eu passei para conseguir os ingredientes que você me pediu, simplesmente eu já faço uma boa ideia. Agora, quanto a Berbatuque, não faço ideia de onde ele esteja, porque a última vez que o vimos, Chris e eu, estávamos na casa dele, e tínhamos deixado ele lá.

E fiquei ainda esperando alguma resposta... Sentindo o vento bater em meus cabelos, como uma leve carícia em que me fazia lembrar, de leve, meus pais, antes de terem sido brutalmente assassinados...

Chris escutou-o e olhou para frente. Seishirou não respondeu nada com nada para ela, continuou na dúvida do que fariam e pelo visto só descobriria na hora. Edward recebeu sua resposta e manteve o silêncio olhando para frente. Pensou por alguns minutos sobre o por quê dele não ter vindo e suspirou. Precisaria dele. Mas então olhou Chris e pensou: ela seria de grande ajuda.

— Estamos chegando. É bom que tenha conseguido tudo que pedi. — O tempo passou. Uma hora e meia depois, ao longe, já conseguiam ver o vulto negro no céu de Takaras e as torres do grandioso castelo do Rei. Em mais alguns minutos chegariam e faltava bem pouco. O cocheiro tomou o caminho do cemitério e foi direto para ele. As lápides foram logo vistas e um pequeno grupo de casas amontoadas umas nas outras.


[Se quiser postar aqui, pode. Ou espere meu post lá no cemitério de Takaras.]

-E tenho sim... As gemas, o chifre, porque eu não entreguei todos os que eu consegui pra aquela mulher, e, depois de falar com Berbatuque, Chris. - disse eu, amoado. Claro que eu estava com tudo o que ele pedira, mas só a ideia de que passaríamos por um ritual seria, no mínimo, macabra de se pensar.

Vendo que a menina não entendera um pingo do que eu conversara com Edward, não pude fazer nada, pois se Edward visse que eu estivesse abrindo qualquer coisa pra ela, mesmo que fossem especulações, teríamos com certeza uma batalha. E o poder daquele cara, mesmo ferido, era de dar medo (embora eu não tivesse mais medo, não depois de ter enfrentado a cria do Rei de Takaras e tê-la matado).

E o coche foi passando por alguns lugares inusitados... O pior de tudo era que eu não conseguiria nem arrumar minhas armas direito, meu cajado e meu arco estavam pressionando minhas costas e eu sequer conseguiria manuseá-los corretamente dentro daquele coche minúsculo.

O que será que me aguardava? Era esperar pra saber... Mas a mais remota ideia já me apavorava.

OFF: Shao, espero seu post no Cemitério ^^

La estava Knock mais uma vez trilhando um novo caminho para alcançar seu objetivo. Estava seguindo o conselho do velho marinheiro de pegar a estrada de Hirt para chegar a Hilydrus, pois segundo ele seria mais fácil de obter respostas lá, já que esta era a cidade principal de Lodoss.

Knock foi em direção a estrada sem nenhuma informação: não sabia qual a distancia que iria percorrer, não sabia como era o local, se haveria algum estabelecimento que pudesse abrigá-lo ou ao menos se haveria algo para se alimentar... Na verdade nem se importava, nem planos fez... O que realmente lhe interessava cumprir era a sua missão, queria ver-se livre de tal obrigação.

Enquanto caminhava observava a mudança de paisagem, a qual ficava cada vez mais bonita ganhando aspectos campestres e um ar diferente. Sua caminhada estava sendo muito agradável.

Pela noite conseguiu se hospedar em uma casa cujos donos eram idosos, os quais lhe ofereceram comida e cama em troca de proteção para eventuais problemas. Knock passou uma maravilhosa noite na casa, tomou um banho refrescante, comeu frutas e dormiu muito bem e assim partiu novamente pela manhã.

Nos dias nos quais a viagem se sucedera, Knock usou do mesmo artifício para poder obter hospedagem durante a noite e durante o dia poder seguir o seu rumo. Esse plano deu certo, porém, como nem tudo é perfeito essa estratégia também não era, recebera alguns nãos e algumas caras feias, mas nada que fosse significativo. E assim procedeu até chegar em Hilydrus.

Cassie Seguia a Estrada apontada pelo Pescador, Queria terminar logo as compras e voltar para casa, o Velho Mundo não parecia nada com o que seu criador lhe dissera, era um lugar atrasado, mato para todos os lados, não via os castelos que ele lhe falara.

Cassie(Pensando): Esse lugar é horrivel, essa estrada está fedendo

as pessoas a sua volta, lhe assustavam, pareciam pessoas violentas, gostaria de poder pegar carona com um comerciante que passasse, mas estava sem dinheiro, precisaria arranjar algum tipo de emprego logo.

Então Cassie seguia o mais rapido possivel para a cidade que via ao longe.

(OFF POST: A cidade que ela vê ao longe eh Hilydrus)

Caminhava tranquilamente pela estrada, minha viagem estava apenas começando pelo visto, para todos os lados que eu olhasse nao via sinal de cidade, a nao ser a pequena vila de onde acabara de sair, suspirei e continuei andando sem me importar muito com quem passava. Após algumas horas de caminhada decidi fazer uma parada para me alimentar e descansar, avistei uma arvore mais a frente, sua copa era grande e estava bem folhada, era o local perfeito para sentar e fazer uma refeiçao e descansar um pouco.

Parei, tirei um dos pacotes que o senhor Kiur da estalagem havia me dado, parti ele ao meio e comecei a comer, enquanto o fazia observei a paisagem um tanto rustica daquele lugar, olhando de um angulo diferente era muito lindo aquele lugar, parecia um pedaço intocado de terra, algo realmente natural, e aquilo me trazia uma certa calma e conforto naquele momento.

Assim que terminei de comer me deitei recostado ao tronco da arvore para tirar um leve cochilo, ainda era cedo entao na havia risco em dormir durante alguns minutos ali naquela area, pelo menos era no que eu acreditava.

Estava quase pegando no sono quando ouço vozes próximas a mim, continuei deitado mas abri um dos olhos para observar, achava que deveria ser só mais viajantes passando por ali, porem me enganei era duas... Garotas à primeira vista, quando reparei bem nas duas vi que não eram tão normais assim, uma delas, a de cabelos mais escuros olhou diretamente para mim me analisando enquanto comentava algo com a parceira.

Sabia que dali sairia encrenca, mas permaneci calmo e meu olhar fixo nas duas, foi quando o que eu temia aconteceu, as duas puxaram suas armas e vieram em minha direção."To lascado!" foi a primeira coisa que me veio a mente, a ruiva estava com um porrete de metal e a outra uma espada, enquanto elas se aproximavam me levantei e fiquei de frente para as duas encarando-as, então a morena com a espada falou comigo.

— O que um forasteiro como você faz por estas bandas sozinho? —

Precisava agir rápido ou elas me matariam ali mesmo, meu olhar era frio e calculista, em momento nenhum demonstrava medo, isso só as ajudaria.

– Estou de apenas de passagem. – Respondi seco, não iria dar detalhes pois não iria me ajudar em nada, precisava pensar num modo de me livrar das duas e sair dali. – Não estão pensando em usar isso estão? – Disse num tom meio sarcástico, continuava encarando as duas com um olhar frio e intimidador, era loucura mas era uma opção ou isso ou sair correndo, mas não acho que conseguiria fugir delas, decidi então apelar para intimidação, não que eu fosse mais intimidador que elas e suas armas, mas poderia ao menos tentar.

As duas reagiram da forma que eu esperava à minha tentativa de amedrontá-las, não deram a mínima, porem eu ainda estava no jogo, a ruiva parecia ser a mais impaciente, quando me perguntou o que havia na bolsa estava prestes a pega-la e arremessar para a garota quando ela mesma tratou de arranca-la de mim, continuei inexpressivo diante das ações das duas, enquanto a ruiva vasculhava ansiosa minhas coisas, Blue, a morena de cabelos escuros me fitava com um olhar um tanto estranho para aquela situação, logo percebi que tinha algo mais ali do que simplesmente um saque a um viajante, e seja lá o que fosse que elas queriam de mim, eu sairia perdendo com certeza, precisava agir rápido. Logo a ruiva percebeu que não tinha dinheiro e se enfureceu, ela poderia muito bem ter me matado , não seria lucro nenhum para elas me manter ali, logo era mais uma prova que tinha algo mais naquelas duas.

– Um viajante solitário como eu, desarmado, jamais andaria com dinheiro numa estrada dessas... – Disse sério olhando para a ruiva. – Mas posso dar a vocês o que vocês querem... – Disse a ultima frase esperando que não fosse só mais uma das loucuras da minha mente, compactuar com criminosas não era do meu feitio, mas se aquilo me mantivesse vivo, faria o que elas me pedissem.

Minha situaçao ficava cada vez mais complicadda, convenci as duas mulheres que poderia dar algo a elas em troca de dinheiro, mas nao tinha nada, estava com sérios problemas nas maos, a nao ser que elas quisessem me usar para alguma coisa eu nao era de nenhuma serventia e eu duvidava muito que elas precisassem da minha ajuda para algo.

- Eu nao tenho nada comigo agora, mas posso conseguir, se voces quiserem é claro, posso ser mais ultil do que imaginam. - Continuava olhado sério para elas, espcialmente Blue, que parecia mais interessada que a ruiva.

Era minha ultima chance eu pensei, se nao convecesse elas era correr ou ser morto.

Estava a um tempo andando por aquela estrada que parecia nunca ter fim, e de certa forma aquilo estava começando a me irritar. Não chegava a lugar algum e começava a pensar que aquela ilha seria desabitada de qualquer alma, porém ao mesmo tempo me lembrava daquela energia maligna fortíssima que senti nos rochedos. Parei um pouco de andar e olhei pro pedaço de tecido em minhas mãos como se aquilo me motivasse a continuar por aquele caminho. Com uma das mãos por dentro do sobretudo vermelho segurei no cabo da katana que era coberta pelo sobretudo ficando escondida. Recomecei a andar, quem sabe eu desse sorte e achasse alguém ou alguma vila pra me dar uma direção e informações...
Depois de andar mais um pouco deparo-me com uma placa, não muito chamativa, na beira da estrada próxima à uma árvore. Aproximo-me para ver as direções que ela me mostra e deparo-me com vários nomes estranhos, afinal não conhecia nenhum desses lugares... Acabo por decidir seguir para Hilydrus e sigo a estrada a qual a seta apontava, provavelmente eu conseguiria algum informação por lá...


<Caso ajude, o tópico em que eu postei anteriormente foi esse: Rochedos link^^>

Os cabelos loiros brilhavam com o sol e balançavam presos ao laço na altura de seu pescoço. Caminhava com a espada de seu pai presa às costas e uma pequena trouxa com roupas.

Usava botas e roupas leves de viagem. Uma camisa branca que deixava os ombros à mostra e calças não muito justas para não prejudicar o movimento.
Começariam vida nova, mesmo que não ficassem juntas. A meia-elfa ficaria no coração dela a inspirar-lhe, mas em seu íntimo tinha algumas dúvidas sobre qual seria o destino que a irmã escolheria.

Talvez devesse segui-la. Sabia que se quisesse se aventurar, Silmeria era a pessoa certa que deveria seguir. Mas acreditava já ter passado da idade para aventuras inesperadas sem sentido. Precisava de um motivo maior e ter o direito de utilizar a arma que recebera.

Assim, o plano inicial era seguir para a capital junto com a irmã, onde pretendia se alistar e seguir um caminho nobre.

Já andavam há algumas horas e ela mantinha um silêncio fúnebre e respeitoso por conta da recente morte de sua mãe.

Pensava nos últimos anos, no treinamento. Na vida que deixava para trás esconida nas plantações que foram abandonadas. Era curioso como as pessoas desapareciam sem deixar rastros. Com exceção de seu pai, que tivera filhas e deixara seu nome gravado em registros dos guerreiros.

Aquilo a enchia de orgulho. Não via a hora de chegar à capital.

Silmeria andava mais relaxada pelas ruas, seus cabelos esvoaçavam levemente com o vento, mas ela fazia questão de deixá-los no lugar para esconder as orelhas um pouco pontudas. Se encontrasse um dos que odiavam mestiços no caminho, seria um problema...

Usava uma espécie de vestido fino, com alças, sapatilhas que se enlaçavam em seu calcanhar e, por cima de tudo, usava uma espécie de manto cinza escuro, com um capuz que, naquele instante, estava abaixado. Em suas costas, um arco longo e flechas, o que indicava que ela era uma espécie de caçadora.

Apenas caminhava ao lado de Camille, sua irmã, sem preocupações. A morte de Hilda não parecia ter lhe abalado tanto, embora ela respeitasse o luto alheio.

“Mesmo que eu não a acompanhe... O que eu vou fazer?” e olhou de relance para a irmã “Minha família antiga me expulsou, só tenho conhecidos interesseiros... Acho que não tenho muitas opções.” Pensou. Olhou de relance para a irmã.

- Ei. – começou, cortando o silêncio – E se não te aceitarem? – disse, em um tom bem humorado – Vai voltar para cá e virar fazendeira?

@ Luthica & Phyress

O caminhar das irmãs era árido. Não existia nada na frente delas a não ser um longo caminho de terra batida e pedregosa que se estendia até sumir no horizonte. Ainda estavam um pouco longe de chegar a Hilydrus, mas pelo visto para Camille isso não seria um problema. Estava determinada, determinação que talvez herdara do pai.

Já Silmeria sentia o tédio e o ardor daquela caminhada em sua macia pele. O sol não estava tão receptivo e às vezes chegava a machucar. De certa forma, aquele não era seu caminho, mas por convenção, seguia a irmã mais nova. Para quebrar aquele silêncio fúnebre perguntou com certa ironia e felicidade o que aconteceria caso sua irmã não conseguisse passar no teste.

Seja lá qual fosse à resposta, pelo visto seria melhor continuar andando. Dali a algumas horas chegariam a Hilydrus, a capital e enfim poderiam ter um tratamento melhor.

<Opa, prazer, GM Akira. Ficarei responsável por vocês por um tempo. Confesso que achei interessante a história das duas e fiquem sabendo de antemão que adoro discórdia. Farei o possível para quebrar essa “harmonia”. Mas é claro, o caminho que irão seguir dependerá muito mais de vocês. Postem na Estrada mais uma vez e em seguida em Hilydrus, na Área de Treinamento do Exército Real. >

- Eu vou continuar tentando! – respondeu Camille, sem a voz otimista e sonhadora, mas um tom firme, dizendo também para si mesma com alguma dor só de pensar na vaga possibilidade de tudo dar errado antes mesmo de começar.

Afinal, era a única alternativa que tinha à fazenda. Não conseguia pensar uma forma mais brilhante e correta de viver do que aquela para onde iriam. Ficava um pouco incomodada que logo no início da jornada já fosse desestimulada assim.

- E você deveria ao menos arranjar um emprego em Hilydrus. Nós fomos mimadas durante muito tempo. As coisas serão diferentes agora - disse em tom um pouco duro, mas logo suavizou a conversa (ao menos, pensava que com isso estava sendo agradável). - Temos que ser fortes...

E continuou a jornada, focando sempre em seu destino final e evitando maus pensamentos.

<Off: Prazer! Nós também adoramos discórdia. (Eu especialmente adoro angst) É muito bom saber que realmente importa o que escrevemos em nossas fichas!
Eu tava falando pra Phyress que a Silmeria é muito mais maligna que eu achava que ela criaria. Essas duas são muito diferentes. Vai ser divertido>

- Hm... – tom pareceu de desinteresse. Sua irmã parecia realmente ter uma mente bem pequena... Para fazer algum bem no Reino não era preciso tornar-se apenas do exército, provavelmente havia outros modos de conseguir fazer isso – Que sem graça. – comentou, por fim.

Com a frase seguinte da camponesa, porém, Silmeria cerrou um pouco os olhos, parecendo carregar ódio. Ela olhou de relance para Camille enquanto caminhavam. “O que essa camponesa estúpida está dizendo? Agindo como se soubesse algo sobre mim...”

- “Nós”...? - deixou escapar, em um tom baixo seguido por uma risada curta e irônica – É mesmo. – comentou, se recompondo – Mas eu já sei ser forte, você não tem que se preocupar. – e a voz de Silmeria ocultou o rancor da garota.

[Off: Na verdade, eu criei ela para se dar bem com a Camille, mas... Acho que não vai dar muito certo mesmo. Fiquei muito feliz em saber que o GM leu nossa ficha também, acho muito legal quando os mestres aproveitam a história dos personagens para jogar as coisas contra eles! E... Não tem como a Silmeria ser feliz e não maligna com a história dela >_<']

Aldarion e Tenkai seguiam pela estrada seguindo o caminho para Takaras. Era uma estada comum, e vários viajantes se podia ver passando por ali durante aquela manhã ensolarada. O dia estava bonito e a paz reinava por enquanto.

— Então Aldarion, o que leva para Takaras? Vai atrás de mais um capitão maligno para brigar? — O elfo pela primeira vez brincava com Aldarion — Mas se quiser, pode vir comigo para ir ver Kjeen. Aquele que fez nós entrar nessa grande confusão por causa de uma pedra. Irei entregar a pedra para ele e sumir por algum tempo.

A estrada até Takaras estava terminando, e possivelmente a companhia dos dois amigos também, pois o elfo se conhecia bem Aldarion, saberia que ele não iria querer seguir o elfo, embora esse encontro poderia render uma bela briga.

Mas enfim os companheiros cruzaram as fronteiras e finalmente estavam em Takaras. Tenkai foi desviando o caminho e indo rumo ao cemitério encontrar Kjeen.

— Até breve Aldarion. Nós encontramos por ai algum dia. E quem sabe um dia um duelo entre amigos!

O elfo deu um singelo sorriso e virou seu rosto e continuou a caminhar.