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Floresta da Tortura - Página 7 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Haseo Qua 25 maio 2011, 3:26 am

Enfim saíram daquela casa, e logo encontravam-se numa trilha bastente íngreme. Haseo havia se acostumado com florestas, afinal vivera em uma por meses. Diga-se de passagem: a floresta Endless era bem pior. Mas ali era Takaras, sabe-se lá o que encontrarão por ali. Ok, mataria alguns dragões, depois compraria — ou roubaria — um par de botas urgentemente.

Seguia o grupo sem muito esforço, até que Ayame o puxa mais para trás. Não era muita novidade o que ela dizia, já que a própria maga passara algumas informações no dia anterior. Mas ouvir a explicação da boca da loba era bem mais agradável. Mas, basicamente... teriam de matar dragões. Mas outra vez a loba falava de Antares daquele jeito que Haseo aprendera a desprezar.

— Sim, tenho uma pergunta. — Baixou mais as sobrancelhas, seu rosto normalmente sério ficando mais ainda. — Depois de acabar com Antares, o que vai fazer?

Não esperou uma resposta, e apertou o passo. Não muito tempo depois, chegaram a um templo bastante velho. Na verdade, velho era apelido. Aquilo deveria ter sido construído pela primeira civilização que existiu. Ignorou os detalhes, seguindo todos até o salão. Não gostou do que ouviu.

Dar algo em troca de poder. Não gostava disso. Soava errado, e Haseo tinha um pressentimento ruim a respeito. E, também, ficou confuso. Fariam uma espécie de pacto? Não sabia dizer, e preferiu levantar a voz.

— Ei, cigana. — A fitava da mesma forma de antes. Não confiava nela no começo, não confiaria agora. — Vai precisar explicar melhor essa história. Que poder? Quem nos dará isso? Não vá pensando que, sem mais nem menos, vou oferecer algo para receber um "poder" que não conheço.

Ele abriu os braços, mostrando que de fato não possuía nada de valor. Tudo que tinha eram suas calças e o corpo marcado nas costas.

— Não tenho nada. Vê? E mesmo que tivesse algo, essa missão não vai durar para sempre, e eu iria querer esse algo devolta.

Sua desconfiança era grande, mas era compreensível. Em parte, sabia o que aquilo significava. Não tinha que oferecer algo material, e isso era o que mais temia. Esperaria para ver a reação dos demais.
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Mensagem por Kass Qui 26 maio 2011, 4:01 pm

Muitas perguntas foram feitas como Kass imaginava que aconteceria. Nym foi o primeiro a se apresentar para fazer a troca, mas acabou por parar no meio do caminho para querer explicações. A cigana o observou, já pronta para responder, mas Vermíllion se adiantou e entrou no círculo completando a oferenda. O círculo piscou com uma luz branca aceitando o primeiro ritual. Kass sorriu de canto e pediu para que Nym voltasse ao seu lugar. Haseo se adiantou também e fez perguntas, que fez as sobrancelhas de Kassandra se erguerem, confusa. Mataria dois coelhos com uma cajadada só.

— Meu caro rapaz. O que espíritos fariam com armas? Nada, nem tocá-las eles podem! A troca aqui é mais ampla, importante...Cada um aqui trocará uma essência importante do seu ser. A troca é justa uma vez que o espírito fará o mesmo. — E seus olhos se cerraram, voltando sua atenção para Vermíllion.

— Peço silêncio à todos. — Pediu.

— Vamos lá, meu aprendiz. Conversarei com o espírito e negociarei uma essência dele por um pouco da sua. Aguarde em silêncio.
Aos poucos, seu semblante tornou-se sério e ela respirou fundo, e começou a recitar o encanto de evocação:

Mer Siddi! Mer Kurrka ! Urulu Martzu! Zi dingir Anna Kanpazka! — A entonação era estranha e não se assemelhava a nenhuma linguagem conhecida pela humanidade. À medida que a canção prosseguia, Kassandra começou a suar. Foi então que algo estranho aconteceu. A luz do só foi sumindo do templo, até que, em menos de dois minutos tudo já estava um breu, como se fosse tarde da noite. Tudo estava mergulhado na completa escuridão.
Um frio fantasmagórico inundou o templo, não se via mais nada agora, nada...apenas trevas.

Momentos depois pode ser ouvido um barulho de concreto se quebrar, era o chão se quebrando. De repente, o concreto se arqueou para fora e uma criatura de odor repugnante forçava o chão para sair, destruindo o assoalho dentro da área demarcada pelo círculo. Neste instante Kass dá um passo para fora do círculo e pede que Vermíllion faça o mesmo, rapidamente.

A entidade que emergia das tábuas era um ser monstruoso e disforme. Lembrava uma massa de carne, ora negra, ora esverdeada, com centenas de pequenos olhos espalhados pela superfície do corpo e dezenas de bocas que mordiam o ar. Movimentava-se com lentidão a partir de pés pequenos como os de uma centopéia. O cheiro insuportável vinha da secreção que expelia pela carne, ponteada de poros abertos, cheios de pus.

— Kandha! A criatura da matéria. — Proferiu a cigana encarando a criatura com olhar destemido. — Chamei-a aqui para lhe pedir um pouco de sua essência.

— E para quem é? — Indagou a criatura, encarando-a com todos os seus olhos.

— Este vampiro. — Apontou para Vermíllion, e tratou de continuar com o ritual.

— Dê a esta criatura, um pouco de sua essência da ilusão. — Pediu, encarando-a.

— Essência por essência! — Disse a criatura, decidida de seus atos.

Kassandra riu, triunfante. Balançou a cabeça e pegou uma agulha média da cintura.

— Uma gota do sangue desta criatura, que contém sua essência cura.

A criatura urrou na hora, irritada com o tipo de essência. Partiu para cima de Kass, irada com sua audácia, mas bateu com tudo contra o campo envolta do círculo, que o segurava dentro dele. Por sua raiva, as secreções aumentaram e mais pus saiu de seu corpo.

A necromante jogou a agulha para Vermíllion.

— Fure seu dedo e deixe uma gota sua pingar dentro do círculo.

Assim que Vermíllion obedeceu suas ordens, a gota do sangue caiu no chão e a criatura avançou com ferocidade para a gota. Lambeu o chão como se fosse arrancá-lo e não deixou um resquício de sangue. Quando terminou, virou-se para Kass e olhou para um pote que estava rente aos seus pés onde dentro continha um punhal. A criatura murmurou um encantamento e a ponta do punhal começou a brilhar. Enfim, a troca de essência fora completada. Quando a criatura terminou, adentrou ao monte de concreto e voltou para as profundidades, deixando o chão intacto, como se nunca tivesse sido quebrado e o cheiro desaparecera. Durante todo o ritual, todos sentiram uma sensação horrível, além do cheiro. Vermíllion não sentiu nada, pois fora apenas uma gota de sangue que foi preciso ser tirada.

A escuridão aos poucos foi se dissipando, até que todos pudessem ver uns aos outros. Kassandra, sem perder tempo, pegou o punhal e caminhou até Vermíllion. Levantou a manga de sua camisa e desenhou em seu antebraço, a Runa Quas.


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— Esta é a Runa da Ilusão. Ela só poderá ser usada uma vez em toda esta jornada. Como sabe, as ilusões são perigosas, e só um ser que viveu muito, que presenciou muitas coisas sabe o que pode ser mostrado em uma ilusão. Seja ela para o bem ou para o mau. Use-a com sabedoria. Pois ela poderá salvar sua vida ou a de outro.

Já recuperada, Kassandra volta ao seu lugar e observa os outros, principalmente Haseo e Nym, que fizeram as perguntas.

— Não precisa ser dado muita coisa. Mas o suficiente e importante para tais criaturas. Pois, com uma gota de sangue, ou qualquer outra coisa de seu corpo, uma criatura pode fazer muita coisa. Mas a única coisa, claro, que não vão fazer, é controlar seus avatares, afinal, isso não permitirei.


— Quem será o próximo? Precisamos agir rápido enquanto o tecido é mais fino nesta parte.
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Mensagem por Kazama Qui 26 maio 2011, 5:22 pm

Estava sentado em cima do galho de uma grande árvore morta, apoiando suas costas em seu tronco. Estava usando roupas novas enquanto as suas não fossem reparadas, e olhava para a lua como se estivesse esperando alguém chegar. Pouco mais que duas semanas se passaram desde que Kazama adquiriu sua mais nova arma. Durante os primeiros dias, ele não fez um único movimento. Concentrou-se em se recuperar de sua exaustão e de seus ferimentos para que pudesse continuar seus planos sem problema algum. Nesse tempo, o Hanyou aproveitou para aumentar sua habilidade com sua nova espada. De fato, quando a desembainhava uma sensação de força e poder inundava seu corpo, porém ao mesmo tempo ele sentia a energia maligna emanada dela sobrecarregando seu corpo em pouco tempo, o que incomodava devido aos machucados. Por isso, constantemente a desembainhava para que seu corpo pudesse se acostumar com aquilo, para que não fosse um fardo durante a batalha. Além disso, durante essas "sessões", ele interagia com alguns espíritos presos naquela arma. Se a sua ideia era controlá-la completamente, primeiro ele precisava fazer que aqueles espíritos hostis aceitassem-no como seu mestre. Começando pelos mais fracos, suprimia-os com sua própria energia, até que estes desistissem e parassem de resistir, cedendo para o poder de Kazama. E assim ele foi avançado, mesmo que muito vagarosamente, pois ele era capaz de sentir que dentro daquela espada só existia um turbilhão de almas amaldiçoadas esperando para arrastar mais alguém para a sua agonia.

Assim que conseguiu
suas novas roupas, que era as quais quais usava no momento, continuou a andar pela cidade e programar seus próximos passos. Se alguém conhecesse Kazama, provavelmente se espantaria ao vê-lo usando roupas diferentes de suas casuais, porém nada ele podia fazer enquanto elas não fossem reparadas. A alguns dias atrás, programou seus próximos passos e, pagando um pequeno demônio, ele o fez andar por toda a cidade atrás de uma bela e específica mulher: Saphira. É claro que não contou qual era seu nome, mas deu todas as descrições possíveis para ele. Para garantir que ele não acabasse falando para a pessoa errada, seguiu-o de longe. Ao ver que, felizmente, ele havia encontrado a pessoa certa, esperou que ele fosse ao seu encontro e, após levá-lo para um lugar afastado do centro o silenciou. Não queria que aquela mensagem vazasse e lhe trouxesse futuros problemas. Por fim, a noite escolhida por ele havia chego. Só esperava que Saphira não fizesse igual a última vez e aparecesse de uma vez, pois naquele momento não havia momento a perder. Enquanto ela não chegava, continuava a meditar, fazendo que mais e mais espíritos ficassem submissos ao seu controle.

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Mensagem por Vermillion Sex 27 maio 2011, 1:00 am

Vermillion apesar das duvidas estava disposto a adquirir poder, mais poder a qualquer custo, não temia o que seria levado em troca desde que o poder fosse realmente grande. Apesar das perguntas dos outros ele se manteve dentro do circulo apenas esperando o ritual começar, sinceramente ele esperava que o espírito invocado não fosse com a cara dele para que tivesse que lutar pelo poder, talvez assim fosse mais divertido tudo aquilo.

Quando o ritual começou o sol se escondeu, a escuridão tomou conta do lugar e aos poucos todos os outros com exceção de Kassandra desapareceram no breu, ainda assim ele mantinha um sorriso sagaz no canto do rosto, do solo uma criatura começou a sair e para dar espaço para a mesma ele saiu do circulo logo depois de Kassandra.

O espírito era simplesmente horrível, feio, fedido e extremamente nojento, parecia poderoso e a sensação que ele fazia o demônio ter era de puro nojo, quando foi dito que a essência seria trocada atraves de uma gota de sangue a criatura se irritou e Vermillion claramente se decepcionou.

Ainda assim pegou a agulha e foi até próximo do circulo, parou bem na frente do espírito do lado de fora do circulo e sorriu para o mesmo, antes de fazer qualquer coisa sussurrou algo para o espírito e apenas para ele:


''Farei bom uso de seu poder Kandha!

Depois de se comunicar com a criatura furou o polegar com a agulha e apertou o mesmo dentro do circulo até que a gota de sangue pingasse no chão, logo depois se afastou. Quando tudo acabou e a cigana marcou o antebraço esquerdo do demônio com a runa Quas o mesmo apenas olhou a runa levantando o braço e indagou em um tom sarcastico como sempre.

- Eu esperava algo como runa da destruição mais isso serve também... E essa troca foi bem decepcionante, pensei que aquela coisa ia querer no mínimo meu rosto, ela realmente precisava dele!
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Mensagem por Ree Sex 27 maio 2011, 9:42 am

Nym e Haseo pareciam mais inflexíveis que os demais, ainda que fosse compreensível. Ree só estava naquela pois Kass já havia demonstrado ser mais poderosa do que ela, e isso Ree não podia ignorar.

Cruzou os braços, e assistiu o ritual de Vermillion. Estava mais concentrada do que o normal. Procurava entender como Kass fazia aquilo, mas apesar de tudo, perdeu um pouco da concentração com suas náuseas a criatura invocada. Clock Bunny pulou em seu colo, claramente num misto de medo e protecionismo a sua mestra. Rosnava para a criatura, mas não largava das roupas da garota.

Urgh, extremamente deselegante...

Além da clara repugnancia fisica, Ree também podia sentir as energias daquela criatura, o que piorava ainda mais seu estado de nojo.

A gota de sangue foi uma surpresa para ela. Achava que algo mais deveria ser oferecido, mas parecia enganada. Isso ou o sangue de Vermillion era deveras precioso. Duvidava muito.

Hum...sistema de runas... interessante, não havia pensado nisso antes.

De fato, ela pouco sabia daquele sistema mágico, mas cogitava aprender mais tarde... Invocar espíritos parecia-lhe muito útil.

- Eu esperava algo como runa da destruição mais isso serve também... E essa troca foi bem decepcionante, pensei que aquela coisa ia querer no mínimo meu rosto, ela realmente precisava dele!

Rolou os olhos, e deu umas passadas a frente, se aproximando do círculo

- Obviamente até ele sentiu asco de você... Não me impressiona.

Caminhava a passos lentos, suas botas fazendo barulho, que ecoavam pelo local, enquanto seus longos e negros cabelos serpenteavam pelo seu corpo. Em sua face, a confiança e prepotência que só ela conseguia exibir, e lhe eram tão características.

Estalou os dedos, e imediatamente, uma de suas pulseiras feitas de pequeninos ossos (lembranças passadas de Clock Bunny provavelmente) se estilhaçou no ar, mas nenhuma de suas peças caiu.

Pelo contrário. Enquanto Ree passou reto por ela, a pequena pulseira começou a flutuar no ar, e aos poucos uma pequena aura ia envolvendo-a. Começou bem fraca, quase invisível, mas aos poucos foi crescendo, tomando forma, se tornando tão material que logo tinha uma textura viscosa.

Hihihihi

Daquela massa, leves sons de sinos e risadas podiam ser ouvidos, enquanto ela se remexia. Era lento, mas começava a moldar-se em dois sinos, que logo foram conectados pelas pontas de um chapéu, que estava encaixado na cabeça de uma pequena criatura, pouco maior do que 60cm, com um padrão xadrez preto e roxo pelo corpo. Os olhos estavam cobertos pelo chapéu, mas seus dentes sorriam, claros e bem afiados.

Ree se posicionou ao lado de Kass, e colocou as mãos na cintura.

- Venha.

A criatura girou no ar, e finalmente aterrisou no chão, afundando um pouco o chão envolta dele. Flexionou os joelhos, e se pos ereto, caminhando a passos lentos e meio desengonçados (como o Boogieman do filme "O estranho mundo de Jack").

Eu serei a próxima... Mas não gosto da idéia de dar algo físico.

Jesty se pos a frente de Kass, sorriu de sua maneira estranha e creepy, e tirou o chápeu, fazendo uma reverência. Seus olhos eram puras orbes literalmente vazias e escuras, como se dois buracos negros estivessem ali.

Poder...por poder. Nada mais justo.
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Mensagem por Ayame Sex 03 Jun 2011, 9:58 am

A pergunta de Haseo fez Ayame parar um pouco para pensar. Observou-o apertar o passo e sorriu de canto, olhando pro lado. Já tinha a resposta, e não sabia se ele ia gostar de ouvi-la. Em pouco tempo voltou ao compasso normal, entraram numa floresta diferente da que ela conhecia. Endless era ainda mais apavorante que essa, mas sem dúvida, não imaginava que justo aqui tivesse um lugar bonito como este.

Ouviu suas explicações enquanto olhava ao redor. Sempre vigilante, sentiu aos poucos presenças de espíritos e se arrepiou. Não gostava deles; detestou ao saber que iriam para um templo. Olhou para Ree e imaginou que ela estaria adorando tudo aquilo já que ela e a cigana pareciam adorar esse tipo de coisa.

Tratou de entrar logo no templo e ficou ao lado de Vermíllion. Escutou as regras da mulher e arqueou a sobrancelha, em dúvida do que entregaria em troca. O poder deveria sem grande para uma troca importante. Foi então que Vermillion foi o primeiro. Observou tudo em silêncio, e odiou a cena que se seguiu.

Seus pelos se arrepiaram e ela rosnou baixo, de olho fixo na criatura. Seu cheiro a deixava ainda mais enjoada. O filhote estava dando trabalho nessa hora. O sangue foi dado e na hora ficou aliviada. Era uma coisa boba que dariam em troca, mas logo seu pensamento mudou ao saber qual poder ele ganhou. Quando a parte dele acabou ouviu sua reclamação e ficou satisfeita - e um pouco mais calma - ao saber que dariam uma coisa quase insignificante em troca, mas pensou seriamente se aquilo ia de acordo com o poder em questão.

A próxima foi a Ree. Observou-a trazer à toda uma alma e baixou as orelhas. Sua cauda balançou forte e a loba engoliu em seco, desviando o olhar para o lado - para Buiu. Estava ficando tudo mais interessante e imaginava qual seria o seu poder. Teria de esperar Ree acabar para se candidatar a ser a próxima.
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Mensagem por Haseo Sex 03 Jun 2011, 12:53 pm

Detestava as respostas curtas da cigana. Aquela maldita mulher achava a coisa mais normal do mundo teleportar alguém pro meio de uma sala de jantar, não explicar nada a respeito para, no dia seguinte, dizer que deveriam matar dragões e que agora dariam algo em troca a espíritos para obter poder. Ou algo assim.

— "Mulherzinha metida..." — pensou, assistindo Ree indo para o círculo. Ficou surpreso quando ela evocou aquele estranho ser, que mesmo pequeno passava a sensação de um poder malígno e poderoso. Ótimo, iriam lutar ao lado de uma garota que pratica magia negra e invoca bonecos possuídos.

Ficou inquieto, pensativo. Se não eram armas ou objetos que deveria oferecer em troca, então o que era? Pelo jeito a escolha não caberia a ele, de alguma forma. E se lhe tomassem algo valioso? Kassandra não disse se teriam devolta o que ofereceram depois que a missão terminasse. Achou difícil que a cigana pedisse apenas uma gota de sangue para ele também. O que lhe restava era seu corpo, sua alma e seus sentidos. Porém, era muito difícil livrar-se de algum deles. Olfato e paladar eram dispensáveis, mas duvidava que os espíritos se interessassem. Porém, sua voz poderia ter algum valor. Palavras recitadas possuem grande poder e podem evocar magias, coisa que Haseo não fazia. Caso pudesse tê-la devolta quando a missão enfim terminasse, pensaria em a oferecer. Agora aguardava para ver o que aconteceria com Ree.
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Mensagem por Buiu ! Seg 06 Jun 2011, 3:05 pm

Vermilion passava por Nym decidido. Sua frase ficou solta no ar ao passar pelo pequeno demônio, ele não sabia com quem estava lidando. Nym ouviu a provocação, franziu ainda mais o cenho, cerrou os olhos e bufou de desprezo em resposta. Contudo continuou calado e parado no mesmo lugar observando Vermilion caminhar até seu posto e o ritual seguir.

Demoniozinho desprezível e ainda arrogante para completar. Veremos o quão longe vai essa bravura quando sua mestra não estiver por perto para limpar suas fraldas...

O ritual se seguiu e a escuridão acometeu á todos. Logo depois o cheiro insuportável e horroroso se apossou das narinas de Nym. O demônio já havia presenciado cheiros tão ruins quanto, mas não podia esconder a repulsa e resolveu se afastar. Ficou parado mais distante, quase próximo á saída enquanto assistia o espetáculo que aquela criatura de vários olhos e bocas apresentava juntamente com seu fedor.

Após encerrado, Nym percebe que todos ficaram surpresos com o que foi entregue por Vermilion. Uma coisa tão simples e sem importância quanto uma gota de sangue, aquilo não estava justo.


Ainda não confio nessa bruxa. Ela faz a escolha para todos nós, é mais que óbvio que alivie as coisas para seu pupilo, mas para nós pode ser bem diferente. O jogo está aberto demais, não gosto de arriscar tão alto ás cegas. Já enganei e fui enganado por menos que isso...

Ree então tomava á frente, seria a próxima a realizar o ritual. Aquilo sim seria interessante. Uma verdadeira dominadora da magia negra participando seria uma prova boa do que estava por vir, a tentação era grande. Conhecendo a garota ela não seria tola de trocar algo que não lhe trouxesse maiores benefícios que malefícios.

Continuou então á observar o que iria se suceder. Não dava muita atenção para a loba e para o estranho demônio que ficavam de cochichos aos cantos, Kass certamente estava á par do que eles conversavam e não devia ser de grande importância visto que ela não se pronunciava. Aquele lugar era mágico e não seria surpresa se ela pudesse escutar o que falavam com clareza. Logo se separavam novamente e Haseo ficava inquieto. Não parecia gostar daquela situação, assim como Nym.


Um rapaz sensato afinal, não foi ao acaso que fora difícil trazê-lo. Pelo menos alguém á quem devo respeito.

Nym voltava novamente sua atenção para o ritual para observar o que aconteceria com Ree, aquilo poderia mudar grandes coisas sobre sua opinião atual.
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Mensagem por Kass Seg 13 Jun 2011, 10:06 am

@ Todos, exceto Kazama

Kass sorriu de leve com a pretenção do demônio, esperava tal reação, mas optou por não dar um poder maior ao seu aprendiz por ele não estar preparado suficiente. As coisas mudariam e mais tarde tudo seria cobrado normalmente, e aí ele teria motivos para reclamar.

Olhou Ree quando deu um passo à frente e seus olhos brilharam. Esperava que ela seria uma das primeiras a se apresentar, não uma das últimas. Kassandra já sabia o que usaria da garota para a troca, e pelo show que presenciou a seguir, percebeu que ela também sabia. Entretanto, não usaria tal criatura mas sim, seu próprio urso. Mas ao julgar a alma em questão quando esta se apresentou - ao encará-la profundamente nos olhos -, sorriu cínica, aceitando a oferta.

— Ree, fique onde meu aprendiz ficou, e seu escravo, atrás. Não quero que a criatura o veja por enquanto.

Assim dito e feito, aquele ar sombrio pairou novamente e tudo voltou à escuridão profunda, com apenas as tochas iluminando fracamente. Desta vez, não foi uma criatura tão malígna que surgiu dos confins da terra, foi uma criatura vinda dos céus. Uma luz avermelhada surgiu do teto e encontrou a terra formando um círculo e dela, uma criatura com azas de morcego começou a descer. Seus olhos estavam cobertos por um pano com um brilho prateado no lugar dos olhos. Sua boca, totalmente negra, deixava aparecer dois dentes caninos pontudos. Seu corpo, forte e atlético, era feminino e perfeitamente posto, com tudo no lugar. Seios fartos, barriga lisa e forte, pernas torneadas e um salto vermelho muito alto. Ela carregava um cedro negro e usava uma capa negra. Estava nua.

— Rainha dos céus, venho pedir-lhe novamente sua ajuda. — Pediu a cigana, olhando-a com um sorriso e brilho nos olhos. A mulher sorriu e exibiu os dentes pontudos fazendo uma leve saudação à Kassandra. Pela forma que se olhavam, estava claro que se conheciam e eram íntimas. A mulher-anjo abriu as asas com força, fazendo a luz vermelha ficar mais fraca, e um cheiro forte de sexo surgiu, excitando todos à volta.

— Claro, minha cigana. O que desejas?

— Desejo uma troca de sua essência para esta pequena necromante. — E apontou para Ree. A mulher olhou-a e passou a língua fina nos lábios, achando-a apetitosa.

— Em troca — Continuou Kassa — Lhe entregarei seu humilde servo.

Antes que Kassandra pudesse puxar o escravo de Ree, a própria mulher-anjo o fez, fazendo a alma levitar diretamente para ela, ficando frente a frente. Observou-o, gostando de seu porte, e passou a mão no pescoço, obviamente excitada.

— Troca aceita. — E assim, fez suas asas se fecharem contra ele e subiu fazendo a luz vermelha aumentar e quase cegar todos os presentes, e tudo logo se tornou escuro novamente. As tochas voltaram a ganhar força e Kass respirou fundo. Era claro que aquilo estava exigindo muito da mulher, e era visivel seu estado de cansaço, porém ainda faltavam três.

Como fizera com Vermíllion, pegou o punhal e caminhou até Ree, erguendo a manga de seu vestido e riscando uma runa diferente. Era a runa Grav.


Floresta da Tortura - Página 7 2w6i9sx

— Esta, necromante, é a runa do energia. Com ele, você poderá criar um campo de força envolta de qualquer coisa. Mas lembre-se, como falei para Vermíllion volto a repetir: só poderá ser usado apenas uma vez, quando mais precisar.

— Próximo.


@ Kazama

Uma semana tinha passado, e nela inteira não conseguiu ouvir nenhum sinal de Saphira, nenhum rumor...nada. Foi como se ela tivesse sumido da face da terra. Sua presença não era sentida, o que era bom de certa forma, para não terem nenhuma ligação enquanto estivessem querendo anonimato. Depois de conseguir a espada tudo mudou completamente. Seus sonhos nunca mais foram os mesmos. Eram agoniantes, fazendo-o acordar abrupto no meio da noite vez ou outra. Via sempre os mesmos espíritos a sua volta. Vez ou outra, sussurravam coisas maldosas, amaldiçoando-o, xingando criaturas, mostrando situações do passado que nem mesmo Kazama sonhou ver em sua vida. Fê-lo provar o que era o amor em um de seus sonhos, para depois terminar de forma terrível. Chegou até a sonhar que acabara enfim com o Rei de Takaras, mas no último instante, nada conseguia e seus objetivos eram arruinados.

Enfim chegou o dia de encontrar Saphira. O lugar escolhido era o mais interessante: A Floresta da Tortura. Ela chegaria em pouco tempo, mas sua presença ainda não era possível sentir. Ao seu lado estava apenas dois das criaturas malígnas. Neste meio tempo, conseguiu saber o nome dos dois, afinal era os que mais falavam: O mais forte de bigode, era Tomáz.. E o outro, mais alto e robusto de cavanhaque, era Halgoz. Era claro que não eram nomes verdadeiros, usavam apenas nomes auxiliares pois, como eles mesmo diziam, o nome tem poder e não pode ser pronunciado pela boca de um qualquer.

Quando Kazama parou para esperar sua espiã, percebeu um vulto preto passar logo à frente. Pensou que era ela, e esperou que aparecesse da escuridão. Entretanto, o vulto não parou, continuou seu caminho reto, escondendo-se atrás das árvores. Com o brilho da Lua Cheia, o Hanyou pôde notar que por cima do capuz do ser, brilhava um medalhão de três estrelas, simbolo de magia negra. A criatura não tinha percebido Kazama e muito menos sentido as auras que estavam ao seu redor, parecia preocupada com algo e saiu atarefada para o meio das árvores.

Algoz surgiu de repente e bateu seu grande martelo no ombro de Kazama para chamar sua atenção:

— Esse ser encapuzado não é a gostosa loira. E duvido que seria coisa boa pelo medalhão que carrega. — Disse com sua voz grossa, apontando o martelo para o vulto.
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Mensagem por Kazama Seg 13 Jun 2011, 7:18 pm

Subitamente, o silêncio de Kazama fora quebrado. Halgoz, uma das criaturas que agora o seguiam devido aquela espada, o alertou de uma presença. Algum vulto, carregando um brasão extremamente peculiar, atravessou a noite escura. Aparentemente, não notou Kazama ali ou simplesmente o ignorou. Ouviu as palavras de Halgoz e sorriu. Estava entediado de esperar Saphira e, pela primeira vez naquele curto espaço de tempo, algo de interessante aconteceu. — Eu sei muito bem o que aquele medalhão representa. No entanto, o que me deixa mais intrigado é: O que uma pessoa que o possui estaria fazendo de tão importante, a ponto de não notar a nossa presença? — Indagou, abrindo um sorriso ainda maior. Com um grande pulo, desceu da árvore em direção ao solo. Ajeitou a Akahisui em sua cintura, bem presa a fivela de sua calça. Deu uma última olhada para trás, direcionando seus olhos para um dos espectros que lhe acompanhava. — Halgoz, fique aqui e espere por Saphira. Ela deverá aparecer em alguns minutos, e você provavelmente deve ser capaz de seguir o rastro de energia deixado pela Akahisui, não estou certo? — Perguntou, começando a caminhar em direção a floresta, mais precisamente, na mesma direção que aquele vulto seguiu. Aquilo não era o que planejou de início, mas dependendo do desfecho, poderia acabar ainda melhor. — Tomáz, venha comigo. Precisamos ser rápidos se não quisermos perder o rastro daquele vulto. Além disso, tivemos sorte que ele não foi capaz de nos notar assim que entrou na floresta, portanto vamos tentar ocultar o máximo de nossas presenças, ou vamos acabar em uma situação desagradável, e eu não pretendo me estressar. — Completou, tomando a dianteira e seguindo para a floresta.
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Mensagem por Ree Seg 20 Jun 2011, 11:07 am

Ree caminhou até o mesmo ponto one Vermillion antes ficara, e se postou ali. Jesty se escondeu atrás de suas pernas, dentro do casaco e naquela penumbra, era fácil para a criatura se camuflar.

Cruzou os braços, e o ritual enfim começou. Ree não sabia o que era exatamente aquela criatura. Uma Sucubbus? Uma vampira? De qualquer forma, bufou pela falta de roupas da mulher.

Falta de decoro, humph.

Ignorou o "pequena necromante" por agora, mas teve que engolir o orgulho, odiava ser referida assim. Encarou de modo desafiador a tal criatura, em resposta ao seu olhar guloso.

Jesty saiu de seu esconderijo, flutuando em direção a mulher. Sorria de modo insano, rindo e tilintando seus sinos. Fora a última vez que todos ouviriam aquele som. Logo depois as asas se fecharam contra ele, e tudo ficou silencioso novamente.

Ree deixou que a runa fosse riscada em seu braço, enquanto ela a encarava curiosa. Então seu servo lhe fora trocado pela runa da energia? Bem, ela conhecia os princípios de uso, semelhante a uma de suas habilidades. Sorriu cinica.

- Ha, eu tenho mais do que apenas esse truque na manga. Uma vez só.. será mais do que suficiente.

Abaixou a manga de seu vestido, e botou novamente o casaco, voltando para o seu antigo lugar.
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Mensagem por Buiu ! Ter 21 Jun 2011, 10:54 am

A escuridão tomava conta do ambiente novamente. O ritual se seguia quase que igualmente o primeiro, porém a criatura não saíra do chão. Uma bela mulher descia do céu e começava a negociar com Kass como se fossem velhas conhecidas. Um forte cheiro de sexo podia ser sentido por todos os lados. Nym tentou ignorar, mas sua atenção acabou se voltando para as curvas quase que perfeitas daquela criatura. Impossível não perder a concentração pelo menos até que ela fosse embora e tudo voltasse ao normal.

A troca de Ree fora bem menos complicada e muito mais injusta. Nym não tinha certeza de como a garota conseguia aqueles servos, mas tinha presenciado o poder de Jestly e sabia que seria de grande falta para Ree. Sua opinião á respeito daquela situação toda não só continuava a mesma, como também havia de certa forma, piorado.


Um simples poder que só pode ser utilizado uma única vez. Com quem ela pensa que está lidando? Uma chantagem para nos fazer obedecer a sua vontade!... Não está certo... Acha que sou uma criança que ganha uma lambida do pirulito somente para sentir o gosto delicioso para depois ter de arrumar o quarto e não terminar seu doce? Está enganada feiticeira...

Nym fitava Kass. Suas mãos em seu bolso se fechavam e apertavam os dedos. Estava com raiva daquela mulher e de todos os idiotas que o acompanhavam naquela missão ridícula e não conseguiam enxergar a situação como ele.

Ree retomava seu posto e um novo chamado ecoava. Nym cerrou ainda mais o seu olhar frio para a feiticeira, mas aquele breve momento de silêncio o fez perceber que estava deixando sua raiva transparecer. Tentou se controlar e impedir que sua aura continuasse a crescente. Fitou brevemente Vermilion que já havia ganhado seu poder e não tinha mais nada á fazer do que esperar e observar os demais. Poderia ter percebido o descontentamento de Nym. Mas logo o deixou de lado, afinal, o que poderia fazer aquele demônio?


Os papeis estão trocados. Ela é que precisa de nossa ajuda, não nós da dela! Não faz sentido nenhum entregarmos parte de nossos poderes para outrem em troca de míseros poderes que poderemos utilizar somente uma vez. Isso está errado...

Quem quiser participar dessa patifaria que vá em frente! Hunf!

Nym bufava enquanto claramente demonstrava sua insatisfação com aquilo tudo. Iria tomar as rédeas da situação o mais rápido possível ou simplesmente ir embora daquele lugar. Estava perdendo seu tempo com aquilo tudo, a não ser que alguém o convencesse do contrário e apresentasse realmente alguma valia para o que estavam fazendo. Enquanto isso permanecia imóvel no mesmo lugar em que estava observando tudo e todos com o canto de seus olhos e sua cara emburrada.
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Mensagem por Haseo Qua 29 Jun 2011, 3:11 am

Agora era a vez daquela estranha mulher de roupas negras. Em algum lugar na memória de Haseo ela lhe parecia familiar, mas não sabia porque. Cruzou os braços, assistindo Ree invocar um estranho ser. Aquilo parecia ser muito mais valioso que uma gota de sangue. Foi então que o ritual para invocar um demônio começou novamente, porém este tinha uma aparência um tanto inusitada. De fato Haseo não esperava ver uma mulher nua naquele lugar estranho e naquela situação. Ninguém esperava. E o corpo dela era, sem sombra de dúvida, fascinante. Porém Haseo não a fitou por muito tempo. Não sabia se era apenas fruto da sua imaginação, mas sentia um olhar assassino sobre si. Tentou fitar o chão, tentando achar algo de interessante nele, até que um forte cheiro de sexo infestou o lugar. Aquela demônio fazia de propósito, só pode. Haseo irritou-se, tentando pensar em qualquer coisa além do que claramente gostaria de imaginar. Ainda de braços cruzados, manteve a expressão séria e concentrada até a demônio desaparecer. Ótimo, a estranha mulher gótica tinha ganhado um estranho poder. Haseo bufou, irritado. Não levaria aquilo adiante.

— Acha que é assim fácil, mulher? — Levantou a voz para Kass. Odiava ficar quieto quando via algo errado. — Que vou dar algo de valor para, em troca, ganhar um poder que poderei usar uma única vez? Não me faça de idiota. Pelo que eu notei, é você que precisa de nós, e não o contrário.

Falava de forma acusadora, seus olhos fuzilando os de Kass. Desde o começo não gostava daquela mulher e de seus métodos. Se para ela estava tudo bem arrastá-lo para um lugar estranho, lhe dar informações superficiais e então oferecer um trato forçado que o desfavorecesse, para Haseo estava extremamente errado.

— Você e suas duas marionetes podem se livrar dos dragões sozinhos, pois não vou participar dessa lorota, ainda mais com um plano vindo da boca de uma mulher que sequer dá respostas claras. — Fitou Nym, que parecia compartilhar das mesmas conclusões. Ao menos Haseo não era o único a achar tudo aquilo uma idiotice.

Bufou, encarando Kass pela última vez, e lhe deu as costas.

— Ayame, vamos. — Chamou a loba. Se ela tivesse o mínimo de bom-senso, pensaria da mesma forma que Haseo. De que adianta oferecerem algo de valor, para ter um poder que só usariam uma vez? A feiticeira que precisavam daqueles cinco aventureiros, não deveriam dar nada a ela, muito pelo contrário.
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Mensagem por Ayame Qua 29 Jun 2011, 9:40 am

Aquilo estava realmente cada vez mais estranho. Agora era a vez daquela outra garota que tinha dividido o quarto noite passada. Ela enviou uma criatura que tinha como servo e entregou para uma criatura que, por sua vez, estava totalmente nua. Aquele cheiro de sexo que ela exalava propositalmente enrijeceu Ayame. Desviou o olhar e respirou fundo, irritada pelo que sentia. Virou o rosto e olhou para o caminho de volta.

Quando tudo terminou novamente, Nym e Haseo fizeram um escândalo. A loba observou que tudo que eles entregavam de alguma forma não seria usado outra vez ou se renovaria. Por exemplo, a gota de sangue do Vermíllion será substituída em pouco tempo; o escravo de Ree, também. Logo, eram coisas que poderiam ser substituídas. Simples.

Haseo a chamou e Ayame o encarou. Deu um passo para sua direção mas algo a fez virar o rosto para Kass e a olhar. Aquilo tinha, em algum momento, que valer a pena. Poderia aprender algo com Kassandra, senão, poderia até aprender o poder que ganhasse! Isso seria ótimo para o que estava para vir em alguns meses em sua barriga. Pela primeira vez, pensou em quem não gostaria de pensar.

Tudo que foi tirado pode ser substituído. — deu um passo na direção de Kass, ficando no mesmo lugar onde os outros dois ficaram.

Serei a próxima.
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Mensagem por Vermillion Sex 01 Jul 2011, 12:42 pm

O ritual continuou mesmo com a falta de atenção que Vermillion parecia colocar nele, dessa vez a bela necromante tomou seu lugar anterior e recebeu seu poder de uma criatura no mínimo interessante, aquele odor que ela expeliu foi simplesmente perfeito para o demônio que sorria e apenas apreciava o momento, infelizmente logo duas crianças birrentas começaram a reclamar e tagarelar.

Apesar de ouvir tudo o que eles diziam o demônio apenas sorria aproveitando os poucos segundos de excitação que restaram após o fim do ritual de Ree, depois de toda a cena e da maravilhosa atitude tomada pela ruiva o demônio não conseguiu se conter e começou a gargalhar.


- haha...HAHAHA!!! Levou a mão a face se calando momentos antes de intensificar seu poder e começar a emanar uma aura de energia negativa de seu corpo, mais uma vez mostrou sua face tirando a mão da mesma e sorrindo para todos enquanto pela primeira vez deixava claro sua opinião e intenções:

- Se me lembro bem ninguém aqui estava fazendo isso por poder! Todos querem apenas algumas respostas não é? Mas se vocês tem tanto medo assim de perder algo que pode ser substituido com o tempo imagino como sera a reacao quando tiverem suas vidas em risco?Criaturas como vocês são mais nojentas que aquele maldito espirito que levou meu sangue... Pelo menos as femeas aqui presente tem algo mais interessantes que sua beleza... Olhou para Ree e prosseguiu:- ... E mau humor...

Vermillion se aproximou um pouco de Kassandra porém não o suficiente para ficar no meio do ritual que estava para começar e mais uma vez deixou claro o que pensava:

- E se ela não tiver as resposta que eu quero depois de tudo isso acabar eu irei fazer questão de arrancar sua cabeça fora usando minhas própria garras... Afinal quando esses rituais acabar quem mais terá ficado vulnerável será ela!
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Mensagem por Kass Qui 07 Jul 2011, 11:24 am

A situação estava ficando perigosa e a cigana não tinha muitas forças para entrar numa discussão. O suor lhe brotava da fronte sem parar e ela respirava fundo para manter a calma e a situação. Em outras condições, tinha mandado os dois para outro mundo e acabaria com aquela insatisfação. Estava fazendo um favor para eles, e tudo que sabiam fazer era reclamar.

— A única chance de saber alguma coisa do que procura é neste lugar. Todas as suas respostas estão aqui, e está jogando fora por causa de um pedaço de matéria.

Começou a dizer, encarando Nym e Haseo com desprezo, tamanha era sua raiva.

— São dois ignorantes que só conseguem enxergar seus umbigos. É por isso que você - aponto para Haseo - sofre este conflito com sua parceira. Mal sabe o motivo por estarem deste jeito. E não faz nada para melhorar. — E antes que ele pudesse falar alguma coisa, completou.

— Não preciso de ninguém para saber o futuro, sou uma cigana, maga e necromante, além de vidente. Vejo o futuro, e se você continuar a agir desta forma, perderá o que mais ama e anseia. E não pense que é só esta Youkai, é o que ela carrega.

— E para você, Youkai, és a mesma coisa que este humano! — Disse com o tom um pouco mais severo, encarando-o. Arfava de tanta força que fazia. — É egoísta e não consegue o que quer por conta disso! Acha que se sair deste templo conseguirá alguma resposta?! é claro que não! Esta no destino você saber por mim, e ainda por cima, saber muito mais. Resta você entender e querer mudar e burlar o destino e achar as respostas que procura e dominar o que tanto quer.

— Embora possam usar apenas uma vez este feitiço, se puderem perceber, de alguma forma eles encaixam perfeitamente com seu ser. Isso quer dizer que é possível que consigam tornar este poder parte de vocês. Basta terem força de vontade. E a que preço? Nada mais, nada menos que algo que, como a loba mesmo percebeu, ser substituído ou recobrado.

Vermíllion completou o que disse e viu Ayame se postar na frente do círculo, no lugar onde os outros estiveram. Olhou-a com certa reprovação, pois não esperava que ela entrasse agora. O que estava guardado para ela era algo ainda a ser decidido, que faria durante as evocações. Mas agora, restava saber o que os deuses haviam escolhido para ela.

— Se tem certeza, então comecemos. — Falou em tom cansado, passando a mão na testa.

Tudo tornou-se mais escuro e o fogo ficou mais forte aquecendo o ambiente. Tudo que tinham a fazer era ficarem quietos e esperar o que aconteceria. Nem mesmo Kass sabia. Tinha ouvido dois tipos de poderes para ela que ainda não estava definido, então, seria uma surpresa para ela também. Queria ela ter a certeza de que com Nym seria diferente.

Voltou a proferir as palavras, diferentes das outras duas. Eram palavras que serveriam para dois tipos de poderes, exatamente como fora pedido. Em um momento todos estavam quentes, no outro, tudo ficou gelado e as tochas congelaram. O ambiente ficou frio e no centro do círculo neve brotou do chão e uma criatura feita de gelo e neve surgiu. Era um homem, robusto e belo, de rosto suave e atraente. Seus olhos eram esverdeados e sua roupa totalmente branca como se fosse um manto feito de neve. Ele tinha um cajado feito de gelo e na ponta havia um globo de neve.

Surpresa, Kassandra reverencia tal criatura e olha para Ayame de relance e volta para o Deus, arquejando.

— Deus das Neves Eternas...Dê-me uma essência de seu poder em troca da desta humilde Youkai...— Começou, mas não conseguiu terminar a frase pelo Deus erguer a mão para que calasse.

— A essência que pederia fora outra, mas houveram mudanças que saberá mais tarde. O destino muda, minha jovem maga, e sabes muito bem disso. — Disse, olhando docemente para ela. Virou para Ayame e deu um leve sorriso sensual.

— Em troca de minha essência, roubarei sua forma loba. A única coisa que terá é sua forma humana e sentidos. Sua aparência e demais poderes, serão meus.

Kassandra arregalou os olhos em protesto, mas antes que dissessem alguma coisa, proferiu um encanto e criando uma luz envolta de Ayame. Ela subiu ao ar e ficou na mesma altura que o Deus, os olhos e boca dele tomam uma colocaram azulada e uma explosão branca surge, voltando todos à escuridão. Ayame desce do teto suavemente e pousa no chão. As tochas voltam à queimar e esquentar o ambiente. Kassandra, horrorizada, tenta manter a calma e respira fundo, pegando a faca para marcar o poder em seu braço.

Ayame agora estava sem cauda e orelhas de loba. Seus olhos, estavam normais como qualquer humano. Seu cheiro mudara totalmente, a única coisa que restou foi sua audição. Podia sentir que tudo tinha ido embora, que não tinha mais nada em especial. Aquele Deus fez algo que nunca fizera algo que Ayame mais abominava e repudiava no mundo: tornara-se humana.

Kassandra se aproximou e pegou em seu braço com um olhar tenro, de sinceras desculpas. Riscou uma letra I em seu braço, e explicou seu poder.

— Primeiramente, não sei o que te dizer. Cada Deus que vem aqui, sabe o que tem que fazer com cada um de vocês. Sabe, que cada coisa que passarem, fará um bem maior. Muitas vezes, saber o que o outro sente é um grande passo para a melhora. Espero que entenda.

— Esta runa é a Is, ou Isa, como quiser chamar. Ela representa o poder do gelo. Ou seja, ele é tão forte, que será capaz de congelar Lodoss inteira por milhares de anos ou transformá-la em neve. Use com sabedoria.

Floresta da Tortura - Página 7 Ris

Antes que Ayame pudesse voltar ao seu lugar, tudo ficou escuro e uma luz verde desceu ao chão. Um homem com aparencia indígena, desce e flutua a poucos centímetros do chão. Para a surpresa de Kassandra, era Pena Branca, o Deus das matas e do futuro.

— Ele. — Apontou para Nym. O homem, para a surpresa de Nym, tinha o mesmo olho no centro da testa. Este olho tinha uma cor esverdeada e olhava na mesma direção que os outros dois. O que ele tinha a dizer parecia realmente importante.

— Aproxime-se, e faremos o acordo. — Disse por fim com uma voz grossa e rebatadora, fixando o olhar. Neste instante, Nym sente algo diferente. O olho que está em sua testa se move rapidamente, pedindo para que sair e ver o que acontecia.



@ Kazama

O guerreiro sorriu em resposta, doido para ficar à sos com a garota. Kazama seguiu sem pensar duas vezes aquele homem encapuzado e tinha tudo para dar certo. A curiosidade do Hanyou superava as espectativas e tudo que tinha de fazer era manter-se longe o suficiente para conseguir saber para onde estaria indo, e onde seria o acontecimento.

O homem seguiu sem nem mesmo notar a presença de Kazama. Isso poderia ser estranho, mas acima de tudo, era tentador. Cada passo que dava, Kassama ficava mais interessado e sentia um poder estranho fluir do caminho e do indivíduo.

Em meia hora de perseguição, chegaram em um espaço grande onde o mato era ralo e bem cortado. No centro deste lugar, havia uma árvore e uma casa. E, como se não bastasse, logo atrás havia um cemitério destinado à família que morava ali. Sem perceber, Kazama havia saído da Floresta e se encontrava há poucos quilometros da Taverna do cão Salgado.


Spoiler:

[ Próximo post, Taverna do Cão Salgado.]
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Mensagem por Haseo Qui 07 Jul 2011, 5:01 pm

A resposta de Ayame foi inesperada, e por um momento Haseo ficou irritado com isso. Virou-se denovo para Kass, ouvindo suas palavras fortes. O rapaz mantinha seu olhar estreito, mas engoliu em seco. Não queria admitir mas havia razão no que a cigana dizia. Maldita cigana.

Foi quando Vermilion riu e zombou de tudo aquilo. Normalmente Haseo teria se transformado e partido pra cima do desgraçado, porém contentou-se em fazer o que dificilmente fazia: ignorou. Fitava Ayame com um certo receio, não sabia porque. Também não mandava nela, mesmo que quisesse, e nada a faria mudar de idéia.

Assistiu então o lugar esfriar-se, e outro deus aparecer. O conteúdo da conversa o preocupou, mas por dentro não queria saber exatamente o que ela significava. Até que o deus deixou bem claro do que se tratava.

— Nem pense...! — Tinha dado um passo pra frente quando a explosão branca aconteceu, e Haseo protegeu os olhos. Quando pôde ver novamente, avistou Ayame... humana.

Incrédulo, se aproximou dela. Sua cauda não existia mais, suas orelhas eram comuns, e até seu ar feroz se fora. Era uma humana, ela que foi youkai a vida toda... se tornara uma humana, a forma que ela mais desprezava. Haseo sabia que aquilo nunca podia ser substituído, Ayame se odiaria até o fim de sua vida. O que aqueles deuses tomara, pelo que viu, jamais voltava.

— Cigana...! — Seus olhos focalizaram a mulher que ainda estava próxima de Ayame e tinha acabado de desenhar a maldita runa. Desta vez Haseo não se conteve, transformando-se para sua forma demoníaca num instante. Sua voz rouca preencheu o salão. — Você mentiu, sua desgraçada!! Vou arrancar sua cabeça!!
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Mensagem por Ayame Sáb 09 Jul 2011, 9:53 am

Deveria ter voltado atrás enquanto tinha chance. No desenrolar da conversa, tudo foi ficando mais frio e Ayame percebeu que teria um poder relacionado ao que mais gostava: Frio. Quando aquele Deus apareceu seu coração bateu mais forte confirmando o que suspeitava, porém percebeu como Kassandra ficou e sabia que algo estava errado. E enquanto ele falava, teve a certeza.

Não esperava por aquilo. Sua forma loba! Não acreditou que era possível ser tomado de si uma coisa que nasceu com ela. Achou blefe de início, mas ao ver que Kassandra entrou em desespero, começou a rosnar e ficar com raiva. Mas não teve tempo de esbravejar ou correr, foi pêga por uma força descomunal e subiu, sentindo uma certa dor no corpo pelo que acontecia.

" Não acredito que isso está acontecendo! É impossível!" — Gritou por dentro sentindo as luzes entrar por todos os lugares de seu corpo. Sentiu, seus poderes de loba se esvair, seus sentidos de Youkai...Sua cauda sumir de seu corpo e suas garras. Suas orelhas foi a pior parte, pois agora sabia que era mesmo uma humana.

Quando tudo escureceu e aquele Deus sumiu, Ayame pousou ao chão suavemente e tudo clareou. Não sabia como tinha ficado, aliás, não sabia como seria sua aparência como humana pois abominava tais criaturas. Mas agora era uma delas e não poderia fazer nada contra isso.

Seus olhos estava diferentes. Não conseguia ver os mesmos detalhes que via minutos atrás. Não conseguia enchergar bem no escuro...Muito menos, ouvir os pássaros cantar do lado de fora e o cheiro de cada um. Sentiu tristeza e raiva, mas engoliu tudo.

Kassandra interrompeu seus sentimentos para riscar em seu antebraço a runa. Explicou seu novo poder e tentou enfiar na cabeça e avisá-la várias vezes que aquilo poderia ser reversível. Mas como faria para voltar a ser quem era? Observou o olhar de tristeza e raiva de Kassandra, e imaginou que não seria sua culpa. Deu vontade de chorar e sair dali, ficar longe do mundo, mas não podia, ainda não estava tudo terminado.

Foi então que Haseo se transformou e foi para cima de Kassandra. Ayame quis rosnar mais nada saiu e então ficou desconcertada, mas posicionou-se na frente da cigana, de frente para Haseo. Encarou-o firmemente. Naquele momento, pela primeira vez, sentiu medo da criatura que ele era. E para piorar, percebeu o quanto seria frágil dali em diante. Mesmo assim, seu orgulho batia forte no peito junto com a raiva. Seus olhos, marejados mas irritados, encarou os de Haseo com fúria.

— Fique onde está. — Disse, mantendo a voz firme. — Não ouse tocar nesta mulher. Ela não teve culpa, e como mesmo disse, pode ser reversível. Acredito nela; de alguma forma, acredito. Afinal... — virou-se para ela, olhando-a com uma leve ternura.

— Preciso dela para voltar a minha forma Loba.

Como o Deus tinha feito, Ayame não era mais a mesma loba. Agora, a roupa que usava acentuou em seu corpo e seus cabelos ficaram maiores e mais avermelhados. Seus olhos ficaram vermelhos de vez e seu corpo mais firme. De belas curvas, busto médio e cintura fina e olhos mais intensos, mostrando bem como ela seria humana.


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Mensagem por Vermillion Ter 12 Jul 2011, 5:36 pm

O ritual da ruiva foi no minimo um espetaculo, primeiro pelo fato de Kassandra ter perdido total controle da situação, segundo pela deliciosa mulher que a loba se tornou depois de perder seus poderes e terceiro que finalmente Vermillion tinha um motivo para arrancar um membro de uma daquelas pessoas.

Inconformado com a perda da loba que ironicamente tinha de alguma forma aceitou sua condição o 'acompanhante' da mesma se transformou e partiu para cima de Kassandra claramente na intenção de ataca-lá e mata-lá. Infelizmente para o mesmo Vermillion tinha muitos motivos para não permitir isso e não se conteve em intervir.

O rapaz veio em alta velocidade atrás de Kassandra porém Vermillion já estava proximo da mesma e não precisaria se esforçar tanto para ficar no caminho do porem algo maravilhoso ocorreu e ele mudou seus planos. A mulher ruiva se colocou na frente de Kassandra a protegendo com seu proprio corpo, nesse momento Vermillion recuou sua arma porem manteve a mão no cabo da mesma pronto para desembanha-lá e cortar aquela criatura, com um sorriso sagaz na face ele provocou o monstro:


- Só tem ela entre você e a bruxa... Mate-a se for capaz e a vida da cigana sera toda sua... Mate-a!Só assim podera saciar sua ira...Mate-a!

Apesar de suas palavras Vermillion não tinha a minima intenção de permitir a morte da cigana e se possivel nem a da ruiva se fosse o caso, qualquer ação do demonio que não fosse recuar ou mudar de alvo seria o gatilha para uma investida contra o mesmo usando o ombro direito, seu peso e o impulso para afastar a criatura das duas mulheres.
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Mensagem por Ree Qua 13 Jul 2011, 9:49 am

Enquanto a discussão se alongava entre os dois rapazes e Kassandra, Ree bufou, sem paciência. Se afastou e sentou-se em algumas rochas. Sentou-se displicente, seus cabelos espalhando-se levemente, enquanto encostava a cabeça na mão, com olhar entediado.

Clock Bunny ainda ria pela discordia alheia.

.... Vamos, ou sejam homems o suficiente para cumprir, ou simplesmente deem no pé, e assumam sua covardice. Estão simplesmente atrasando minha vida...

Ela não parecia muito interessada em levá-los naquela porcaria de missão. Pouco depois veio o ritual de Ayame, não se sentindo confortável com o frio. Ajeitou o casaco de couro, e puxou CB para perto de si, tentando se aquecer.

Mas pelo menos a loba proporcionou um pequeno showzinho. Oras, nem Ree sabia que algo como a forma youkai de alguem podia ser retirada. Aquilo a interessou. Quanto teria de ser o poder para conseguir isso? Se inclinou para frente, sorrindo.

Clock Bunny ria sem parar, apontando para Ayame, e rolando pelo chão, sendo escandaloso como sempre.

Mas alem do show, ainda havia Nym, ainda havia mais um para cumprir o ritual. E ela estava curiosa, para saber se finalmente o demonio aceitaria ou daria no pé.
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Mensagem por Buiu ! Seg 18 Jul 2011, 5:46 pm

A raiva de Kassandra se mostrava, contudo a cigana estava fraca demais e muito concentrada para poder lhes ser mais agressiva. A situação fez Nym abrir um leve sorriso e fechar os olhos virando o rosto levemente enquanto a mulher esbravejava com Haseo, mas logo teve de encará-la quando esta começou a se referir á ele como uma pessoa egoísta e incapaz de conseguir o que quer por causa disso. Que ela podia ver o destino deles e que ele precisava do auxílio dela para poder mudá-lo.

E não é que ela acertou? Sou um maldito demônio egoísta e sempre consegui tudo que queria, não será agora que irá ser diferente. E não venha me disser que meu destino está traçado e que não posso mudá-lo para logo em seguida afirmar que posso fazê-lo com sua ajuda. Humana prepotente...

Então Kass voltava a afirmar que sua proposta era vantajosa. Tentava vender seu peixe com sua argumentação apelativa, mas seus atos não estavam condizendo com o que Nym podia observar. Foi então que o clima ficava gelado. Ayame havia se adiantado e o Deus das Neves Eternas surgia para lhe entregar sua essência. Um ser tão imponente e belo como somente um Deu poderia ser. Isso enojava o pequeno youkai mais do que o fedor que exalava a criatura de mil olhos. Mas foi então que o Deus proferiu certas palavras que fizeram Nym voltar seu olhar para a cigana novamente acompanhado de um sorriso sínico que se forjava em seu lábios.

“O destino muda, minha jovem maga, e sabes muito bem disso...”

Mas logo o sorriso e a atenção de Nym voltaram para o Deus que fazia sua proposta. E aquilo fora a gota d’água. Transformando a youkai em um insignificante humana. Um ser tão desprezível como somente essa cigana poderia ser. Aquilo gerou em Haseo uma fúria tamanha e em Nym também. Como podia aquela maldita humana mentir tão descaradamente para ele? Nym mantinha sua calma enquanto Haseo esbravejava e foi quando o rapaz se transformava e partia para a investida contra Kass que Ayame interferia, seguida por Vermilion. Ree somente observava e soltava um comentário tão egoísta quanto Nym. O ambiente e o clima tenso só podia ser quebrado pelas risadas histéricas de C.B.

Nym se adiantava também para próximo de todos. Não pode ouvir o que Vermilion sussurrou aos ouvidos de Haseo, mas assim que passou por ele fuzilou-o com os olhos estreitando os mesmo. A fisionomia dele entregava que estava se divertindo com aquela situação, assim como todo demônio sensato faria. Contudo Nym estava mais irritado com aquilo tudo e continuava a não esconder de ninguém seu ódio. Ignorou completamente a presença do novo ser invocado por Kassandra naquela sala. Saciar sua ira era o mais importante agora, mesmo sentindo seu olho revirar em sua testa. Olhou para Kassandra da mesma maneira que fizera com Vermilion, se colocando ao lado de Haseo e encarando-a como se Ayame não existisse.


Pense muito bem no que vai dizer, antes de falar comigo humana...

Nym colocava tamanho desgosto em sua ultima palavra que até mesmo alterou o semblante frio de sua expressão para uma coisa repugnante para conseguir dizê-la. Uma breve pausa fez para recompor sua expressão e ainda acender sua aura demoníaca.

Não fará o que fez para essa infeliz comigo. E não pense que pretendo sair deste lugar tão cedo. Como você mesma disse, não poderei voltar e aqui estão escondidos muitos segredos. E sim! Sou egoísta e consigo sempre o que eu quero...

Virava-se então para Ayame com um olhar desprezível. Mediu-a de cima á baixo e então virou as costas e ficou na direção do ser que havia lhe chamado, falando no processo com uma voz quase que piedosa, mas sem perder o rancor que sentia.

Você esta certa. Para voltar ao que era realmente você precisa desta cigana... Morta.

Começava então a caminhar para próximo do índio, mas não entrava no local do ritual, apenas o encarava diretamente no terceiro olho. Nym então retirava suas mãos dos bolsos para desatar a faixa que tinha na cabeça deixando seu terceiro olho livre e acabando com o incômodo que só lhe fazia mais irritado. Suas palavras então saíram como mesmo tom frio que costumavam. Em momento algum o demônio parecia alterado, mas sua voz sempre demonstrava a raiva que existia em seu íntimo.

Não quero sua essência. Somente é do meu interesse respostas para minhas perguntas! Sendo o Deus que deve ser, acredito que já saiba as perguntas e tenha as respostas. Já lhe darei o prazer de eliminar o dragão que me é pertinente, então não lhe devo nada em troca.


Nym recolocava as mãos em seu bolso e agora aguardava a resposta de Pena Branca. Sabia que Kassandra estava fraca e que não poderia fazer nada contra ele. Sem mencionar Haseo que a desejava morta. Vermilion talvez fosse um problema, mas Nym já possuía motivos de sobra para acabar com aquele verme. Ree não se meteria naquilo até que lhe prejudicasse realmente, no máximo ficaria mais entediada e aborrecida. E Ayame não passava de uma mortal imunda agora. Tinha sua chance de conseguir o que queria e partir de uma vez por todas para cumprir seu objetivo.

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Mensagem por Kass Qui 21 Jul 2011, 1:18 pm

Kassandra abriu um sorriso quando Ayame a defendeu de Haseo, sabia que ele estava errado em fazer tudo aquilo, e ficou grata pela loba ter bom senso; afinal, quem tinha todo o direito de ataca-la era ela. Nym chegou logo na frente e disse algumas palavras, das quais a cigana não deu atenção alguma porque não fazia sentido algum para ela. Ficou quieta, resolveu não dizer nada, pois outra pessoa faria isso em seu lugar. E não tardou para tal.

— Suas respostas estão nesta essência, Youkai-tolo. Não percebes que cada poder é derivado de alguma vontade de vós? — Bradou, irritado com o modo como tratara a cigana, que só queria ajuda-los. Estas entidades, após saberem o que fariam e para quem, viram como a mulher tinha se empenhado para vigiá-los e descobrir suas vontades mais profundas. Assim, Pena Branca não quis saber, com seus poderes superiores, ergueu Nym no ar e uma luz verde surgiu em sua volta encobrindo-o de poder.

Pôde sentir certa felicidade e poder invadi-lo, ao mesmo tempo em que sentia sua força se esvair. Enquanto algo se transformava em seu corpo, algo que não conseguia descobrir, naquela luz branca conseguiu visualizar o próprio espírito-índio ter uma visão a partir de teu olho. A visão era turva, mas Nym consegue perceber que era de algum acontecimento passado que a entidade vira. Era a de sua esposa grávida sendo morta por uma onça. Na cena seguinte consegue vê-lo brigar com sua mulher sobre isto, e ela obviamente não acreditando nele. A cena distorce e o Youkai vê a mulher ser morta por uma onça que entra em sua casa quando ele tinha ido caçar. Seu sofrimento depois disso não é mostrado, o que apenas quis passar foi o que seu olho era capaz de fazer.

Todo este processo durou segundos, foi tudo rápido suficiente para ninguém tomar alguma atitude, nem mesmo Nym. Quando percebe, está no chão em pé, não sentindo nada de diferente a não ser seu olho que não parava de se remexer na órbita, e claro, um sinal da runa desenhada em seu braço esquerdo. A runa da Clara-evidência.


Floresta da Tortura - Página 7 Run_d

Kassandra encarou Pena Branca nos olhos e os dois pareciam conversar. Ela aquiesceu, olhando para o braço de Nym e contemplando a runa. Deu um sorriso, e deixou que o Deus fizesse suas explicações.

— Esta é a runa da Clara-Evidência meu jovem. Você é o único de todos que poderá usufruir de sua magia todo o tempo desta aventura. A qualquer instante terá uma visão do futuro, e poderá ou não muda-lo. Porém nem tudo ele te mostrará, afinal é algo passageiro. Em troca tenho sua agilidade Youkai. Lembrem-se todos: Assim que saírem desta aventura e cruzarem o campo que atravessaram antes de chegarem aqui, todos os poderes se anularão, ou seja, ficarão com vocês, porém não terão utilidades. Resta a vocês quererem ou não ativá-los novamente, mas para isso precisarão de alguém habilitado. Mas antes que eu vá embora, devo fazer uma pequena mudança que me foi permitida sobre os poderes: Poderão usar apenas uma vez em cada dragão, não apenas uma vez. Consultei o futuro, e vejo que vão precisar disto.

Virou-se para Ayame, que aparentemente teria sofrido mais com a situação e pareceu sorrir, divertido.

— Alguns poderes roubados também podem voltar, mas isso dependerá do merecimento de cada um. — E foi embora, engolido por uma luz esverdeada.

Assim que sumiu Kassandra respirou fundo e viu tudo girar. Ficou realmente feliz com a notícia, nada que tinha feito então seria em vão caso alguém usasse seu poder na hora errada. Mas como todos eram fortes demais, ficou com receio de Pena Branca ter piorado a situação, mas acabou por tentar confiar em seus companheiros. Deu um passo para trás e respirou fundo fechando os olhos. Estava decidida em não dar o poder para Haseo, uma vez que tinha sido tão hipócrita e encarou-o com raiva.

— Para você não terá essência, pela sua falta de educação e bom senso. Como havia dito, irei descansar por uma hora e pouco para refazer minhas energias, então...

” Não é bem assim, cara cigana...”

Uma voz forte e bem equilibrada, demoníaca, toma conta dos ouvidos de todos. Tudo se torna escuro aos poucos e Kassandra tenta se afastar procurando algum lugar para se apoiar sabendo de quem se tratava. A criatura nada mais fazia do que usar o restante da força física e mental da mulher para se materializar. O espírito toma conta do corpo da cigana. Conseguem ver a sombra da mulher atrás ser tomada por uma maior com chifres no exato momento em que ele toma seu corpo.

Kassandra, aquele que viram segundos atrás, estava fraca e quase debilitada; esta agora era forte e vigorosa. Era um demônio. A cigana esboça um sorriso e começa a rir, um riso nada histérico, totalmente forte numa mistura de três vozes roucas.

Ela põe as mãos para trás num movimento estranho cruzando as duas costas da mão. Encara todos, os olhos de Kass com apenas um tom mais avermelhado. Ela sorri intensamente todo o tempo, até seus olhos caírem em Haseo. O demônio se aproxima com um andar forte e majestoso e para centímetros de seu rosto e bufa, fazendo uma fumaça quente sair do nariz da cigana.

Acha mesmo que sairia impune desta vez, demônio? Não prestou nem para ser um humano inteiro... — Começou falando suavemente, olhando-o com intenso desprezo e poder. Sua cabeça estava erguida e um pouco inclinada para o lado esquerdo, exibindo seu pescoço, uma forma de demonstrar poder entre eles.

Não queriam que eu viesse? Vim, mas o que ela não imaginava era que seria nela. — Sua sombra era a de uma criatura de chifres com um par de asas enormes. Seu corpo era totalmente forte e monstruoso, mostrando sua majestade ao mesmo tempo em que fragilidade no corpo da cigana. A cigana conseguia evocar e receber espíritos em seu corpo, principalmente estes.

Prazer, sou Lucifer... — Esboçou um sorriso e suas asas na sombra se abriram. Ele ergue a mão da cigana para perto do rosto e fecha a mão, mostrando em sua sombra, a mão larga de dedos finos e garras afiadas se apertando.

Vim aqui a pedido dela para dar-lhe minha essência. Engraçado como faço parte desta parte benéfica sendo quem sou. Mas é claro que não faria nada de graça. — Olhou para Ayame ao lado de Haseo e sorriu maliciosamente, olhando para seu corpo. Seria estranho ver uma mulher encarando outra de maneira tão intensa se não soubessem que era o Maior dos Vampiros e Demônios.

—Sempre quis ter força suficiente para proteger esta belezinha, não é? Ainda mais agora que ela é quase insignificante, se não fosse seus outros poderes? — Se aproximou de Ayame e tocou-lhe os cabelos, cheirando-os, coisa que Haseo havia feito meses atrás.

Pois então, dar-lhe-ei algo que mais tenho. Mas em troca...Nunca poderá tocar esta mulher sem feri-la. Hahahah....

Assim que disse, segurou Haseo pelo pescoço e ergueu-o até que seus pés não tocassem mais o chão. Ali, o meio-demônio conseguiu sentir a força que Lucifer fazia contra seu pescoço, mas não suficiente para mata-lo. Aos poucos Haseo foi sentindo que algo estava se esvaindo de sua mente. Seu corpo estava sendo mudado ali na frente de todos. Seu rosto humano estava indo embora, seu corpo, seu pensamento, por um triz suas lembranças. Em seu lugar estava ficando nada mais, nada menos, que sua forma total demoníaca e conseguiu sentir uma força inimaginável em seus braços. Sentiu-se confiante no mesmo instante. Seus músculos na forma demoníaca eram maiores, mas quando a criatura o soltou, seus músculos voltaram ao normal como se nada tivesse acontecido.

Enxergava tudo normalmente, como era em sua forma não-humana. Sentiu que não poderia voltar à forma humana, pois não a tinha mais. Lucifer nada mais, nada menos fez que tirar sua forma humana de seu corpo. Soltou-o com brutalidade e afastou-se, soltando uma risada alta e gostosa. Uma nova runa tinha sido colocada, e estava em seu braço esquerdo. A runa da Força.

Floresta da Tortura - Página 7 Run_t

Ora mas que interessante...! O casal está totalmente desfocado. Um humano e um demônio? Agora os papeis estão invertidos. Terminei o que vim fazer. Mas como deve saber, demônio, se é que consegue me entender...É que poderá usar minha força apenas uma vez. Pense bem na hora que for usar, garoto, pois não pretendo voltar aqui para lhe dar outro.

Assim que o disse, impulsionou Kassandra para trás e saiu de seu corpo de repente, trazendo-a de volta. A mulher abriu os olhos e encostou-se à parede arfante, totalmente sem ar. Uma fraqueza tomou conta de seu corpo e ficou tonta. Colocou dois dedos na cabeça e pousou-os no chão, recitando algumas palavras. As tochas voltaram a apagar e a claridade encheu o templo, como se um eclipse solar tivesse terminado.

— Desculpe a forma como Lucifer chegou, ele decidiu na hora. Esperava que ele fosse mais educado, mas foi o máximo que ele conseguiu. — Olhou para Haseo, contemplando-o como um demônio. Deu um sorriso parecido com o que o Vampiro tinha dado e suspirou exausta com o trabalho terminado.

— Espero que todos tenham entendido o que aconteceu aqui. O que viram não poderá sair daqui. O que foi dito muito menos. Sobre o que Pena Branca disse, levem em consideração. Alguns podem ter sido apenas controvérsias, mas o poder que receberam pode ser o que mais desejam. — A mulher já falava arfante tamanha era a força que fazia para falar.

— Antes de responder qualquer pergunta, peço que me deixem descansar. Preciso deste tempo para ter minhas energias de volta. Peço também, que não saiam deste templo e usem o tempo que lhes restam para descansar e criarem um plano para destruir o primeiro Dragão agora que conseguiram um aumento no poder. O templo está protegido por mim ainda, então, não poderão sair dele enquanto eu não voltar. Ele é grande o suficiente para poderem passear caso quiserem. Há mais três salas seguindo este corredor da direita. Com sua licença.

Devagar e apoiando-se na parede, Kassandra atravessou o templo e desenhou um círculo com uma runa no meio, no canto esquerdo da parede. Sentou-se ali em posição de Lótus e um círculo protetor formou-se ao seu redor e uma luz branca fraca iluminou a mulher e ela começou a flutuar.

Todos agora estavam sozinhos e levemente cansados. Estavam transformados, se sentindo diferentes em algum ponto. Nym conseguia sentir seu olho remexer a todo o momento como se algum cisco tivesse entrado. Ree podia sentir-se um pouco cansada por uma parte sua ter ido embora, mas em compensação algo ainda mais interessante surgiu e pôde se sentir mais forte. Ayame estava humana e não podia fazer nada.

Como a entidade mesmo disse se quisesse de voltar teria que merecer. Como o faria para tal isso só dependeria dela. Haseo sentia uma força descomunal dentro de si, mas não sabia como coloca-la para fora. Agora com Ayame em forma humana e com o filhote, estava ainda mais vulnerável. Vermíllion sentia-se um pouco diferente, como se algo lhe fosse roubado mas não sabia o que. Durante aquele ritual, Vermíllion teve a sensação de que conhecia Kassandra há muito tempo, só que não sabia o porquê.

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Mensagem por Buiu ! Qui 21 Jul 2011, 4:34 pm

A cigana o ignorava, ficava a fitá-lo com os olhos somente, sem abrir a boca para retrucar como havia feito com Haseo. Isso só fez inflamar o ego de Nym que pensava que estava conseguindo calar a cigana impetulante. Então se virava para o Deus, com quase a mesma arrogância que havia tido com Kass. Mas Pena Branca não deixaria por menos. O Deus, irritado com o que acontecera, alertava o Youkai que estava errado. E não mais que de repente tomou a iniciativa colocando o pequeno demônio no ar.

Como ousa?! Maldita cigana! Maldito Deus! Não permitirei...

A revolta do youkai era crescente e vinha a tona todo o seu poder. Sua aura era crescente assim como o ódio em seu peito, porém Nym sentia tudo isso se esvaindo de seu corpo conforme aquela luz esverdeada tomava seu redor. Logo não sentia mais seu corpo e a luz branca que tomava sua visão dava espaço para pequenas cenas de uma realidade do Deus. Nada de real importância, mas exemplificava bem o que estava por acontecer com o próprio youkai. Nym descia ao solo novamente, vencido. Não aceitava de maneira alguma o que havia acontecido. Não sentia mais sua aura. Não era mais o mesmo. Aquilo que o diferenciava dos demais demônios fora arrancado de suas entranhas contra sua vontade. O dom que sempre lhe acompanhara durante a vida agora não mais fazia parte do seu ser. Sua identidade fora tirada e ele nada podia fazer contra a vontade de um Deus.

Escutou o que Pena Branca tinha a dizer com a cabeça baixa, no mesmo lugar onde havia descido. Seus punhos cerrados ao lado do corpo demonstravam juntamente com sua expressão enfurecida a raiva iminente que tomava conta de seus sentidos e sua mente. Uma vontade quase que incontrolável de tentar levar a morte aquele que ousou ir contra sua vontade, somente contida pelo motivo óbvio de sua derrota. Se tratava de um Deus.

Pena Branca sumia e então Nym se voltava para Kassandra. Fitava a mesma com seus olhos arregalados. Cerrava os dentes e apertava os punhos com brutalidade, sentia todos os músculos de seu corpo se contraírem movidos pelo ímpeto de descarregar sua fúria naquela que tornou possível essa vergonha. O olho em sua testa incomodava e revirava para todos os lados, contudo Nym não dava importância. Seu orgulho ferido incomodava milhões de vezes mais. O pequeno demônio então dava o primeiro passo em direção ao seu alvo, mas logo no segundo parou. Sua velocidade não era mais a mesma, sentia á diferença e não conseguia aceitar sua nova condição. Era quase como se tivessem feito o que fizeram a Ayame, porém sua carcaça continuava a de um demônio. Entretanto não tinha mais seu dom demoníaco.

Nym olhava incrédulo para suas próprias mãos, não sendo capaz de admitir o que acontecia consigo. Seu corpo tremia e então uma pequena gota caía na palma de sua mão. Uma lágrima escorria por entre seus dedos, uma lágrima de ódio que não se formava haviam centenas de anos. Uma lágrima que provava para Nym o quanto era insignificante perante a vontade dos Deuses. Uma lágrima que só não foi seguida por outras, pois um demônio não deixava. O único demônio que realmente podia fazer o que bem entendesse. Lúcifer estava presente.

Nym erguia a cabeça para visualizar o que acontecia com Kass. Presenciou toda a cena parado no mesmo lugar, porém se movimentava lentamente. Sua expressão reassumia sua frieza, seu corpo novamente relaxava e suas mãos voltam ao seu bolso. Somente observava tudo o que acontecia com o único sentimento que lhe restara. O incomodo de seu terceiro olho. Para o pequeno demônio Lúcifer não se demorou mais que alguns segundos, sua mente estava vazia e desatenta. Quando percebeu que tudo havia acabado simplesmente dirigiu-se para um canto isolado, recostando as costas na parede ainda em pé ficando apoiado pelos calcanhares. Cruzou os braços deixando a cabeça baixar e ficou encarando o chão, esperando que seu olho se acalmasse por si só e que alguém viesse alertar a partida. Nym não desejava mais nada naquele lugar, somente queria acabar de uma vez por todas com aquilo. Enquanto formulava seu um novo objetivo em sua vida. Um esboço de algo grandioso, mas que tomaria tempo e muito suor. Algo que ele pode presenciar hoje e que levaria para frente, como exemplo e meta a ser atingida. Não sabia como, mas precisava provar para si mesmo que era capaz.
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Mensagem por Haseo Sex 22 Jul 2011, 2:53 pm

Sequer iniciou sua investida para cima de Kass, e Ayame entrou em seu caminho. Ao primeiro momento Haseo queria ignorâ-la e atacar assim mesmo, a empurrando para o lado. Mas prestou mais atenção na forma atual da garota. Estava bonita como sempre, mas ao mesmo tempo parecia tão… frágil.

Não conseguia acreditar que depois do ocorrido Ayame ainda confiava na cigana. Haseo não teve muita escolha, senão assentir com seu silêncio. Ouviu então as provocações de Vermillion. Demônio desgraçado, estava louco por uma disputa de poderes. Em outras ocasiões Haseo teria começado a briga no mesmo instante. Em ocasiões em que Ayame não estivesse envolvida. Agora mais do que nunca ela estava vulnerável e poderia de fato se ferir seriamente. Não permitiria isso.

Voltou a si pouco antes do ritual de Nym acabar, o fitando. O youkai não parecia ter mudado em nada, até que se moveu. Os olhos de Haseo logo notaram o que foi tomado.

"Lento demais…" Pensou, mas não conhecia o demônio o suficiente para saber o quanto isso o atingiria. Esqueceu este assunto quando uma estranha voz soou, e voltou a fitar Kass a tempo de vê-la sendo possuída. Um verdadeiro demônio estava em suas entranhas, um poder que subjulgava a todos ali sem qualquer dificuldade. E aquele ser se dirigiu a Haseo, que sentiu sua nuca formigar. A voz de Lúcifer soava num peso quase mortal, cada palavra saindo afiada e ameaçadora.

Quando se deu conta, o demônio o erguia pelo pescoço, sua força desumana deixava claro que poderia parti-lo ali como um graveto. Haseo cerrou os dentes, agarrando o braço de Kass com força, tentando se soltar. Suas garras não podiam ferir a cigana, não podia ferir o demônio. Nada podia. Então aos poucos sentiu algo sendo arrancado do seu corpo aos poucos, e isso doía e atordoava. Aos poucos se tornava um demônio completo, onde a armadura vinho e negra que envolvia seu corpo se tornava muito mais agressiva, suas três caudas se moviam incansavelmente tentando atingir o que estivesse próximo, e seu rosto tornava-se muito mais agressivo do que antes. Sentiu suas memórias quase o deixarem, mas não permitiu, se agarrando a elas. Se não as tivesse, voltaria a ser o demônio que fora em sua primeira transformação. Não queria isso.

O ritual enfim acabara, e Haseo sentia-se diferente. Não somente seus músculos estavam mais fortes e seu visual mais agressivo, mas seus sentidos estavam mais apurados e de alguma forma faltava algo. Quando finalmente foi solto, caiu no chão em pé, mas um tanto curvado para frente e de cabeça baixa. Sabia o que lhe foi tirado, mas não queria admitir. Apoiou também as mãos no chão, e rosnava baixo. Com as palavras pesadas de Lúcifer, a cruel verdade veio à tona. Haseo respirou fundo, o ar rosnando ao passar por sua garganta. Havia de fato voltado a ser a criatura que era, e o pior era que ficava ainda mais fácil ferir Ayame. Finalmente tinha força o suficiente para defendê-la, mas não podia tocá-la. Um custo alto demais.

Ignorou o que viria a seguir. Manteve-se no mesmo lugar, tentando não pensar em nada, mas apenas negava os fatos incansavelmente. Um demônio completo e confuso. Deprimente.
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Floresta da Tortura - Página 7 Empty Re: Floresta da Tortura

Mensagem por Ayame Sex 22 Jul 2011, 3:20 pm

Não imaginava que o que acontecesse a seguir fosse tão difícil superar. Pela primeira vez achou que Haseo partiria para cima de Kass e a empurraria para longe. Sentiu medo. Era uma humana, triste humana frágil que sempre odiou com todas as forças. Agora era, simplesmente, o que mais odiava. Baixou os olhos e tentou ignorar a o que acontecera com Nym, pensava nas coisas que não poderia mais fazer, em seus objetivos, e no que viria daqui em diante. Mas acabou por ouvir as palavras daquele Deus e acabou por sentir alguma esperança em voltar a ser o que era, e isso era suficiente para ter a certeza de que faria qualquer coisa para que isso acontecesse.

Queria sentir novamente os ruídos dos lugares mais variados. Sentiu a falta que fazia seu olhar apurado, sentiu falta de sua cauda. Era ela que mantinha sua velocidade, e agora, perdera uma parte de seu corpo; uma parte de si mesma.

Mas estes pensamentos foram interrompidos quando uma voz macabra soou e o último demônio possuiu Kassandra. Encarou-a incrédula ao saber seu nome. Lúcifer. Quem nunca imaginou querer conhecer, muito menos estar perto. Sua aproximação fez Ayame irritar-se. Tentou rosnar mas não conseguiu, em seu lugar saiu apenas um resmungo. Seus cabelos foram cheirados e aquilo foi quase ignorado se não fosse o arrepio que sentiu. Não era Kassandra que a estava tocando, mas sim, uma criatura forte e violenta.

Então sem esperar ele segurou Haseo pelo pescoço e tudo começou. Em menos de dois minutos estava lá um Haseo diferente, agora totalmente demoníaco. Sua aura mudara completamente e Ayame se lembrou de sua primeira transformação e tudo que passou na Torre quando fora preso. Engoliu umas poucas lágrimas que vieram a tona e respirou fundo. Pensou por um momento que seria esquecida, e que tudo estava por água abaixo. Mas não teve como discordar do Vampiro quando disse que estavam trocados. E era verdade. Ayame agora era Haseo; e Haseo, Ayame. Inquietou-se no mesmo instante.

Aquilo tudo acabou tão logo quanto começo e Kassandra foi se tratar. Os outros se afastaram e Haseo ficou daquele jeito costumeiro no mesmo lugar. Ayame encarou-o por um momento e teve um leve sentimento de perda. Aquilo foi vindo mais forte a cada instante até que entendeu que talvez nunca mais o tocaria.

— Vamos Haseo.

Devagar saiu do centro do templo e começou a andar para a direção do corredor que dava para as outras salas. Quis ficar um pouco com Haseo depois daquilo tudo. Encostou as costas na parede e apoiou o pé nela e olhou para seu corpo. Passou as mãos nos cabelos e olhou-os. Desceu as mãos por seu corpo agora totalmente diferente e suspirou.

Aos poucos foi sentindo que escorregava para o chão até sentar completamente. As pernas, flexionadas mantinham apoiados os braços nos joelhos com a palma da mão para baixo. Encarou a parede à frente e respirou fundo, revendo tudo aquilo. Tudo seria diferente a partir de agora. E aquela cena repetia agora com um propósito diferente.
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