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Contos de Fogo e Sangue

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Contos de Fogo e Sangue Empty Contos de Fogo e Sangue

Mensagem por Zatoichi Sáb 21 Abr 2012, 12:56 am

Titulo: Contos de Fogo e Sangue
Autor: Zatoichi
Sinopse:A história se passa cinco anos após uma grande guerra entre Hilydrus e Takaras. Pra resumir bastante é sobre um jovem garoto que quer se tornar um grande espadachim, mas devido a eventos não programados acaba se metendo em diversas confusões em uma Lodoss levemente caótica de um futuro bem próximo.
Observaçoes: Não sabia o ano então coloquei 1620 para a guerra. Mas pra ficar claro a intenção é que a guerra ocorra 10 anos após a atual Lodoss(na qual jogamos). Sendo assim a história se passa no total 15 anos depois da nossa Lodoss. É eu sei que o nome ficou copia das Crônicas do gelo e do fogo...


Prólogo: Vitórias e Derrotas

[OFF: Tá, isso não vai ser bem um prólogo por que sou péssimo com essas coisas. Essa vai ser minha primeira fic séria e não tenho nada muito planejado. Vou inventando enquanto escrevo, mas esse pareceu ser um começo decente, então é isso.]

Lodoss, ano de 1620, Takaras e Hilydrus sempre foram rivais, duas cidades gigantes. Ao longo de sua história, inúmeras vezes disputaram pelo domínio da grande ilha, e de anos em anos guerreavam. Muito sangue foi derramado e nada jamais fora decidido. Hilydrus, era considerada pela maioria a capital, claro todos preferiam aquela que foi majestosa, governada por uma família de honra e caráter. Quem iria querer ser subordinado à uma cidade amaldiçoada e comandada por demônios como Takaras? Foi esse pequeno apoio dos demais territórios que na maioria das vezes permitiu Hilydrus se considerar vitoriosa. Porém, de nada adiantavam vitorias como aquelas, a história sempre voltava a se repetir.

Em todas as outras guerras, a batalha ocorria nos campos, e o resultados se refletia na morte dos soldados, algo que nunca incomodou tanto a cidade amaldiçoada. Para essa, reconstituir sua população demoníaca era relativamente simples, e derrotas nunca foram vistas como grande problema. Dessa vez foi diferente. O grande general de Hilydrus na guerra era o príncipe. O filho adotivo do rei e dito por boatos filho biológico de Hellger, rei de Takaras. Sua tendência para traição era forte, mas não o fez, não ali, não naquele momento. Se provou sábio e e forte, criava grande parte das estratégias e convocava os melhores guerreiros para seu lado. Tinha um certo carisma, Adorado por muitos, odiado por mais ainda, praticamente venceu a guerra, sabia que se matasse Hellger seria o fim, e Lodoss estaria livre do mal de Takaras para sempre.

A guerra foi levada até a cidade amaldiçoada. Para um confronto final, na hora pareceu muito fácil. Mensagens de vitória já estavam prontas para ser enviadas à capital. Pela primeira vez em séculos, naquela ilha, Takaras ia cair, e o herói já tinha um nome, Azure Kite.

Duas paredes de escudos gigantescas prontas para colidir ali, na frente da cidade, e aquela era a estratégia. Os melhores iam entram escondidos, se infiltrariam, e derrotariam o poderoso inimigo pessoalmente. Guerreiros de todas Lodoss estavam naquele local, e apenas a elite avançou até Dephlocker, o castelo negro. Apenas os incluídos ali sabiam da real estratégia, e isso pode ter complicado a situação.

Nas paredes de escudos soldados de Hilydrus estavam confiantes de que venceriam, enquanto os de Takaras, pela primeira vez temiam a derrota. Demônios, esqueletos, seres repugnantes como aqueles, que não se importavam com a própria vida, agora tremiam, Mas o medo transforma as pessoas. O medo consegue levar batalhas perdidas a vitória e um guerreiro ao seu estado mais frenético. A parede de escudos de Hilydrus de-repente parou. A pergunta agora era onde estava o príncipe, a fonte de confiança, o dono de tantas vitórias. Esses soldados perderam a confiança. A cavalaria ficava logo atrás da parede, os dragões e grifos voavam ali, todos apenas esperando uma ordem para que o combate começasse.

Um dragão avançou, e esse foi seguido pelas outras criaturas voadoras, a batalha final havia se iniciado. Ambas as paredes de escudos se abriram, e a cavalaria travessou as aberturas para atacar. Novamente a infantaria se alinhou e sobrepôs seus escudos um sobre os outros, e foi assim sem ordem, sem discurso, sem grito de guerra que o caos se iniciou em Takaras. O estrondo dos escudos se chocando ecoou como um trovão. Cavaleiros caíram, e dragões botavam fogo na cidade. Mas Kite não estava ali. E tudo começou a desandar.

Um numero ridículo de guerreiros entrou na fortaleza se comparado a aquele numero de homem no campo de batalha. Avançaram até a sala do trono, passando por cada aposento, matando cada soldado. Alguns homens morrendo. Liderados é claro, por ele, o príncipe, Mas de todos esses, grandes homens, com nomes marcados na história, famosos por seu estilo de luta e suas habilidades, apenas dez chegaram lá.

Abriram a porta entrando no grande salão. O príncipe, acompanhado de dois espadachins, deu alguns passos a frente. Os três trajavam malha para proteção, luvas e botas com tiras de ferro e detalhes em ouro. p\Por cima de tudo uma capa preta. Estavam prontos para por um fim na guerra ali.

-Então você veio. Já era de se esperar.- Hellger era quem falava, se encontrava do outro lado do salão, com a cara coberta de sombras. Se levantou e deu alguns passos a frente, revelando sua face. Tinha um rosto fino, cabelos prateados com uma longa franja que lhe cobria os olhos e um sorriso sarcástico lhe dando personalidade. Era alto, trajava uma armadura negra que cobria todo seu corpo -Meu filho, é uma pena que esteja atrasado, mas fique tranquilo, ainda tem tempo de ver a atração principal.-

-Nunca...- Bufou -Nunca me chame de filho!- Os olhos de Kite arderam em chamas ao escutar a palavra filho. Este se enfureceu. Tinha um temperamento difícil, se irritava com facilidade, aquilo, para ele soava como a pior das ofensas. -Você, que não tem nem coragem de mostrar sua verdadeira face, copia meu irmão. Não me chame de filho!-

Os soldados, atras de Kite permaneciam imóveis, tinham ordem para só interferir com ordem direta e obedeceram. O príncipe por sua vez não se segurou. Sacou a lamina tripla e avançou contra seu verdadeiro pai, corria numa velocidade incrível, seu ataque era muito difícil de se prever, mas Hellger não teve problemas com aquilo. Naquele breve momento ele sorriu. Passou por baixo da lamina de Kite em um movimento ainda mais rápido que seu filho levantou o punho. O soco no peito do garoto foi com tamanha força que mesmo com a malha, esse caiu com um joelho no chão e soltou a lamina. Aproveitou a sequência. Hellger levantou Kite pela gola da malha que vestia e o lançou contra os dois guerreiros a frente dos demais. Esses o seguraram e ajudaram-no a levantar.

O príncipe limpou um pouco de sangue que escorria de sua boca e olhou para sua própria luva, agora manchada. Aquele golpe deve ter lhe custado algumas costelas, Mas ele já se levantava pronto para mais, tinha certeza que com seus soldados ali, não perderia de seu pai, mesmo que fossem necessários os dez contra um.

-Ridículo!- Exclamou o grande demônio ao ver seu filho no chão daquele modo. -Você é ridículo! Seus soldados, sua familiazinha, tudo em seu reino de bosta é digno de pena.- Hellger deu alguns passos a frente se aproximando de Kite, estendeu a mão e um muro de gelo se formou entre eles. No gelo se refletia uma cena, e o príncipe caiu no chão, de joelhos, com lagrimas agora escorrendo em seus olhos, se sentindo culpado. Sua expressão demonstrava medo e ódio. Primeiro viu o campo de batalha em Takaras, quase todos mortos, poucos remanescentes, dois exércitos praticamente dizimados. Depois viu Hilydrus.

O fogo consome tudo, queima, e a luz que ele mesmo cria custa muito caro. A cidade aquele dia estava em chamas, o último dia de uma guerra que parecia já ter chegado ao fim. Hilydrus pegava fogo, os telhados de palha e madeira das casas caiam, construções desmoronavam, e o céu de uma noite que começou estrelada agora estava coberto por uma fumaça negra e triste.

Muitos morreram aquele dia, muitos se feriram, e muitos choraram. Se ouvia gritos em toda parte, a cidade estava em caótica. Aquele foi o último golpe de Takaras, e funcionou com tamanha perfeição. Uma guerra que já era considerada ganha teve um resultado um tanto estranho. Naquela noite ninguém venceu. As duas grandes potências tiveram um empate técnico, porém na prática, como em qualquer outra, ambas foram derrotadas. Enquanto o comandante supremo de Takaras, Hellger, se deliciava com a noticias que recebia em seu castelo, o nobre rei de Hilydrus enlouquecia em sua fortaleza, incapaz de acreditar no que seus olhos lhe mostravam tão claramente. A noite era vermelha, de fogo e sangue.


Última edição por Zatoichi em Ter 24 Abr 2012, 2:17 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por ADM Hayate Sáb 21 Abr 2012, 3:45 am

Tenho de bater palmas, e de pé.

Estou bastante surpreso, admito. Zato, você foi um dos primeiros que se cadastrou na primeira Lodoss, criada a uns 6 anos atrás. Lembro que você mal escrevia direito, ainda estava bastante cru, mas tinha uma vontade imensa de jogar e aprender. Ficamos amigos e o que não faltavam eras suas idéias e aventuras loucas com seus personagens sem noção, mas que sempre rendiam boas risadas.

E vejo aqui você escrevendo muito bem, sabendo envolver o leitor, fazendo-o querer mais. Está de parabéns, espero que a Lodoss tenha feito parte desta sua enorme evolução, e fico feliz que tenha chegado tão longe com sua vontade imensa.

Claro que sempre temos o que melhorar, mas se considerar sua inexperiência de antes, hoje você está num nível muito mais elevado. Quem sabe um dia não vire GM?

Grande abraço, e parabéns denovo!
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Mensagem por Zatoichi Dom 22 Abr 2012, 2:08 am

Uau. É muito bom “ouvir” algo assim de você. Foi como um mentor pra mim na narração e aturou todas as minhas duvidas e ideias. Hoje digo, com certeza, que Lodoss foi um dos aspectos que mais me ajudou na evolução da narrativa, sendo assim só posso agradecer. Logo espero postar mais capítulos, e como você disse, a cada momento melhorar mais.
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Mensagem por Zatoichi Ter 24 Abr 2012, 1:57 am

Esse Cap ficou mais para apresentação do personagem, então não reclamem muito.


Parte 1: Um Novo Começo
Capitulo 1: 1625
Exatamente cinco anos se passaram após a grande guerra de Lodoss, entre todas elas, a segunda a ser documentada com tal nome. A capital vinha sendo reconstruída já há algum tempo, porém perdeu muito em sua influência. Kite, o general de ambas as guerras, se sentiu na obrigação assumir papel de rei. Foi registrado que o antigo senhor de Hilydrus havia enlouquecido ao ver sua cidade em chamas, perdeu a sanidade e se suicidou. O herdeiro do trono por direito seria Rose, a verdadeira princesa, porém, esta havia desaparecido há muitos anos. Era o começo de uma nova era. Não havia uma pessoa que gostasse de lembrar do ocorrido, mas na história aqueles dias sangrentos ficariam marcados para sempre.

Era então verão de 1625. O sol brilhava na cidade de Paramet como nunca. A feira, como de costume, estava lotada. Muitas pessoas chegavam para fazer sua compras, enquanto outras vendiam toda sua produção caseira. Um garoto ali chamava atenção sobre as demais pessoas. Era alto, usava uma cartola, uma mascara de opera branca, cobrindo-lhe os olhos e trajes longos. devia ter apenas dezoito anos, mas suas palavras conseguiram juntar uma boa quantidade de curiosos ali perto.

-Venham todos! Vejam o macaco artista! Ele dança, pula, rodopia, faz de tudo!-

Uma grande roda se formava. Até os vendedores e guardas locais prestavam atenção no que acontecia ali. Eram ao todo três artista. O apresentador, um mico e uma jovem garota com um violino. Enquanto ela tocava e o animal fazia truques a platéia batia palmas entretida.

Ao fim do show o apresentador tirou sua cartola e posou-a no chão de cabeça para baixo. O recado estava dado e muitos dos presentes jogaram moedas ali. Os artistas agradeceram cumprimentando a platéia e começaram a se retirar do local. A multidão começou a se dispersar. Mas um jovem ficou ali parado, sentado no chão com a cabeça apoiada nas mãos, refletindo sobre a cena que acabara de presenciar. O garoto tinha cabelos negros e olhos castanhos bem esverdeados, não parecia ser muito pobre, andava até bem arrumado. Tinha uma capa preta que lhe cobria todo o corpo e uma bolsa de pano ao seu lado.

-Preciso de grana.-
Falou pensando alto enquanto se levantava e batia em suas roupas para limpá-las. -Será que se...-

-Ei moleque!-
Teve seu pensamento interrompido por um guarda da cidade. -Algum problema? Tá falando sozinho?-

-Han? O que?-
O garoto falou se virando rápido com uma expressão assustada. Olhou o homem de cima a baixo examinando-o. O guarda era pelo menos uns dez centímetros mais alto que ele e muito mais forte. Estranhou, não tinha feito nada de errado ainda. -Não, não- dizia sorrindo. -Nada com que precise se preocupar senhor.- Terminou de falar já dando a volta e se retirando daquele lugar.

Enquanto andava o garoto sentia seu estômago se revirando. O sol já se posicionava no alto daquele céu tão azul e ele não havia comido nada desde que acordou. Tentava pensar em outras coisas para não dar muita falta da comida. Depois de andar alguns minutos se deparou com uma cena um tanto esquisita. A violinista de mais cedo discutia com o rapaz de cartola.

-Não é justo!-
Dizia a jovem -Temos que dividir igualmente!-

-Cala boca garota, se não fosse meu amigo aqui, nós não teríamos nada!- Respondeu indicando o mico com uma mão, enquanto que com a outra ficava brincando de jogar um pequeno saco marrom de couro para cima.

O jovem de cabelos negros parou ali e ficou olhando. Sentou-se no chão novamente, apoiou as mãos atrás do corpo e ficou a ouvir a discussão. O casal estranhou a presença dele ali e se aquietou. Realmente foi algo meio constrangedor. Eles que pareciam uma dupla tão boa tendo uma briga ridícula como aquela. Ficaram durante alguns segundos apenas fitando-o.

-E então?-
Perguntou o menino. -Não vão continuar? A briga estava boa...- falou decepcionado com a repentina pausa.

-Quem seria você?- Perguntou a garota olhando o rapaz meio de lado

-Eu podia te responder de varias maneiras, mas to com fome demais pra isso, então façamos assim, me de dinheiro e eu te respondo.-
Enquanto falava o rapaz mantinha um ar meio sarcástico na voz. -Você garoto- Disse virando-se para o antes apresentador -Já deu a parte dela dos ganhos?- O garoto fechou a cara e assentiu em resposta. -Quanto você deu?-

-Ora! isso não te interessa moleque metido, não é assunto seu.- Disparou e cruzou os braços com um certo tom de desprezo.

-Ele só me deu uma moeda, isso é injusto!- A garota respondeu esperando ingenuamente que o garoto ali fosse ajudá-la, porém para surpresa dela, ele se pôs a rir. -Do que você tá rindo, moleque?-

-É só que.-
O rapaz começou a responder enquanto se levantava -Vocês não tem cara de quem precisa de dinheiro.- Sorriu -Mas eu preciso.- ele andou até o outro garoto, apoiou a mão no ombro esquerdo dele e com a mão direita deu um soco direto na barriga. O jovem gemeu, caiu de joelhos no chão, com as duas mãos na barriga e acidentalmente soltando o saco de moedas.

-Seu filha da...-


-Sabe...-
Interrompeu o outro. -Se você estivesse sendo mais justo eu não ia te roubar- Pegou o saco de moedas no chão, contou e jogou dez das moedas no chão perto da garota, essa por sua vez se abaixou e começou a pegá-las. -Quero a mascara também- Não esperou nenhuma reação dessa vez. Apenas esticou a mão e pegou-a. Colocou a mascara e a bolsa de moedas em sua sacola de pano e saiu andando dali. A garota correu atrás dele e ficou seguindo-o calada durante um bom tempo.

-Ei, quem é você?-
Perguntou a garota.

-Já não te respondi?- Devolveu com outra pergunta.

-Na verdade não. Quando alguém te pergunta quem é, ela quer saber seu nome.-
parecia meio irritada falando, querendo se mostrar digna de respeito.

-A educação manda se apresentar primeiro- Sorriu ao responder a garota, e olhou para trás para ver sua expressão. Ela tinha parado de andar e estava de braços cruzados, séria e agora com toda certeza, irritada -Mas tudo bem, meu nome é Roy, é tudo que precisa saber. Agora pare de me seguir tá? Gosto de ficar sozinho.-

-Sou Erika!-
Ela falou alto esperando que Roy escutasse. -Até mais Roy.- Se separaram então. O garoto continuou caminhando para fora da cidade. Enquanto andava procurava uma taverna por perto, tinha dinheiro para gastar, e finalmente teria seu almoço.

Roy entrou num pequeno estabelecimento perto dos portões da cidade. Andou até o bar e sentou num banco alto ficando cara-a-cara com o servente. Não falou nada, apenas abriu sua sacola, pegou a bolsa de moedas e colocou em cima da mesa. Em seguida apontou para um pequeno quadro em cima do balcão que dizia: “Prato do dia: bife ao forno com salada”.

Após um tempo de espera seu prato chegou. Começou a comer em silencio e enquanto o fazia escutava atentamente tudo que era dito ali. Ouvia conversas sobre forasteiros chegando, estranhos boatos sobre toda Lodoss entre outros assuntos. Uma conversa entre dois homens lhe chamou atenção. Dois bêbados falavam sobre a abertura de novas vagas no exército e uma seleção de guerreiros para guarda do rei.

"Eu to te dizendo! se formos para Hilydrus e lutarmos bem estamos feitos! É isso"
"Eu não sei, não quero largar tudo que tenho aqui."
"Deixa disso, ninguém vai se importar, você estará saindo a serviço do rei, e quando conseguirmos entrar para sua guarda pessoal seremos homens ricos, ricos!"
"Sinceramente, é bom que o exército tenha aberto novas vagas, mas nunca seriamos aceitos pelo rei"
"O plano é muito simples, só precisamos..."

Não esperou mais. Se levantou bruscamente derrubando o banco em que estava sentado. Se aquilo que ouviu fosse verdade, seria um ótimo negócio. Viu que o servente não havia pego o saco de moedas ainda e que esse não estava o olhando agora. Um pequeno sorriso surgiu no rosto do garoto. Não desperdiçou a chance e pegou seu dinheiro de volta. Começou a andar devagar e tentou não chamar atenção enquanto saia da taverna. Foi bem sucedido mas ao abrir a porta teve uma surpresa nem um pouco agradável. O garoto de mais cedo estava ali, acompanhado coincidentemente do mesmo guarda que antes havia lhe chamado atenção.

-Então é esse o moleque?-
perguntou para o garoto ao seu lado apontando para Roy. Por acaso o guarda pareceu não reconhecê-lo. O garoto, agora sem a cartola e com o mico no ombro, assentiu.

-Hehe, calma ai meu amigo, não é por nada, mas não o conheço- Falou tentando se esquivar de um problema que já estava metido há muito tempo. Continuou andando reto querendo passar entre os dois e sair dali o mais rápido o possível. Porém o guarda segurou sua capa.

-Garoto, devolva o dinheiro- tinha um tom de voz serio e autoritário, mas não tinha provas, não tinha como obrigar ou fazer nada contra o garoto. Foi quando ele se lembrou, estava com a mascara. Essa seria a prova de que tinha assaltado o menino, poderia se encrencar.

Roy se virou para os dois largando a bolsa no chão soltando sua capa. Jogando essa para trás, de modo que não cobrisse mais a parte da frente do seu corpo revelou que estava com uma espada. O guarda rapidamente sacou um sabre que carregava consigo. Roy também sacou a arma, um florete. Golpeou duas vezes contra o guarda, que bloqueou os golpes com facilidade. Era muito mais forte, e teoricamente devia ter um treinamento bem melhor. O garoto se viu sem saída, embainhou a arma e muito rapidamente pegou a sacola no chão e começou a correr.

Corria por entre os becos da cidade tentando despistar o guarda. Porém em uma de suas tentativas se viu encurralado num beco sem saída. Logo atrás dele estava o guarda, uma parede de cada lado e a sua frente uma cerca. Não tinha outra escolha escalou a cerca e pulou por cima dela. O guarda tentou seguí-lo, mas não foi rápido o suficiente. Continuou correndo até chegar no centro movimentado de novo. Cansou de correr, já não agüentava mais, apoiou as mãos nos joelhos para descançar. Foi quando sentiu em seu ombro direito uma mão pousando.

-Ferrou...-
falou baixo fechando os olhos sem querer saber o que aconteceria agora. Porém uma voz familiar lhe veio. Uma voz fina e meio irritante, mas uma voz que ele adorou escutar.

-Ferrou o que?- Era Erika, a menina era a única pessoa que ele conhecia ali, e a única que poderia ajudá-lo. Ele se virou para ela e segurou-a pelos braços. O garoto tinha uma expressão de desespero na cara e estava exausto. Não conhecia as leis, não sabia o que aconteceria se fosse pego, mesmo que não fosse nada demais, ele só podia imaginar o pior.

-Erika! Tem que me tirar daqui! Por favor.- falou soltando ela

-Claro- Respondeu a garota -Venha comigo.- Erika pegou a mão de Roy e o guiou.

Correram pelos becos novamente, Roy rezando para conseguir sair vivo, e Erika mesmo sem entender querendo retribuir o favor. Fizeram praticamente o caminho contrario ao que o garoto tinha acabado de fazer. Enquanto se escondiam o jovem guerreiro explicou para a garota o que estava acontecendo. Chegaram então até os portões de Paramet.

-Roy, saindo daqui você irá para Hilydrus, se quiser sobreviver lá é melhor agir com cuidado-
Suspirou -Para fazer esse tipo de coisa é muito pior do que aqui.-

-Relaxa, agora estamos quites.-
Fitou a garota durante alguns segundos -Te vejo por ai então, né?- Erika assentiu. Roy se virou pegou sua sacola pela alça apoiando-a no ombro e saiu andando. Agora para Hilydrus, para o exército, e para seu novo treinamento.
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Mensagem por ADM Hayate Ter 24 Abr 2012, 2:51 pm

Haha, sua cara. Está ótima, meu chapa, continue pois estou curioso.

Grande abraço!
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Mensagem por Sassa Ter 24 Abr 2012, 3:15 pm

Nussa tah ótimo, to super ansiosa pra ler mais. '----'
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Mensagem por Zatoichi Dom 20 maio 2012, 6:06 pm

[Continuando aqui depois de um tempo.]

Capitulo 2: Hilydrus!


Demorou bastante, mas enfim Roy chegou ao seu destino. A cidade de Hilydrus. Majestosa capital da ilha de Lodoss. O garoto estava dentro dos portões da cidade, seus olhos brilhavam e como conseqüência do que via chegou a lacrimejar. Não era apenas pela beleza do lugar, mas pelas lembranças que trazia. Há apenas cinco anos ele fugia da cidade em cima de uma charrete e tudo que enxergava era fogo. As chamas consumiam tudo. Árvores, casas, estabelecimentos, tudo era queimado e o céu estava negro.

Se alguém lhe contasse, não acreditaria. Impossível de imaginar que a capital teria se reconstruído em apenas cinco anos e que estava mais bonita do que nunca. Naquele momento seria difícil comparar a então atual com a do passado, afinal, fez de tudo para se esquecer do que viveu ali, seu passado.

Andava pela cidade procurando a base do exército. Obviamente essa devia se situar perto do castelo então pensou que não seria muito difícil de encontrar. Se enganou, teve que parar em três tavernas para pedir referência, sendo que na última lhe obrigarão a pagar por informação. Tinha o dinheiro roubado então não relutou, apenas escutou atentamente as instruções do homem e se dirigiu ao local. Demorou bastante, mas chegou lá, agora finalmente poderia começar seu treinamento, e se os boatos fossem verdadeiros conseguiria entrar para a guarda real.

Entrou no local sem ser abordado por ninguém, ficou caminhando por ali enquanto via soldados em prática de treino armado e montaria. Espadachins a pé faziam treinos em pares tal como lanceiros em seus cavalos. Do lado do campo de treinamento havia algumas tendas, ao todo quatro. A maior delas, presumia-se que era do general. Era desenformado e queria se alistar logo, então se dirigiu até lá sem pensar muito.

Já estava a apenas três passos da grande tenda quando sentiu um estranho frio na barriga. Seria aquilo mesmo que ele precisava? Estava com um certo receio de continuar. Viveu roubando ao longo dos anos. Desde que saiu da capital. Viajou por uma boa parte da ilha e conheceu bem vários lugares, mas nunca se estabeleceu em algum lugar. Se não aguentasse mais, não poderia simplesmente sair do exército sem aviso prévio. Tirou o pé do chão, pronto para dar meia volta e sair logo dali quando sentiu algo tocar seu ombro direito.

-Então, quer se alistar garoto?- Uma voz grave e ao mesmo tempo tranquila veio de trás de Roy. O garoto virou-se rapidamente sem saber o que falar, e por algum motivo, deu a pior das respostas.

-Sim, senhor- Não tinha muita firmeza em suas palavras, na verdade quase tremia ao pronunciá-las.

A cena ali foi um tanto engraçada. O garoto se virou num salto já batendo continência cheio de medo como se fosse um soldado causando problemas. O homem arqueou uma das sobrancelhas e analisou o rapaz de cima a baixo. Era esquisito ver alguém como Roy ali. Usava uma capa cobrindo todo seu corpo, tinha cabelos negros e uma aparência que lhe trazia um ar de mistério, ele no entanto já estava se provando meio atrapalhado e confuso.

O homem de frente para Roy era alto. Uma cabeça maior do que ele, se vestia com uniforme da guarda de Hilydrus, que consistia de uma malha de aço, calças negras, botas longas e por cima uma camisa azul com o símbolo da família real estampado no peito.

-Preencheu o formulário?- Perguntou o homem com um ar autoritário estendendo ao garoto um papel enrolado.

Roy pegou o papel e começou a ler. Tinha apenas que marcar as opções que identificavam ele, era apenas isso.

-Senhor, não tenho nada com que marcar-

O homem não respondeu, se virou e foi caminhando em direção a uma das tendas menores, parou na porta e sinalizou para que o garoto entrasse ali. Ambos entraram e se sentaram um de frente para o outro numa mesa. Na mesa havia um pote de tinta e uma pena, o garoto presumiu o óbvio, marcou as opções e assinou no lugar sinalizado, o oficial pegou o formulário de sua mão e assinou logo em baixo, guardou em seu bolso e estendeu a mão para enfim se apresentar.

-Sou seu novo general, Highlander II- Ao escutar o nome do homem Roy levou um susto, aquele não era apenas o general, era filho do lendário Highlander, o grande soldado de prata de Hilydrus falecido na primeira grande guerra, responsável pelo treinamento do próprio rei, o filho de uma lenda estava parada na sua frente.

-Prazer senhor- Tentou não parecer surpreso, mas ainda sim esboçou um sorriso, se tivesse a chance de treinar sob os comandos daquele homem sabia que seria grande.

-Parabéns, você está oficialmente inscrito, volte amanhã para seu teste físico, chegue amanhã quando o sol estiver se pondo, analisarei pessoalmente sua ficha.- Highlander soltou a mão do garoto e ficou sentado ali mesmo lendo documentos.

Roy saiu da área de treinamento, precisava de um lugar para ficar, e foi garantir sua estadia em alguma das tabernas ali de perto. Lembrou-se das três pelas quais passou a caminho do exército e decidiu em qual ficaria, se chamava taberna Allnight. O lugar era luxuoso, praticamente uma pousada, e Roy não tinha dinheiro para pagar aquilo, mas teria que dar um jeito de ficar ali se quisesse continuar na cidade.

Ao entrar se deparou com um enorme numero de pessoas, todos ali bebiam felizes, pareciam loucos festejando. Esse era o dia-dia de muitos na cidade de Hilydrus, e o garoto pensou que poderia se acostumar com aquilo. Se dirigiu até o bar para falar com a atendente. A mulher não era muito alta, se vestia de maneira simples: uma camisa branca e calças com um avental por cima. Tinha longos cabelos negros lisos e olhos verdes bem atrativos, uma mulher bem bonita. Naquele momento ela estava lavando pratos na pia que ficava logo abaixo do balcão e o garoto foi direto ao assunto.

-Olá, será que eu poderia alugar um quarto aqui? Queria pagar por semana-

A mulher olhou o jovem e o examinou de cima a baixo, deu um sorriso meio sarcástico e respondeu a pergunta.

-Pode sim moleque, mas não se meta a engraçadinho e suma sem pagar.- Estendeu uma das mãos e pegou uma chave pendurada em uma grande placa de madeira e entregou para o garoto -Boa estadia.- Não tinha muito entusiasmo na voz, não parecia muito feliz.

O garoto olhou a chave, tinha o numero 25 nela e uma longa corrente que ele usou para pendurá-la no pescoço. Já estava subindo para o segundo andar, querendo ver como era o quarto, mas de-repente a taberna se silenciou e três figuras um tanto contratrastantes ao ambiente apareceram ali. Dois homens, um loiro com barbudo e um moreno, ambos alto e fortes, armados, estavam acompanhados de uma mulher ruiva cujas curvas do corpo eram bem acentuadas, tinha um rosto fino e chamava muita atenção, começaram a andar em direção ao balcão e a atendente apoiando a mão sobre a tábua de madeira pulou sobre esse, tirou o avental e parou frente-a-frente o homem loiro.

-Saia daqui, não é bem vindo!- Um clima de briga se instalou quando a mulher começou a falar.

-O que foi Sabrina? Esqueceu de seu velho amigo? Vim te visitar- Claramente ele a provocava e a mulher de cabelos negros parecia se irritar.

-Seu...- Agarrou a gola da camisa do homem – Você não é meu amigo Rotciv, sabe muito bem disso! Agora de o fora de minha taberna, antes que eu resolva te dar uma surra.- Rotciv sorriu

-Sozinha?- O homem moreno questionou. -Vai enfrentar nós três sozinha?- Após terminar ele se virou para a mulher ruiva -Sorceress, por favor...- A mulher estendeu a mão para o lado com a palma para cima e criou uma bola de fogo.

-Skull... Você vem em meu território puxar briga e acha que eu estaria sozinha?- Sinalizou com a cabeça para escada.

Um homem começou a descer ali e passou direto por Roy esbarrando nele. O garoto estava calado todo tempo, até mesmo quando o homem o empurrou. Era alto, tinha cabelos dourados, se vestia todo de preto e carregava com ele uma grande espada nas costas. O homem caminhou até o “centro da confusão” colocou a mão sobre a de Sabrina tirando-a da gola da camisa de Rotciv.

-Quero os três fora daqui, ou realmente querem começar uma briga?- Falava com um tom um tanto ameaçador na voz, e todos na taberna ficavam receosos para saber o que aconteceria ali.

-Vim negociar- Rotciv respondeu com um ar de ironia e deu um sorriso.

-Pois bem. Vamos em meu quarto, os outros ficam aqui.- O outro assentiu. Pareceram chegar em um consenso e subiram as escadas e mais uma vez passaram por Roy, mas nesse momento o espadachim olhou de relance para ele e arqueou uma sobrancelha.

O garoto voltou ao balcão, curioso quis falar com a atendente.

-Senhorita, Sabrina não é?- Ela assentiu em resposta -Desculpe me, pode me dizer o que ocorreu aqui?-

A mulher surpreendentemente virou-se sorrindo, não parecia mais irritada, na verdade aparentava estar muito bem humorada. Era estranho, mas para ele foi melhor não comentar.

-Claro, sente-se para escutar uma boa história, quer dizer não é muito boa apenas pelo fato de ser uma verdade, mas é um grande conto! Ta vendo aqueles dois ali?- Apontou para os envolvidos na discussão de mais cedo, agora sentados à uma mesa bebendo. O garoto balançou a cabeça em resposta -Então, eles são membros da tripulação pirata de Rotciv. Eram muito amigos nossos, sabe?- A garota esboçou um pequeno sorriso, mas dava pra ver claramente que aquela lembrança não a deixava feliz.

-Nossos?- o garoto estranhou o uso do plural.

-É o clã de qual eu faço parte, aquele que desceu as escadas agora pouco é o líder: Akkin- Explicou -Tanto Akkin quanto Rotciv tem uma força fora do comum, seria interessante uma briga entre os dois, em um passado distante foram muito amigos. Mas é o seguinte, tanto nosso clã quanto a tripulação eram foras da lei, porém durante a guerra ambos foram chamados pelo rei e pagos por ajuda, nosso clã respondeu ao pedido, não por que queria ajudar Kite, mas porque Hilydrus teria que ser defendida. Gostamos de nosso cidade, e nós aceitamos esse papel, lutamos e sem modéstia digo que fomos um grande fator na guerra. Porém Rotciv olhou mais pelo lado mercenário. Ele de certa forma buscava poder, até onde sabemos não se importou e se associar a Hellger para tal.-

-Quer dizer que eles foram contra Hilydrus na guerra e por isso a inimizade?- Não acreditou que um clã que já foi fora da lei se importaria tanto com algo assim.

-Mais ou menos. Sabe como a guerra terminou não sabe?- Perguntou tendo certeza da resposta, todos sabiam.

-O incêndio- afirmou balançando a cabeça curioso para que a história continuasse.

-Eles estavam lá, foram eles que começaram o ataque, claro, não foram os principais responsáveis, mas se quisessem poderiam ter alertado o rei e impedido a destruição da cidade.-

-Então vocês estão levando para o lado pessoal, é isso?- Ainda estranhava.

-Na verdade não. Um de nossos membros descobriu tudo e foi conversar com eles para impedir que aquilo acontecesse, mas eles o mataram.- A voz de Sabrina começou a ficar mais aguda, os intervalos entre as palavras começavam a ser maiores e lagrimas ameaçaram escorrer de seus olhos. Subitamente ela levantou a cabeça e se virou. -Vá embora moleque, já perdi muito tempo com você!- O tom de voz mudou, estava brava, irritada. Novamente a mulher teve uma mudança instantânea de humor. Aquilo era estranho, de certa forma assustador, o garoto saiu e finalmente subiu para seu quarto.

Estava deitado em sua cama olhando o teto e refletindo. Ficava lembrando do que a mulher havia lhe contado, não fazia sentido nenhum, taquelas pessoas não poderiam ter decidido o rumo de uma guerra, talvez uma tripulação pirata pudesse gigante pudesse, mas uma normal definitivamente não poderia. A curiosidade não deixaria ele fazer mais nada aquele dia, ainda estava cedo, o sol ainda brilhava e seus raios entravam pela janela. Ele queria saber mais sobre a verdade por trás da guerra. Roy foi se meter onde não devia e agora não voltaria atrás. Saiu de seu quarto e ficou andando pelo corredor, passou por todos os cômodos. Parava em cada um e colocava a orelha na porta, queria saber o que era a negociação de Akkin e Rotciv.

No segundo andar não encontrou nada, mas quando subiu ao terceiro e andou todo corredor até o fim achou a porta que queria, ficou ali do lado, escutando, esperando não ser pego.

-E ele como está?- Era a voz de Akkin.

-Penso que seria melhor se eu realmente o tivesse matado. É difícil enganar nosso inimigo. Segurar um espião lá é quase impossível. Se continuarmos vivos depois disso eu me aposento.-

-Todos morrem um dia e todos pensam que ele morreu. O único que sabe que ele está vivo além de nós é o desgraçado-

-E ele acha que são aliados.- Rotciv riu após terminar aquela frase, e Roy mesmo confuso em seus pensamentos conseguiu deduzir sobre o que falavam.

O garoto sabia demais e isso não era bom. Tinha que sair dali, e quando começou a andar a porta se abriu atrás dele. Tentou correr, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa se viu caído no chão olhando para baixo e sentiu um pé em suas costas, o coração disparou e o medo tomou conta dele.
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Mensagem por Zatoichi Qui 26 Jul 2012, 11:35 pm

Pois é, demorei outra decada pra postar...

Capitulo 3: Ferrou! Mas já?


Um frio na espinha. Roy sentiu algo gelado tocar sua nuca e tremeu. O garoto viu-se encarando a morte pela primeira vez. Chegou perto dela inúmeras vezes, talvez tenha até ficado amigo dela, um grande conhecido com certeza, mas não naquele momento. Pensou em sorrir, pensou em chorar. Estava perto de ser morto do modo mais ridículo possível, ele pensou. Ao menos seria feito por um\ um grande guerreiro era o minimo, ele apenas não sabia qual.

Perdido em seu desespero o garoto o garoto fechou os olhos esperando o pior, e ao fazê-lo sentiu um alivio na coluna, podia novamente se mexer, mas hesitou em se virar. Uma risada um tanto irônica para a situação acompanhou três batidas de palmas e uma voz familiar.

-Ridículo, achei que você fosse demorar algumas horas a mais pra se meter em encrenca...-

É, era Sabrina e ela estava de mal humor, mas também já tinha se mostrado um tanto bi-polar. Roy mal a conheceu e já havia desistido de entende-la, ao menos tomou coragem de abrir os olhos e olhar para ela. Quando se virou para olhar para trás se deparou com a ponta de uma espada quase tocando seu rosto, e Akkin a empunhava com um olhar nada amigável. Rotciv por sua vez ria, alias gargalhava.

-Está de mau humor, por que querida?- Perguntou o pirata.

-Cala boca- respondeu a garota de modo seco.

Rotciv virou-se para Akkin e arqueou uma sobrancelha em sinal de duvida. Em resposta o espadachim sacudiu a cabeça negativamente e se pôs a falar.

-As crises estão piorando, não param de trocar- Após falar deu os ombros como se não ligasse muito. -Deve ser o emocional- Concluiu.

Os três ficaram se olhando durante um tempo, pareciam estar pensando no que fazer com o garoto, até que Rotciv se pronunciou.

-Veio do exército?- Perguntou sem muita emoção, de certa maneira chegava quase a ser uma afirmação. O garoto assentiu em resposta. -Highlander II. Ele te inscreveu?- novamente Roy assentiu e então o pirata se virou para Akkin. -O Zato me confunde as vezes...- Suspirou.

-Levante-se garoto.- Akkin se dirigiu a Roy.

O medo já tomava conta dele e novamente não entendia mais nada, estava perdido e preferiu obedecer. Engoliu ar e, sem muita coragem para fazê-lo, se levantou. O espadachim segurou o garoto pela gola da camisa e essa foi a última coisa que ele se lembrou.

Depois de algumas horas Roy acordou confuso e tonto, para piorar tinha um enjôo que não fazia ideia de onde veio. colocou a mão sobre sua barriga e sentiu o estômago roncar. A quanto tempo estava dormindo? Onde estava? Aquele definitivamente não era seu quarto na taberna. Se levantou da cama em que se encontrava, e ainda desorientado começou a examinar o ambiente a sua volta, Era tudo feito de madeira, não havia nenhum quadro na parede o quarto era apertado e escuro. Uma mesa de centro apresentava um mapa e havia na parede oposta a da cama uma estante enorme com um gigantesca quantidade de livros. Se levantou e caminhou até a saída. Porém antes que pudesse tocar na maçaneta alguém abriu a porta. A mão de Roy foi direto para a cintura procurando o cabo de sua espada e por incrível que fosse ainda estava ali. tinha dormido com ela, mas não seria necessária naquela ocasião, não tinha ideia de quem era a pessoa que abriu a porta.

Era uma menina, muito jovem, talvez da idade de Roy, provavelmente mais nova. A garota tinha longos cabelos brancos, olhos verdes, mas que naquele momento definitivamente pareciam dourados, Seu corpo e até bem desenvolvido. No rosto estampado um sorriso um tanto contagiante.

-Então você acordou?- disse a garota se dirigindo obviamente a Roy

O menino não entendia nada. Nunca tinha visto a moça na vida toda e tinha certeza disso, ele não era de esquecer rostos.

-Olha me desculpe mas, onde estamos?- Perguntou e a garota riu disso ao mesmo tempo estendendo a mão para fora da porta indicando para que ele saísse.

O garoto coçou a parte de trás da cabeça meio sem saber o que fazer, forçou um sorriso de lado tentando mostrar um mínimo de educação e saiu do local.

Ao pisar do lado de fora não pode acreditar no que via. Estava em pé no convés de um grande navio. Para qualquer lugar que olhasse via homens trabalhando. Caçando cordas, pescando, lavando o barco. Não havia quase ninguém parado. Se virou de costas e levantou a cabeça. A principio o que viu deixou ele meio assustado, mas rapidamente se acalmou. Sua visão era de um larga vela negra e em cima, na ponta do mastro estava panejando uma bandeira pirata. Uma mão veio e tocou o ombro de Roy

-Vejo que acordou, moleque- Era Rotciv.

-O que?- O garoto se assustou de novo e virou-se num pulo -Onde estou, como vim parar aqui?- Rotciv riu, mas ao ver que o garoto estava falando serio pois-se a explicar.

-Você apanhou tanto que apagou, sorte a sua que a Sabrina enterviu- Era difícil acreditar mas estava ali, vivo sem ferida nenhuma e se sentindo bem. Um pouco tonto apenas, e enjôo acaba de ser explicado, mas o importante era saber o que estava fazendo ali.

-Apanhei?-

-Foi só um soco, se acalme.- Rotciv suspirou e fitou o garoto durante alguns segundos -Venha garoto, me siga. Você também pirralha- Aparentemente se referiu à menina que estava na porta. e ambos andaram junto com ele até a proa do barco.

Chegando lá se depararam com um grupo de cinco pessoas, Akkin, Sabrina, os dois que entraram na Taberna juntos a Rotciv -Sorceress e Skull- e estranhamente o homem com quem Roy havia se encontrado no exército, Highlander II. Highlander indicou para que os demais se aproximassem e assim fizeram, todos ficaram calados, o dialogo então teve inicio.

-É o seguinte- Skull começou mas logo se virou para Roy -Qual a utilidade do ruivo?- Todos encararam Roy mas ele ficou em silêncio.

-Ruivo? só se…- Os olhos do garoto se arregalaram. -Droga, quando foi que vocês anularam minha habilidade?-

-Então essa é sua habilidade? pff, patético, mudança de cabelo, quando você apagou ficou assim.- Não foi bem uma resposta, Highlander pareceu um tanto grosso em responder daquela maneira, era totalmente diferente do que conheceu no exército. -É o seguinte…-

-Ou! Pera ai!- Roy interrompeu. -Não critique minha habilidade, não mudo de forma, reverto o sentido dos raios da luz para tirar a coloração do meu cabelo, assim que me disfarço, posso fazer muito mais que…-

-Silencio!- A voz do general de Hilydrus cortou a explicação do rapaz. -Moleque, me interrompa mais uma vez e terá sua garganta cortada- A expressão de raiva ficou mais do que clara nos olhos do homem e Roy tremeu.

Por mais que Roy tivesse a fala cortada era possível ver o interesse sobre o que ele falava na expressão de alguns, dentre eles a garota.

-Acalme-se Zato…- Akkin aconselhou. Afinal aquele homem não era Highlander. Zato? Era esse o nome pelo qual foi chamado. Akkin virou-se para Roy. -Acho que já se conhecem não é? Esse homem não é o general de Hilydrus, é um velho amigo meu-

-Seu poder!- Sabrina finalmente se pronunciou. -Você controla a luz? Podemos usar isso-

-Não podemos- Sorceress corrigiu -Vamos… Por mais que eu odeie admitir ele é util.-

O silencio tomou conta do local por alguns segundos. Ao que tudo indicava o pronunciamento de Roy fez uma boa diferença no rumo da reunião. Apenas ele não entendeu o por que. A garota, do seu lado deu um passo para perto dele.

-Olha, eu se fosse você, teria ficado quieto.- Um conselho um tanto tardio e totalmente obvio mas ninguém poderia negar que ela estava certa.

-Desculpe- Roy se pois a falar -Não tenho ideia do que estão conversando mas…-

-Capitão!- Novamente o garoto foi interrompido, dessa vez por algum pirata que nunca tinha visto na vida. O homem parecia eufórico, estava claramente assustado e com pressa -Estamos sendo atacados!-

Os oito presentes voltaram sua atenção para o homem. Aparentemente a coisa era seria. Rotciv arqueou uma sobrancelha questionando a situação. Nos mares próximos a ilha ataques eram bem incomuns, principalmente a navios dele. O ataque veio da Popa, ninguém percebeu outro navio se aproximando, foi um tanto estranho.

-Senhores- O pirata sorriu. -Se quiserem me acompanhar ou assistir essa luta serão bem vindos…-

-Moleque!- Akkin se virou para Roy -Não deixe que ninguém toque um dedo na Chidori entendeu?!- Saiu junto com os outros para participar da luta.

-Mas quem é Chi...-

-Sou eu!- A garota respondeu antes que a pergunta pudesse ser terminada. -Vem aqui, vamos assistir de perto!- Parecia animada.

-Mas o que?!- Antes que Roy pudesse fazer qualquer coisa sentiu Chidori agarrar seu braço e puxá-lo.

Todos estavam ali presentes numa cena um tanto estranha, o outro barco já estava lado a lado com o navio em que eles se encontravam, grande pedaços de madeiras foram estendidos entre os dois, 20 homens caberiam ali de lado a lado com facilidade, alias, couberam. Skull estava na frente. Em seu braço esquerdo um largo escudo de aço e na mão direita um sabre curto, logo atrás dele estavam Akkin e Zato misturados com os piratas tripulantes de Rotciv, todos carregando escudos e armas como espadas e machados. Sabrina se aproximou dos dois jovens, parecia animada com aquilo. A mulher começou a explicar para os dois como funcionavam as estratégias de batalha em quanto a luta tinha inicio. eles subiram nas cordas do mastro para conseguir enxergar melhor.

Do outro lado das pranchas uma outra parede de escudos se formou. A arte da guerra parece simples, mas não é. Explicando dessa maneira uma guerra em mar parece exatamente igual a uma na terra mas existe uma grande diferença, o barco se move e tudo tem que acontecer muito mais rápido, quando uma tripulação invade o navio da outra parece que ganhou, mas isso não é necessariamente verdade. Eles vão ficar em minoria caso os barcos se afastem e estarão liquidados. Então o piloto passa a ser o homem mais importante. Um navio tem que acompanhar perfeitamente o outro para que tudo de certo.

As duas paredes de escudos começaram a se mover, Skull que estava a frente rapidamente se encaixou a sua formação. Todos eram comandados por gritos de Rotciv que guiava o leme.

-Empurrar!- ele gritou e as fileiras de escudos se chocaram.

Os três estavam juntos ali, Skull a esquerda Akkin no meio e Zato na direita, e por algum motivo a experiência deles pareceu fazer toda a diferença naquela curtíssima batalha. Ao menos pareceu para Roy que não tirou os olhos dos três por nem um segundo. Zato levantou seu escudo primeiro provocando o oponente para induzir um ataque nos seus pés, Akkin prevendo que uma espada desceria por ali parou o golpe com sua arma. O inimigo teve que se abaixar para efetuar aquele golpe e foi a chance perfeita para que Zato empurrasse seu escudo contra o dele usando toda sua força, ele caiu na prancha e Akkin cravou a espada derramando a primeira mancha de sangue daquele dia. Uma brecha rapidamente foi aberta na parede de escudos inimiga mas não o suficiente para que pudessem penetrar e o homem foi substituído por um da linha de trás.

-Canhões! Fogo!- Rotciv gritou e as escotilhas do barco se abriram, Canhões foram postos para fora das pequena janelas laterais e começaram a atirar no casco do outro navio que ao ser perfurado com sucesso pela primeira vez respondeu o ataque na mesma moeda.

-Magos!- Agora era a vez de Sorceress que ao lado de outros cinco feiticeiros começaram a conjurar seus feitiços direcionados, não para a tripulação inimiga, mas para as velas e casco. Claramente o objetivo seria afundar o outro navio.

Passaram-se mais alguns minutos com poucos homens de cada lado caindo, mas uma hora a defesa teria que ser quebrada. Agora Skull virou sua espada, segurava ela pela cabo com a lamina apontada para baixo, usando-a como um gancho ele puxou o escudo do inimigo. O oponente num movimento rápido girou a espada tentando cortar o que estivesse a frente e teve o golpe interceptado por Akkin. Zato aproveitou. Mesmo um pouco distante esticou o braço tudo que podia para o lado e cortou a garganta do inimigo que caiu. Skull deu passos para frente acompanhado de todos seus homens e Rotciv virou o leme a bombordo prevendo o que iria acontecer, o capitão não deixaria seus inimigos escaparem.

-Agora a luta começa! perfuraram a parede.- Sabrina ainda estava explicando tudo para Roy e Chidori -A partir desse momento tudo se volta para habilidade individual. Prestem atenção em mim!-

Sabrina correu em direção o outro navio, junto com alguns que já estavam penetrando as defesas. Há pessoas que se consideram valorosas demais para ir em uma parede de escudos e esperam a hora certa de entrar no combate o que definitivamente não era o caso da lutadora, outras pessoas são apenas leves demais, ela era do tipo que não sabe utilizar armas para desempenhar tal papel e agora a carnificina começaria.

-Recuar!- Rotciv ordenou e o comando foi repetido por cada um que escutava. A tripulação realmente era bem organizada e sem muita justificativa ou questionamento todos obedeceram e foram voltando, o leme do barco virou-se para direção oposta e começaram a se afastar.

Quando todos olharam novamente para o navio com o qual estavam batalhando ele estava em chamas, sua tripulação corria desesperada e ninguém a não ser o capitão entendeu o por que da ordem. Akkin estranhou e foi direto conversar com o Capitão. Andou até ele, mas antes que pudesse falar qualquer coisa Rotciv apontou para trás do navio. Uma grande frota se aproximava, o ataque inicial fora claramente usado para distração. Uma enorme quantidade de Barcos de aproximava e eles agora corriam serio perigo.

-Ferrou…- Disse o pirata rindo com ironia do problema em que acabara de se meter.

-Mas já? Não podem ter descoberto…- Respondeu o guerreiro num triste tom de lamento. -Garoto!- Ele levantou o tom de voz, não parecia nem um pouco feliz.

Roy demorou para entender que era ele. Se Skull não tivesse o empurrado ele não perceberia nunca, meio hesitante andou até a popa do barco e Akkin colocou a mão em seu ombro.

-Vire-se e olhe aquele barco em chamas- Roy obedeceu, Akkin soltou o ombro do garoto e suspirou. -Cuide da Garota…- o homem falou de modo que apenas ele poderia escutar e Roy apagou de novo.
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