Re: Campos

por Haseo Seg 01 Fev 2010, 9:45 pm

*Quando chegaram ao campo, Haseo cambaleou. Por um instante sua vista ficou ofuscada pelo sol forte, e cerrou os olhos. Mal prestava atenção nos movimentos de Ayame, até que notou ela se distanciando. Sorriu, andando até ela, até que passou o braço pelos ombros da loba, apoiando parte de seu peso nela.*

Vem cá, podemos brincar um pouco antes de irmos. Temos dois meses... *Falava com uma expressão cínica, seu rosto avermelhado e o corpo estranhamente não se sustentando por si só* Dificil resistir a você por muito tempo. *sussurrou em seu ouvido. como sempre adorando o cheiro da loba*

por Ayame Seg 01 Fev 2010, 10:14 pm

*O jeito como Haseo a abraçou fez a loba parar de andar e o fitar pelo canto dos olhos. Estava brava e não queria vê-lo na sua frente e ele se aproxima dessa forma? Mas o fim da picada veio logo quando sua boca se abriu. Ao ouvir suas palavras, Ayame virou o rosto e o encarou de frente sentindo o cheiro de vinho e suspirou, rolando os olhos.*

*Esquecera-se que Haseo era fraco com bebida, e tinha esquecido e o deixado beber. Agora ele seria um peso igual o filhote. Com um suspiro, tirou o braço de Haseo dos seus ombros*

Idiota, não fale besteiras, não farei mais nada com você. *Falou em tom sério e olhou através dele. Agora nada mais importava, só Antares, mas com Haseo naquele estado teria que ficar ali parada até que ele melhorasse.*

Venha cá, garoto idiota. *Isso pra não dizer humano. Pegou-o pela mão e puxou-o para baixo de uma árvore e deixou-o encostado. Tirou da bolsa um cantil d'água que já estava quente e jogou em seu rosto com força, irada, e entregou-lhe o resto para que bebesse.* Anda, bebe sem reclamar. *Ordenou, agachando-se na frente dele, rosnando alto*

por Haseo Seg 01 Fev 2010, 10:34 pm

Heh, nervosa... *zombou, achando graça da face irritada da loba. Não se importou de ela o encostar na árvore, e virou a cara quando ela lhe tacou água. Virou o rosto pra ela, sorrindo cínico. Não se importava em se molhar, principalmente porque vestia somente suas calças* Só obedeço certas ordens...

*Deixou o cantil de lado. Aproveitou que Ayame se agaixou à sua frente, indo pra cima dela, deitando-a no chao e ficando entre as pernas da loba, se apoiando nos braços.* Daqui de cima você fica uma graça *sorri sarcástico. a água que a loba jogava nele agora a molhava, pingando nela*

por Ayame Seg 01 Fev 2010, 10:53 pm

* Aquilo foi à mais. Foi o suficiente para Ayame perder a paciência. Não queria nada, muito menos com ele, ali e naquele momento. Aproveitou que ele estava apoiando nos braços, a loba retribui o sorriso e sobe suas mãos abertas pela barriga de Haseo até seu peito e aproxima o rosto do dele como se fosse beijá-lo mas faz ao contrário: empurra-o para o lado com força e se levanta.*

Como pode ser tão idiota. Odeio bêbados, ainda mais se tratando de você. Ou pára de fazer besteiras ou te largo sozinho. * Haseo estava passando dos limites mas não podia fazer nada contra ele, tinha pena em bater nele quando a culpa era da bebida.*

*Limpou o rosto molhado e virou-se para a árvore onde tinha deixado o cantil caminhou até ele e o pegou, tomando a água*

por Haseo Seg 01 Fev 2010, 11:12 pm

*Quando Ayame o empurrou, rolou duas vezes até deitar de barriga para cima. Deu algumas risadas curtas, se sentando em seguida*

Para onde você for meu coração vai te seguir *Falou quase cantando, e se deitou denovo, praticamente caindo. Sorria fitando o céu, as nuvens e seja lá o que for que passasse voando pelo céu de Lodoss.* Te amarei para sempre e não tente me impedir. Toda vez que sonho é com você.... *foi falando até que as palavras viraram sussurros, e caiu no sono. Simplesmente dormira na grama enquanto falava. Ao menos estava quieto*

por Ayame Seg 01 Fev 2010, 11:34 pm

*Foi obrigada à parar de beber quando Haseo começou a resmungar, suas orelhas vacilaram e ela virou o rosto e o fitou, incrédula. Nunca o ouvira falar tais coisas muito menos em alto e bom som como agora, devia achar vergonhoso, mas sabia que era por causa da bebida.*

* Quando ele parou, suspirou e foi até ele, parando na sua frente e o observou dormir. Depois, olhou para os lados e viu que estavam no meio do campo e podiam ser facilmente vistos, então, colocou a mochila nas costas e pegou-o no colo e levou-o até uma árvore próxima de sombra larga e deitou-o com a cabeça apoiada em sua roupa.*

*Sentou do lado e puxou-o mais para perto, fazendo sua cabeça pousar em sua coxas e suspirou, acariciando-lhe o rosto por instantes. Ficaria ali até que acordasse, de plantão.*

por **Shaorin** Qua 03 Fev 2010, 12:07 am

A noite chegou, e com ele o sono e o cansaço de Ayame. Haseo dormia profundamente em seu colo e não dava sinais de que acordaria tão cedo. Vez ou outra um campones passava ao longe despertando Ayame de seu cochilo. Eles os olhavam mas não conseguiam diferenciar o que eram e muito menos quem eram.

Não demorou e amanheceu e os primeiros raios do Sol apareceram acordando o casal. Ayame estava dolorida por ter dormido sentada, e estava faminta. Enquanto que Haseo, apesar de ter dormido muito, agora acordava com uma dor forte de cabeça e ressaca.

Os campos estavam silenciosos e o vento batia com força e movimentava a grama livremente na direção Norte, e poucos animais passavam por sentirem o cheiro de um Youkai.

por Haseo Qua 03 Fev 2010, 7:07 pm

*Acordou tonto, com uma baita dor de cabeça. Sentou-se com certo esforço, sua visão ainda um pouco turva. Não se lembrava de muita coisa, principalmente porque ficara pouco tempo bebado, mas isso já o irritava. Passou a mão no rosto demoradamente, esperando aquela sensação irritante passar. Fitou Ayame, que provavelmente acordou quando ele se mecheu*

Hm... acho que não vai querer falar comigo e muito menos dizer onde estamos, não é? *sabia que tinha feito besteira. na verdade, apenas sentia, pois de nada se lembrava. ainda bem*

por Ayame Qua 03 Fev 2010, 7:32 pm

*Ayame nem se deu ao trabalho de responder; ao contrário dele, lembrava muito bem do dia anterior. Encarava Haseo fixamente enquanto arrumava sua bolsa que deixara aberta, e quando terminou, fez um nó com força e se levantou, colocando a alça num dos ombros e espreguiçou-se.*

* Sem mais nenhuma palavra, caminhou até uma árvore qualquer e trouxe algumas frutas. Colocou três no chão mesmo, ignorando se elas sujariam, e segurou outras duas e começou a comer.*

*E antes que pudesse terminar a primeira ou Haseo falar denovo, virou-se e começou a andar pelo campo. Queria comer bem e tudo que pudesse para começar sua jornada*

por Haseo Qui 04 Fev 2010, 1:46 am

Tsc... *Se levantou, pegando as frutas que Ayame havia jogado. Sua cabeça ainda latejava, mas ignorava esse fato. Logo seguiu a loba, assistindo-a comer a segunda fruta. Quanto terminou, Haseo ofereceu-lhe uma terceira.* Precisa comer melhor que eu, e não reclame.

*Tinha razão, afinal a loba tinha de comer praticamente por dois. Haseo se contentou apenas com uma fruta, ainda guardaria a última para Ayame, mesmo que a teimosia dela recusasse. Apenas achava que havia muita pressa no que faziam*

por Ayame Qui 04 Fev 2010, 9:00 am

*Estava muito confortável comer olhando o horizonte; sentia-se livre. A fruta não a agradava, era óbvio, mas era a única coisa que tinha no momento e poderia tapiar o estômago. Não demorou para sentir o cheiro e a presença de Haseo mais perto e sua vontade de ficar ali acabou.*

*Rosnou quando lhe ofereceu a fruta e nem se quer o olhou, sua cauda balançou forte e intensamente, mostrando sua irritação. A irritava ouvir Haseo falar da criança, ainda mais depois de ontem.* Temos dois meses e meio para levar Antares pra Calm. É só o que precisa saber. * Disse por fim, de forma fria, e jogou o resto das frutas nas raízes de uma árvore.*

Só vou contigo pelo trato que fiz, não por minha vontade. Então, se puder ou conseguir, não fale comigo, como nos velhos tempos. *Falou da mesma forma e começou a andar devagar pelo campo em direção à Takaras. Queria tomar um ar antes de procurá-lo, olhando vez ou outra para o círculo em seu pulso, pensativa.*

por Haseo Qui 04 Fev 2010, 1:03 pm

*Ficou quieto, mantendo seu olhar sério de sempre. Preferia não pensar em nada, dessa forma não se atingiria com aquelas palavras. Terminou de comer as frutas, sua dor de cabeça já estava melhorando, mas ainda o irritava. Seguia um pouco atrás de Ayame, evitando olhá-la. Era uma loba problemática*

por Mateus Ainsworth Qua 15 Dez 2010, 8:53 pm

- Bam bam bam, tchiq bam bam bam! É uma vida tão bela pra tão pouco tempo - Ficar vagando sozinho é tão entediante que até musicas eu estou compondo.

*Eu não sou um bardo Mateus! Acorda! Anda logo que temos que entregar essa carta para John. E sim, conversar cm você mesmo é tão normal quanto comer...* O sol do meio-dia estava desgastante e, vagar no meio dos campos não era a melhor decisão, muito menos a noite... Andei o mais rapido que meu corpo permitiu esperando passar logo aquela longa pastagem.

Após horas e horas andando sobe o calor irritante e sem nenhuma sombra para poder me refrescar pude, finalmente, enxergar os primeiros sinais da península de Ruff... Os coqueiros começavam a aprecer e, com uma leve brisa, tive mais coragem e determinação para continuar o meu trabalho.

- Aleluia irmão!

por Vinny Sex 17 Dez 2010, 9:35 pm

Depois de sair do rancho em Hirt, Peter seguia seu caminho, em um dado momento ele passa pelos campos de Hirt, observando sua beleza natural, as arvores, a terra, o ar puro, então caminhando rapidamente a carroça e um cavalo, Peter fala baixo para o cavalo:

-É vamos começar a andar mais rapido, mas não vou te cansar muito pois você vai voltar andando ainda.

Então Peter continua passando indo em direção aos campos de Ruff.

por **Shaorin** Seg 20 Dez 2010, 8:32 am

O campo estava calmo. Era final de tarde e o vento soprava suavemente, balançando calmamente o mato que ia até as canelas de Peter. De onde estava era possível ver a Floresta Endless atrás de si, e ainda mais além, o começo a de Takaras onde tudo era enegrecido. À sua frente, mostrava-se Hilydrus, e um pouco mais à frente, o Castelo. As chaminés das casas de Hilydrus estavam cobertas por fumaça e algumas luzes de velas podiam ser vistas acesas. Aos poucos poderia chegar lá e pegar os cavalos assim como seu novo patrão o dissera.

[ Peter, seu próximo post é em Hilydrus. Se quise postar aqui e em seguida postar lá, pode, mas se quiser já postar lá também pode. Fica à seu critério, não precisará mais de narração minha aqui. ]

por **Shaorin** Qui 27 Jan 2011, 1:09 pm

@ Sérpico

O Ancião não tinha respondido à pergunta do garoto quando saíram da estalagem, estava pensando em tantas coisas ao mesmo tempo, que deixou esta por último afinal, não queria tratar o garoto mal ou lhe dar uma resposta grosseira.

Assim que saíram da cidade, uma leve brisa quente passou por ambos mostrando-lhes que agora estavam num lugar mais quente, apesar de ser noite. Havia se passado quase uma hora depois de sua saída.

— Patrick, meu filho. — Disse com um sorriso cansado. — Eu sei que quer fazer perguntas para mim, mas peço que espere para fazê-las daqui a pouco, pois iremos conhecer mais uma pessoa antes de irmos para Ruff, ali, na floresta Endless.

Aquilo parecia loucura. Entrar na Endless aquela hora, mas a melhor parte era que já estava amanhecendo e tudo estaria perfeito em pouco tempo. Conseguiam ouvir uma cachoeira ao longe, já perto da entrada da Floresta. Logo logo, estariam todos juntos denovo para a batalha, e faltava pouco. Esperava que Sérpico viesse com ele por pura vontade, mas, ficava ressentido por trazer o garoto naquele estado.

por Sérpico Qui 27 Jan 2011, 1:37 pm

Finalmente deixou de se apertar com roupas por causa do frio. Já fora de Calm, Sérpico tinha uma resposta: O homem atendia por Patrick.

Falou em um pequeno desvio, antes de ir ate Ruff. Sérpico fez notar sua falta de compreensão.

-Tudo bem então – Suspirou – O senhor sabe melhor do que eu o que deve ser feito.

Sérpico seguiu com Patrick, rumo a Floresta

por **Shaorin** Qui 27 Jan 2011, 1:46 pm

Ao ver que o garoto recebera a noticia com indiferença ao mesmo tempo que compreensão, achou melhor deixar assim, e partiu rumo à Floresta Endless. Quanto mais perto chegava, mais pensava em um nome em específico.

Isso fez com que o homem ficasse sério e apreensivo, como se esperasse que alguém fosse aparecer a qualquer momento. Deste jeito, entraram na Endless sem muita demora, com ele andando a passos rápidos e nervosos afinal, os minutos eram preciosos e contados.

[Sérpico, você pode escolher postar aqui sua entrada na Endless e depois lá em seguida, ou mesmo só lá, você que sabe. Como já postei, excluirei meu post e esperarei que você poste, para que eu então o faça adicionando você na aventura, para não demorar muito com você, já que atrasamos demais. Espero que não tenha problema. ]

por Vcromeiro Seg 07 Mar 2011, 11:44 pm

Malleus, de passagem, segue sua jornada, seu destino e sua missão, em direção ao Labirinto de Takaras.

Apesar de seus pensamentos e tormentas o incomodarem, este novo objetivo lhe traz novo animo, fazendo-os ficarem em silêncio, ao menos, por enquanto.

por **Gin** Ter 08 Mar 2011, 12:29 am

Gin tinha acabado de sair de Ruff em Choudon, sua mais nova montaria que trouxe de um distante continente. A velocidade com que ele viajava era alarmante e nem precisava usar a estrada convencional, passando pelo matagal ao lado.

Seu rumo? Paramet. Não sabia mas algo lhe chamava a atenção naquela cidade cheio de comerciantes. Ainda mais que precisava vender seus prêmios recebidos pela jornada completada.

Acelerou Choudon, não querendo perder tempo para chegar ao seu destino.

por Kronos Hiily Dom 27 Mar 2011, 4:08 pm

O tempo de viajem até Hirt foi um pouco longo. Seus pensamentos ainda estavam um pouco embaralhados, a situação não era algo para se acreditar fielmente, mas aquele pobre senhor precisava dos dois jovens aventureiros.

O campo acalmava Akkin ligeiramente, mas nada que fosse suficiente. Certamente ainda estava preocupado. Durante todo o trajeto não falou nada, possivelmente, pensava em algo quando chegasse a Takaras. Uma taberna era uma boa pedida.

Ansioso, acelerou o passo passando a frente de Dachi, ele com certeza estaria logo atrás.

por **yoda** Dom 27 Mar 2011, 7:02 pm

Nossa viajem foi longa e silenciosa, ambos estavam pensando no acontecimento com o senhor do vilarejo, fiquei um bom tempo andando normalmente, tinha que manter minha mente bem calma. Quando finalmente chegamos nos campos de Hirt, Akkin quis se apressar passando na minha frente, não me esquentei com isso só continuei com o meu ritmo, levantei bem pouco a cabeça e segui o movimento com os meus olhos, tendo a leve visão entre o céu e a estrada em que estávamos.

Estava um pouco quente e caminhar já estava muito ruim, a comida e a água já não era o bastante, mais não se preocupava pois já tinha uma cidade por perto, talvez Akkin estivesse pensando na mesma coisa do que eu, em ir logo em uma taverna.

por Merrick Seg 22 Ago 2011, 7:41 pm

*O homem lagarto estava em seu caminho para Ruff onde o unico trabalho que conseguiu arrumar o esperava. O lugar tinha só mato e algumas poucas arvores. Por ter crescido em uma floresta tropical sabe muito bem que mato alto significa predadores...mas sabe também que é um predador então tudo que faz é seguir com a audição aguçada para barulhos estranhos, farejando o ar ocasionalmente atento a odores estranhos e aproveitando as sombras para descansar caso necessário*

por **Balmung** Seg 17 Out 2011, 11:17 pm

Um portal roxo e negro se abriu nos campos, um pouco distante da estrada. Dele saiu um cavaleiro montado em um corcel, e pouco depois Haar também saiu, pisando na grama macia, e então o portal sumiu. O guerreiro sentiu um choque ao sair daquele lugar gelado e pisar ali naqueles campos banhados de sol. Por um instante temeu que sequer tivesse saído do lugar.

– Seus ferimentos incomodam? – Perguntou sarcástico, e lançou uma magia que derrubou o guerreiro no chão. Quando ele se levantou, viu que estava inteiro, seus ossos estavam no lugar, não estava mais ferido. – Sabe como é, precisava te distrair com algo enquanto as feridas se curavam.

Ele enfim desceu de seu cavalo e andou até Haar, parando a alguns metros dele e cruzando os braços.

– O que quero de você é bastante simples. Deve saber sobre a guerra, não é? Todos sabem. Também deve ser de seu conhecimento que o Rei, a Rainha, Príncipe e Princesa governam toda Hilydrus e que estão muito bem de saúde. Ah, mas existem alguns contratempos, coisas que você vai precisar saber para manter este plano vivo.

Haar sentiu um formigamento. Não pela magia que o curou ou pelo calor que substituiu o frio de repente, mas porque estranhava as palavras do cavaleiro. Haar sabia sobre a guerra, ela devastou os dois reinos, mas Hilydrus foi vitoriosa. Porém sabia que desde então a família real mal aparecia, apesar de que todas as decisões políticas corriam naturalmente.

– Vou ser direto e dizer algo que você não sabe. O Rei e a Rainha estão mortos desde a guerra. Como sei? Bem, digamos que um passarinho me contou. Ah, e nossa querida princesinha também ganhou seu lugar no céu. – Ele sorriu cinicamente nesta parte. – Normalmente, com a morte de um Rei, o príncipe toma o seu lugar por direito. Se não tem rainha, deve casar-se com a princesa de algum outro reino. Mas nosso príncipe não faria isso, ele não é estúpido.

Fez uma pausa, como se fosse um grande prazer falar tudo aquilo.

– Conhece nosso príncipe, Kite? Bastante bruto com seus subordinados, temido e respeitado por todos do reino. A muito tempo corre o rumor de que ele não é filho legítimo do Rei, e sim que veio de Takaras e foi apenas adotado. O rumor é tão comentado que quase é verdade. Bom, se de repente eu soubesse que todos da família real morreram menos ele... eu suspeitaria que ele fosse o responsável. Não apenas eu, mas o reino todo se revoltaria com tal atitude, logo se rebelariam e o tirariam do trono à força. Por isso ele não divulga a morte do Rei, da Rainha ou da princesa, isso o forçaria a assumir o trono e a rebelião seria certa. O reino cairia por não ter um governante, e logo tudo seria destruído, certamente Takaras aproveitaria. Mas meu interesse não é esse, meus objetivos exigem que o reino continue em pé e próspero, e é nesta parte que você entra.

Balmung pegou a bainha de sua espada, a que dera a Haar, e jogou-a aos pés do guerreiro.

– Farei Kite subir ao trono e assumir seu posto de Rei. Espere o povo se revoltar, espere eles não mais aguentarem as taxas abusivas e as medidas absurdas que ele irá tomar. Quando isso acontecer, grite em meio ao povo seus ideais. Acuse-o de matar a família real, diga a todos do reino que ele veio de Takaras para dominar tudo pelas trevas. Desafie-o a lutar, mostre sua atitude, faça o povo agir ao seu favor. Quando todos estiverem do seu lado, enfrente Kite, derrote-o, mate-o se preferir, e todos irão aclamar para que você seja o novo Rei. – Ele novamente cruzou os braços, encarando Haar com um sorriso cínico – Normalmente este principezinho não faria tudo isso, mas não se preocupe, tenho modos de o obrigar a isso. Ele é bem mais forte do que você, mas não se preocupe, continue com o plano e tudo estará bem.

Ele coçou o queixo por alguns segundos, despreocupado.

– Alguma dúvida, crítica ou sugestão, caro guerreiro? – perguntou sarcástico.

por Eilanzer Sex 21 Out 2011, 8:00 pm

"Aos poucos voltava a sentir meu corpo, minha temperatura aumentava e percebia que ainda possuía uma alma, por mais corrompida e congelada que fosse. Estava em um belo campo ensolarado e mesmo a dor que sentia de minha costela quebrada me abandonava em uma fração de segundos por meio da magia do cavaleiro demoníaco, meu novo contratante infernal. Enfim...Isso não importa muita coisa, o que faço e as palavras que sigo serão justificadas no fim de tudo isso!..."

Haar escutava em silêncio profundo as palavras em tom sarcástico do cavaleiro, seu corpo aproveitava ao máximo os raios de sol que aqueciam sua armadura, como se estivesse longe daquela sensação de vida durante séculos.

"As palavras desse cavaleiro demoníaco vem carregadas de cinismo, mas com um nível de detalhismo com informações nada fáceis de se obter...Seja lá qual o método que esse demônio utiliza, ele parece ter um enorme interesse na família real, no poder e parece não só conhecer pessoalmente como também ter observado diariamente cada passo da corte... . . .Interessante...Isso talvez seja mais do que uma simples busca por poder...Talvez... . . .Vingança pessoal?... Interessante..."

-Hummm...Tenho uma noção geral de seu plano de ações, mas saiba que para chegar diretamente ao coração estúpido desse povo precisarei de algo mais incisivo, mais imediato e grandioso ou então somente ganharei o respeito para que me escutem em uma futura revolta daqui a dois séculos...

Haar pegava a bainha da espada, olhava pensativo para a lâmina da espada negra e a embainhava lentamente enquanto completava sua fala.

-Consigo enxergar duas formas de conseguir a atenção e respeito do povo de forma rápida...Uma é estando ao lado do próprio rei...Estando dentro do próprio exército, mostrando força, ganhos em batalha e salvando o próprio povo, mostrando compaixão e todo esse lixo de que tanto amam...
...E outra é formando uma pequena milícia que guarda e protege os interesses do povo...É a velha história cantada pelos bardos dos foras da lei que atacam os ricos e salvam os pobres...Patético mas efetivo...E para formar essa milícia poderíamos assumir a força o controle de alguma guilda de ladrões ou milícias de guerra...Convencer os outros por meio da força e medo particularmente é uma tarefa que faria com extremo prazer! E então cavaleiro...Quer usar alguma dessas alternativas ou possui algum plano próprio? ...E não espere que eu pergunte seus motivos...Eu poderia assistir você queimar toda a Lodoss e mesmo assim guardaria a minha curiosidade.

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