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Mensagem por Illyasviel Qui 05 Fev 2009, 12:10 pm

Título: A Menina - O Diário de Ann Bagnariol.

Gênero: Romance

Autor: Daniella M. Oliveira (eu mesma)

Referência: Literatura Clássica Brasileira/Italiana

Sinopse: "Uma menina, uma criança,
o destino de uma família em suas mãos.
Não se pode alcançar o êxito.
Não pode se tornar um homem.
Aceitar os desafios, a sina de uma família,
de uma vingança nas costas.
O destino de todos sendo carregado
por uma simples menina.
Como lidar com isso?
Como é ser a boneca do mundo?
O que sentir ao viver junto da morte?
É o que Ann está disposta a contar."

Períodicidade: Incerta

Nota do Autor: A idéia de uma personagem como Ann me veio inicialmente para que a usasse num rpg, surgiu como num ápice enquanto observava a calmaria do céu, e assim se fez sua alma. Não posso assinar que trarei com periodicidade mais páginas do diário de Ann, escrever não é algo cronometrado, se escreve quando a alma clama por isso.
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Mensagem por Illyasviel Qui 05 Fev 2009, 12:13 pm

O Anúncio~ 1º Episódio

E incrível como tem gente que muda a gente com o simples fato de estar perto, não é mesmo?

Mas tem também, aqueles que com a simples presença nos perturbam de tal forma que só nos falta querer arrancar os cabelos! Bem, eu era uma dessas pessoas.

Minha história começa muito antes de sua chegada, meu caro. Não tinha para onde ir, então acabei por me contentar em morar num albergue durante alguns meses, fazia meu trabalho durante a noite e as vezes, de manhã. O tempo em que ficava em casa era apenas para estudo, de vez em vez uma soneca mais demorada. A rotina não mudava, todos os dias às 16h me lavava, vestia-me com o uniforme, que graças a Deus, era pelo menos apresentável.

Uma saia negra na altura dos joelhos, uma blusa da mesma cor e um corselete branco, tudo no maior estilo vitoriano, com direito a meia rendada, luvas de pelica e sapato boneca! Claro que por baixo, vestia-me com a roupa do meu "segundo emprego".

Me encaminho para a taverna em que trabalho e lá sirvo as mesas, e convenço aquele bando de velhos mal amados a beber até não se agüentarem em pé. Quando chega a este ponto, fazemos eles pagarem a conta, nem que seja a força, e os jogamos na rua mais próxima. Claro que eu nem encosto nesses porcos, isto é trabalho para seguranças! Depois de horas trabalhando, quando já são horas de eu ir para casa, viro na primeira esquina deserta que encontro, retiro a saia, revelando um curto short que permitia a maior movimentação possível das pernas, tirado o corselete, tinha total controle da parte de cima do corpo, mais alguns poucos minutos e o cabelo estava preso em duas mechas, os cachos descaiam em torno dos ombros.

Ajeitava minhas facas e dois frascos, presos nas ligas de perna e no cinto que circundava o short e guardava a outra roupa num embornal de algodão que deixava escondido.
Saia dali, furtiva, ninguém notava aquela figura da noite, pronta para por em prática meu trabalho e fazer minha nova vítima. Era nessas horas, que a minha presença se tornava o maior incômodo possível. O anúncio de sua morte.


p.s.: Se alguém se interessar pela história comenta que eu continuo =D
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Mensagem por Seishirou Ryuumizu Qui 05 Fev 2009, 12:44 pm

Ora, ora!!
Muito bom!!

Você escreve muito bem, descreve muito bem a situação... Meus parabéns!!

Eu também sou Fic Writer, e quem sabe eu não lhe faça companhia, e não façamos um trabalho em conjunto?

Continua que eu estou no aguardo, linda!!
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Mensagem por Illyasviel Qui 05 Fev 2009, 9:29 pm

Obrigada pela crítica, Seishirou. Quanto à proposta, quem sabe?

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Acordo~ 2º Episódio

Noutro dia meti-me numa bela confusão. Fui eu encrencar de sair de casa pela manhã para comprar umas frutas, fazia tempo que não comia comida direito, só aquelas coisas nojentas que me serviam na taverna em que trabalhava. Bem, era uma manhã clara, o dia estava branco, o céu então totalmente, e a luz refletia nas nuvens pálidas cegando qualquer olhar que lhes fosse dirigido. Estava frio naquele dia, eu andava quieta, olhando para os meus próprios sapatos, carregava uma bolsa pequena com a quantia necessária às compras, lá também havia algo muito importante, depois de algum tempo lidando com venenos mágicos e com a morte, você aprende a não andar desprevenida, ainda assim, naquela imensidão de claridade que alumiava as ruas da cidade, eu quase fui descoberta! Que eu faria se descobrissem quem sou de verdade? Seria levada à força, com toda certeza, isso, se não me acontecesse algo pior! Ah, mas não foi desta vez.

Pois pense bem, abaixei para pegar um lenço cor-de-rosa de uma velha senhora, um moleque de rua passou a mão em minha bolsa, me fazendo cair sentada e saiu correndo! Ah, se o garoto me abre aquela bolsa e vê minha arma e aquele frasco, eu não estaria aqui, mais que depressa, me levantei e sai correndo atrás do garoto, de salto, vestido, era tudo que podia fazer.

O garoto era rápido, mas não era treinado pela elite de Monferrato para matar! Corri o mais rápido que pude, gritava para que algum desses marmanjos da moda parassem o menino, eles apenas riam ao me ver correr, marquei o rosto deles, um por um. Logo o garoto entrou na floresta, ah, agora sim as coisas estavam começando a se tornar divertidas, ele não poderia avançar muito ali, e eu seguiria seu rastro facilmente, conhecia o local. Desfiz o laço que prendia o vestido e retirei uma pequena faca que trazia ali, sem medo, cortei a saia do mesmo, o short de trabalho estava lá, o salto eu teria de superar, o único ruim era o barulho que fazia, o menino iria pagar por me roubar! Pulei num galho próximo, subindo até o topo de uma árvore donde podia ter uma visão previlegiada, logo visualisei a presa, hora de dar o bote.

Um pulo aqui, um pulo acolá, abaixa para cá, desvia de uma pedra para lá. Sorri um sorriso ingênuo e continua a corrida, até que, ah, o rio, finalmente chegamos ao rio, o menino não pularia ali, era morte certa. E ele realmente não pulou, ficou parado, olhando as águas, quando encostou no fecho da minha bolsa. antes que ele a abrisse, sentiu algo pingar-lhe na mão. Era um líquido rubro, quase roxo, lembrava bastante a coloração do vinho.

Os olhos dele, quando virou a cabeça para trás, estático, me fizeram soltar uma gargalhada. "Quem é você?" perguntou ele tímido "Por que a minha bolsa moleque? Qual seu nome?" ele gaguejou um nome do qual não me lembro enquanto eu me mantinha firme, naquela altura meus olhos já deviam estar vermelhos como sangue. "Devolve" e ele devolveu a bolsa sem pestanejar, parece que a faca em minhas mãos tinha um grande efeito sobre o pequeno, mas ele tinha potencial, não deu sequer um passo para trás. "Sabe garoto, você tentou me roubar para que? Se mentir morre." a resposta foi apenas uma lágrima e a indicação de um pequeno casebre ali perto, dentro da mata fechada, seguido de um sussurro "Minha irmã, ela morre". Acabou que fui ver a menina, e puxa, era bela, mas definhava na cama, ela havia sido picada por uma cobra peçonhenta e estava realmente prestes a morrer!

Mas veja bem, morrer por veneno, oras, tenho conhecimento para curar qualquer mal causado por veneno, não me subestime. Foi feito um acordo com o garoto, ele me emprestou roupas novas e jurou nunca contar a ninguém sobre mim.
Um corte na palma da mão, três gotas de sangue na lâmina correta, uma pitada do meu querido 'pó', o qual sempre andava comigo, um desenho em torno da picada, palavras ditas emboladas que faziam referencia a um ancestral que não importa agora. Uma pequena luz e um urro de dor. A menina foi curada. Deixei-os ali após pegar uma saia emprestada, fiz minhas compras e voltei a rotina.
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Mensagem por Krlos Edward Qui 05 Fev 2009, 11:13 pm

Muito bom, criativo, e realmente nos transmite a ação, fui transportado para a vida da sua personagem, porém percebi que na 1ª parte, vc parou a história num momento de ápice, e vc parece ter o costume de dar um meio corte de ação bem nessa parte, evite isso, é meio frustrante, na hora que vc está conseguindo acompanhar a personagem correndo pra saltar atrás de um tesouro, cortar pra algo nada a ver, que te tira toda a emoção, sugiro que atente mais pra continuidade da história.

Enredo bom, ação boa, descrições boas, continuidade a melhorar... é isso aí.

Parabéns nina!
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Mensagem por Seishirou Ryuumizu Sex 06 Fev 2009, 8:46 am

Illias... Você se superou!

Está muito melhor do que na primeira parte!!

Que tal nós fazermos uma fic juntos?

Me manda uma mp ou e-mail!!

Beijos!
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Mensagem por Illyasviel Sex 06 Fev 2009, 4:59 pm

Mais uma vez, Obrigada pelas críticas. E, Krlos, a narrativa é um diário, ou seja, a personagem dá ênfase ao que lhe parece importante. Uma vez que ela conta relatos de seu dia-a-dia, o que você diz ser parar a estória no apice, se torna apenas o final do que há de diferente no mundo da personagem. Mas não se preocupe, ainda tem ação por aí sim, e completa.

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Calabouço~ 3º Episódio

Ah, pois estava a me lembrar hoje, do dia em que vi minha mãe morrer frente a meus olhos. Era uma linda festa, tudo estava perfeito, a iluminação, os trajes, a música... Foi quando ouviu-se um estalo do lado de fora da casa. Nessa hora estava eu a valsar com meu querido avô.
A porta se abriu com grande estardalhaço. Cento e cinqüenta soldados adentraram o salão, estes, procuravam apenas cinco pessoas; os membros de minha família, a família Bagnariol.
O caos se instalou em questão de segundos. Meu pai me entregou uma chave, pegou sua arma, uma bela manopla, aquelas luvas com garras sabe quais são não é? então, papai pegou a manopla e a acoplou na mão direita, saiu por entre a multidão a combater o máximo de soldados possíveis. Enquanto isso vovô já havia derrubado alguns e estava cercado por mais de cinco daqueles soldadinhos de chumbo.
Os civis corriam e morriam minha mãe, coitada, estava abaixada com o pequenino nos braços, meu irmão mais novo. Cheguei a segurar sua mão para que saíssemos daquele lugar, mas o que vi ao olhar para trás foi um florete despontando em seu seio.
Larguei tudo, corri sozinha, nem meu irmão, mais uma vez, pude salvar.
Naquela casa, havia um alçapão nos fundos, passando por ele saía-se num lago. O alçapão consistia em uma pequena porta de madeira, que ao ser aberta, dava num pequeno corredor, coisa de um metro de comprimento, porém muito alto, tanto que nem se via o teto; e outra porta ao fim do corredor.
No alto, onde deveria de estar o teto, oculta nas trevas está uma pequena escada, subi apressada por ela, até chegar à altura do telhado, com um pequeno chute, abri uma portinhola que revelava uma outra escada, esta, de mármore e descia até bem abaixo do porão. No fim desta escada me deparei com uma outra porta, guardada por fortes trancas, ao inserir a chave e girá-la no orifício que estava bem no meio da porta, todas elas se abriram.
Era ali que se encontrava a biblioteca e os centros de treinamento dos Bagnariol. Apenas um salão de mármore branco, com o ar frio e, dispostas em inúmeras prateleiras, tudo que um Bagnariol necessita para treinar. Havia também uma fonte de água pura que fazia correr um riacho artificial pelo local até se perder numa fresta da parede, a mesma se estendia até o teto, deixando que o ar entrasse e revigorasse o ambiente.
Sentei-me no chão logo após trancar a porta por dentro, levei as mãos imediatamente ao rosto, cobrindo-o. Lembro-me ainda hoje da expressão de horror no rosto da mamãe ao morrer. Sem saber o que fazer naquele momento, apenas chorei, desabei em lágrimas e ali, despejei todo o desespero de ter a vida e a família arrasadas em menos de uma hora, permaneci assim até adormecer de tão cansada.
Acordei não sei quanto tempo depois e ainda tinha as idéias confusas, mas uma única certeza tomava conta de toda minha mente, vingar minha família e reconstruir o legado dos Bagnariol. Não, minha família não deixaria sua força e seus conhecimentos se esvaírem assim, foi por isso que eu sobrevivi, agora restava-me ganhar o poder e o conhecimento necessário para tal.
Acabei me decidindo, iria juntar dinheiro para roupas e um barco, pretendia deixar o reino o mais rápido possível. Claro, que depois de muito estudo. Foi aí que comecei a trabalhar na taverna.
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Mensagem por Illyasviel Sáb 07 Fev 2009, 7:55 pm

O Laço~ 4º Episódio

Hoje estava a arrumar as gavetas quando me deparei com um laço de fita azul claro. Segurando aquele tecido bonito, mas meio velho e fora de moda nas mãos, recordei como o ganhei. Era para ter sido um dia triste, fazia exatamente um ano desde que a expressão do rosto de mamãe passou a decorar minha mente.

Havia acordado de mal-humor, e também perdi a hora naquela manhã. E tinha combinado de estar na taverna para o almoço! Esbaforida, corri para a sala de banho. Já contei como é? Acho que não. Era um lugar pequeno, no meu quarto tinha uma só pra mim, afinal eu tinha o melhor quarto daquele muquifo. Pois então, como contava, era pequeno e as paredes eram de azulejos brancos, o chão por sua vez era azul escuro de uma pedra que me lembrava ardósia. Em um canto havia uma banheira, não caberia ali mais que duas pessoas, e exatamente no cantinho oposto, uma pia com um grande espelho, que roubei do meu antigo quarto, pendurado em cima.

Mas voltando ao assunto de antes, me banhei rapidamente enquanto me perdia em pensamentos, comi uma maçã enquanto trocava de roupa, aquele maldito uniforme de novo. E após lavar a boca, saí correndo por entre as vielas, para chegar à taverna, duas esquinas antes de chegar à praça onde estava instalada aquela espelunca que me abrigou, comecei a andar calmamente.

E só me faltava essa, assim que parei de correr um velho gordo e tarado puxa meu braço e tenta me arrastar para um beco escuro sabe-se lá para o que. Sem reação, fui. Chegando lá, mordisquei o dedo. Uma gota de sangue. levei a mão à perna, como se estivesse coçando algo, na verdade, fazendo inscrições simples na minha lâmina. Clac! O velho me solta e olha para o céu chorando e fechando os olhos. Caiu morto e peguei a lamina cravada em sua virilha. Fui para a taverna.

Quando cheguei lá, entrei pelos fundos como sempre, não parecia ter ninguém no lugar, foi estranho, levei mais uma vez a mão à perna, nada muito aparente, deixei o meu embornal num balcão daquela cozinha porca e caminhei séria até o hall. A taverna não costumava abrir para o almoço, e obviamente não iria, pois eu estava super atrasada e nada ali funcionava.

No primeiro passo no hall escuro, todas as lamparinas se acenderam de uma vez, pude ver o salão com motivos festivos e um bolo na mesa de centro, alguns petiscos do lado esquerdo do bolo e doces do direito. Haviam vinhos e varias taças por todas as mesas, ao lado de cada lamparina, um funcionário, fosse atendente, segurança, cozinheiro, o senhor que trazia as encomendas, as arrumadeiras, e até o dono do lugar. Disseram quase em uníssono "meus parabéns", ao ver minha cara de tapada olhando para a cena. Me mantinha estática e minha vontade era a de matar cada um daqueles idiotas, daqueles retardados. Não podia e nem faria, obviamente.

Meu chefe me chamou perto do balcão, já me servindo um vinho enquanto os outros faziam o mesmo, rindo e bebendo enquanto minha raiva não passava. Ele me disse que eu deveria tentar esquecer o que aconteceu de ruim e seguir em frente, por isso havia feito aquilo, para que eu tivesse algo melhor para me lembrar naquele dia. Sorri sinceramente para ele, porém, triste ainda. Aquele velho me disse que havia um embrulho para mim no meu armário, era algo parecido com um escaninho, onde guardávamos os sapatos e outras coisas. Logo os outros foram chegando, uma gorda da cozinha disse que o bolo era o presente dela, outra, uma magrela que fazia uns bicos, disse que tinha comprado um par de brincos para mim, nunca usei, mas no momento, me deixou feliz. O presente que mais gostei, foi uma fita de cetim azul bem clara que recebi. Combinava com o uniforme e prendi meu cabelo em um grande rabo de cavalo na mesma hora.

Não sabia o porquê, mas era um sentimento estranho. Um calor que fumegava no seio ingênuo enquanto eu ria e falava abobrinhas com aquelas pessoas alegres. Eu sempre tive grandes festas, com ótimos presentes e os melhores comes e bebes de todo o Condado. Até porque, Monferrato não costumava ter muitas festas. Mas foi ali, naquela comemoração numa taverna imunda e fedida que eu estava me sentindo realmente bem. Havia lá um pequeno palco, onde um músico que sempre fazia visitas e curtos shows na taverna com seu violoncelo, tocava maravilhosamente bem. Me sentei no piano que havia a seu lado, era um belo piano vertical, todo negro e com as teclas de marfim lindíssimas. Passei a acompanhá-lo na música até que ao fim, todos começaram a bater palmas e chorar. Foi assim toda a tarde e às dezesseis, os mais bêbados foram para casa e nós, que estávamos sãos, nos pusemos a limpar a bagunça. Em uma hora tudo já havia voltado ao normal naquele lugar. E ouvi alguns daqueles velhos ridículos dizendo que um amigo tinha sido encontrado morto com um corte na virilha.

Puxa, só agora me dei conta que lembrando isso tudo e te contando, eu comecei a chorar.
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Mensagem por Gin Sáb 07 Fev 2009, 8:57 pm

demais!!!
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Mensagem por Shiki Sáb 07 Fev 2009, 9:18 pm

"Não, ninguem vai gostar" bla bla bla blaaaa~~

Tá tá, vai reclamar agora vai.

Fazendo mais sucesso que eu -.-~
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Mensagem por Illyasviel Sáb 07 Fev 2009, 9:48 pm

Hunf, sei viu senhor Shiki.
E Gin, obrigada.

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Equívoco~ 4º Episódio

Ai, você não sabe o que me aconteceu ontem à noite! No começo da semana, um senhor de média idade foi até a pocilga em que eu trabalho para falar comigo. Claro que ele disfarçou pedindo uma daquelas bebidas estranhas e nojentas que eles chamam por aqui de drinques, e um tira-gostos. O velho era até bem apessoado, ou melhor, não se vestia com trapos e não fedia, já era um avanço naquele lugar imundo. Conversou brevemente comigo, as informações eram, eliminar um casal de demônios que viviam na floresta próxima à cidade, dia, horário, localização e coisas do tipo. Dei-lhe meu preço e ele se prontificou a pagar a metade de adiantamento.

Até aí tudo bem, o dia indicado seria ontem, me preparei como de costume e, ao sair da taverna por volta da uma da manhã, me troquei, arrumei minhas três facas e os frascos com compostos para os venenos mágicos de que me utilizo. Peguei também um punhal que fora de meu pai, era muito belo, quase completamente adornado. Sua lâmina possuía um formato peculiar, como se tivesse se derretido bem em cima de uma esfera. Possuía também algo como uma cavidade bem rasa que percorria toda a lâmina. Após ajeitá-lo na cintura, preparei-me ainda com uma manopla na mão direita. Se eram demônios, e eram dois, eu precisava estar preparada. A manopla também possuía a mesma cavidade, em todas as garras.

Parti dali, num salto estava em cima de um muro, passos rápidos e silenciosos me levaram às alturas e, de lá, à entrada da floresta.

Adentrei com cuidado, a mão esquerda pronta para puxar o punhal a qualquer instante, sim, sou ambidestra. As instruções haviam sido claras, antes do amanhecer, próximo ao rio, uma luz muito intensa, seria o presságio dos "demônios". Estava alerta, os meus olhos, estavam vermelhos como rubis, e os cabelos, bem, haviam voltado à cor natural, quase prateados, um tom perdido entre o branco e o prata.

Logo que cheguei à beira do rio, me sentei num dos mais altos galhos de uma árvore, não poderiam me notar facilmente lá se se guiassem pela visão. Conferi a lua, deviam ser duas da manhã. Fiquei esperando, fechei os olhos e ampliei dessa forma, meu campo de percepção. Quando faço isso, é como se uma pequena aura passasse a me circundar, mas ela não é visível, apenas aguça meus sentidos fazendo com que eu praticamente tenha um sonar dentro de mim. Não tardou e ouvi um som diferente, algo como uma porta se fechando. Abri os olhos, os olhos que, quando abertos, alguns diriam ser parte da personificação da morte, nada contra.

Realmente a luz estava lá, pequena, mas intensa, bem em cima do leito do rio, flutuando. Havia também um vulto bem em frente a ela, na margem, segurava alguém nos braços, deviam ser minhas vítimas, esperei mais um pouco, a luz era tão forte que ofuscava a imagem dos dois, mas era possível ver que se tratava de um casal. Uma voz ecoou ali, parecia vir daquela luz. Dizia para os seus "novos filhos" não temerem, e fazerem o que a coisa dissesse, que lhes concederia o que queriam. O que segurava a fêmea nos braços deu um passo a frente e assentiu com a cabeça, pôs o ser que carregava no chão e se sentou a sua frente. A luz ficou ainda mais intensa, engolindo-os. Fechei os olhos, podia ouvi-los. Ambos choravam.

A voz ecoou mais forte, dizia agora que eles a haviam traído. Que eles pagariam com a vida. Notei mais alguém lá dentro, parecia ser um adulto, esse sim era um demônio, não tinha forma humana como os dois pequenos. Decidi agir, naquele mar branco que se erguia a minha frente, não conseguiria manter os olhos fechados, e isso me prejudicaria. Já contei que ando com um adereço no pulso esquerdo? Ele me serve de venda as vezes, essa foi uma delas. Com os olhos devidamente protegidos, segui confiando em minha audição, podia sentir cada grão de terra e areia no chão, cada planta, a direção que o vento tomaria, eu praticamente enxergava sem me usar da visão.

Uma vez dentro daquela claridade estonteante que, diga-se de passagem eu não via, segui rápida e fugaz até o demônio. Primeiro passo, em meio à corrida, com a mão esquerda, peguei um dos frascos que carregava comigo e coloquei parte de seu conteúdo nas garras da manopla. Meu primeiro passo, acho que me superei em velocidade naquele dia, saltei o mais alto que pude e girei meu dorso no ar, resultado, caí ao lado de meu inimigo, lhe acertando um chute no pescoço para completar o giro. Isso o atordoou por cerca de meio segundo, tempo suficiente para que eu cravasse as garras em suas costas, o sangue daquele ser imundo correu pela cavidade, se misturando ao composto mágico.

Enquanto me esquivava ao máximo de seus ataques, recitava encantamentos antigos. A coloração do sangue na manopla se tornava parecida com o vinho branco de qualidade. Assim que possível, tratei de arranhá-lo. Corri por alguns segundos até que o veneno fez efeito, não seria suficiente para matá-lo, mas tempo suficiente para eu notar a dor dos cortes que havia conseguido. As crianças, como pude identificar, nem se moveram, apenas choravam abraçadas.

Logo ele se levantou, eu já havia tirado aquela luva sem jeito da mão e corria com o punhal de papai nas mãos na direção do demônio. Consegui cravá-lo fundo desta vez, automaticamente, os adornos brilharam, claro que não era possível vê-los brilhar, mas eu sabia que brilhavam, pois logo uma gema rubra se formou na minha mão esquerda, que estava aberta próximo ao pulso direito, e o inimigo tombou, sem vida.

Retirei a venda, me virei para as crianças enquanto guardava os apetrechos e lhes disse "É a segunda vez que salvo vocês, agora sumam.", acredita que eles apenas choraram ainda mais, o menino soltou a irmã, sim eram os dois que eu salvei a menina antes! Ele se aproximou trêmulo, mostrou-me uma marca no pulso e disse que o demônio retiraria a maldição que lhes foi dada. Perguntei o que aquilo fazia a eles e ele disse que pela manhã eles já não podiam viver, apenas à noite seus corações batiam. Sorri para ele e lhe entreguei a gema. "Sumam!", repeti e saí. Pouco depois, aquela pedra vermelha, ainda na mão do menino se tornou duas, idênticas. Uma delas envolveu seu pulso, e a marca sumiu.

O mesmo aconteceu quando a outra pedra foi colocada no braço da irmã. Abri os olhos e fui receber por meu trabalho.


Última edição por Illyasviel em Sáb 07 Fev 2009, 10:19 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Postar capitulo ^^)
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Mensagem por Gin Seg 09 Fev 2009, 4:11 pm

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Memórias póstumas de Illyasviel
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Mensagem por Edson Ter 10 Fev 2009, 9:53 pm

x.x vo começar a trazer contos pra cá tb lol
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Mensagem por Illyasviel Qua 11 Fev 2009, 6:21 pm

Gin: não entendi @____@"

----
Bom, já estou escrevendo mais, infelizmente não tenho tido tempo para desenvolver as minhas estórias pois o ano letivo está acabando e as provas estão literalmente me matando. Mais tarde devo editar isso aqui e postar alguma coisa. Desculpe-me pela demora.
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Mensagem por Buiu ! Qui 12 Fev 2009, 4:58 pm

Não sou muito de escrever mas sou um leitor compulsivo...xD
Leio até bula de remédio...=P
Realmente seus textos estão muito bons, apesar de não entender muito de coesão e nem me preocupar com esses cuidados com o texto, mas tenho que adimitir que está muito envolvente!
Você trabalha com produção de texto algo assim ou é só por diversão mesmo?
Continue produzindo assim que continuarei lendo!
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Mensagem por Zatoichi Qui 12 Fev 2009, 5:05 pm

Illyasviel escreveu:[color=violet]Gin: não entendi @____@"

Nunca ouviu falar do Livro memorias postumas de Bras Cubas? é do machado de Assis.

ON:
Texto muito bem escrito, gostei da historia, Otima narração e apresentçao de lugares, Parabens!
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Mensagem por Illyasviel Qui 12 Fev 2009, 8:01 pm

Eu conheço, e por sinal não gosto muito de Machado ^^" prefiro Alvares de Azevedo. Mas não entendi a analogia com o texto.

Obrigada pelas críticas.

ps.: terminando de escrever o próximo capítulo.
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Mensagem por Gin Sex 13 Fev 2009, 12:42 am

Ah...é que deu vontade de por, apesar de não fazer analogia ao texto...sei lá algo da minha cabeça
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Mensagem por Illyasviel Sex 13 Fev 2009, 9:38 pm

Convite - Pte. I~ 5º Episódio
Hoje cedo algo diferente aconteceu. Estava eu quieta em casa lendo um antigo livro de minha família quando alguém bate na porta. Arrumei o robe acetinado que estava vestindo e fui atender a porta, qual não foi minha surpresa ao ver lá um pequeno garoto, aparentava ter lá os seus dez anos de idade! Encarei-o. Podia ele bem ser pequeno, mas com toda certeza do mundo, não era santo; logo flagrei um olhar indiscreto por parte do moleque que ia em direção a meu colo.
Perguntei áspera, o que ele queria, apenas respondeu que nada queria, que não era ele que deveria conversar comigo. O menino entregou-me um envelope amassado, virou as costas e saiu de minha porta. Garoto estranho aquele! Não queria vê-lo nunca mais.
Mirei o envelope por uns instantes, só não ia jogá-lo fora por um motivo: podia ser trabalho. Não que eu seja uma mercenária, mas dinheiro sempre é bom. Está bem, eu sou uma mercenária, mas só nas horas vagas, este é, como eu poderia dizer, meu default.
Era um envelope de cor creme, tamanho médio, inscrições em vermelho e preto. Bordas douradas e um selo o fechando. O tal selo me pareceu bem bonito, tinha uma espécie de lâmina desenhada em dourado, o fundo, vermelho escuro, cor de sangue... sim, sangue velho. Cheirei o envelope, era exatamente este o cheiro que ele continha. Não havia nenhum remetente, e o destinatário era apenas " Bagnariol ". Aquilo me intrigou bastante, guardei então o livro na estante e fui abrí-lo. Para tal, sentei-me na mesa, olhei para a janela engordurada do aposento, para o teto sujo e para as infiltrações no canto esquerdo inferior, perto da casa de banho. Suspirei, não gosto de me lembrar da minha família. Estava determinada, o que quer que fosse, quem quer que fosse, sabia sobre mim e iria pagar por isso. Abri o envelope.
Outra surpresa, o conteúdo dele não era nenhuma ameaça ou coisa do tipo, vou transcrevê-lo para que possa ver exatamente o que era, meu caro amigo:
"Bagnariol, Ann
eu, Duque de Nacad a lisonjeio por tamanha coragem e destreza.
Pois como deve bem saber, vosso pai a mim era fiel. Não posso
senão tentar ajudá-la. Claro que, como deves imaginar, sutileza é
a melhor forma de conseguires algo, logo, minha ajuda não
poderá lhe ser concedida enquanto residires em Monferrato.
Cara Ann, guerreiro e vingador, assim como és, sou eu. Então hoje
apenas lhe ofereço, a chance de se juntar aos mais nobres
guerreiros em uma grande Ordem.
Caso se interesse por minha proposta de ajuda em tua vingança,
minha querida, procure-me. Farei uma visita a teu local de
trabalho hoje, às onze da noite.
Mr. Oliver"

Ainda não sei o que fazer, meu amigo, poderia me ajudar? Acho que não, esta é uma decisão somente minha. Me lembro de Gaspar Oliver, o duque de Nacad, o inferno que beira nossas terras. É horripilante a lembrança que tenho dele, aquele homem brutal, a quem meu pai servia fielmente, como um cachorro. Pois saiba ele que se for isto, não hei de querer.
Acho que agora vou ter que ir um pouco mais prevenida para o trabalho...
Depois lhe conto como foi na taverna, preciso tomar banho logo para não me atrasar.


------------------------------------------------------
Legal. ^^"
Demorei mas postei, mesmo que pouco. Hiato criativo não me venceu desta vez ;D

p.s.: Nem dá pra ver que eu tô num momento "programado" da minha vida né...
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Mensagem por Larsa Dom 15 Fev 2009, 2:20 pm

Olha, eu não lí tudo, apenas o primeiro e segundo capítulo. É simplesmente pelo fato de que... eu tenho preguiça. Geralmente não leio NADA que as outras pessoas escrevem, pois não me interessam. Mas, guria, tenho que adimitir, gosto do seu texto.

Não lí tudo e nem posso prometer que lerei, mas até onde parei, é bem legal sim. É o primeiro conto que escreve em primeira pessoa? Já estou escrevendo o segundo, por isso posso dizer: É tenso! Realmente, é bem difícil, mas tem uma vantagem em narrar desse modo do que do jeito tradicional.

O motivo é simplesmente o íntimo da personagem e toda sua interpretação do mundo. (Pq to falando isso se vc deve saber...?) de qualquer modo... continue assim, está em um bom caminho! Treine muito e pode chegar a publicar uma história assim.

Nota: Gostei da personagem por fugir dos padrões. Parabéns.
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Mensagem por Illyasviel Dom 22 Fev 2009, 4:25 pm

Larsa, muito obrigada pelas críticas, sim eu já trabalhei outras vezes com contos em primeira pessoa, e até mesmo um romance, o qual pretendo publicar ainda este ano. ^^

-----------------------------
Convite - Pte II ~ Apresentação ~ 6º Episódio

Acabo de chegar da taverna, Oliver realmente esteve lá. Puxa, foi como se tudo tivesse parado quando ele entrou, quantas memórias, quantas tristes recordações me passaram pela cabeça! Mas tudo bem, deixe-me contar-lhe como foi a conversa.

Hoje houve uma pequena apresentação na taverna, uma habilidosa pianista esteve por lá para mostrar toda sua genialidade com as teclas, improvisava tão bem que fiquei com vergonha de um dia ter dito que sei tocar piano! Por volta das onze, quando o movimento do local estava batendo recordes, um homem baixinho vestido de branco entrou.

Mas deixe-me descrevê-lo de forma que possa entender quem é Gaspar Oliver. Oliver tem aproximadamente uns... trinta anos, todos que o vêem porém, dizem que ele tem no muito, vinte. O homem é um verdadeiro gênio, mesmo parecendo um abobado. Sabe, Oliver é desses que simplesmente quebram com todas as convenções da sociedade. Ele é baixinho, mais baixo que eu, ou seria da minha altura? Bom, eu não sei. Ele também tem cabelos avermelhados, são curtos e lisos, como um garoto qualquer ele anda com os mesmos bem arrepiados. Seus olhos são azulados, tendendo ao cinza, eles são caídos, como os do estudante que, preocupado com a prova do dia seguinte não dormiu para estudar, mas Gaspar não tem olheiras, mesmo que com a aparência cansada, ele inspira uma animação gigantesca por parte de si mesmo. Costuma se vestir de branco, mas não totalmente de branco como um padre! Uma camisa mais fina, dessas de algodão, de preferência, meio aberta, ele é magrelo e franzino, mas mesmo assim, chama a atenção da maior parte das mulheres; mas é claro que ele não usa só uma camisa! As calças de couro preto e as botas do mesmo tecido o acompanham sempre. Oliver é o assassino mais competente que conheço, lembro-me do temor que meu pai tinha para com Gaspar, ele sempre me dizia para nunca contrariá-lo.

Quando Oliver chegou, sentou-se bem perto do palco, naquele momento, a Grand Valse Brillant estava sendo perfeitamente executada ao piano. Só percebi que o tinha visto, quando inconscientemente meus pés me guiaram até sua mesa, onde deixei o cardápio, com um sorriso amarelo o cumprimentei. Ele retribuiu e pediu que me sentasse a mesa com ele, me sentei, claro! Afinal, era minha vida que estava em jogo, e depois, para todos os efeitos, ele era só mais um cliente metido a conquistador. Claro que Gaspar fez juz a seu nome e pediu dos mais caros e requintados pratos que eram servidos naquela pocilga. Sim, lá existiam pratos bem feitos.

Conversamos um pouco sobre a vida que Oliver levava, superficialmente até que ele tocou no assunto que queria. Me chamou para fazer parte de sua ordem, não eram simples mercenários os que viviam com ele, todos tinham uma razão forte o suficiente para fazer o que faziam, e faziam o que e quando queriam. Cerca de vinte homens estavam sob seu comando. Hesitei um pouco, eu queria me vingar, claro, mas não queria dever satisfações a ninguém, e usar aquele homem para enganá-lo era loucura, morte na certa.

Após ponderar bastante, ele me deu um prazo de dois dias para uma resposta, pagou a conta e se retirou. Foi quando a pianista acabou sua apresentação, no exato momento, que Oliver saiu de lá. Notei que esperava do lado de fora, aquela artista.

Então soube, talvez ela seria minha companheira de trabalho, não sabia seu nome. Vim para casa, como pode ver, e cá estou, pensando até agora nessa possibilidade.
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Mensagem por Illyasviel Sex 13 Mar 2009, 7:32 pm

A carta~ 7º Episódio

Pois pense bem, eu, nesse turbilhão que anda minha cabeça me aparece mais uma dor de cabeça!

Hoje estava eu a passear pelo mercado, fui surpreendida por um mancebo. Era um assíduo freqüentador da taverna, muito bem apessoado, tratarei de detalhes mais tarde, veio todo encabulado a me entregar um envelope branco donde havia escrito com perfeita caligrafia meu nome conhecido, Lívia Wanderdrossel.

Pois então, deixe-me contar o ocorrido, pois então, acordei esta manhã, me banhei, coloquei uma roupa confortável, porém bonitinha e saí para ir ao mercado, precisava comprar um vaso para decorar meu criado-mudo.

Cheguei àquela colmeia humana e fui direto na loja do senhor Ferrante, ele mesmo faz os vasos com bom vidro, são lindos. Acabei por escolher um pequeno, de cerca de vinte centímetros de altura, era redondo, com um formato de oito e a boca fina como se estivesse a mandar um beijo, tinha ele talhado dentro das partes do oito, duas pombas (uma em cada parte) que se opunham simetricamente com perfeição.

Paguei e me despedi do pobre senhor, que sorria com os dentes mal cuidados e o mal hálito daquele tipo de gente por ter ganho alguns ducados no pote. Já ia saindo do mercado quando um menininho, desses de rua, bem pobrezinho agarrou em minha saia para se esconder de um cachorro. Pois pense bem, virei agora esconderijo de mendigo!

Então, tinha que proteger ao menino e a mim, o cão além de sarnento tinha bernes à mostra e a boca salivava bastante, logo, estava doente, provável vítima de alguma peste. Projetei meus olhos, fazendo surgir pequena aura ao redor de meus olhos, deixando-os vermelhos, olhei fixamente para o cachorro e pronunciei algumas palavras, em seguida o cão ganiu baixo e saiu em disparada. O menino me soltou e segui meu caminho.

Virei duas ou três esquinas, passei pela igreja, segui a ruela do cabeleireiro e varei numa travessa quase deserta àquela hora, pois as casas comerciais dali só abririam à tarde, foi aí que senti alguém me chamar. "Lívia, por favor" me virei, e o que vi? Ora, se não era o senhor de la Grive! Um homem no auge dos seus vinte anos, um dos poucos freqüentadores assíduos da taverna que não era um velho bêbado. Pelo contrário, quase nunca estava bêbado, não dava vexame e era cordial com todas as funcionárias, bem comportado, era estranho vê-lo naquela taverna quase todas as noites naquela pocilga imunda, sozinho.

Pois lá estava ele, às minhas costas, vestindo uma roupa casual, normal. A espada embainhada, a fronte enrubescida de todo, as mãos para trás como que segurando o tesouro de sua vida. Aproximou-se cabisbaixo quando assim o permiti e ajoelhou-se, entregando-me um pequeno envelope branco, muitíssimo bem cuidado, com meu nome escrito atrás, em belíssima caligrafia, imagino se era a dele mesmo. Disse-me mais algumas palavras, como para que eu lesse com bastante cuidado, ponderasse bastante e que não queria estragar o que poderia vir a ser uma amizade. Sorri também, provavelmente com as bochechas róseas e ajeitei o cabelo, tomando a carta em minhas mãos. Lerei, Senhor de La Grive, pode ter certeza. Creio que tê-lo chamado pelo nome fomentara ainda mais sua paixão, mas então, ele se foi. Segui para casa, ajeitei o criado mudo e me pus a ler a carta de amor que me fora enviada. Depois hei de transcrevê-la aqui, meu amigo.

Alías, meu tempo está se acabando... tenho de decidir logo.


--------------------------------------------------

Desculpem a demora, quem estiver acompanhando, ou tiver lido, sei la, deixa uma opinião, crítica, só pra saber mesmo se tem alguém lendo. Não vou parar de escrever mesmo que não existam comentários, mas faz bem ao ego lê-los.
Estive de férias e não pude escrever nesse período, agora as postagens serão mais freqüentes, prometo.
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Mensagem por Illyasviel Qui 26 Mar 2009, 8:24 pm

Conteúdo~ 8º Episódio

"Senhora, na admirável arquitetura do Universo, já fora escrito desde o primeiro natal da Criação que eu vos havia de encontrar e amar. Mas, desde a primeira linha desta carta, sinto que minha alma tanto desvanece, que principia a abandonar meus lábios e minha pena antes que eu haja terminado.

A verdade é tanto mais agradável como mais constituida por dificuldades, e mais estimada é a revelação que mais nos custou.

Senhora, para uma bela dama como Alcidiana, fora sem dúvida necessário para vós, assim como para essa Heroína, um palácio inexpugnável. Creio que por encanto tenhais sido transformada numa segunda Ilha Flutuante, que o vento de meus suspiros faz recuar quanto mais procuro aproximar-se, província dos antípodas, terra que os gelos impedem de abordar.

Talvez o vosso encanto vos dá o direito de permanecer distante como convém aos deuses. Mas não sabeis que os deuses acolhem favoravelmente ao menos o fumo do incenso que nós lhes queimamos cá embaixo? Não recuseis, pois, a minha adoração; se vós possuís a suprema beleza e resplendor, haveis de reduzir-me à impiedade, impedindo-me de adorar na vossa pessoa dois dentre os maiores atributos divinos. Longe de ter perdido o meu coração quando vos hei ofertado a minha liberdade, eu o descubro maior desde então, e tão multiplicado que, como se um só não me bastasse para amar-vos, ele se está reproduzindo por todas as minhas artérias, onde o sinto palpitar.

Perdoai, Senhora, o furor de um desventurado ou melhor, não fiqueis em cuidado: jamais se ouviu dizer que os soberanos devessem prestar conta de morte de seus escravos. Oh!, sim, devi considerar digna de inveja a minha sorte, que vos tenhais incomodado em causar o meu agravo; se porventura haveis de dignar-vos em odiar-me, isso me dirá que não fui indiferente para vós[...]"

O resto da carta entregue a mim segue a mesma linha, com apelações e antíteses desses poetas que parecem viver de fazer cartas para as moças. Era a primeira vez porém, que eu recebia uma carta de amor depois da tragédia da qual me cerquei. Causou-me certo impacto... nada demais.
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Mensagem por Illyasviel Qui 26 Mar 2009, 8:27 pm

Decisão~ 9º Episódio

Hoje verei Oliver novamente, ele disse me encontrar à noite na taverna. Já tomei minha decisão, não posso negar meu destino e ficar me derretendo com cartas de amor mal escritas. Quero muito acreditar nos meus sonhos, e só poderei fazer isto quando puder andar como sempre andei, como Ann Bagnariol.

Estou já deixando as minhas pouquíssimas malas no jeito, encontrei no fundo de uma gaveta hoje algo muito nostálgico. Um pequeno boneco de couro, com um botão nas costas, meu irmão havia me dado dias antes de morrer. Me traz à lembrança o dia em que fiz o meu primeiro veneno. Ele infelizmente o tomou. Muito obrigada meu irmão, é graças a você que não fui tida como a escória da família.

As malas já estão prontas, vou agora me banhar pela última vez aqui neste moquifo e logo hei de escrever mais para você meu amigo.

Querido diário, que coisa mais cafona, vou sentir sua falta, era tão bom conversar com você... Está me batendo uma grande angústia bem aqui no coração. Tenho que admitir, eu estava sendo realmente feliz, agora, não sei como vai ser. Vou me submeter ao Oliver e ser apenas uma máquina de matar. Vou deixar tudo para trás, os poucos amigos, o trabalho, até essa pocilga aqui onde eu durmo vai acabar me fazendo falta.

Mas os sonhos são assim, nos obrigam a fazer o que não queremos.

Puxa, bateram na porta, advinha só quem era! O senhor de la Grive! Veio entregar-me um bouquet de flores, belíssimas, nem podes imaginar meu caro amigo. O coitado saiu daqui chorando como um bebê depois que eu disse que iria embora. Nossa, você nem imagina como fico encabulada de lhe contar o que aconteceu.... ele me beijou, eu não sabia o que fazer, acabei retribuindo. Confesso, gostei. Mas é tão estranho! Acabei prometendo que um dia voltaria aqui e que poderíamos nos ver de novo, ele só não sabe quando e nem em que circunstâncias vai ser.

Já são horas de eu ir trabalhar... Que vou fazer com você? Já sei, vou dá-lo à pessoa que julgo mais merecedora.

Obrigada por me ouvir sempre, meu amigo. Agora começa minha nova vida, adeus.



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Gente, acaba aqui este conto, que eu trabalhei por alguns meses e considero uma experiência bem agradável. Agradeço a quem leu e peço que deixem um comentário ou crítica para que eu possa saber se consegui cumprir o que me propus.

Muito obrigado.
Illyasviel
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