Tribunal de Justiça

Cheguei junto dos guardas que me algemaram em uma sala majestosa, cheia de guardas, todos pareciam atentos.
-Nossa que lugar enorme e incrivel!-
Logo me foi indicado um lugar para a mim e foi para lá que eu fui, ali eu aguardava o que estava por vir.Observei todo o local na esperança de ver ser Marrie estava entre os jurados.

Khiëv se surpreendeu com o lugar, nunca havia visto algo com tamanha exuberância. Sentiu-se segura e uma perspicaz ansiedade pelo que estaria por vir. Por fim, acompanhou os rapazes até que os mesmos lhes dessem a instrução de onde sentar. E mais uma vez, aguardou por um chamado. Mas ainda sim, não pôde esconder a curiosidade implicante que tinha com aquele belíssimo tribunal.

@ Niimai e Khiev

[Desculpem a demora, estava esperando a Selenna, mas como ela não postou, vamos dar continuidade]

Enquanto iam sendo conduzidos, podiam dar uma olhada a mais no castelo que era belíssimo. Os corredores eram largos e longos, de tapetes macios e provavelmente muito caro. Diversos detalhes ancestrais, retratos, vasos, candelabros, tudo do melhor. Era impressionante. Pararam então diante de duas grandiosas portas de carvalho bem polido. Dois guardas foram requisitados para abrir a porta que se mostrava um tanto pesada.

– Entrem – Ordenou Gintoki.

O local era magnífico e digno de um lugar que clamava por justiça [Ver a descrição no inicio da página]. Os prisioneiros foram colocados em alguns bancos de madeira com recosto acolchoado. Era até um tanto cordial para aqueles que não condiziam com a sociedade em favor da lei. Assim que sentaram, um guarda passou entregado-lhes um pedaço de papiro, pedindo que colocassem suas assinaturas, para confirmar que estavam presentes.

Para completar, Gintoki sentou ao lado dos dois. Mantinha um sorrio agradável no rosto, e os mostrava para Khiev e Niimai, tal qual para Selenna, vez ou outra. Ainda estavam admirados com tamanha beleza, mas isso sumiu e um frio na barriga os preencheu quando o martelo do juiz soou no local fazendo um eco ensurdecedor.

- Ordem! Perante a Lei, peço que todos se levantem, e que os prisioneiros jurem falar somente a verdade, em prol de sua própria conduta e honra, assim como para o reino e sua integridade. Em seguida, que venha aqui o Sr. Niimai, para começarmos com os questionamentos.

[Galera, vou procurar explorar o máximo do lado lógico de vocês. Quero colocar vocês pra pensar um pouquinho. Ok? Vamos nessa. ]

Levantei-me, fui até o lugar do réu e fiz o juramento.

-Eu Niimai Zilernt, juro dizer a verdade e somente a verdade em prol de minha própria conduta e honra, assim como para o reino e sua integridade!-

Ali eu aguardava as perguntas.

@ Niimai

Assim que jurou, todos se sentaram menos os supostos advogados. Niimai não tinha nenhum advogado de defesa, muito menos Khiev. Iam ser acusados e dariam seu parecer na frente do Juiz, que daria a decisão final. Niimai também se sentou e aguardou a primeira pergunta. Quem lhe dirigia em um... Elfo. Sim, um elfo.

Possuía uma feição calma, porém, traiçoeira que refletia nos seus olhos cor de âmbar. Seu físico franzino era encoberto por um manto negro de seda. De tão negros brilhava, mas era ofuscado pela sala que exibia um brilho maior ainda. Andou calmamente de sua cadeira até a frente do acusado e parou. O olhou, atritou e sorriu levemente. Niimai parecia estar com alguns problemas.

- Bom dia aos presentes do Júri. Chamo-me Mikhael e estou aqui para tentar obter a verdade. Diga-nos, Niimai. Com quem você estava batalhando na Catedral?

@ Khiev

A garota estava um tanto eufórica e agitada. Isso era estranho, afinal, nenhum ser que estava prestes a ser julgado deveria estar um estado racionalmente tranqüilo. Mesmo assim, era inevitável negar o pequeno friozinho em sua barriga. Não sabia se era ansiedade ou uma pitada de medo, podendo esta última vir junto ou separada dos outros “ingredientes.”.

Assim que sussurrou, Gintoki comentou algo do seu lado. Não imaginava que ele pudesse ter ouvido. Seriam seus sinais? Quer dizer, toda aquela euforia que se deixava passar para o estado físico. Não importava agora. O rapaz não havia virado para falar com a moça, pelo contrário, olhava fixo no advogado a sua frente. Sua presença não o deixava muito confortável, mas o sorriso – agora um tanto cínico – ainda preenchia seu rosto bem de leve.

- Você é esquisita. Muitos sentem pavor de entrar aqui... O que é você afinal?

Olhei fixamente para o elfo, com minha cara de peixe morto e lhe respondi.

- Bom dia ! No inicio lutei contra um homem que parecia ter uns 50 anos, possuía algumas cicatrizes no rosto, cabelos curtos e grisalhos, parecia atender pelo nome de Berniak e também dois cães de aparência infernal, que ele parecia invocar de algum tipo de portal ! -

Após isso continuei olhando para o elfo, que tinha me feito a pergunta.

@ Niimai

O elfo que estava no tribunal, o olhava por vezes de soslaio, desconfiado e atendo com as palavras de Niimai. Ali, qualquer descuido poderia ser fatal. Assim que terminou de falar, o “promotor” sorriu e se virou para o “público” de jurados presentes ali. Donos de casas gigantescas, comerciantes de alto valor no governo, generais e até mesmo alguns príncipes. Pessoas da alta elite senhorial... Bem vestidos, imponentes e sérios. Se a justiça tivesse de ser feita, assim o seria.

- Vejam senhores! O nosso convidado sabe até o nome do homem com quem combateu... Digam-me, alguns de vocês soube, até hoje o nome de um inimigo no campo de batalha? Vocês perguntavam ou eles mesmos falavam? Acho que não é esse o caso, não é mesmo?

Virou-se então para Niimai de forma suave e desdenhosa, apontando-lhe os dedos finos e alvos.

- Diga-me rapaz, como sabia o nome de seu algoz? Você o conhecia? Está me dizendo que toda essa farsa pode ser um golpe seu?

O tribunal então começou a ficar perturbado. Alguns cochichos dali e de cá. Vozes se levantavam e até mesmo risos. Até que o martelo do juiz novamente soou pelo local.

- Ordem! Vez do acusado falar.

Continuei calmo e com o mesmo olhar, de antes e respondi a pergunta olhando para o elfo.

- O sujeito que parecia atender pelo nome de, Berniak, se apresentou depois de fazer alguns ataques! Ele mencionou algo do tipo como se fosse uma pedra no sapato de Krior! Agora respondendo a segunda pergunta...não, eu não o conhecia, até ser atacado na catedral e ele se apresentar! Nunca vi mais gordo ou mais magro! -

Por um pequenino espaço de tempo pensei.

- Elfo escroto, possui uma par de grandes orelhas e escuta mal! -

Em seguida respondi a terceira pergunta.

Não entendo a sua definição de farsa, senhor! Pois estou falando, o que eu presenciei ao chegar na catedral!

Continuei ali onde estava, aguardando...

@ Niimai
O elfo o olhou novamente e abriu um sorriso de desdém. Aquele sorriso era irritante e provocativo e Niimai sabia muito bem o porquê disso, já que sua função ali era tentar incriminar o acusado.

- Tudo bem, tudo bem. Vejamos...

Tirou então de seu bolso um papel um tanto amassado e pequeno. Niimai logo reconheceu que se tratava de seu depoimento. Agora as coisas começavam a ficar mais sérias e tensas, afinal, as perguntas poderiam vir um tanto mais elaboradas e perigosas para o rapaz.

Mesmo assim, não pode deixar de notar a agitação quando foi mencionado o nome “Krior” na sala. O elfo pareceu não se importar, mas agora os olhos estavam semicerrados e fixos no papel procurando alguma evidência.

Quando enfim terminou de ler, virou-se e se dirigiu a Niimai novamente, como já tinha feito duas vezes.

- No seu depoimento... Você não menciona nenhum Krior, o que nos sugere diversas coisas. Também apresenta o nome de uma moça que considera ser algo para você, mas pelo que sabemos ela está sumida ou não existe. Além do mais... Um humano com poderes suficientes para abrir um portal demoníaco? Rapaz... Seu depoimento é muito duvidoso. Tem como provar o que está escrito neste papel?

Continuei calmo e com o mesmo olhar de peixe morto, observando o elfo tagarelar e tentar me incriminar. Rapidamente procurei me lembrar desse episodio, em que escrevi nesse pedaço de papel.
E falei olhando fixamente para o elfo.

-Bem senhor, a prova está no próprio local, onde foi o ocorrido! E qual ser, conseguiria fazer um depoimento bem detalhado, depois de levar muitas mordidas de cães do inferno e ataques de um velho diabólico?-

Por um pequeno espaço de tempo, pensei.

-Rapaz, o que esse cidadão não deve fazer, para manter esse emprego?-

@ Niimai

Na resposta do rapaz, aquele elfo sorriu. Andou de um lado para o outro pensativo e calculando seus próximos passos. Por fim, disse ao tribunal.

- Convoco então a presença de uma testemunha. Gintoki, venha.

O rapaz de cabelos alvos saiu do lado de Khiev e caminhou calmamente para o tablado, sentando em uma poltrona que dava de frente para todos os jurados. Assim que se acomodou, o elfo recomeçou.

- De maneira curta e rápida, quero que me responda às seguintes perguntas. Quando chegou ao local, existia algum cão demoníaco?

- Não

- Existia algum Krior ou um invocador com o nome Berniak?

- Não

- Vocês enfrentaram alguma criatura na catedral?

- Sim.

- Tem como provar que fora invocada por alguém?

- Não.

- Obrigado. Vejam senhores! Nada pode provar que este depoimento pode ser verdadeiro. A própria testemunha nega a existência de pessoas importantes, o que nos leva a concluir que este homem mente perante o júri!

Agora as cosias haviam complicado demais. A acusação se tornou séria e Niimai não tinha como provar nada disso, pois nem testemunha tinha. Era apenas a palavra contra a prova de uma testemunha ocular. Como poderia reverter a situação?

Assim que vi, Gintoki ser convocado e ouvir suas palavras, deduzi que algo estava sendo encoberto naquele júri. Mesmo com, Gintoki tendo chegado no final da festa! Decidi memorizar a, aparência de Gintoki e a de Mikhael, em minha mente, para futuras observações, pois alguma peça nesse quebra cabeça estava fora do lugar!

Em seguida levantei minha mão direita olhando para o juiz e falei.

_Permissão para falar, meritíssimo!_

E aguardei a resposta, pensando...

_Engraçado, nem um advogado eu tenho nessa corte!_

@ Niimai

O júri parecia ter sua opinião totalmente formada quando o advogado que fazia as acusações contra Niimai declarou aquelas palavras com Gintoki como testemunha. Todavia, os senhores presentes mostraram relativo espanto quando o braço de Niimai se ergueu naquele tribunal. Logo os sussurros começaram a se estender pela corte novamente, até que o Juiz martelou e pediu todo o silêncio possível. O advogado estancou no loca e ficou a alfinetar Niimai com aqueles olhos afiados. Gintoki também o olhava, mas não demonstrava interesse algum.

- Permissão concedida, meu jovem.

-Vejo que, de nada adianta falar a verdade!O que eu posso fazer?-

Vendo que de nada adiantava falar a verdade, pois iria continuar a repetir tudo que sabia e o elfo carrasco de nome Mikhael iria procurar desmentir, Niimai.

-Senhor juiz, tem como a corte trazer algum mago leitor de mentes?Pois vejo que Mikhael, só possa querer me condenar e não resolver o problema, pois tudo que eu sei já falei e posso repetir novamente!-

@ Niimai

Diante daquela afirmação, um novo barulho de vozes e sussurros tomou conta do tribunal. MIikhael enxergou aquilo como uma afronta e sua expressou se encrespou de tal forma que assustou Niimai naquele momento. Certamente não fora de seu agrado aquele pedido. Foi então que o juiz deu sua palavra depois de pensar poucos segundos sobre o pedido.

- Tudo bem, seu pedido foi aceito. Chamem Sieme, a leitora de mentes.

Mikhael se retirou assim como Gintoki para seu respectivo lugar. Sentou-se apenas esperando aquela avaliação para que pudesse continuar com o seu trabalho baseado nas informações que pudesse conseguir.

Não demorou muito para que uma bela mulher chegasse. Trajava roupas da nobreza. Seus cabelos eram negros assim como os olhos e possuía a pele bem branca. Tinha um corpo delgado acentuado pelas roupas apertadas, além de um aspecto austero. Curvou-se perante o rei e disse a Niimai.

- Feche os olhos e pense nos momentos. Tratarei de interpretá-los e passá-los ao júri.

Dessa forma, Sieme fechou os olhos esperando a cooperação de Niimai. O tempo passou e depois de cansativas meia hora de espera a garota encerrou o processo com apenas algumas palavras.

- Tudo que este homem falou, é verdade.

O alvoroço na sala novamente rompeu o silêncio e Mikhael não acreditava no que escutava. Todo seu trabalho fora em vão e agora não teria mais como combater com aquela perspectiva. Furioso, levantou-se e saiu do tribunal, sem ao menos redigir uma palavra para quem quer que fosse. Foi então que o martelo do juiz se vez ouvir e todos se calaram diante da sentença final.

- Declaro você, Niimai, inocente.

< 150 de Exp por conseguir sair inocentado. Livre para postar no portão e depois em outro local. >

Me senti aliviado ao ouvir as palavras do juiz. Me levantei, estive indo para a saída quando avistei Khiëv, como eu fui inocentado imaginei que ela também seria, mas ainda ela teria que passar pelo tribunal e lhe falei

- Qualquer coisa estarei, no portão! -

Assim me dirigi para fora do Tribunal.