> Quadro de Procurados

Hunting Dragon


Abel estava ali parado a quase dez minutos, como sempre vestindo apenas um projeto de bermuda deixando as canelas escamosas a mostra. A parte de trás dava espaço a saída de sua musculosa e poderosa cauda vermelha. O rapaz a agitava vez por outra enquanto coçava o queixo com uma das garras, ele via potencial de dinheiro fácil ali. Porem para terem a recompensa naquele valor aquelas pessoas deveriam ter feito algo realmente notável o que diriam que são lutadores impressionantes. Claro que Abel queria dinheiro para sair em viagem e poder tentar achar seu pai, mas sabia que seria um desafio a parte, pois nem possuía dinheiro nem recursos pra achar um dragão adulto no meio desse mundão. O rapaz olhou mais atentamente até que seus olhos azuis de dragão pairaram sobre o anuncio descrito como Vermillion. Chamou o interesse do rapaz, preço relativamente baixo significava que provavelmente ele estaria ainda no começo de carreira, provavelmente mais fácil de capturar. Abel sorriu pegando o cartaz.

-Heh! Esse Vermilion não deve estar longe da cidade, vou andar por ai pra ver o que consigo saber dele, provavelmente os bares tem algum tipo de rumor! Vamos ver...-

Após sair da área de perto do quadro o rapaz caminhou por ali perto procurando um dos guardas, ele repensou a idéia de ir ao bar no meio do caminho, se o vissem perguntando por Vermillion no bar seria fácil a informação chegar até ele, quantos meio dragões ficam pela cidade andando e perguntando sobre procurados? Provavelmente so Abel vivia na cidade e era o que o tornava único mesmo vivendo naquela enorme metrópole. O rapaz se aproximou do guarda próximo e perguntou de forma educada. Enquanto sua cauda agitava-se da esquerda para a direita.

-Com licença guarda, pode me dar uma informação, desses procurados, existe alguma idéia do paradeiro desse cara aqui? Ele se chama vermillion!

Open Field


Abel sorriu, a reação do guarda era uma das mais comuns pela cidade. Já havia se acostumado com aquilo, até achava agradável. Impor o medo era uma boa forma de ganhar o respeito de desconhecidos, ou causar problemas. Enquanto ouvia o que o guarda dizia ele balançava a cauda por vezes a chicoteando amistosamente ao chão levantando um pouco de poeira. O guarda o chamou de demônio, e Abel sem pudor algum riu mostrando os dentes pontudos. Era divertido ver o guarda tão preocupado, Abel era incapaz de fazer mal a alguém sem antes sofrer alguma coisa, e por um momento desejou que sua mãe não tivesse visto o sorriso ameaçador que ele deu ao guarda, isso geraria uma baita bronca. Saindo de cena rapidamente o rapaz nem sequer pensou em pegar um cavalo, aqueles animais idiotas não suportavam ver que estava chegando perto, sua forma era assustadora para eles. Então rumando para o portão sul após passar em casa e deixar um recado para mãe dizendo que iria demorar a voltar, provavelmente mais de um dia, ele saiu em grande velocidade rumo ao sul, ao campo aberto.