Salão Principal

O Salão Principal, como sempre, estava bem arrumado. Ao centro, uma mesa longa estava ajustada, com pessoas importantes sentadas à sua volta. Haviam cerca de 12 homens, de idades variadas, trajando vestes caras de outro reino. Numa das pontas, um senhor de idade mais avançada, mas com ar muito sábio esbanjando saúde, estava sentado numa poltrona própria.

O príncipe entrou no salão, acompanhado de dois conselheiros, que se mantinham alguns passos atrás dele. Sentou-se, então, na ponta oposta ao que o velho estava. Um dos homens se levanta.

— Vossa majestade, príncipe Kite, lhes apresentamos nosso rei, Lorde Vraskar. — Falava com uma voz grave, o corpo ereto e olhando em frente. — Comecemos a reunião.

Ele sentou-se.

— É um prazer estar em suas terras, príncipe Kite. — Começou Vraskar, juntando as mãos em frente ao corpo, as apoiando na mesa. — As planícies são belas, as pessoas são felizes e o reino é muito próspero e produtivo. Ouso dizer que o invejo em alguns pontos, e que Hilydrus é de fato um reino para se gabar e servir de modelo.

— Não foi para puxar meu saco que veio até aqui, Vraskar. — Kite cortou-o sem cerimônia. Certamente estava mais apresentável do que de costume, não usando seu chapéu, e vestindo uma camisa branca e calças escuras. O manto que usava para ocultar seu braço direito dava ao príncipe um ar mais imponente. — Como está a situação em seu reino?

O lorde suspirou.

— Estamos ficando sem recursos. Nossas tropas não são tão numerosas quanto as do inimigo, e isso está sendo um grande problema. — Ele fechou os olhos por um momento. — Sei que não faz muito tempo que suas terras enfrentaram uma guerra. Mas é incrível como você conseguiu reerguer seu reino em tão pouco tempo. Claro que seu exército teve baixas terríveis.

— Quando vencemos a guerra, inúmeros nômades e homens de outras terras vieram se alistar. Nossa oferta é boa, nossas estratégias, vitoriosas, e nossa honra, inabalável. — Kite estreitou o olhar, fitando Vraskar nos olhos. — A estrutura de nosso exército convence qualquer um de que não é apenas com dinheiro que se faz um reino. Formamos soldados de verdade, e não pedreiros que pegam em uma espada vez ou outra. Não estamos enfraquecidos como pensa que estamos.

— Jamais pensei dessa forma. — Lorde Vraskar rapidamente acrescentou. — Sei o quanto trabalhou duro para que tudo isso fosse possível. E vejo o quão próspero Hilydrus se tornou. No entanto, sabe como é nossa situação. Estamos desesperados, não temos para onde fugir, e se nossas últimas defesas caírem, o reino será tomado e destruído. Sei que não tem motivos para nos ajudar, mas estou disposto a oferecer em troca o que for necessário.

Vraskar fez um sinal para um dos homens, que se levantou e retirou um pergaminho do bolso, o abrindo em frente ao rosto e o lendo em voz alta.

— Vossa Majestade, Lorde Vraska, oferece ao reino de Hilydrus o equivalente de 70% de sua renda anual durante 10 anos, em pagamento bruto. Também é oferecido um compromisso total da rota comercial de nosso reino com o vosso, além de servirmos como intermédio entre outros reinos que se interessarem pela aliança. Por fim os campos também serão oferecidos a Hilydrus, llhes permitindo expandir seu império para além da ilha de Lodoss.

Quando ele terminou, sentou-se. A oferta era grande demais. Significava que o reino de Sagares ficaria completamente dependende de Hilydrus, uma verdadeira colônia.

— Essa é nossa oferta. O que pedimos é ajuda de suas tropas, uma vez que os reinos mais próximos recusaram. — Vraskar se recostou em sua poltrona. — Vocês são nossa última esperança. Sabemos de sua força, e queremos sua ajuda.

— Eu recuso.

A voz de Kite soou pelo salão como se fosse o som de uma cabeça sendo cortada. Os homens que acompanhavam Vraskar fitaram o príncipe incrédulos. A notícia foi dada rápida demais, haviam perdido a discussão rápido demais.

— P-porque, majestade? — Pela primeira vez, Vraskar pareceu abalado.

— Não quero nenhum reino parasita dependendo do meu. — Respondeu simplesmente. — Se forem oferecer alguma coisa, que não seja nada que faça com que eu seja responsável por vocês se os ajudarem. Muito inteligente de sua parte: oferecem quase tudo, para que a tarefa de reerguer vocês não seja sua, mas minha.

O salão ficou em silêncio, e Kite continuou.

— Só vou lhe oferecer uma chance, Lorde Vraskar. Poderá ir ao meu exército, fazer um anúncio de recrutamento, e quem se interessar em sua causa irá ajudar. Mas pense muito bem na oferta que fará para aqueles homens. Se vão se arriscar, que seja por uma boa quantia em dinheiro e benefícios. Vou pedir uma taxa para você fazer isso, e o resto fica por sua conta. Não quero que fique me devendo nada.

Kite se levantou, e seus conselheiros o imitaram. Durante toda a discussão, ficaram quietos, como se temessem interferir.

— Boa viagem.

E saiu do salão.

Chegava ao salão principal a seriedade estava estampada em sua face, não era um dia normal para Jack, estava com trajes de extrema elegância como se alguém fosse ao balei real ou algo assim, bordados com cor dourada se misturando ao preto da roupa e logo avistava uma camareira passar e logo a chama para falar algo a ela...

- Camareira, avise minha mãe que estou no saguão a espera dela ela.

Camareira – Sim meu senhor!

- Agora vá!

Sem mais nenhuma palavra a camareira saia em direção o que parecia ser a porta da cozinha e adentrava, aguardando no salão observava do lado de fora a luz do luar brilhar e invadir o castelo pela sua grande janela e pegar em Jack que deslumbrava aquela beleza daquele momento, quando foi quebrado com a doce voz de sua mãe...

Mãe Jack – Meu filho o que ouve?

- Irei partir, tenho de fazer o que sempre quis fazer!

Mãe – Não meu filho, fique o mundo lá fora perigoso de mais. Ela encostava uma de suas mão sobre a mão de Jack Fry, toque gélido não mudava a expressão dele que logo retirava a mão dela de perto.
- Não descansarei enquanto eu não o encontrar, não podemos viver desta maneira... Somos seres viventes deste mundo e temos de ter liberdade para tudo, assim como os outros...

Mão de Jack retraída recolhendo a sua mão para seu peito com um olhar triste e angustiado, pois sabia o que lhe esperava la fora não era tranquilidade, terror de morte e racismo contra ele seriam intensos que poderiam mudar de forma drástica o ser de Jack...

- Perdão mãe, mas não aguento mais... Dizia levantando os olhos de sua mão em direção aos seus e logo lhe abraçando... Prometo retornar mesmo que minha caçada não tenha terminado, ficarei o mais forte possível e voltarei vitorioso, lhe prometo minha amada mãe! Dava o ultimo abraço em sua mãe e logo partia recolhendo uma pequena mala que já estava na porta de saída e nisso a mãe finalizava...

Mãe – Que a força de Deus criador Cain esteja com você, meu filho!

E assim partia Jack Fry o vampiro para sua jornada e caçada contra o misterioso assassino de seu pai e ao mesmo tempo, ficar o mais forte e libertar a sua mão da angustia de sair para passear no reinando.