Porto

A pessoa de capas negras havia largado Gin no porto e o mesmo teve que se virar para chegar ao barco de resgaste. Nadou feito um condenado contra as ondas violentas que vinham em sua direção. Depois de alguns minutos conseguiu chegar ao barco.

- Maldito emo - Falou baixo ao subir no navio, liberando um pouco de sua raiva.

Um dos dois sabe guiar um navio de pequeno porte?

- Não ó ser de poucos amigos, não sabemos. Você é que quis entrar com tanta pressa nesse navio..agora se vira. Aqui vai uma idéia: que tal você usar a força do pulo pra impulsionar o barco pra frente? Mas cuidado pra não deixar o leme pra trás...se não o coitado vai ter que vir nadando atrás de seu navio. - Completou, apoiando-se em alguma coisa perto de Roswell.

Nym percebe os olhos do velho mudarem repentinamente de cor e logo voltarem ao normal, aquilo lhe intrigou bastante, mas seu foco logo mudou ao perceber a movimentação rápida de Roswell em direção ao barco.

Analisando a distância não seria possível realizar tal salto, então Nym vê Gin se atirar ao mar e nadar contra as ondas para alcançar o barco. Deteve-se por um momento, mas logo os olhos do velho lhe voltam à memória. Nym lança uma breve olhada para trás procurando o homem, porém logo se lembra que o barco está em movimento e seria bom não se demorar. Desiste de procurar o velho e se lança ao mar no encalço de Gin.

Chegando ao barco, Nym estava ensopado. Suas vestes largas incomodavam pelo peso que tinham agora. Nym retira a manta negra que sempre usa como, sobretudo e joga em um canto enquanto Gin respondia prontamente a pergunta cretina de Roswell. Nym somente olha para Roswell e balança a cabeça concordando com o que Gin acabará de dizer.

Nym ainda estava pensativo, não tinha se convencido de que esta aventura lhe seria lucrativa, aliás, não lhe parecia nem um pouco vantajosa até o momento. - Você pretende salvar a menina para... - Nym deixou a frase no ar esperando uma complementação de Roswell, o qual Nym encarava demonstrando certa raiva.

Aquilo havia sido tão repentino para a garota, que ela teve que sufocar um grito de susto. Sentiu as garras de C.B agarrando as costas de seu vestido, enquanto tentava entender o que se passava.
Viu todos os tripulantes passarem rapidamente pelo raio de sua visão, para então eles aterrisarem no barco.
Clock Bunny de imediato se deixou cair, fazendo um baque surdo ao tocar a madeira. Ree, por outro lado, demorou alguns segundos para se acostumar entre aquela transição - terra - saltos - mar.

Enquanto ela notava os outros nadando em direção ao barco, e Roswell preparando o barco, ela se sentiu inicialmente inutil.
Pensando melhor, a menina passou a vistoriar o barco, enquanto o grupo não chegava. Passou a analisar tudo que lá havia. Procurou saber se ao menos havia água potável.
Após sua vistoria, voltou para perto de Roswell, que já finalizava sua tarefa, coincidindo com o a chegada dos outros dois. Sentou-se sobre uma caixa, ou qualquer outro volume que houvesse por perto, enquanto pensava no que o rapaz havia perguntado.

Hum... Navegação... Meu pai tinha alguns livros disso. Mas não lembro direito.

Possuia apenas um conhecimento superficial sobre aquilo, e não tinha idéia de como navegariam. Ainda assim, apontou para a ponta do barco, e recitou aquilo que lembrava.

- O leme dita o rumo. - Depois, apontou para o alto - E a vela, a velocidade. Pelas minhas raras lembranças, para partir, tem que deixar a vela folgada, pra deixar o vento nos empurrar. Para pegar velocidade, é só ir esticando, pouco a pouco, deixando formar só uma leve barriga na vela.

A menina deus nos ombros, voltando-se a se sentar.

- Li muito mais sobre navegação, mas já faz muitos anos, e mal me lembro disto... - A garota se referia á sua infância, a qual passava dentro de casa, lendo a vasta coleção de livros de seus pais.

Olhou confusa por um momento: Ela, guiar o barco? Nunca imaginara que algum dia seria necessário ela fazer aquele tipo de trabalho.

Olhou de relance para os dois rapazes, como se esperasse que ao menos fizessem algo de útil. Mas parecia enganada. Gin começou a passear pelo barco. Suspirou, e caminhou até a ponta, sentando-se ao lado do leme. Estava insegura, não tinha certeza se teria força suficiente para guiá-lo, ou se o conseguiria. Uma correnteza mais forte com certeza venceria os braços de Ree.

Ainda assim, observou enquanto Roswell e Clock Bunny soltavam as amarras. C.B era ideal para aquele tipo de trabalho. Enquanto o fazim, a menina espiou para o lado, sentindo a presença de Jester ao seu lado. Ele estava curioso, querendo saber como era navegar. Ree deu um meio sorriso, rindo sozinha internamente. Ah se ela tivesse energia suficiente para deixar Jester guiar o barco. Seria tão mais fácil...

Após o trabalho feito, Ree se preparou para que o vento desse o impulso inicial, e logo que começassem a navegar, ela teria que cuidar do leme. Sabia que deveria puxá-lo para a direção oposta a que queria, mas sabia também que tinha que conciliar com o vento. Neste último, pediu para que Jester vez ou outra a ajudasse, para saberem como melhor posicionar o barco.

Isso vai ser problemático... - Pensou, por fim.

C.B logo se posicionou no alto do mastro, agarrando-se com suas patas, olhava o outro barco, que ia ao longe.

Ao ouvir a resposta de Roswell Nym bufa com desprezo. - Não sei por que geram esses filhos se sabem que podem vir a ser pontos fracos. - Pensou por fim, mas não disse nada, pois tanto Roswell quanto Ree, estavam muito ocupados com as cordas do barco, as quais se apresavam em arrumar para que o barco zarpasse.

Nym começou a observar o que estava acontecendo no porto, onde uma briga generalizada estava começando. Em sua memória voltaram os olhos vermelhos do velho. Nym começa a procurar o motivo daquela agitação ao perceber que era o único caminho que poderia levar até a embarcação em que estavam. Realmente a situação estava começando a ficar muito estranha.

Se dirigindo até próximo de Ree que estava sentada perto do leme, ela estava um pouco insegura com o fato de guiar o barco, mas até o momento estava se dando bem com a situação, afinal, detinha os conhecimentos necessários. - Consegue descobrir o motivo daquilo? - Disse calmamente para a garota, voltando a fitar o alvoroço que se formava no porto.

[A aventura continuará aqui.]

Desculpa o post duplo, mas quando postei acima a assinatura não estava ativa nas opções do forum, então estou postando de novo para incluí-la

Jason, sentia a saudade de sua partida aflorar lentamente em seu coração enquanto caminhava no porto quase deserto de Lodoss. Mas não iria se abalar. Tinha um coração forte.
Agora que havia pensado realmente no que viria pela frente acreditava que devia ter aproveitado mais os momentos ao lado de Maria.
Andava a esmo no porto e não percebera que a noite já vinha vindo... Sua sorte, não era dia de lua cheia.
Aos poucos foi se acostumando com o que seria seu novo “lar” e aquele porto situava-se numa região desse continente que lhe lembrava muito as praias ao norte de sua terra natal, onde há muito havia deixa um porto muito parecido com esse, para nunca mais voltar.
Caminhando a procura de alguém que pudesse obter informações sobre esse continente ou então alguém em que poderia dar-lhe trabalho e conseguir alguns trocados. O sono não lhe chegava, nunca, afinal a maldição da licantropia pulsava em seu sangue, e o frio que a brisa maritima trazia não lhe incomodava, afinal seu coração agora batia na mesma velocidade feroz dos lobos, deixando assim seu corpo sempre muito quente.
Continuou andando devagar sem encontrar ninguém, mas logo encontraria algo para se fazer... aquele não poderia ser um continente fantasma, isso ele sabia.

O rapaz mais novo sentou-se, entediado. Parecia que a conversa já estava deixando-no impaciente e, por isso, preocupou-se mais em observar as ondas do mar à sua frente. Sua respiração vinha em baforadas. Jor, que nada disso percebeu, dirigiu-se a Aleera.

— Senhorita, ordens são ordens e as minhas vem de um lugar muito alto. — Cruzou os braços. — Estou pedindo para que se retire dessa praia. Se encontrá-la novamente aqui, terei que garantir que minhas ordens sejam cumpridas à força.. — Agora o soldado mais novo olhou para seu superior. Um sorriso cínico surgiu em seu rosto.

Jor olhou mais uma vez para o rosto de Aleera antes de virar-se. O soldado mais novo, imediatamente, se pos de pé e seguiu-no. Antes que saíssem do porto, Jor virou-se novamente para a garota.

— Sobre o Sumonador.. — Disse, um pouco relutante. — Não sabemos nada sobre ele, tirando o fato de que ele se instalou nos rochedos. Além disso, ele é extraordinariamente perigoso, tanto que tem essa praia inteira praticamente ao seu controle.. Adeus.

Dessa vez caminhou sem olhar para trás até sumir de vista.

Já haviam se passado 5 anos desde a ultima vez que colocara os pés naquelas aguas, ou ao menos é o que haviam lhe dito. Seu corpo parecia concordar, respondendo ao toque da agua como faria a um amigo que não ve a anos.
Seu corpo ainda estava cansado, e sua mente confusa, o que havia acontecido? Nesses ultimos 5 anos, aonde foi, com quem esteve?....
Nada....sua mente estava vazia, suas memorias inertes, era como se tivesse acabado de acordar de um sonho incrivel, apenas para esquecer completamente sobre o que sonhou.
A agua no entanto, era a mesma que ele se lembrava, acolhedora, calma, tranquila. Não entendia o por que, mais uma pontada de dor bateu em seu peito.
Segundo as pessoas que o encontraram proximo a cidade, ele estava muito machucado, e no entanto...nada, nenhuma memoria de como havia chego ali, ou de onde havia saido...

Kojiro:Droga...a agua tá gelada...

Na verdade, a agua estava otima. Porem, algo o incomodava naquele lugar, não sabia o que, mais algo o irritava, ao mesmo tempo em que sentia que seu corpo estava com saudades daquela agua, ele não queria ficar ali por muito mais tempo.
Decidiu sair da agua, e passou a andar rumo a cidade, devagar, observando o local. Afinal, não tinha mais nada ali que fosse dele, sua casa havia sido vendida, e sua irmã tambem havia ido viajar o mundo.
Sua irmã...ela o havia convidado a ir com ela, porem ele rejeitou a oferta..será que havia mudado de ideia? Não...não...pelo menos, achava que não.

Kojiro:Ahhh...pensar demais doi o chifre...vou ver se acho algo para ocupar a cabeça...quando lembrar, lembrei...não tenho porque forçar minhas memorias...minha cabeça não é tão boa assim....

O porto, assim como toda a península, tinha mudado. Reformas foram feitas onde, outrora, só pisava-se num bando de madeira juntada por uma corda. Agora via-se madeira rejuntada e bem tratada, com cordas para prenderem os barcos que chegavam por ali. O movimento, também, estava diferente. Um fluxo muito grande de mercadores, mercenários e pescadores deixava o porto empaturrado de gente, pelo menos naquele momento. Com certeza, quando caísse a noite, o porto ficaria esvaziado, somente com alguns guardas de Hilydrus ali. Sim, até guardas agora eram vistos perambulando por entre as pessoas ali, certamente para tentarem manter ordem ao meio àquele caos.

Kojiro, no entanto, não estava no meio daquele povo. Encontrava-se a alguns metros do porto, numa pedra onde constantemente subia água na altura de suas canelas. O sol estava alto naquele momento, sinalizando o meio-dia. O clima era quente, sem nuvens e um céu límpido, sem nuvens. Todo esse calor, porém, não parecia penetrar naquele meio youkai com a cabeça distante. Por fim, levantou-se e foi caminhando lentamente para um conjunto de casas no meio da praia. Conseguia visualizar, dali onde estava, uma construção majestosa que certamente não havia ali cinco anos atrás. Parecia haver muito movimento por ali, inclusive conseguia detectar alguns pontos brilhantes. Armaduras reluzindo ao sol, certamente.

Era estranho. Podia entender que Ruff tinha crescido a ponto de terem-se instalado alguns vigias, mas via com dúvida para, pelo menos, vinte pontos brilhantes mais à frente. Certamente algo tinha acontecido de mais grave.
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Off:

Olá, sou Gin, GM responsável por essa área. Peço desculpas pelo tempo que você ficou aguardando, mas eu estava cheio de provas e trabalhos da faculdade e fiquei impossibilitado de entrar no Lodoss. Enfim, oi ;D

Então, daí se quiser ir em direção à contrução peço que poste na Estalagem Stallion. Se não, pode escolher qualquer outro lugar de Ruff ou manter-se aí mesmo. Esse primeiro post foi mais uma introdução mesmo. Bom jogo o/

Samira desembarcou assim que o navio atracou. Usava uma capa longa, oculos extremamente escuros, e uma encharpe a lhe cobrir os cabelos negros e o rosto do sol, além de luvas até o cotovelo. Andava de cabeça baixa e apressada, tendo certeza de segurar firme com uma das mão seu guarda chuva e com a outra agarrava a alça de sua mochila pendurada às costas.
Se amaldiçoava internamente por não ter pego um navio que chegasse à Ruff durante a noite. Estava com a cabeça quase explodindo.
Bem que podia ter seguido o conselho de Zora e partido dois meses depois, fora da época de turismo. O porto estava extremamente cheio. Trombou em algumas pessoas enquanto tentava passar da multidão para algum lugar coberto. Foi andando por entre as tendas e coberturas das barracas e lojas, subindo para longe do porto.
Chegou numa espécie de barraca de frutos do mar, da qual subia um cheiro totalmente repugnante à seu nariz. Certas comidas humanas podiam até serem 'apetitosas' à ela, mas tinha certeza de que mesmo enquanto humana não gostaria de provar esses seres gosmentos. Virou-se para a praia, onde conseguiu ver uma grande confusão e muitos guardas com suas armaduras reluzindo ao sol forte.
"Zora não disse que havia tantos guardas em Ruff. Aliás" pensou "nem que isso aqui seria tão cheio" Estava certa nesse comentário.
- Olá moça - chamou uma voz de garoto as suas costas - Precisa de ajuda?
Ela se virou e viu um rapaz de altura mediana lhe encarando de dentro da barraca. Ela desprendeu o encharpe um pouco e arriscou mostrar um pouco da pele na sombra. Nenhum dano imediato. Sorriu rapidamente, mostrando os dentes
- Na verdade, acabei de chegar - disse rapidamente - preciso encontrar um lugar para passar. Conhecidos me recomendaram a Estalagem Stallion. Conhece?
- Oh claro, é a estalagem da praia - e contornou a banca com aquela pesca estranha - Vê aquela contrução grande e branca - e apontou o local, do outro lado da confusão que agora tinha praticamente se dissolvido
- Sim - sua voz estava um pouco chateada - Não to nem um pouco afim de voltar lá pra baixo agora - murmurou
- Bem - começou o rapaz - se voce eu não iria até lá. Teve uma espécie de confronto lá embaixo. Um mago praticamente destruiu a Estalagem. Se quiser tentar, pra esse lado - e se virou, apontando o caminho contrário ao porto - tem os rochedos. Um lugar calmo, sombreado e praticamente deserto. Mas - sua voz tornou-se caurtelosa - só não entre nas cavernas, tá legal?
- Por que não?
- Dizem que não tem fim, e a grande maioria que entrou nunca voltou.
- Obrigada pela preocupação. Mas eu preciso de um lugar pra descansar. Se não tem como eu ir à estalagem agora, preciso achar outro lugar. Estou exausta. E tagarela - se tornou um pouco azeda ao constatar isto - Tenho que ir garoto - e passou a encharpe pelo rosto novamente - talvez eu apareça - e deu um adeuzinho e se virou rapidamente deixando o garoto ali e sumindo por entre a vegetação, subindo sempre para longe do porto ensolarado.
Sentiu uma ponta minuscula de remorso por ter deixado o rapaz lá, sem nem se apresentarem ou lhe dizer obrigado por ter sido gentil. Mas estava brava porque teria de voltar ao porto e muito provavelmente não poderia se hospedar. Esse minimo remorso se dissolveu ao lembrar que ele lhe dissera o que dizer. Isso ela não aceitava. Pensando bem, ele lhe deu um conselho sua burra. Mas de qualquer modo, ela não voltaria lá agora. Talvez com o sol posto.
Agora, tinha que achar um lugar seguro e escuro para descansar - afinal, o sol, mesmo estando totalmente protegida, lhe causava um enorme desgaste. Estava realmente exausta - e sim, era um burra por ter se exposto daquele jeito a um total estranho.

Finalmente a longa viagem havia chegado ao fim. Hayate havia se voluntariado para ajudar na carga e descarga de um navio, e em troca poderia viajar de graça para aquela ilha que tanto falavam. O porto estava movimentado, e ainda tinha o último trabalho a fazer que era descarregar os barris. Uma vez feito, enxugou o suor da testa. Estava pronto para testar uma nova vida naquelas terras.

— Lodoss... bem, parece um bom lugar. — Comentou consigo mesmo, coçando a nuca. Ouvira dizer que a ilha era um ótimo lugar para se viver, com pouco preconceito em relação a raças e bastante diversidade em suas terras. A começar seria ótimo apenas não ser caçado por ser um lobisomem, de resto conseguia se virar.

Precisava, agora, encontrar um lugar para passar a noite. Sabia que teria de trabalhar para isso, e achava desfavorável o fato de não saber ler ou contar. Bom, aprenderia de uma forma ou outra, pois no mundo civilizado o dinheiro é tudo, quase não existe generosidade. A certo momento, enquanto andava, sentiu um cheiro conhecido.

Por um momento se assustou, e olhou para os lados. Lembrou-se imediatamente do corte em seu peito, causado pela dona daquele cheiro. Não podia ser, Talya não poderia estar ali o seguindo novamente, ela deveria achar que estivesse morto. Uma vampira... e muito forte. Hayate não tinha o sentimento de vingança, longe disso. Mas algo lhe dizia que deveria terminar o que começou. Respirou fundo e seguiu o cheiro da vampira.